CAPÍTULO 7 – O BAILE DE ABERTURA
O pátio estava lotado. A maioria
dos alunos já tinha chegado e havia vários homens e mulheres filantropos
também. Os membros do jornal e da rádio conversavam com os possíveis doadores
sobre suas ideias e projetos. A música ambiente ia por conta do pessoal da
rádio, que se revezava na cabine para que todos tivessem um tempo na festa.
Quando cada convidado chegava,
uma cópia do jornal lhe era entregue. A matéria de capa foi escolhida com uma
votação acirrada e sob protestos de Manu. Para ela, uma história sobre tráfico
de drogas em um colégio público de Curitiba não deveria ser mais importante do
que falar sobre prevenção e cuidados de gravidez na adolescência, mas foi voto
vencido.
Alex foi pegar uma bebida depois
de falar com um filantropo e encontrou Hugo no caminho.
— E aí, muitas doações? – o mais
baixo perguntou.
— Algumas. Eu não sou muito bom
nisso. Estou indo junto com a Caramello. Ela é tão melhor. – Hugo disse.
— Ah, isso vem com a prática.
Você chega lá. – Alex tentou animar o amigo.
Nesse momento chegou uma aluna
que chamou a atenção do editor-chefe. Lucy usava um longo vestido vermelho,
seus cabelos loiros estavam presos para cima e atrás. O batom combinava com a
roupa e sombras escuras contrastavam com seus olhos claros.
— Uau! – Alex conseguiu dizer
assim que a moça chegou perto. – Você está linda, Lucy!
— Obrigada! Você está ótimo de
smoking. – ela devolveu.
A busca por doações continuou,
enquanto a rádio seguia com sua programação.
— E aí, todo mundo curtindo a
festa? – Ciano começou a falar pela rádio. – Então, preparem-se! Depois da
próxima sequência, teremos uma entrevista com nosso artilheiro de futebol,
Ramon Solano. – ele anunciou. – E agora, uma batida mais lenta para mudar o
ritmo.
Alex não sabia qual a quantia de
que precisavam e nem se já tinham alcançado, mas decidiu que merecia uma pausa.
— Você parece feliz. – ele disse
para Lucy.
— Sim. Acabei de conseguir uma
boa doação. Aquela senhora está indo agora fazer isso. – ela contou.
— Então, pra comemorar, que tal
uma dança? – ele sugeriu e estendeu a mão.
— Ótima ideia! – ela disse
aceitando o convite.
Ele segurou na cintura dela e
ela pôs as mãos em seus ombros. Com o salto, Lucy estava da altura de Alex.
— O que foi? – ela perguntou ao
notar que ele a estava olhando.
— Nada. Eu só estava admirando
sua beleza.
— Ah, para. É mais a maquiagem
do que eu.
— Não, você é linda sempre. E eu
te admiro todos os dias. Você é linda, inteligente, simpática e gentil. – ele
disse.
— Oh, Alex! – ela disse corando.
– eu penso o mesmo de você.
Lucy passou as mãos para o
pescoço dele e se aproximou um pouco. Alex entendeu o sinal e avançou. O beijo
veio doce e suave. E deixou o rapaz desolado quando acabou.
— Alex, você confia em mim? –
ela perguntou bem perto do rosto dele.
— Sim, totalmente.
— Então, vem comigo. – ela pegou
a mão dele e puxou, seguindo para uma parte mais deserta do colégio.
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