quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Caos Urbano T02C16

CAPÍTULO 16 – DOMINAÇÃO 

Depois do abraço coletivo, Raquel foi acomodada na melhor poltrona do galpão. Duda lhe serviu uma caneca com café passado na hora. Enquanto bebia um gole, a detetive via o espião de camisa xadrez tomar o controle da situação.

— Atenção, pessoal! Não podemos deixar que essas mortes tenham sido em vão. Precisamos preparar nosso ataque, para isso é necessário ter informação. – Zé dizia e todos estavam atentos. – O Dr. Morte não está mais no Jardim Botânico e é imperativo que saibamos sua localização. Rob e Joca, procurem em todos os meios eletrônicos alguma menção do Morte, usem satélite, hackeiem sistemas, façam o que for preciso. – ele disse aos amigos que assentiram na hora. – Ian, sei que está perigoso sair pelas ruas, mas imagino que você tenha contatos e informantes pela cidade e ele seriam muito úteis agora. – o Motoqueiro concordou admirando e se espantando com a seriedade e inteligência de Zé Mané. – Leve um dos comandos com você como cobertura. Coronel amigo do Rubens e o comando que ficar, usem seus equipamentos militares para fazerem contato com o resto do país. O Brasil e o mundo precisam saber o que está acontecendo aqui. – o espião finalizou e, inspirados por sua liderança, todos começaram a se mexer.

— Esse é o Zé líder, inteligente e estratégico que eu conheço. – Rubens disse. – E nós, hein? – ele perguntou e Zé sorriu.

— Espiões, jornalistas e namorada do Ian. – o espião disse e olhou para Érica. – Vamos transformar esse galpão em um centro de operações decente. – ele disse e os dois co-líderes sorriram. 

A cabeça de Ana estava conservada criogenicamente em um recipiente. Só faltava o tronco para Dr. Morte montar o corpo perfeito para sua mulher. Esse sempre foi seu objetivo principal, mas depois de ter sido preso sabia que iria precisar de aliados, por isso teve a ideia do caos urbano, afinal os outros não poderiam saber de seu verdadeiro desejo.

O próximo passo de seu plano era tomar a sede do governo do estado, o Palácio Iguaçu.

— O prédio está todo cercado. – Dorigan informou pelo celular.

— Mate todos menos o governador. Podemos precisar dele depois. Estou a caminho. – Morte disse do conforto do seu carro.

O palácio foi facilmente rendido, os seguranças não esperavam pelo poder de fogo que lhes atacou. Quando Dr. Morte chegou, estava tudo livre. Sem perder tempo, ele chamou os líderes das gangues para uma reunião.

— Senhores, agora chegamos a uma parte muito importante: assegurarmos nossa posição. Quero uma forte proteção ao redor do palácio em um raio de dois quilômetros.

— Serão necessários muitos homens para isso. – um dos líderes observou.

— Sim, serão. – o ex-médico concordou sem se abalar. – Precisamos ficar vivos para alcançarmos nosso objetivo.

— E que objetivo é esse mesmo? – outro perguntou.

— Dominação, é claro! Um lugar que será regido por nós, com nossas regras e leis. – Dr. Morte disse e todos os presentes sorriram maliciosamente.

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