domingo, 28 de fevereiro de 2021

E não é que se passaram 10 anos?

Há 10 anos publiquei meu primeiro post. Há 10 anos esse blog nasceu. Há 10 anos decidi expor minhas opiniões sobre diversos assuntos e as histórias que crio na minha cabeça para o mundo. E de lá para cá, muita coisa mudou.

Eu comecei achando que precisava postar conteúdo novo todos os dias. No entanto, poucos meses depois já parei de escrever e só voltei quase no fim do ano. A partir de então, segui um bom ritmo. Por praticamente 3 anos publiquei quase todos os dias e esse foi o auge do blog. Com os contos em formato de série com capítulos semanais e indagações sobre quase tudo, muitas pessoas visitaram e comentaram por aqui. Nesse tempo conheci muitas pessoas virtualmente (e uma até pessoalmente) de todo o país, e com algumas ainda mantenho contato. Toda essa interação me deixava muito feliz e me fazia escrever cada vez mais. Foi em 2014 que tudo mudou.

Devido a vários fatores, minha inspiração foi diminuindo de forma tal que não tinha mais vontade de escrever aqui. E parar foi tão fácil que me surpreendeu. De repente, foi como se eu nunca tivesse tido um blog. Deixei uma temporada de contos em aberto, indagações por fazer e todos os meus seguidores sem saber o que aconteceu. Isso me pesou depois de um tempo e até tentei voltar com posts semanais, mas não deu certo. Foi como se eu tivesse me acostumado a não escrever mais.


Em 2020, decidi voltar para pelo menos terminar a temporada dos contos que tinha começado. Depois de me preparar psicologicamente comecei a escrever os capítulos e a fazer as ilustrações, fui postando diariamente e tentei trazer meus antigos leitores de volta. Então percebi o que 6 anos parado tinha resultado, muitos dos meus seguidores não liam e nem comentavam mais. Novas pessoas começaram a ler meus posts, o que me deixou muito feliz, mas não foi nem perto da quantidade que um dia havia sido.

Depois de acabar os contos, parece que o meu fogo também se apagou. Fiz algumas indagações e logo não tive mais inspiração e nem vontade de escrever. Parecia que o meu tempo de postar em blog havia se acabado. Sempre ligado em números e dados, eu queria muito chegar em 1000 posts, e talvez se eu não tivesse parado por 6 anos, teria alcançado e passado facilmente essa quantia. A verdade é que estou escrevendo aqui hoje pelo simbolismo do tempo do blog. 

Não sei quando voltarei a escrever ou se voltarei. Mas sei que tudo que passei por aqui, tudo que escrevi, as interações que tive, os comentários que recebi, farão parte de mim para sempre. Mesmo quando fiquei parado e até hoje, o blog continua sendo acessado e por vezes até comentado. Então, por fim, deixo meus mais sinceros agradecimentos a todos que mantiveram e mantem esse bloguito vivo.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Já pensou em aprender outros idiomas?

Algo que sempre gostei de estudar foi idiomas. Acho muito legal conhecer dialetos de outros países. Há muitos anos o inglês se tornou uma espécie de idioma mundial. Todos sabem pelo menos um pouco e em algumas áreas profissionais é simplesmente imprescindível. Por isso, algumas escolas do Brasil ensinam inglês desde o começo para nossas crianças. Espanhol também é uma opção em alguns lugares. 

Devido a isso e ao tanto de material que temos ao nosso redor, como jogos, músicas e filmes, inglês sempre foi algo familiar para mim e chegar a fluência foi quase automático, mas levou anos. Fiz um curso de espanhol e apesar de não ter me aprofundado muito, me viro bem. Desde então (meados de 2011) não estudei mais nenhum idioma. Sempre quis aprender outros, mas acabava deixando para depois.

Esse ano finalmente deixei a preguiça de lado e decidi investir em ampliar meu conhecimento linguístico. Para tanto, escolhi um dos idiomas que mais tenho contato depois dos já citados: japonês. Como fã de anime e mangá e a cultura e história japonesa como um todo, o idioma sempre me encantou e me intrigou. Após um mês de estudo, posso dizer que não é um bicho de sete cabeças, como muitos pensam.

Eu imaginava que seria muito difícil aprender mesmo o básico, mas hoje já consigo ler alguma coisa. Tem muita coisa por vir ainda e sei que a fluência vai demorar e dependerá só de mim. No entanto estou animado e com o objetivo em vista, por isso os obstáculos que aparecerem serão combustível para mim.

E você? Sabe algum idioma além do português? Tem interesse em aprender mais?

terça-feira, 6 de outubro de 2020

O que acharam dos finais dos contos?

Após uma pausa de 6 anos finalmente chegou ao fim a quinta temporada dos contos seriados. Se você ainda não leu tudo e não quer spoilers, pule para a parte depois da imagem. Muita coisa aconteceu desde que eu comecei essa temporada lá em 2014. A maioria das ideias continuou e se manteve viva, mas uma parte foi mudando e acabou sendo adaptada e reformulada na efetiva postagem esse ano. Então, vamos recapitular e ver como ficou cada série no final da temporada.

