CAPÍTULO 11 – FLAGRANTE
— Uau! A Lucy é descendente de
uma família de mafiosos. – Solano comentou depois do relato de Diana e Manu
sobre suas descobertas.
— E eles podem muito bem ainda
estar ativos. – a editora-chefe disse.
— Mas a máfia italiana não foi
dizimada no fim dos anos 80 e início dos 90? – Caramello indagou.
— Sim, mas não temos como
afirmar que todas as famílias foram mortas ou abandonaram seus negócios para
sempre. – Manu respondeu.
— Além disso, a máfia também evoluiu
com o tempo. Hoje no Brasil muitos setores são comandados por ela. – Diana
emendou.
— Então precisamos fazer alguma
coisa para ajudar o Alex. – Hugo disse.
— É, o nosso maninho pode estar
em perigo. – Ciano acrescentou.
— Gente, para tudo! – Paty disse
e atraiu todos os olhares. – Vocês esqueceram de considerar que o Alex pode
estar apaixonado e é óbvio que ele vai querer passar mais tempo com a namorada.
— Você não viu os olhos sem
brilho dele, Paty. Não ouviu a voz sem ânimo. Todo seu espírito estava abalado.
– Manu disse.
— Ah por favor, Manu! Larga o
osso! Você tá obcecada com o Alex desde que começaram as aulas. Deixa o garoto
ser feliz. – a mais rica disse.
— É melhor você retirar o que
disse, Patricinha. – Manu devolveu com raiva.
— Acalmem-se, vocês duas! –
Diana ficou entre elas com os braços esticados. – Paty, o que você disse pode
ser verdade, mas pode não ser. Vai vir com a gente para descobrir?
— É, vou, agora fiquei curiosa.
— Certo. – a nerd arrumou a postura e ajeitou os
óculos. – Eu guardei alguns programas da nossa aventura de espiões e consegui hackear o celular do Alex. Ele tem
estado no mesmo lugar todas as tardes.
— Ele está lá agora? – Solano
perguntou.
— Sim. – Diana confirmou.
— Então o que estamos esperando?
– Ciano disse empolgado.
Os sete adolescentes entraram no
prédio e se espalharam pela recepção. Manu e Caramello pularam a catraca
chamando a atenção do recepcionista/guarda. Assim que ele saiu de seu posto,
Hugo pulou também e o imobilizou com uma chave de pescoço, pressionando-o até
que desmaiou. Diana travou a porta de entrada enquanto os rapazes amarraram o
homem desacordado. Após uma análise em seu celular, a nerd descobriu que o andar que precisavam ir era o oitavo. O
elevador chegou e assim foram.
Na terceira sala que entraram,
viram Alex e Lucy olhando concentrados para um quadro com vários papeis, fotos
e recortes de jornal pendurados.
— Parados aí! – Ciano gritou e
os outros o olharam. – Sempre quis dizer isso. – ele sorriu.
— Pessoal? O que estão fazendo
aqui? – Alex perguntou surpreso.
— Mais importante: como
conseguiram entrar aqui? – Lucy questionou estreitando os olhos.
— Somos capazes de coisas que
você nem faz ideia. – Manu disse provocando e Lucy riu.
— Eu conto ou você conta? – a
Cesca disse olhando para Alex.
— Contar o que, Alex? – Manu
perguntou nervosa.
O rapaz olhou para os amigos,
engoliu em seco e suspirou.
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