SUBMUNDO
No camarote VIP de uma boate num dos bairros da periferia da cidade de
Curitiba, dois homens conversavam, em meio ao barulho da música e das outras
pessoas falando e gritando. Um deles era Gaspar Mandrágora, o chefão do crime
organizado da região. Ele passava as coordenadas de sua próxima operação para o
seu segundo no comando, quando viu alguém os encarando.
— Você entendeu tudo, Henrique? – Gaspar perguntou após tomar um gole de
seu uísque.
— Sim, senhor. – o rapaz respondeu.
— Certo, leve mais quatro homens com você. Essa transação é muito
importante. Esse lote contém um novo tipo droga e nós temos que ser os
primeiros a disponibilizar no mercado. – o chefe disse e o subordinado
assentiu. – Quando estiver saindo, aproveita e fala com um dos seguranças para trazer
aquele cara de óculos escuros e jaqueta de couro até aqui. Ele não para de nos
encarar. – Mandrágora falou e o rapaz concordou e saiu.
Graças a seus casos na vara criminal e as informações de Borba, Ian sabia
dos negócios e localização de muitos traficantes da cidade. Naquela noite,
decidiu ir atrás de Gaspar Mandrágora. Ele estava no balcão do bar da boate e
com a visão noturna de seus óculos escuros pôde ver muito bem os traficantes no
camarote. Além disso, o ex-advogado possuía a habilidade de ler lábios, por
isso ele conseguiu entender tudo o que falavam mesmo estando bem longe.
Quando viu que foi notado e que os seguranças estavam indo em sua
direção, ele terminou sua bebida e avançou contra eles. Um soco bem dado no
nariz de um e uma boa joelhada na boca do estômago do outro abriu caminho para
Ian sair da boate em meio ao início de uma confusão.
Do lado de fora, o vigilante noturno viu o carro com os traficantes se
afastando do local. Correu para sua moto e uma perseguição teve início. Seguir
despercebido não era seu objetivo, por isso seus alvos logo o viram e começaram
a atacá-lo.
O Motoqueiro pegou uma automática e revidou. Mirou os pneus traseiros e
acertou um deles. O carro deslizou um pouco, mas para Ian não era suficiente.
Ele atirou e quebrou o vidro de trás. Guardou a arma e desviou dos projéteis
lançados sobre ele. Pegou uma granada e acelerou. Chegou o mais próximo que
conseguiu do carro e jogou o objeto pela janela sem vidro.
Ele desacelerou a moto e fez o contorno. Assim que perceberam que era uma
granada, não havia mais tempo para fazer nada. O carro explodiu e a onda do
impacto ainda acertou Ian e acelerou sua moto ainda mais. Ele voltou para a rua
da boate, pois queria pegar o chefão, afinal só não fez antes porque precisava
impedir que a transação de drogas ocorresse.
Ao virar a rua, o Motoqueiro recebeu uma chuva de tiros. Ele não teve
outra saída a não ser dar meia volta e seguir na direção contrária. Enquanto
passava pela próxima quadra, atingiu as lâmpadas de todos os postes impedindo a
visualização naquele local.
— Por que ele atirou nas lâmpadas? – um dos seguranças perguntou.
— Deve ser para fugir com segurança. Deve estar com medo que a gente o
siga. – Gaspar disse confiante e após alguns segundos de silêncio, continuou. –
É isso aí, pessoal, o tão falado Motoqueiro das Trevas não passa de um covarde!
– ele disse e todos riram.
Foram suas últimas palavras. Com um rifle de longa distância e mira com
visão noturna, Ian usou a escuridão a seu favor. Com os postes apagados, ele
ficou invisível para os outros e teve tempo para armar e mirar tranquilamente.
— Menos seis criminosos no mundo. – ele disse e saiu com sua moto.
Desculpe não ter aparecido antes, Oz é que estava cuidado do layout novo do meu blog.Organizando as postagens e tals.
ResponderExcluirVc devia fazer um curso de roterista, cara vc tem futuro.
De um amigo da web,
raffaelpetter.blogspot.com
Ainda bem que a boca do estômago do segurança não mordeu o joelho do Ian pra tentar se defender, né?
ResponderExcluir^^
Eita, esse ep foi alucinado, hein?
Bem acelerado... Xessuis...
ALOK viciada em série/anime já tá chamando "capítulo" de "episódio".
ResponderExcluirÉ profetizando que um dia teus contos vão virar filme. Amém, jovem?
:D