quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Caos Urbano T02C14

 CAPÍTULO 14 – OS COMANDOS 

Já estava de noite quando chegaram ao seu destino. Ao desligarem o motor, notaram um veículo se aproximar na direção deles.

— Por que esse carro tá na contramão? Será que tá bêbado? – o Sargento Santana indagou. – Ih, agora apagou os faróis.

— Vamos usar os óculos de visão noturna. – disse a Tenente Nikolofski.

Assim que colocaram, eles viram um veículo igual ao deles com dois soldados vestidos iguais a eles e usando os mesmos dispositivos para enxergar no escuro. Ao perceber que estavam sendo vistos, ambos mostraram os dedos do meio.

— Ah, droga! – Santana praguejou. – Capitão, o Comando Alfa está aqui. – ele avisou seu superior.

— O quê? Como assim? O que eles estão fazendo aqui? – questionou o Capitão Renan Zurique, que abriu a porta lateral e saiu nervoso.

— Qual é o problema do Comando Alfa estar aqui? – Carla perguntou para Leonel.

— Nenhum. – ele respondeu. – Mas existe uma rivalidade entre os comandos e são muito sérios quanto a isso. É até engraçado de ver por um tempo. Jeller e Bassanessi ainda não foram completamente infectados porque entraram depois. – o coronel explicou.

Do lado de fora, os capitães dos comandos se encontraram enquanto os outros membros saíam dos veículos.

— E aí, Z! – cumprimentou o Capitão Malton Xisto, do Comando Alfa.

— O que está fazendo aqui, X? – Zurique quis saber.

— Viemos te ajudar, oras. – Xisto respondeu com deboche.

— E quem disse que eu preciso da sua ajuda? – Zurique devolveu com olhar fuzilante.

— Eu disse! – o coronel disse e ficou entre os dois. – Essa operação contra o Dr. Morte vai requerer mais de um comando. Eu teria chamado os outros três, mas eles já estão em missões igualmente importantes. – ele finalizou e os capitães se acalmaram.

Nesse momento, a porta do galpão se abriu e um rapaz com camisa xadrez saiu.

— Ah! Eu sabia que o exército brasileiro não ia nos deixar na mão! – Zé Mané disse com animação.

— O que foi que você disse? – todos os membros dos dois comandos se viraram com raiva e apontaram rifles e pistolas contra o rapaz, que levantou os braços automaticamente.

— Zé, tá tudo bem? – Rubens perguntou assim que passou pela porta, seguido por Ian. – Eita! – ele se espantou ao ver as armas apontadas.

— Rubens? – Carla quis confirmar.

— Carla? – ele devolveu reconhecendo a voz.

— Ian? – Carol fez o mesmo que a jornalista.

— Carol! – Ian falou animado ao ver que os espiões não tinham se enganado.

— Ian? – uma voz masculina chamou do lado do Comando Alfa.

— Borba? – Ian e Carol falaram ao mesmo tempo.

— Rubens, você conhece esses soldados? – Zé perguntou com os braços levantados e medo na voz.

— Conheço sim. – o jornalista respondeu com um sorriso. – Leonel, está tudo bem. Estamos entre amigos.

— Abaixem as armas, soldados! Vocês ouviram o homem! – o coronel mandou e todos obedeceram de imediato.

Com isso, os casais se abraçaram, Borba abraçou seus amigos, Zé abaixou os braços e os comandos relaxaram e foram convidados a entrar no galpão com seus veículos. Rubens contou para Zé que aqueles eram dois dos remanescentes comandos do alfabeto grego, que foram traídos pelo governo e por isso se irritaram pela suposição dele de serem ligados ao órgão.

Feitas as apresentações, Zé e Érica assumiram a liderança e arranjaram lugares para todos passarem a noite, pois não havia mais nada que pudesse ser feito naquele momento.

Raquel foi deitar perto de Ian, pois era o único que ela realmente conhecia. Apesar de que se o Motoqueiro das Trevas confiava naquelas pessoas, elas não deveriam ser ruins. De qualquer forma o seu corpo pedia por descanso e não demorou para ela cair no sono. Até porque no dia seguinte alguma ação teria de ser tomada. E ela faria isso com ou sem a ajuda das pessoas presentes no galpão.

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