Popularidade: depois de voltarem a estudar na mesma sede, os oito amigos decidiram participar do novo jornal e da nova rádio do colégio. Além disso, uma nova aluna surgiu para agitar as relações. No Baile de Abertura, Lucy Cesca revelou ser uma espiã com a missão de recrutar Alex e seus amigos para acabar com o tráfico de drogas dentro do colégio. Ao emboscarem o traficante, o grupo sofreu uma baixa e, após o luto, decidiu continuar com o trabalho de espião.

Conspiração Temporal: o futuro não foi consertado, mas logo as duas viajantes descobriram não ser culpa delas. Com a ajuda de novos aliados, incluindo um descendente de Zé Mané, elas seguiram para Inglaterra, local mais seguro do mundo e único que possuía o material necessário para arrumar as máquinas do tempo. Depois de uma longa jornada com sacrifícios, elas voltaram novamente no tempo para, dessa vez, impedir que o mundo sucumba num apocalipse zumbi. 

Caos Urbano: o Dr. Morte fugiu da cadeia e após meses de preparação decidiu atacar a cidade e se vingar da mulher que o prendeu. O espião número 1 da agência investigava um caso quando seu caminho cruzou com o do médico fugitivo. O asilo do ex-detetive Copi explodiu bem quando Raquel saía do lugar. Rubens e Carla foram para Curitiba cobrir a explosão do asilo. O Motoqueiro das Trevas notou um movimento estranho das gangues nos últimos meses. Quando a Equipe Z.É. conseguiu resgatar Baltar, o caos teve início. Após vários eventos e desencontros, todos esses personagens e os Comandos Alfa e Épsilon se juntaram para enfrentar o vilão. Com um plano bolado por Zé, cada um fez a sua parte e conseguiram a vitória. Infelizmente não sem algumas perdas. Após as despedidas, a detetive Raquel Marins seguiu determinada em sua missão para defender a cidade.


Essa foi uma das temporadas mais intensas que já escrevi, tanto pelos capítulos quanto pelos desenhos. Talvez pelo ritmo que coloquei para mim mesmo ou talvez por eu não ser mais como era há 6 anos. Havia muito que eu queria escrever, mas para o formato do blog não teria como. De qualquer forma, estou satisfeito com como as coisas se encaminharam e espero que tenham gostado também. Não sei quando será a próxima temporada. De acordo com o que eu vinha fazendo seria em março, mas vai depender de como estiver minha rotina até lá.

Agradeço a todos que leram tudo e deixaram comentários. Seu retorno é muito importante para mim. Caso você não tenha conseguido acompanhar, se perdeu no caminho ou está chegando agora, clique aqui para ver a lista com todos os capítulos da temporada. Agora, me digam, o que acharam dos finais? Gostaram? Comentem aí! 


quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Caos Urbano T02C26 - Capítulo Final da Temporada

CAPÍTULO 26 – ATÉ A PRÓXIMA! 

“Ambulâncias, caminhões de bombeiros e viaturas policiais infestaram o centro cívico. É claro que Raquel se tornou o centro das atenções, todos tinham perguntas para ela. No entanto, isso não livrou Carla e eu de sermos interrogados também. Antes fomos examinados pelos paramédicos. Assim que nos liberaram, precisamos ir até a delegacia prestar nossos depoimentos oficiais.”

— Você está péssima! – Rubens disse chegando com Carla perto da ambulância em que Raquel estava sentada recebendo curativo.

— Devia ver o outro cara. – a morena devolveu.

— Nós vimos. – a jornalista disse e os três riram.

O interrogatório durou horas, pois os delegados e detetives estavam tendo dificuldades de acreditar na história relatada, chegando até a desconfiar dos jornalistas. Essa era a última parte do plano do Zé. Antes de partirem para o ataque, Raquel, Carla e Rubens tiveram de repassar todo o combinado para que não houvesse nenhum furo.

Já era de madrugada quando foram liberados do distrito policial, coincidentemente ao mesmo tempo.

— Então, imagino que vão te dar alguns dias de folga. – Carla disse à detetive.

— Sim. Uma semana. – Raquel confirmou. – Queriam me dar um mês, mas eu disse que era muito tempo. – ela disse e olhou para o casal. – Vocês estão com uma cara estranha.

— Normalmente escreveríamos a matéria e já voltaríamos para São Paulo, mas faz um tempo que não tiramos férias e nós dois queremos conhecer mais Curitiba. – Rubens disse.

— E queremos que venha com a gente. = Carla disse animada. – E caso já tenha ido nos lugares, você pode ser nossa guia.

— Estou lisonjeada, mas não posso aceitar. Vocês provavelmente querem um tempo a sós. Vou estragar o passeio romântico de vocês. – Raquel disse.

— Teremos outros passeios só para nós dois. Nesse queremos você junto. – Rubens insistiu.

— Tudo bem, então. Vai ser bom uma distração antes de voltar à realidade. – a morena disse aceitando.

