quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Conspiração Temporal T03C08

CAPÍTULO 8 – HORDA 

— Quando o mundo caiu, muitas pessoas tentaram fugir pelo aeroporto. Logo, perceberam não ser uma boa ideia. Afinal, onde pousar depois? Com o tempo o conhecimento de pilotar se perdeu e ninguém veio pra cá. Eu passei meses estudando os manuais que encontrei até ter coragem para pilotar um avião. Com isso deve ter mais uma ou outra aeronave para usarmos. O único problema com o aeroporto é que... – Zé Ruela fez uma pausa em sua narrativa e as viajantes seguiram a direção de seu olhar. – É cheio de zumbi.

A caminhonete parou ao lado do carro e baixou o vidro do motorista.

— Parece que está lotado. – Edgar disse em tom jocoso.

— Sim, mas é só uma questão de saber como abrir caminho. – Zé disse com um sorriso.

— Você quer dizer daquele jeito? – Edgar perguntou sorrindo de volta.

— Exatamente. – o líder confirmou.

— Que jeito é esse? – Jess perguntou curiosa.

— Prestem bem atenção, senhoritas, pois vocês verão uma das grandes vantagens de se ter um arqueiro no grupo. – Zé disse e as duas olharam para a caminhonete.

— Garoto, é com você! – Edgar gritou.

— Sim, senhor! – Angu devolveu enquanto preparava seu arco com uma flecha especial.

Ele mirou para a direção perpendicular de onde estavam e lançou. No momento do impacto houve uma grande explosão, que imediatamente atraiu a atenção dos mortos-vivos. Assim que uma brecha surgiu, os veículos avançaram até chegar no avião.

A porta estava aberta. Angu e Becky entraram e fizeram a limpeza do local. Após isso, Zé foi para a cabine e ligou a aeronave. Com toda a equipe e suprimentos no avião, o piloto começou a movimentá-lo. No entanto, parte da horda resolveu seguir o barulho do motor, ficando na frente do grande veículo.

— Angu, tire esses caras de perto de nós. – Zé gritou da cabine.

O arqueiro abriu a porta novamente e começou a atirar suas flechas explosivas, mas o barulho não estava sendo suficiente. Então Jess apareceu ao seu lado.

— Encontrei isso entre as armas. – ela disse segurando uma besta. – O barulho do motor é muito alto, mas se dobrarmos o número de explosões...

— O avião não será ouvido. – Angu completou e Jess assentiu.

Os dois atiraram o máximo de flechas que conseguiram no menor tempo possível. Eles acertaram as estruturas do aeroporto, causando sua destruição, o que resultou em um barulho ensurdecedor. Os zumbis passaram sua atenção para lá e começaram a sair da pista. O arqueiro e a balestreira fecharam a porta enquanto a aeronave alçava voo.

— Formamos uma boa dupla. – Angu comentou.

— É, formamos sim. – Jess concordou com um sorriso.

Todos se acomodaram nas poltronas e relaxaram um pouco. Na altura das nuvens, o avião seguia seu caminho rumo à Inglaterra.

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