terça-feira, 13 de novembro de 2012

O Motoqueiro Das Trevas T01C09


SUBMUNDO

No camarote VIP de uma boate num dos bairros da periferia da cidade de Curitiba, dois homens conversavam, em meio ao barulho da música e das outras pessoas falando e gritando. Um deles era Gaspar Mandrágora, o chefão do crime organizado da região. Ele passava as coordenadas de sua próxima operação para o seu segundo no comando, quando viu alguém os encarando.
— Você entendeu tudo, Henrique? – Gaspar perguntou após tomar um gole de seu uísque.
— Sim, senhor. – o rapaz respondeu.
— Certo, leve mais quatro homens com você. Essa transação é muito importante. Esse lote contém um novo tipo droga e nós temos que ser os primeiros a disponibilizar no mercado. – o chefe disse e o subordinado assentiu. – Quando estiver saindo, aproveita e fala com um dos seguranças para trazer aquele cara de óculos escuros e jaqueta de couro até aqui. Ele não para de nos encarar. – Mandrágora falou e o rapaz concordou e saiu.
Graças a seus casos na vara criminal e as informações de Borba, Ian sabia dos negócios e localização de muitos traficantes da cidade. Naquela noite, decidiu ir atrás de Gaspar Mandrágora. Ele estava no balcão do bar da boate e com a visão noturna de seus óculos escuros pôde ver muito bem os traficantes no camarote. Além disso, o ex-advogado possuía a habilidade de ler lábios, por isso ele conseguiu entender tudo o que falavam mesmo estando bem longe.
Quando viu que foi notado e que os seguranças estavam indo em sua direção, ele terminou sua bebida e avançou contra eles. Um soco bem dado no nariz de um e uma boa joelhada na boca do estômago do outro abriu caminho para Ian sair da boate em meio ao início de uma confusão.


Do lado de fora, o vigilante noturno viu o carro com os traficantes se afastando do local. Correu para sua moto e uma perseguição teve início. Seguir despercebido não era seu objetivo, por isso seus alvos logo o viram e começaram a atacá-lo.
O Motoqueiro pegou uma automática e revidou. Mirou os pneus traseiros e acertou um deles. O carro deslizou um pouco, mas para Ian não era suficiente. Ele atirou e quebrou o vidro de trás. Guardou a arma e desviou dos projéteis lançados sobre ele. Pegou uma granada e acelerou. Chegou o mais próximo que conseguiu do carro e jogou o objeto pela janela sem vidro.
Ele desacelerou a moto e fez o contorno. Assim que perceberam que era uma granada, não havia mais tempo para fazer nada. O carro explodiu e a onda do impacto ainda acertou Ian e acelerou sua moto ainda mais. Ele voltou para a rua da boate, pois queria pegar o chefão, afinal só não fez antes porque precisava impedir que a transação de drogas ocorresse.
Ao virar a rua, o Motoqueiro recebeu uma chuva de tiros. Ele não teve outra saída a não ser dar meia volta e seguir na direção contrária. Enquanto passava pela próxima quadra, atingiu as lâmpadas de todos os postes impedindo a visualização naquele local.
— Por que ele atirou nas lâmpadas? – um dos seguranças perguntou.
— Deve ser para fugir com segurança. Deve estar com medo que a gente o siga. – Gaspar disse confiante e após alguns segundos de silêncio, continuou. – É isso aí, pessoal, o tão falado Motoqueiro das Trevas não passa de um covarde! – ele disse e todos riram.
Foram suas últimas palavras. Com um rifle de longa distância e mira com visão noturna, Ian usou a escuridão a seu favor. Com os postes apagados, ele ficou invisível para os outros e teve tempo para armar e mirar tranquilamente.
— Menos seis criminosos no mundo. – ele disse e saiu com sua moto.

3 comentários :

  1. Desculpe não ter aparecido antes, Oz é que estava cuidado do layout novo do meu blog.Organizando as postagens e tals.
    Vc devia fazer um curso de roterista, cara vc tem futuro.
    De um amigo da web,

    raffaelpetter.blogspot.com

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  2. Ainda bem que a boca do estômago do segurança não mordeu o joelho do Ian pra tentar se defender, né?
    ^^

    Eita, esse ep foi alucinado, hein?
    Bem acelerado... Xessuis...

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  3. ALOK viciada em série/anime já tá chamando "capítulo" de "episódio".
    É profetizando que um dia teus contos vão virar filme. Amém, jovem?

    :D

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