Os jornalistas voltaram ao hotel e passaram boa parte da madrugada escrevendo sua matéria. Depois de dormirem algumas horas se encontraram com Raquel para iniciarem seu passeio. Foram ao Passeio Público, Ópera de Arame, Parque Barigui, Parque Tingui, Parque Tanguá, Bosque do Alemão e, por insistência da morena, Jardim Botânico.

Apesar do acontecido ela não quis privar o casal de conhecer o maior ponto turístico da cidade. No outro dia, ela foi até o hotel deles para se despedir.

— Isso é um adeus, então. – a detetive disse enquanto o taxista colocava a bagagem dos jornalistas no porta-malas.

— Não seja tão radical. Isso é no máximo um “até a próxima!”. – Rubens disse rindo.

— Exatamente! Não vai se livrar tão fácil de nós, dona moça. – Carla disse abraçando a morena.

Rubens fez o mesmo e o casal foi se encaminhando para o carro.

— Muito bem. Até a próxima! – Raquel disse.

— Até! – Carla devolveu acenando e sorrindo.

— Cuide bem de Curitiba, detetive. – Rubens disse e piscou para ela enquanto fechava a porta do veículo.

— Cuidarei! – a morena devolveu sorrindo com um olhar determinado.

“Soldados renegados dos Comandos do Alfabeto Grego, motoqueiros vigilantes e um grupo de espiões. Já os tinha encontrado antes, mas essa foi a primeira vez que os vi numa situação tão grave com repercussões catastróficas. Curitiba precisará se reerguer agora, contudo não demorará muito, pois há muitas pessoas boas que amam a cidade lá. Por fim, aprendemos que onde há fumaça, realmente há fogo, pois começamos cobrindo o incêndio de um asilo e acabamos presenciando o maior evento de caos urbano de nossas vidas.”

                                                        Rubens Fonseca e Carla Lamarca.


 

A semana passou voando e Raquel tentava dormir para voltar ao trabalho no dia seguinte. Ela iria para um novo distrito, teria um novo chefe, novos colegas e conheceria muitas pessoas novas. No entanto ela nunca iria esquecer daqueles que a ajudaram a chegar ali.

— Copi, Jorge, Ana, Mateus! Vocês morarão para sempre no meu coração. – ela disse ficando de barriga para cima e olhando para o teto. – Focarei toda minha energia para impedir que outras pessoas tenham o mesmo destino que vocês. Suas mortes não serão em vão, podem ter certeza.

Com toda essa adrenalina, Raquel demorou um pouco, mas enfim pegou no sono.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Conspiração Temporal T03C13 - Capítulo Final da Temporada

CAPÍTULO 13 – DE VOLTA PARA O PASSADO 

Seguindo Edgar, o grupo se escondeu embaixo de uma ponte. As viajantes ainda processavam o sacrifício do cientista enquanto os outros não pareciam tão abalados.

— Como ele vai se lembrar da gente agora? – Jess falou limpando as lágrimas.

— Não era para ter sido assim. – Zé disse.

— O que quer dizer com isso? – Nanda perguntou desconfiada.

— Eu perguntei para ele se eu poderia me lembrar dessa vida como ele se lembrava da anterior. Ele disse que sim. Era só ficar perto da radiação da máquina. Não era uma coisa certa, mas se aconteceu uma vez, era possível que se repetisse. – o líder contou.

— Por que você quer lembrar? – a viajante loira quis saber.

— Por tudo o que aconteceu. Eu preciso saber o que pode acontecer com o mundo senão cuidarmos direito. Preciso me lembrar dos meus erros e de todas as pessoas que conheci. Preciso me lembrar de você. – Zé disse chegando bem perto da mulher mais alta do grupo.

— E eu também. Mal tivemos tempo de nos conhecer e nos divertir. – Becky disse segurando a mão do líder.

— Eu não posso me esquecer de você. Minha vida seria muito sem graça. – Angu disse olhando para Jess e segurou a mão da moça mais jovem.

— Foi uma vida cheia de altos e baixos, mas não quero esquecer de nada. Muito menos daquelas que nos salvaram. – Edgar emendou e segurou as mãos de Zé e Angu fechando o círculo ao redor das viajantes.

As duas amigas iam falar algo quando ouviram passos nas ruas acima.

— Arrumem as máquinas. Logo irão chegar aqui. – Zé disse.

— Como iremos nos encontrar novamente? – Nanda perguntou.

— Bom, depois que vocês resolverem tudo, a AgEsp continuará a existir e mesmo que os filhos e netos do Zé Mané não queiram ser espiões, assim que minhas memórias forem voltando eu darei um jeito de chegar lá. Só preciso que me digam as coordenadas e voltem dois dias depois de hoje. – o líder explicou.

— Certo. – a loira mais alta passou as coordenadas ao mesmo tempo em que ela e Jess terminaram de ajustar as máquinas para usar.

— Ali estão eles! – um dos guardas gritou e várias lanternas foram apontadas para o grupo.

