domingo, 31 de maio de 2020

Como equilibrar Consumismo e Criatividade?

Há um bom tempo tenho refletido sobre a minha mudança de comportamento com relação ao que eu faço em meu tempo livre. Quando iniciei esse blog, fazia posts diários e isso seguiu por uns 3 anos diretos, mas então algo mudou... eu mudei. Parei de escrever os contos seriados, diminuí as indagações e aos poucos parei de tudo. 

No início de minha reflexão procurei por um motivo, pelo que fez acontecer essa mudança. O que me veio à mente de imediato foi que eu chegava tão cansado do trabalho que não queria pensar no que escrever, só queria descansar a cabeça. Entretanto, com o tempo, cheguei a conclusão que não foi apenas isso. Antes do meu primeiro emprego, meus hobbies eram assistir filmes na TV e ler livros, mas ao conseguir maior poder aquisitivo, comprei um videogame atual, um notebook melhor, e com o surgimento dos canais de streaming, também entrei nessa. 


Isso é uma evolução natural e esperada, mas com o aumento de coisas para consumir, acabei esquecendo de criar, ou até mesmo nem querendo mais. Parte de mim sempre me lembra de escrever, porém outra parte devolve "Escrever sobre o quê? Escrever pra quê?". E então a preguiça, o comodismo e o prazer que o consumismo traz me fazem deixar a criatividade de lado. 

Eu escrevia bastante, desenhava, ainda que mal, e até gravei vídeos em uma época, porém hoje tudo parece sem sentido, sem propósito. Por que eu faria essas coisas? Prazer? Ora, isso eu tenho com meus entretenimentos. Nada que eu criei até hoje gerou frutos ou deu retorno, pelo menos não os que eu buscava. Tenho tentado voltar a criar aos poucos e criar uma rotina, mas não tem sido fácil. 


O que eu realmente queria era ser um dos que cria para os outros consumirem, mas parece que no momento, sou apenas mais um dos que só consomem. Essa quarentena (que na prática já não existe mais) tem despertado a criatividade em várias pessoas. Talvez desperte a minha novamente também.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Qual é o seu destino?

Ultimamente tenho pensado muito sobre destino. Nunca tinha me ligado muito nesse assunto antes, mas de repente me vi refletindo e indagando: Qual é o meu destino? Uma das definições da palavra é "Sucessão de eventos que não se pode evitar", mas será mesmo? Será que estamos fadados a algum final já programado? Será que não importa o que façamos sempre vai terminar do mesmo jeito? Ou uma simples mudança, uma curva à direita que deveria ter sido à esquerda e tudo será diferente?

Eu achava que sabia o que queria da vida, mas então precisei cair e seguir outro rumo para perceber aquilo que realmente me prendia. No entanto, percebi que seria algo muito difícil de se alcançar, considerando sua natureza, minha situação financeira e a mentalidade do nosso país. Para me sustentar, segui em frente e a vida me levou numa direção que nunca considerei. Se um dia imaginei que tinha o controle, hoje sei que não tenho controle nenhum sobre minha vida.


As circunstâncias me levam a tomar as decisões para que, num futuro próximo ou não, eu sofra as consequências, sejam elas boas ou ruins. Vejo muitas pessoas traçando linhas retas e fazendo aquilo que gostam ou pelo menos aquilo em que se formaram. Não é o meu caso e sei que não sou o único. Se pudéssemos ter uma dica ou pista de como vai ser o final, seguiríamos mais tranquilos e aliviados, ou não. 

Talvez a ideia seja exatamente essa: não saber. Eu particularmente não me importaria de saber. Dizem que o que realmente conta não é o final, mas sim a jornada que se faz até lá. Não sei se concordo com isso, principalmente nas partes da minha jornada que não são nada legais. De qualquer modo, o jeito é seguir em frente, pois duvido que alguém vá nos dizer se estamos fazendo certo, onde vamos chegar e como será nosso fim.