CAPÍTULO 8 – HORDA
— Quando o mundo caiu, muitas
pessoas tentaram fugir pelo aeroporto. Logo, perceberam não ser uma boa ideia.
Afinal, onde pousar depois? Com o tempo o conhecimento de pilotar se perdeu e
ninguém veio pra cá. Eu passei meses estudando os manuais que encontrei até ter
coragem para pilotar um avião. Com isso deve ter mais uma ou outra aeronave
para usarmos. O único problema com o aeroporto é que... – Zé Ruela fez uma
pausa em sua narrativa e as viajantes seguiram a direção de seu olhar. – É
cheio de zumbi.
A caminhonete parou ao lado do
carro e baixou o vidro do motorista.
— Parece que está lotado. –
Edgar disse em tom jocoso.
— Sim, mas é só uma questão de
saber como abrir caminho. – Zé disse com um sorriso.
— Você quer dizer daquele jeito?
– Edgar perguntou sorrindo de volta.
— Exatamente. – o líder
confirmou.
— Que jeito é esse? – Jess
perguntou curiosa.
— Prestem bem atenção,
senhoritas, pois vocês verão uma das grandes vantagens de se ter um arqueiro
no grupo. – Zé disse e as duas olharam para a caminhonete.
— Garoto, é com você! – Edgar
gritou.
— Sim, senhor! – Angu devolveu
enquanto preparava seu arco com uma flecha especial.
Ele mirou para a direção
perpendicular de onde estavam e lançou. No momento do impacto houve uma grande
explosão, que imediatamente atraiu a atenção dos mortos-vivos. Assim que uma
brecha surgiu, os veículos avançaram até chegar no avião.
A porta estava aberta. Angu e
Becky entraram e fizeram a limpeza do local. Após isso, Zé foi para a cabine e
ligou a aeronave. Com toda a equipe e suprimentos no avião, o piloto começou a
movimentá-lo. No entanto, parte da horda resolveu seguir o barulho do motor,
ficando na frente do grande veículo.
— Angu, tire esses caras de
perto de nós. – Zé gritou da cabine.
O arqueiro abriu a porta
novamente e começou a atirar suas flechas explosivas, mas o barulho não estava
sendo suficiente. Então Jess apareceu ao seu lado.
— Encontrei isso entre as armas.
– ela disse segurando uma besta. – O barulho do motor é muito alto, mas se
dobrarmos o número de explosões...
— O avião não será ouvido. –
Angu completou e Jess assentiu.
Os dois atiraram o máximo de
flechas que conseguiram no menor tempo possível. Eles acertaram as estruturas
do aeroporto, causando sua destruição, o que resultou em um barulho
ensurdecedor. Os zumbis passaram sua atenção para lá e começaram a sair da
pista. O arqueiro e a balestreira fecharam a porta enquanto a aeronave alçava
voo.
— Formamos uma boa dupla. – Angu
comentou.
— É, formamos sim. – Jess
concordou com um sorriso.
Todos se acomodaram nas
poltronas e relaxaram um pouco. Na altura das nuvens, o avião seguia seu
caminho rumo à Inglaterra.
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