CAPÍTULO 16 – DOMINAÇÃO
Depois do abraço coletivo,
Raquel foi acomodada na melhor poltrona do galpão. Duda lhe serviu uma caneca
com café passado na hora. Enquanto bebia um gole, a detetive via o espião de
camisa xadrez tomar o controle da situação.
— Atenção, pessoal! Não podemos
deixar que essas mortes tenham sido em vão. Precisamos preparar nosso ataque,
para isso é necessário ter informação. – Zé dizia e todos estavam atentos. – O
Dr. Morte não está mais no Jardim Botânico e é imperativo que saibamos sua
localização. Rob e Joca, procurem em todos os meios eletrônicos alguma menção
do Morte, usem satélite, hackeiem sistemas, façam o que for preciso. – ele
disse aos amigos que assentiram na hora. – Ian, sei que está perigoso sair
pelas ruas, mas imagino que você tenha contatos e informantes pela cidade e ele
seriam muito úteis agora. – o Motoqueiro concordou admirando e se espantando
com a seriedade e inteligência de Zé Mané. – Leve um dos comandos com você como
cobertura. Coronel amigo do Rubens e o comando que ficar, usem seus
equipamentos militares para fazerem contato com o resto do país. O Brasil e o
mundo precisam saber o que está acontecendo aqui. – o espião finalizou e,
inspirados por sua liderança, todos começaram a se mexer.
— Esse é o Zé líder, inteligente
e estratégico que eu conheço. – Rubens disse. – E nós, hein? – ele perguntou e
Zé sorriu.
— Espiões, jornalistas e namorada do Ian. – o espião disse e olhou para Érica. – Vamos transformar esse galpão em um centro de operações decente. – ele disse e os dois co-líderes sorriram.
A cabeça de Ana estava
conservada criogenicamente em um recipiente. Só faltava o tronco para Dr. Morte
montar o corpo perfeito para sua mulher. Esse sempre foi seu objetivo
principal, mas depois de ter sido preso sabia que iria precisar de aliados, por
isso teve a ideia do caos urbano, afinal os outros não poderiam saber de seu
verdadeiro desejo.
O próximo passo de seu plano era
tomar a sede do governo do estado, o Palácio Iguaçu.
— O prédio está todo cercado. –
Dorigan informou pelo celular.
— Mate todos menos o governador.
Podemos precisar dele depois. Estou a caminho. – Morte disse do conforto do seu
carro.
O palácio foi facilmente
rendido, os seguranças não esperavam pelo poder de fogo que lhes atacou. Quando
Dr. Morte chegou, estava tudo livre. Sem perder tempo, ele chamou os líderes
das gangues para uma reunião.
— Senhores, agora chegamos a uma
parte muito importante: assegurarmos nossa posição. Quero uma forte proteção ao
redor do palácio em um raio de dois quilômetros.
— Serão necessários muitos
homens para isso. – um dos líderes observou.
— Sim, serão. – o ex-médico
concordou sem se abalar. – Precisamos ficar vivos para alcançarmos nosso
objetivo.
— E que objetivo é esse mesmo? –
outro perguntou.
— Dominação, é claro! Um lugar
que será regido por nós, com nossas regras e leis. – Dr. Morte disse e todos os
presentes sorriram maliciosamente.
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