— Agora, você já era, Joe Alley! – James disse e atirou uma flecha com sua besta.

— Vão! Salvem o futuro do mundo! – Zé disse no momento em que a flecha atravessou o seu corpo.


As viajantes ligaram as máquinas e viram seus companheiros serem atingidos. Antes da morte de fato, tudo mudou e elas se viram em um terreno baldio no centro da cidade de Curitiba. Rodeado por prédios e casas, e com o trânsito acontecendo normalmente.

— Não deveria ter um prédio aqui? Será que erramos as coordenadas, Nanda? – Jess indagou.

— Não. Não pode ser. – a loira respondeu enquanto olhava ao redor.

Elas seguiram até a calçada e abordaram uma pessoa.

— Ih, o prédio que estava aí explodiu. Saiu em todos os jornais. Como vocês não viram? – o homem contou.

— E teve algum sobrevivente? – Nanda perguntou.

— Sem chance. Foi uma explosão das grandes. – ele disse e seguiu seu caminho.

As duas ficaram em silêncio por um tempo e então Jess falou.

— Nanda, você acha que...?

— Não. Zé Mané está vivo. Eu sinto. Só precisamos encontrá-lo. – a loira disse com um sorriso.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Caos Urbano T02C25

CAPÍTULO 25 – HORA DE IR 

O grupo saiu do meio da rua e seguiu para a entrada do palácio do governo. Ao mesmo tempo, os furgões militares chegaram intactos após atravessarem a avenida em meio às explosões. Os soldados desceram dos veículos e ficaram de prontidão.

— Érica, me conta tudo o que aconteceu. – Zé insistiu.

— Zé, não sei se é o melhor momento. – ela devolveu e um barulho foi ouvido.

— Tem alguém vindo. – um membro do Comando Alfa disse e todos apontaram as armas para a porta.

— Não atirem! É o Joca. – Rubens disse ao reconhecer o espião.

Zé olhou para o amigo procurando suporte, mas encontrou uma sensação pior.

— Cadê o Rob? – ele perguntou com medo da resposta.

— Zé, o Rob, ele... ele...

— Não, por favor, não. – o líder disse já com lágrimas escorrendo.

Os dois amigos se abraçaram e um silêncio se estabeleceu entre todos. Enquanto isso, Raquel continuava seu embate com Dr. Morte.

Depois de acertar dois golpes e desviar de um, a morena socou o vilão fortemente na barriga, o que o fez arquear. Ela passou a outra mão no bolso dele e pegou o controle. Ajeitou a postura e acertou a parte de trás do joelho do oponente, que caiu no chão. O ex-médico virou para olhar para cima no mesmo momento em que a detetive desativava o ímã, recuperava sua arma e apontava para ele.

— Vamos! Atira! – Dr. Morte disse.

— É o que eu deveria fazer, mas a morte é muito pouco. Você precisa sofrer. – ela devolveu.

— Eu nunca vou parar, você sabe. E se eu matei seus melhores amigos e causei todo esse caos na cidade dessa vez, o que será que farei da próxima? – ele provocou.

— Não muito, já que vou tirar aquilo que te permite fazer as coisas. – ela disse e atirou na mão direita do vilão e em seguida, na esquerda.

— Você continua a me surpreender, detetive. – Dr. Morte disse entre risos e grunhidos de dor. – Já decidi, a próxima vez será muito pior!

— Estarei preparada! – ela devolveu e levantou a arma.

— Raquel! Está tudo bem aí? Ouvimos tiros. – Rubens perguntou pelo comunicador.

— Sim, agora está tudo bem. Pelo visto os rapazes venceram o hacker inimigo. – ela comentou vendo que o comunicador estava funcionando.

— Sim, mas só um deles sobreviveu. – o jornalista disse.

— Oh! – Raquel se espantou. – Sem querer parecer insensível, mas você pode chamar uma ambulância? – ela pediu.

— Acho que não será preciso. – Rubens disse e sirenes foram ouvidas.


A detetive saiu do prédio e viu muitas expressões murchas, além de uma Carol muito preocupada com Ian. Nesse mesmo momento, uma van surgiu vindo do leste e uma moto, do oeste. Maurição parou o veículo perto do grupo e desceu mancando cheio de hematomas e sangrando. O Motoqueiro não estava muito melhor. Sendo carregado por Borba, ele mal tinha forças para ficar em pé. Sua namorada correu a seu encontro. As sirenes foram ficando mais altas.

— Pra onde vocês vão? – Raquel quis saber.

— Nós deixamos algumas coisas no galpão então teremos que ir para lá. – o coronel informou.

— Sim, vamos todos para lá. Assim podemos cuidar dos feridos. – Érica disse.

— Obrigada a todos! – a detetive agradeceu. – Seria impossível sem a ajuda de vocês. Curitiba está devendo uma para vocês.

— Só fizemos nossa parte, detetive. Como sempre. – Leonel disse enquanto os membros dos comandos voltavam para os veículos.

