CAPÍTULO 19 – PALÁCIO DAS ARAUCÁRIAS
No caminho aberto pelo
Motoqueiro das Trevas, um carro seguia acelerado.
— Nossa! Nem acredito que estou
num carro indo pra uma missão com o incrível Zé Mané. – Carla disse animada do
banco de trás.
— Incrível, é? – o espião
repetiu gostando do termo.
— Ela ficou fascinada quando
contei sobre os eventos da conspiração temporal. – Rubens explicou.
— E como não ficar? Vocês
salvaram o mundo. – a jornalista disse.
— É, nós salvamos mesmo. – Zé
disse sorrindo.
— E agora estamos para salvar a
cidade. – Rubens emendou.
— Se pensar isso é um
retrocesso. – o espião disse.
— Mas de alguma forma é ainda
mais difícil. – o paulista complementou.
Após algumas quadras, eles
chegaram ao seu destino. Para não alertar os possíveis guardas, Zé parou o
veículo a uma certa distância. Andando abaixados, eles subiram a rampa circular
de entrada e não encontraram ninguém vigiando a porta. Endireitaram a postura e
entraram no Palácio das Araucárias.
— Muito bem! O sinal do servidor
está vindo desse ponto aqui a oeste. – Zé disse apontando para o tablet. – Provavelmente nos andares
superiores. Vamos ficar juntos para o caso de encontrarmos algum bandido no
caminho.
— Certo! – os jornalistas
disseram e começaram a subir as escadas.
No segundo andar, eles se
aproximaram de uma porta.
— É pra estar nessa sala. Estão
prontos? – Zé disse em voz baixa e o casal assentiu.
O cômodo possuía várias fileiras
de mesas e no fundo uma sala com paredes e porta de vidro onde se encontrava um
grande cubo preto.
— Ali está ele. Só precisamos ir
até lá e... – o espião falava, mas teve sua boca tapada por Rubens.
O jornalista o puxou para trás
da primeira mesa ao mesmo tempo em que um homem armado surgia em seu campo de
visão.
— Vocês ouviram alguma coisa? –
ele perguntou aos companheiros.
— Não. Você tá paranoico.
Ninguém teria coragem nem sequer conseguiria entrar aqui. – um deles respondeu.
Através de sinais, os três
combinaram de irem engatinhando atrás da última fileira de mesa até a sala do
servidor. Ao chegarem na última ponta, Rubens pegou um grampeador e jogou na
porta pela qual entraram. Isso atraiu a atenção dos bandidos que saíram de seu
local para verificarem a fonte do barulho. Aproveitando a brecha, Carla
avançou, empurrou a porta de vidro e entrou ainda rastejando. Rubens a seguiu e
logo eles foram para trás do servidor e sair do campo de visão dos inimigos.
Ele pegou o aparelho dado por Rob e Joca e grudou no grande equipamento.
Ligou-o e, após alguns segundos, viu a mensagem “sinal bloqueado”.
— Pronto! Agora é só sairmos
daqui. – o jornalista disse e no instante seguinte tiros se fizeram ouvir. –
Eita! Cadê o Zé?
— Ah, não! – Carla disse ao
notar que o espião não estava ali.
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