CAPÍTULO 14 – OS COMANDOS
Já estava de noite quando
chegaram ao seu destino. Ao desligarem o motor, notaram um veículo se
aproximar na direção deles.
— Por que esse carro tá na
contramão? Será que tá bêbado? – o Sargento Santana indagou. – Ih, agora apagou
os faróis.
— Vamos usar os óculos de visão
noturna. – disse a Tenente Nikolofski.
Assim que colocaram, eles viram
um veículo igual ao deles com dois soldados vestidos iguais a eles e usando os
mesmos dispositivos para enxergar no escuro. Ao perceber que estavam sendo
vistos, ambos mostraram os dedos do meio.
— Ah, droga! – Santana
praguejou. – Capitão, o Comando Alfa está aqui. – ele avisou seu superior.
— O quê? Como assim? O que eles
estão fazendo aqui? – questionou o Capitão Renan Zurique, que abriu a porta
lateral e saiu nervoso.
— Qual é o problema do Comando
Alfa estar aqui? – Carla perguntou para Leonel.
— Nenhum. – ele respondeu. – Mas
existe uma rivalidade entre os comandos e são muito sérios quanto a isso. É até
engraçado de ver por um tempo. Jeller e Bassanessi ainda não foram
completamente infectados porque entraram depois. – o coronel explicou.
Do lado de fora, os capitães dos
comandos se encontraram enquanto os outros membros saíam dos veículos.
— E aí, Z! – cumprimentou o
Capitão Malton Xisto, do Comando Alfa.
— O que está fazendo aqui, X? –
Zurique quis saber.
— Viemos te ajudar, oras. –
Xisto respondeu com deboche.
— E quem disse que eu preciso da
sua ajuda? – Zurique devolveu com olhar fuzilante.
— Eu disse! – o coronel disse e
ficou entre os dois. – Essa operação contra o Dr. Morte vai requerer mais de um
comando. Eu teria chamado os outros três, mas eles já estão em missões
igualmente importantes. – ele finalizou e os capitães se acalmaram.
Nesse momento, a porta do galpão
se abriu e um rapaz com camisa xadrez saiu.
— Ah! Eu sabia que o exército
brasileiro não ia nos deixar na mão! – Zé Mané disse com animação.
— O que foi que você disse? –
todos os membros dos dois comandos se viraram com raiva e apontaram rifles e
pistolas contra o rapaz, que levantou os braços automaticamente.
— Zé, tá tudo bem? – Rubens
perguntou assim que passou pela porta, seguido por Ian. – Eita! – ele se
espantou ao ver as armas apontadas.
— Rubens? – Carla quis
confirmar.
— Carla? – ele devolveu
reconhecendo a voz.
— Ian? – Carol fez o mesmo que a
jornalista.
— Carol! – Ian falou animado ao
ver que os espiões não tinham se enganado.
— Ian? – uma voz masculina
chamou do lado do Comando Alfa.
— Borba? – Ian e Carol falaram
ao mesmo tempo.
— Rubens, você conhece esses
soldados? – Zé perguntou com os braços levantados e medo na voz.
— Conheço sim. – o jornalista
respondeu com um sorriso. – Leonel, está tudo bem. Estamos entre amigos.
— Abaixem as armas, soldados!
Vocês ouviram o homem! – o coronel mandou e todos obedeceram de imediato.
Com isso, os casais se
abraçaram, Borba abraçou seus amigos, Zé abaixou os braços e os comandos
relaxaram e foram convidados a entrar no galpão com seus veículos. Rubens
contou para Zé que aqueles eram dois dos remanescentes comandos do alfabeto
grego, que foram traídos pelo governo e por isso se irritaram pela suposição
dele de serem ligados ao órgão.
Feitas as apresentações, Zé e
Érica assumiram a liderança e arranjaram lugares para todos passarem a noite,
pois não havia mais nada que pudesse ser feito naquele momento.
Raquel foi deitar perto de Ian,
pois era o único que ela realmente conhecia. Apesar de que se o Motoqueiro das
Trevas confiava naquelas pessoas, elas não deveriam ser ruins. De qualquer
forma o seu corpo pedia por descanso e não demorou para ela cair no sono. Até
porque no dia seguinte alguma ação teria de ser tomada. E ela faria isso com ou
sem a ajuda das pessoas presentes no galpão.
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