— Zé! – Raquel chamou se aproximando dele. – A primeira vez que te vi, te achei esquisito e idiota. Bem, ainda acho isso, mas agora vejo que você também é incrível. Não teríamos chegado aqui sem sua liderança e estratégia. Então, meu muito obrigado. – ela finalizou.

O rapaz manteve a cabeça baixa e ficou em silêncio. Achando que não receberia resposta, a morena começou a se virar.

— Obrigado você, detetive. – Zé disse se recompondo. – Obrigado por cuidar da nossa cidade. A força policial precisa de mais profissionais como você. – ele disse e recebeu um sorriso da detetive. – Agora, vamos! Essas sirenes estão ficando muito altas. – ele falou olhando para os outros.

— Rubens! – Leonel e Zé chamaram ao mesmo tempo e se entreolharam.

— Eu sei! Qual é, pessoal? Não é minha primeira vez. – o paulista disse.

Com isso, todos saíram restando apenas a detetive e os jornalistas.

— E agora o que? – Carla perguntou.

— Nós esperamos. – Raquel respondeu enquanto os três olhavam para a destruição a sua frente.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Popularidade T02C13 - Capítulo Final da Temporada

CAPÍTULO 13 – JOVENS ESPIÕES 

Enquanto Yago corria para bem longe do Passeio Público, um carro passou por ele, parou logo à frente e uma porta de trás se abriu. O rapaz achou estranho, mas foi ver quem estava dentro.

— Entra logo antes que eu me arrependa. – Mauricinho disse e surpreendeu o ex-colega de classe.

Assim que a porta fechou, o carro voltou a se mover.

— O que está fazendo aqui? Por que tá me ajudando? – Yago perguntou para o outro que usava roupa social e sua característica jaqueta de couro.

— Bem, preciso de alguém para fazer o trabalho sujo. – Mauricinho disse e pegou um copo para se servir de uísque.

— O quê? Você é meu fornecedor? – Yago devolveu ainda mais surpreso.

— Então, por que você não conseguiu cumprir uma missão simples como a de hoje? – o mais rico questionou ignorando a reação do outro.

— Estava tudo indo bem até o Lemos e os amigos dele aparecerem. Não sei como eles sabiam de mim e sobre hoje. – Yago disse e Mauricinho sorriu.

— Isso acabou de ficar interessante. Yago, você vai me contar tudo com riqueza de detalhes e talvez eu te dê uma segunda chance. – o rapaz de jaqueta de couro disse e sorveu um gole de sua bebida. 


O velório era para ser apenas para família e amigos próximos, mas o número de pessoas que apareceram para prestar homenagens mudou os planos. A igreja estava cheia e muitos precisaram ficar em pé. Em seus 15 anos, Raíssa Caramello encantou e marcou a vida de muita gente.

Depois dos discursos dos familiares, Alex subiu ao púlpito para falar.

— Meu nome é Alexandre. Conheci a Raíssa no jardim de infância e somos amigos desde então. Depois de um tempo, passamos a chamá-la de Caramello já que a cor de sua pele combinava certinho com o sobrenome. – Alex pausou e sorriu, e notou muitos dos presentes fazerem o mesmo. – Caramello era uma pessoa incrível, nunca pedia nada para si mesma e estava sempre disposta a ajudar quem precisasse, fosse conhecido ou não. Não estudávamos na mesma sala, mas passar os recreios com a companhia dela era sempre bom. Ela era dessas pessoas que deixava o ambiente leve e harmonioso. – ele pausou novamente e fungou sabendo que não demoraria para as lágrimas caírem. – Sua maior paixão era o balé. E como ela era boa nisso. Nós amávamos vê-la dançar. Era relaxante e tranquilizante, como se não existisse mais nada no mundo, era possível alcançar uma paz de espírito indescritível. Ela... Ela... – as lágrimas o impediram de falar. Ele respirou, limpou o rosto e continuou. – Ainda é difícil acreditar que ela não vai mais estar em nossas vidas, que vou voltar ao colégio e não a verei mais. Não vou mais ouvir sua voz nem sua risada. Sei que foi para um lugar melhor, mas saiba que sempre me lembrarei de você, minha amiga. Você sempre estará em nossos corações. – Alex finalizou e voltou ao seu lugar.

Todos os outros amigos estavam chorando e ficaram ainda mais emocionados pelas palavras de Alex. Quando ele sentou, sua ex-namorada o abraçou.

— Foi lindo, Alex. Tenho certeza de que ela gostou. – ela disse entre lágrimas.

— Tá doendo, Manu. Tá doendo muito. – ele disse sem se conter mais.

 

Uma semana se passou e o luto era visível no Colégio Isaac Newton. Ciano e Hugo não tinham cabeça para ficar na rádio. Slomp ficou no comando e fez homenagens para Caramello todos os dias. Lucy também sentia a morte da bailarina, mas como mal a conhecia, seu luto foi mais breve. Havia coisas para serem feitas. Ainda mais depois da notícia que recebeu.

