terça-feira, 11 de agosto de 2020

Caos Urbano T02C11

 CAPÍTULO 11 – CAPTURADOS    

Eles estavam a meio caminho do distrito policial quando sentiram o tremor e a explosão. Os carros deslizaram e alguns se bateram. Raquel conseguiu frear a tempo e evitou um acidente. Devido a isso, Rubens foi para frente devido ao movimento e passou por entre os bancos quase alcançando o painel. 

— Ei, você está bem? – Raquel quis saber.

— Tá preocupada, comigo, detetive? – Rubens disse com um sorriso, enquanto a morena o empurrava para trás.

Raquel sabia que Rubens não tinha matado o suspeito dela, pois não havia nenhum resíduo de pólvora em suas mãos. Ela chamou a perícia, alguns guardas municipais para guardar o local e, com isso, pôde lidar pessoalmente com o jornalista intrometido.

— Venha, vamos a pé o resto do percurso. – ela disse tirando o cinto e saindo do carro. 

Ela abriu a porta de trás e puxou o jornalista para fora. Ela andava segurando um dos braços dele, ao mesmo tempo em que as pessoas ao redor ficavam paradas sem saber o que fazer. Nesse momento, há algumas quadras de distância, um grupo armado atirava para o alto. Alguns entravam em estabelecimentos enquanto outros assaltavam as pessoas pelo caminho.

— Certo, agora complicou um pouco. – Rubens disse.

Raquel o puxou para dentro de uma farmácia. 

— Você tem que me soltar, detetive. Agora é uma questão de vida ou morte. – ele disse.

— Aham, e vai querer uma arma também? – ela devolveu com desdém.

— Não, eu não sou muito bom com armas. – ele disse e ela revirou os olhos enquanto virava o corpo pra fora da farmácia. – Ah, era retórica? Tá bem.

Com a arma apontada na direção do grupo armado, ela notou que eles começavam a chegar em sua localização.

— Tudo bem, eu vou te soltar, mas... – ela falou virando para trás e viu Rubens livre de uma algema e tirando a segunda. – Como você...?

— Puxa, você ia me soltar agora? Você foi tão firme agora há pouco que não achei que fosse me soltar mais. Segura aqui. – ele disse entregando as algemas e um grampo de cabelo dela para ela. – Não conseguiremos sair daqui sozinhos. Precisamos pedir ajuda agora. – ele disse ao mesmo tempo que mexia no celular. 

Raquel guardou as algemas e tentava entender o que estava acontecendo quando homens armados apareceram e renderam-na facilmente. Quando descobriram que ela era policial, quiseram saber o nome dela, pois o Dr. Morte estava procurando uma. Confirmando que era a mesma, levaram-na como refém. Após muita insistência, levaram Rubens também.

Pegando dois carros abandonado na rua, o grupo se dividiu para caber cada refém em um veículo. Eles passavam por cima das pessoas e batiam em todos os carros pelo caminho. Pareciam não saber direito aonde estavam indo e quando encontraram uma rua mais livre, uma van emparelhou com os carros e atirou nos pneus dos dois carros.

— A cavalaria chegou. – Rubens disse e sorriu enquanto seus raptores se desesperavam.

Ao mesmo tempo, quase como se fosse combinado, uma moto surgiu do lado oposto ao da van enquanto os carros tentavam se controlar na rua. Tiros acertaram as cabeças dos motoristas e dos homens que guardavam cada refém. 

Em um movimento coordenado, a van empurrou o primeiro carro na direção de um poste para pará-lo, ao mesmo tempo em que servia de barreira para o segundo. Enquanto isso, a moto deu cabo dos homens sentados nos bancos do carona. Com tudo parado, Rubens e Raquel empurraram respectivamente os homens que os separavam da porta. 

— Foi daqui que pediram um resgate? – Zé disse saindo pela porta lateral da van.

— Bem na hora, meu amigo. – o jornalista disse e apertou a mão do espião.

— Eu sei que ele ajudou um pouco, mas você achou que a gente não daria conta? – Zé perguntou enquanto apontava para o Motoqueiro.

— Eu não sabia que vocês dois viriam. Chamei os dois porque a situação estava grave. – Rubens disse e riu.

— Raquel?! – Ian disse ao ver a detetive.

— Ian! Você conhece essas pessoas? – Raquel quis saber.

— Ah, ótimo! Vocês já se conhecem! Isso poupa apresentações. Quer dizer, ainda tem os espiões, mas é uma a menos. – o paulista disse.

— Espiões? – Raquel se espantou olhando para as pessoas na van.

— Rubens. – Ian chamou sério. – Onde está a Carol?

— Quem? – o jornalista devolveu sem entender.

Nenhum comentário :

Postar um comentário