CAPÍTULO 9 – CHEGADA
— Isso não vai dar certo! –
Nanda disse.
— Vai sim. Confia em mim. – Zé
disse e piscou para ela. – Todo mundo pronto? – ele gritou para os outros o
ouvirem.
— Sim. – eles responderam
— Então vamos indo.
Um a um eles pularam do avião.
Nas costas, a mochila com paraquedas e na frente, uma mochila com suprimentos,
armas e munições. O plano de Zé Ruela era prender o manche de forma que o avião
seguisse voando sozinho por mais alguns quilômetros. A atenção da guarda
inglesa estaria voltada para a aeronave em queda. Enquanto isso, o grupo das
viajantes do tempo estaria indo de bote para a costa.
Ao chegarem lá, notaram uma
cerca que ia por toda sua extensão até onde a vista alcançava. Ela era grande o
suficiente para segurar os mortos, que raramente apareciam, mas para os vivos
um alicate resolvia o problema.
— Viu, eu disse que ia dar
certo. – Zé disse com um sorriso.
— Tá frio, irmãozão. – Becky
reclamou.
— Certo. Precisamos nos secar,
encontrar um lugar para passar a noite e conseguir um ou dois veículos para
irmos para Londres. – Zé determinou. – Como eu sou o único que fala um pouco do
idioma, vamos andar sempre juntos, porque eles são bem rígidos com
estrangeiros.
O grupo andou um pouco e logo
encontrou uma fazenda. Após confirmar a ausência de pessoas, vivas e mortas,
eles montaram acampamento. Zé e Angu saíram para explorar os arredores antes do
sol se por. Na volta, dividiram suas descobertas.
— Tem uma cidade há cerca de
15km daqui. – Zé informou.
— Não deu pra saber se está
povoada ou não. – Angu emendou.
— Ué, por que não estaria? A
Inglaterra não é o lugar mais povoado do mundo agora? – Nanda perguntou com
deboche.
— Sim, mas alguns distritos mais
próximos do oceano foram desabitados por medida de segurança. – o líder
explicou.
— Entendo. Na pior das
hipóteses, podemos ir andando, certo? – Nanda devolveu.
— Sim, claro. – Zé confirmou. –
Agora, quem está com fome e animado para uma refeição fria? – ele falou
sorrindo no fim.
Depois de comerem, começaram a
escolher os lugares para dormir.
— Eu faço o primeiro turno de
vigia. – Zé avisou e se afastou um pouco dos outros.
— Posso te fazer companhia? –
Nanda perguntou se aproximando dele.
— Claro, mas o dia vai ser longo
amanhã. Essa pode ser sua última chance de dormir. – o líder disse.
— Estou sem sono. E também quero
te agradecer pelo que fez por nós. Você é realmente descendente dele. – Nanda
disse e o rapaz sorriu.
— Tudo o que eu sempre quis foi
ser um bom líder e fazer o melhor pela comunidade. – ele pausou e deu uma
risada. – Só nunca pensei que o melhor fosse abandoná-los. – Zé disse e sentou
encostando numa árvore.
— Às vezes, a melhor decisão a
ser tomada está além da nossa imaginação. – ela disse e sentou-se ao seu lado,
deixando seus corpos se tocarem.
Ambos sorriram e ficaram em
silêncio.
Hum... Interessante! Estou gostando, haha.
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Beijoos ;*