Quando o grupo chegou, viu o andar bem diferente. Pessoas andavam pelos corredores carregando móveis e equipamentos. A sala que só tinha uma mesa e um laptop, passou a ter nove mesas com igual número de equipamentos. Estava começando a parecer uma agência de espiões.

— Tá ficando bom, hein! – Alex comentou ao entrar no cômodo com seus amigos.

— Ah! Vocês estão aqui! – Lucy disse com um sorriso. – Fiquei tão feliz quando me contaram que queriam entrar para a agência. Embora, confesso que não esperava por isso, considerando o que aconteceu.

— Nós conversamos bastante. – Manu começou. – Apesar dos nossos conflitos internos, concluímos que a Caramello iria querer assim. Afinal, nas palavras delas “Se há algo ruim acontecendo e podemos fazer algo, é claro que faremos.”

— E juntos. – Diana complementou.

— O ano começou há pouco tempo e tanto já aconteceu. Tudo que eu queria era fazer coisas junto com meus amigos e ser popular novamente. – Alex disse e suspirou.

— Você e essa sua obsessão chata com popularidade. – Patricinha comentou e todos riram.

— Bom, se ajuda, você é popular entre a gente. – Lucy disse.

— É, ajuda sim. – Alex respondeu com um sorriso.

— Ei, nossa equipe vai ter um nome? – Hugo perguntou.

— Boa ideia! Precisamos de um nome. – Diana elogiou concordando. – Alex, alguma sugestão?

— Eu tenho o nome perfeito: Equipe Caramello! – ele disse e todos sorriram em aprovação.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Caos Urbano T02C24

CAPÍTULO 24 – EXPLOSÕES PARTE 2 

Estava sendo mais difícil do que os espiões imaginaram. O código era gigantesco, com milhares de linhas e centenas de comandos. O firewall possuía camadas e camadas de defesa, mas Rob estava firmemente avançando. Enquanto isso, Joca criava um programa que funcionaria como um vírus destruindo todos os programas do inimigo.

O pirata de computador tinha a vantagem, mas os dois amigos estavam resilientes e não pensavam em desistir. Enquanto Benck repreenchia suas defesas no firewall para anular o trabalho de Rob, o vírus de Joca foi finalizado. Foi então que a virada começou: os programas do inimigo foram desativando.

— Não! Não! Não! – Benck se desesperou. – Vocês vão pagar por isso. – ele disse e pegou um objeto com gatilho.

Ele atirou um disco que grudou no laptop de Rob. O outro espião notou e, quando o segundo dispositivo veio em sua direção, ele desviou e viu o disco atingir a parede. Então, o equipamento de Rob explodiu, matando-o instantaneamente. Joca ficou de olhos arregalados e se lembrou do que havia desviado. O espião protegeu sua cabeça enquanto a parede explodia ao seu lado.

Assim que acabou, ele abriu seu laptop e se certificou de que a armadilha da sala havia sido desativada. Após confirmar, Joca correu até o pirata. Este atirou outro disco, mas o espião se protegeu com seu equipamento e o jogou pelo caminho. Ao dar a volta na mesa, ele pulou com tudo em Benck e os dois caíram.

Joca não era uma pessoa violenta, mas estava fora de si. Ele apertou o pescoço do inimigo até que este desmaiou. Ao notar o pirata imóvel, o espião se desesperou por um momento, mas se tranquilizou ao ver que Benck respirava. Joca iniciou um processo de formatação nos computadores do inimigo, apagando todos os dados. Em seguida chegou perto do corpo do amigo, mas não conseguiu ficar muito tempo. O pirata de computador Benck foi derrotado e não era mais um problema, mas o preço pago foi alto demais. 

Para se tornar uma investigadora, ela precisou passar por um teste de aptidão física. Mesmo despois de nomeada, continuou treinando para manter seu corpo ativo. Apesar de usar mais sua mente em seu trabalho, era sempre bom estar preparada. O gosto de sangue não era um problema, mas Raquel nunca imaginou que um homem com mais de 40 anos e rosto de bolacha lutasse tão bem.

Socos na barriga e no rosto, chutes, joelhadas e cotoveladas, Dr. Morte estava usando todo o seu arsenal. Lembrando do que estava em jogo, Raquel se concentrou mais e começou a conseguir desviar dos golpes do adversário. Não demorou muito para acertar também. Com uma sequência de socos, em que o ex-médico bamboleou, parecia que seria a grande virada. Prestes a dar o golpe derradeiro, tremores, barulhos e luzes chamaram a atenção da detetive para a janela.

Ela não acreditava no que seus olhos viam. Prédios e mais prédios iam, um a um, explodindo na Avenida Cândido de Abreu. Um sentimento de fracasso surgiu em seu peito. Um pesar pelas novas pessoas que entraram em sua vida nas últimas horas. Enquanto lágrimas escorriam automaticamente misturando com sangue em seu rosto, ela viu algo que a fez sorrir e se sentir renovada e estimulada.

— Era inevitável, detetive. Não havia nada que você pudesse fazer. – Dr. Morte disse indo na direção de sua adversária.

