CAPÍTULO 10 – AS NAMORADAS
Ao longo do dia, Carol ligou
para o hotel no intuito de conversar com Rubens Fonseca. Contudo, sempre que a
transferiam para o quarto dele, chamava até cair. Então, ela decidiu que depois
do expediente iria pessoalmente lá e esperaria até ele aparecer.
Quando o sol se pôs, ela chegou
a seu destino. Parou em frente do balcão de recepção ao mesmo tempo em que uma mulher
loira aguardava a chegada do elevador.
— Olá, eu gostaria de falar com
o Sr. Rubens Fonseca do quarto 403. – Carol disse para a recepcionista.
Antes que a funcionária pudesse
dizer algo, Carla interveio.
— E quem gostaria de falar com
ele? – a loira perguntou esquecendo o elevador.
— Quem quer saber? – Carol
devolveu.
— Ora, ora. Não te ensinaram que
não se deve responder uma pergunta com outra pergunta? – Carla disse com ar de
deboche.
— Não te ensinaram que não deve
se meter em assunto alheio? – a advogada disse com um olhar fuzilante.
— Bom, não sou eu que quero
falar com Sr. Rubens Fonseca. – a loira disse e seguiu para a sala de espera do
hotel.
Carol segurou a raiva, ponderou
por alguns segundos e foi atrás da loira. Antes que esta pudesse sentar, a
advogada segurou-lhe o braço.
— Espera! – vendo o olhar da
loira, ela se aproximou e falou bem baixo. – Olha, meu namorado conhece o
Rubens e me pediu para vir falar com ele. É urgente!
A morena soltou o braço da
outra, que ficou olhando-a dos pés à cabeça. Ela manteve o baixo volume de voz
para responder.
— Você não parece ser uma espiã.
– Carla disse em tom pensativo com a mão no queixo. – Você é a namorada do
Motoqueiro da Trevas, não é?
— O que? Como você...?
— Meu nome é Carla. Sou a
namorada do Rubens. – a jornalista disse e estendeu a mão.
Depois do susto inicial, Carol
se apresentou e as duas mulheres subiram para o quarto. Elas se atualizaram
sobre os últimos acontecimentos.
— Nunca fui com a cara dessa
detetive. – Carol disse estreitando os olhos. – E olha que eu nem a conheço.
— Como assim? – Carla quis
saber.
— O Ian já esbarrou com ela
algumas vezes. Eles se ajudam de vez em quando. – a advogada contou.
— Será que ele pode falar com
ela para soltar o Rubens?
— Claro! Eu ia sugerir isso
agora. – Carol disse com empolgação. – Vamos lá!
Elas saíram do hotel e foram
para o carro da morena. No caminho sentiram um tremor e ouviram o barulho de
uma explosão.
— Isso acontece sempre por aqui?
– a loira perguntou.
— Não. – Carol respondeu
ofendida. – Eu te disse que o Dr. Morte está aprontando alguma coisa.
— Ah, maravilha! Sinto cheiro de
manchete no ar. – Carla disse com animação.
Carol apenas ergueu uma sobrancelha para a jornalista.
Legal o texto!
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Beijoos ;*