CAPÍTULO 12 – AS NAMORADAS PARTE 2
Devido ao tremor, os carros
pararam nas ruas e alguns até se acidentaram. Sem opção melhor, Carla e Carol
decidiram continuar seu percurso a pé. Elas andavam normalmente, quando viram
um grupo de homens armados vindo em sua direção.
— Ah, caramba! Vamos dar a
volta. – Carol disse e ia virando o corpo, mas foi impedida.
— Espera! Você tá louca? Se
fizermos isso, eles vão vir com tudo pra cima de nós. – Carla argumentou.
— Então o que faremos? – a
morena indagou.
— Vamos passar por eles. – a
loira disse.
— Como?
— Com um truque que aprendi na
faculdade. – Carla começou. – Os homens têm um fetiche em ver ou imaginar duas
mulheres juntas.
— Tá e daí? – Carol devolveu sem
entender e então teve um estalo. – Espera aí, você não está sugerindo que...
— Estou. – a jornalista
confirmou. – Fica tranquila. Vai ser facinho. Só segue a minha. Ah! Mas antes
precisamos fazer umas modificações.
Carla puxou seu cabelo para cima
deixando-o arrepiado. Levantou as golas de sua camisa polo e abriu dois botões
da camisa social de Carol.
— Eles estão chegando, me
abraça. – a loira disse colocando o braço ao redor da cintura da outra. – Faz
uma cara sensual.
Os homens ocuparam toda a
calçada e alguns apontavam armas para elas.
— Ora, ora. O que temos aqui?
Onde as mocinhas pensam que vão? – disse um homem que aparentava ser o líder.
— Estamos indo pra casa. Depois
de um longo dia de trabalho, só queremos um bom banho e uma noite de sexo
selvagem. Não é, amor? – Carla disse e apertou a bunda de Carol, que levou um
susto, mas logo se recuperou.
— Isso mesmo! – ela disse e
jogou seu cabelo para trás. – Então, se nos dão licença...
— Parada! Ninguém vai a lugar
nenhum. – disse um homem que estava mais nervoso. – O Dr. Morte disse que
podemos matar todo mundo. – ele disse erguendo firmemente a arma.
— Calma aí, Juninho! – disse o
líder, que não notou a reação das mulheres ao nome do médico. – Isso não quer
dizer que vamos matar todo mundo. – o rapaz baixou a arma e o líder continuou.
– Agora, senhoritas, meus amigos e eu podemos deixá-las passar se nos derem uma
amostra de como será a noite de vocês. – ele finalizou com um sorriso
malicioso.
— Claro, sem problemas! – Carla
disse e se virou de frente para a advogada. – Bom, vamos lá!
— Espera! O quê? – Carol
perguntou assustada.
— Coloca a mão no meu pescoço. –
a jornalista disse e pôs a mão no seio da morena. – É só um beijo.
As duas mulheres se seguravam
desajeitadamente e nada convincente. Suas bocas estavam bem próximas, mas não
chegavam a se encostar.
— Eu não consigo. – Carol
confessou.
— Eu também não. – Carla
admitiu. – Me desculpa, eu realmente achei que isso daria certo. Condenei a nós
duas.
Nesse momento, um furgão militar
surgiu a toda velocidade e atirou nos bandidos. O veículo parou e suas portas
traseiras se abriram. Carol e Carla estavam bem abraçadas.
— Todos os meliantes foram
atingidos, senhor. O casal homossexual está ileso, senhor. Impedimos um crime
de ódio, senhor. Homofóbico, no caso, senhor. – disse uma mulher fardada.
— Você está muito séria de novo,
Bassanessi. – disse um homem de olhos azuis.
— Senhor, desculpe, senhor. –
Bassanessi disse se empertigando toda.
— Essas mulheres não são
lésbicas. – disse um homem mais velho que descia do furgão e tirava o capacete
de proteção. – A não ser que a namorada do meu melhor amigo tenha trocado de
time, mas não acho que esse seja o caso, não é mesmo, Carla? – ele terminou.
— Leonel! – a jornalista
reconheceu o amigo de Rubens e correu para abraçá-lo.
Ela contou tudo o que tinha acontecido
e como tinham chegado até ali. O Coronel Leonel Macedo e seus soldados foram
até o local seguro do Motoqueiro das Trevas. Ao ver tudo destruído, Carol usou
o GPS que seu namorado tinha na moto para situações como essa. Isso fez o
coronel lembrar que ele tinha dado uma caneta com GPS para Rubens e assim que
os dois terminaram de localizar os alvos, compararam os resultados.
— Eles estão no mesmo lugar! –
disseram em uníssono.
O furgão então seguiu para lá.
Um soldado, maior que todos os outros, notou os olhares apreensivos das
mulheres e resolveu acalmá-las.
— Não precisam mais se
preocupar, senhoritas. Afinal, agora vocês estão com o Comando Épsilon.
Uauuu!!! Que historia! Eu to pasma com as falas da Carla kkk!Gostei bastante meu amigo.
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