— Sobre isso eu não sei, mas em uma coisa você estava certo, doutor. – ela começou e fez uma pausa antes de continuar. – Eu fiz mesmo amigos interessantes. – ela disse com um largo sorriso.

Então, o ex-médico olhou por cima do ombro de Raquel e notou. Dois veículos militares atravessavam a avenida no meio das explosões. Na frente do palácio, cinco pessoas estavam reunidas. Provavelmente eram os que tinham ido desativar os outros dois servidores. Aquilo realmente o deixou surpreso e por um segundo ele ficou imóvel. Foi só o que foi preciso.

— Vamos acabar com isso! – Raquel disse e avançou contra o vilão de olhos arregalados.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Conspiração Temporal T03C12

CAPÍTULO 12 – JOE ALLEY 

— Joe Alley? – Nanda repetiu sem entender.

— Isso. Os ingleses tinham muita dificuldade de falar Zé Ruela, então procurei palavras equivalentes. O nome José em inglês é Joseph e seu diminutivo é Joe. Ruela é uma rua pequena ou beco, que seria Alley. – o líder explicou.

— E por que Zé Ruela mesmo? – Jess perguntou curiosa.

— Ah, essa é uma história interessante. – Angu disse.

— Minha mãe era muita ativa e meu pai não conseguia impedi-la de lhe acompanhar nas missões de exploração. Em uma delas, a bolsa dela estourou e eles voltaram às pressas para a comunidade. No entanto, ela não aguentou e precisaram parar no caminho. Meu pai levou minha mãe para uma ruazinha. Uma mulher do grupo ajudou a fazer o parto enquanto os outros faziam proteção. Conforme fui crescendo, a história de meu nascimento foi ficando conhecida e assim o apelido pegou. – Zé contou.

— Eu esperava algo mais impactante. – Nanda admitiu e Zé riu.

— Eles estão perto. – Edgar informou olhando pela janela e todos ficaram alertas.

Assim que voltaram com o titã dourado, Zé e Nanda ouviram relatos preocupantes dos outros. Eles notaram uma movimentação estranha do lado de fora e duas palavras foram repetidas várias vezes: Joe Alley. O líder entendeu o que isso significava e todos saíram imediatamente pelas janelas. Andaram algumas quadras e entraram em uma casa, aparentemente vazia.

— Como está aí, doutor? – Nanda perguntou ao cientista.

— Um já foi. – ele respondeu sem parar o que fazia.

Depois de conseguir o material necessário, era preciso moldá-lo para caber nas máquinas do tempo. Foi então que o Dr. Cintra revelou que a arma de energia que fez para Nanda possuía ajuste de potência. Com isso, era possível fazer corte em materiais em vez de desintegrá-los completamente.


— Zé, precisamos sair daqui. – Edgar aconselhou o líder.

— Terminei. – o cientista anunciou.

— Bem na hora, doutor. Vamos nessa. – Zé disse e se preparou para sair.

— Espera! Se o doutor colocar os materiais nas máquinas, a gente liga e isso acaba aqui e agora. – Nanda disse.

— Não há tempo. – Edgar disse.

— Colocar o material é o de menos. Qualquer um consegue fazer. – o Dr. Cintra tranquilizou as viajantes.

— Ótimo, então vamos. – Zé apressou.

Começaram a sair pela porta dos fundos, mas Jess puxou Nanda ao notar que o cientista não estava seguindo.

— O que foi, doutor? Precisamos ir. – Jess chamou.

— Se fugirmos todos, logo nos alcançarão. Ficando aqui, posso lhes dar uma vantagem. Assim terão tempo para preparar as máquinas do tempo. O sol está se pondo, vai ser mais fácil passarem despercebidos. – ele disse.

— Do que está falando? Não vamos a lugar nenhum sem o senhor. – Nanda disse.

— Sim, vocês vão. Para o passado. Já cumpri minha parte e agora é com vocês.

— Mas e suas memórias? Você precisa estar perto da gente quando ativarmos as máquinas. – Jess apontou.

— Não serão um problema. Assim que consertarem tudo, eu crescerei e ainda terei vontade de criar a máquina do tempo. Isso não criará um paradoxo. – ele explicou.

— Mas doutor... – Nanda começou.

— Por favor, cumpram o último desejo desse velho: vão e salvem o mundo! – ele disse e sorriu.

Com lágrimas nos olhos as viajantes o abraçaram e saíram do local. Ao alcançarem os outros, Zé notou a ausência do cientista.

— Dr. Cintra? – ele perguntou.

— Ficou para atrasar os guardas e nos dar mais tempo. – Nanda explicou.

— Entendo. – o líder disse. – Então vamos fazer bom uso dele.

Assim, o grupo seguiu para aumentar a distância da área de busca dos monarcas.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Caos Urbano T02C23

CAPÍTULO 23 – EXPLOSÕES 

— Vocês não me pegam, só comem marmelada! – Zé cantarolava enquanto fugia encolhido em uma cadeira giratória dos bandidos atirando.

