CAPÍTULO 11 – CAPTURADOS
Eles estavam
a meio caminho do distrito policial quando sentiram o tremor e a explosão. Os
carros deslizaram e alguns se bateram. Raquel conseguiu frear a tempo e evitou
um acidente. Devido a isso, Rubens foi para frente devido ao movimento e passou
por entre os bancos quase alcançando o painel.
— Ei, você
está bem? – Raquel quis saber.
— Tá
preocupada, comigo, detetive? – Rubens disse com um sorriso, enquanto a morena
o empurrava para trás.
Raquel sabia
que Rubens não tinha matado o suspeito dela, pois não havia nenhum resíduo de
pólvora em suas mãos. Ela chamou a perícia, alguns guardas municipais para
guardar o local e, com isso, pôde lidar pessoalmente com o jornalista
intrometido.
— Venha,
vamos a pé o resto do percurso. – ela disse tirando o cinto e saindo do
carro.
Ela abriu a
porta de trás e puxou o jornalista para fora. Ela andava segurando um dos
braços dele, ao mesmo tempo em que as pessoas ao redor ficavam paradas sem
saber o que fazer. Nesse momento, há algumas quadras de distância, um grupo
armado atirava para o alto. Alguns entravam em estabelecimentos enquanto outros
assaltavam as pessoas pelo caminho.
— Certo,
agora complicou um pouco. – Rubens disse.
Raquel o
puxou para dentro de uma farmácia.
— Você tem
que me soltar, detetive. Agora é uma questão de vida ou morte. – ele disse.
— Aham, e
vai querer uma arma também? – ela devolveu com desdém.
— Não, eu
não sou muito bom com armas. – ele disse e ela revirou os olhos enquanto virava
o corpo pra fora da farmácia. – Ah, era retórica? Tá bem.
Com a arma
apontada na direção do grupo armado, ela notou que eles começavam a chegar em
sua localização.
— Tudo bem,
eu vou te soltar, mas... – ela falou virando para trás e viu Rubens livre de uma
algema e tirando a segunda. – Como você...?
— Puxa, você
ia me soltar agora? Você foi tão firme agora há pouco que não achei que fosse
me soltar mais. Segura aqui. – ele disse entregando as algemas e um grampo de
cabelo dela para ela. – Não conseguiremos sair daqui sozinhos. Precisamos pedir
ajuda agora. – ele disse ao mesmo tempo que mexia no celular.
Raquel
guardou as algemas e tentava entender o que estava acontecendo quando homens
armados apareceram e renderam-na facilmente. Quando descobriram que ela era policial,
quiseram saber o nome dela, pois o Dr. Morte estava procurando uma. Confirmando
que era a mesma, levaram-na como refém. Após muita insistência, levaram Rubens
também.
Pegando dois
carros abandonado na rua, o grupo se dividiu para caber cada refém em um
veículo. Eles passavam por cima das pessoas e batiam em todos os carros pelo
caminho. Pareciam não saber direito aonde estavam indo e quando encontraram uma
rua mais livre, uma van emparelhou com os carros e atirou nos pneus dos dois
carros.
— A cavalaria
chegou. – Rubens disse e sorriu enquanto seus raptores se desesperavam.
Ao mesmo
tempo, quase como se fosse combinado, uma moto surgiu do lado oposto ao da van
enquanto os carros tentavam se controlar na rua. Tiros acertaram as cabeças dos
motoristas e dos homens que guardavam cada refém.
Em um
movimento coordenado, a van empurrou o primeiro carro na direção de um poste
para pará-lo, ao mesmo tempo em que servia de barreira para o segundo. Enquanto
isso, a moto deu cabo dos homens sentados nos bancos do carona. Com tudo
parado, Rubens e Raquel empurraram respectivamente os homens que os separavam
da porta.
— Foi daqui
que pediram um resgate? – Zé disse saindo pela porta lateral da van.
— Bem na
hora, meu amigo. – o jornalista disse e apertou a mão do espião.
— Eu sei que
ele ajudou um pouco, mas você achou que a gente não daria conta? – Zé perguntou
enquanto apontava para o Motoqueiro.
— Eu não
sabia que vocês dois viriam. Chamei os dois porque a situação estava grave. –
Rubens disse e riu.
— Raquel?! –
Ian disse ao ver a detetive.
— Ian! Você
conhece essas pessoas? – Raquel quis saber.
— Ah, ótimo!
Vocês já se conhecem! Isso poupa apresentações. Quer dizer, ainda tem os
espiões, mas é uma a menos. – o paulista disse.
— Espiões? –
Raquel se espantou olhando para as pessoas na van.
— Rubens. –
Ian chamou sério. – Onde está a Carol?
— Quem? – o
jornalista devolveu sem entender.
Nenhum comentário :
Postar um comentário