Ao verem essa cena, os jornalistas ficaram boquiabertos.

— Parece que ele está se virando bem sozinho. – Carla comentou. – Como esperado do incrível Zé Mané! – finalizou.

— É, mas ele não vai durar muito tempo assim. Temos que ajudá-lo. – Rubens disse e foi saindo agachado da sala do servidor.

— Como vamos fazer isso? – a loira perguntou chegando do lado dele.

Nesse momento, um dos bandidos decidiu cercar o espião. Apesar do susto inicial, em uma fração de segundos, Zé reagiu da melhor maneira possível. Chutou o inimigo no meio das pernas e girou-se na cadeira, fazendo com ele levasse os tiros dos próprios aliados.

— Atirando no amiguinho não é nada legal. – Zé disse e chutou o bandido morto na direção dos outros, o que lhe deu mais velocidade quando girou a cadeira novamente. – Uhuuu! – ele gritou de emoção, mas foi parado por Rubens.

— Se divertindo aí, amigão? – o paulista perguntou.

— Até que sim. Rubens, você tem que andar numa dessas cadeiras. É muito legal. – o espião disse.

— Talvez outra hora. Agora precisamos ir. Ainda tem dois homens armados e vivos querendo nos acertar. – o jornalista devolveu.

— Certo. – Zé concordou e saiu da cadeira abaixado e seguiu os outros até a porta de saída.

Correndo por suas vidas eles desceram as escadas, passaram por onde entraram, pela rampa circular e seguiram até saírem do campo de visão da porta.

— Ei, ali é o Palácio Iguaçu! – Zé disse ao perceberem que tinham dado a volta no prédio em que estavam e se encontravam na Praça Nossa Senhora de Salete.

Foi então que uma grande explosão aconteceu e os empurrou para frente. Ainda no chão, eles se viraram para ver o prédio em que tinham acabado de fugir se transformar em um mar de chamas.


— Tudo certo. – Carol disse ao voltar da sala do servidor.

— Ótimo! Então vamos! Logo teremos companhia. – Érica disse e ligou sua mochila a jato.

O prédio da assembleia tinha um espaço vazio entre os andares e as janelas, em que as pessoas podiam visualizar o lado de fora através do elevador. No térreo, foi feito uma fonte nesse espaço. A única maneira de fugir do 12º andar seria voando. Por sorte, Érica sempre mantinha duas mochilas a jato para emergências na van.

— Carol, você vem comigo. – Duda falou.

A advogada abraçou a espiã loira e elas alçaram voo. Érica foi na frente e atirou no vidro para abrir caminho. As outras estavam voando para a saída quando tiros acertaram a mochila de Duda. Vários homens armados chegaram no 12º andar e começaram a atirar da beirada. Nos andares surgiram mais inimigos também.

— Duda! – a espiã morena gritou ao ouvir os tiros.

— Érica! – a loira tentava avançar, mas o motor de sua mochila começava a falhar.

Érica chegou perto e segurou em seus braços. Carol ficou entre elas e os tiros continuaram vindo.

— É muito peso, Érica. Sua mochila não vai aguentar. Pegue a Carol e me deixe. – Duda disse.

— Nunca! Sairemos as três daqui. – a espiã morena disse.

— Sabe que é impossível. Por favor, diga ao Zé que eu... – Duda falava quando um tiro lhe acertou a cabeça.

O baque do acontecido e o peso de um corpo morto fizeram Érica perder altitude. Com isso, ela teve poucos segundos para tomar uma importante decisão. Soltou Duda e segurou no braço da advogada. Voou o mais alto que pôde, até tocar o teto.

— Suba em mim. – Érica disse.

Carol fez isso, com um pouco de dificuldade, e as duas ficaram frente a frente, com os rostos bem próximos.

— Agora, coloque sua cabeça do meu lado esquerdo e segura firme. – a espiã disse. – Se puder puxe seu cabelo também.

Quando a advogada fez o pedido, Érica desceu em zigue-zague e atirou nos bandidos até acabar sua munição. Cada tiro dado foi um bandido morto. Ela guardou sua arma e saiu pelo buraco que abriu na janela. E nesse instante, uma grande explosão aconteceu no prédio e empurrou-a pelo ar, fazendo-a perder o controle. Logo, ela conseguiu recuperá-lo, mas olhou para trás atônita.

Pousando na rua em frente ao Palácio Iguaçu, as duas mulheres se separaram e respiraram um pouco. Então, viram Zé, Rubens e Carla se aproximarem. O espião perguntou de sua namorada e quando sua amiga demorou para responder, percebeu o que tinha acontecido. Nem teve tempo de sentir algo pois em seguida várias explosões ocorreram ao longo da avenida, em seus principais prédios: Banco Central, Shopping Mueller, Prefeitura e outros.

Imprevistos já tinham acontecido em seus planos antes, porém aquilo era demais. As coisas tinham saído completamente do controle. Sua namorada tinha morrido e vários prédios explodido. Pela primeira vez, o líder dos espiões perdeu suas forças e não soube o que fazer.