quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Conspiração Temporal T02C16

OS TÉCNICOS DE INFORMÁTICA

― E então? – Rob perguntou alguns minutos depois de Alex colocar o DVD do jogo em um dos computadores da sala de informática.
― Nunca vi um código tão louco como esse. – o garoto admitiu e olhou para os espiões. – E olha que eu já vi muitos códigos loucos. Vou precisar de muito tempo para tentar entender esse daqui. – avisou.
Nesse momento, a janela com o código sumiu da tela e uma explosão aconteceu dentro do computador. Em seguida, a bandeja com o DVD se abriu e, assim que estava toda fora, se partiu ao meio com a mídia derretida.
― Parece que seu tempo acabou. – Rob observou.
― Caramba! Isso que é proteção. – Alex disse.
― Por sorte, temos muitos DVDs do jogo. – Joca lembrou.
― Não vai adiantar. – o garoto disse. – Vai acontecer a mesma coisa. Há algum dispositivo colocado no DVD que é ativado assim que o código fonte é acessado.
― Impedindo qualquer pessoa de tentar entender o código. – Rob emendou.
― E, considerando que cada pessoa só tem um computador, a tentativa seria apenas uma e para nunca mais. – Joca completou.
― Exatamente. – Alex confirmou.
Os três voltaram para a sala de reuniões, no momento em que Manu era questionada por Zé.
― Então, temos uma bailarina, um dançarino de hip-hop, um jogador de futebol, uma nerd que gosta de informática, um rapaz forte e uma estilista. E, você, cunhadinha? Qual é o seu forte? – o espião perguntou, mas antes da garota responder, Alex, Rob e Joca entraram na sala. – E então? Como foi?
― Não foi. – o garoto respondeu e contou o ocorrido a todos. – Talvez precisemos de profissionais.
― Se vamos chamar mais gente, eles têm que ser muito bons. – Érica disse.
― Acho que eu conheço alguém assim. – Solano disse e ganhou a atenção de todos. – Um primo meu teve um problema no PC dele há algumas semanas e chamou esses caras. Segundo ele, seu computador nunca esteve melhor. E ele disse que esses técnicos são bem famosos também.
― Qual é o nome deles? – Diana perguntou.
― É, deixa eu lembrar. – o artilheiro disse e coçou o queixo. – Ah, acho que era Detetives Virtuais.


― Pois não? – Kevin disse ao abrir a porta.
― É aqui que moram os Detetives Virtuais? – Érica perguntou.
― Isso depende. – o rapaz respondeu e seus amigos surgiram atrás dele e abriram mais a porta.
― Quem quer saber? – Vick emendou.
― Zé? – a Agente E chamou e seu parceiro ergueu um tablet na frente dos três técnicos com as fotos de cada um.
― Kevin Zouki, Victória Rodrigues e Franklin Grunwald. É, são eles. Os Detetives Virtuais. – o Agente Z confirmou. – Podemos entrar? – pediu e abaixou o aparelho.
― Quem são vocês? – Vick perguntou tão assustada quanto os amigos.
― Dá licença. – Nanda disse e passou pelos espiões. – Está muito enrolado. Olhem bem para cá. – ela disse e apontou para sua cintura. Ativou o cinto, revelando suas armas e sacou a pistola. – Se eu atirar com isso na sua porta, a madeira vai desaparecer e em volta, vai haver um padrão de energia jamais visto nessa época. – a loira disse e colocou a arma do lado da cabeça de Kevin. – Agora, repetindo a pergunta do meu amigo, podemos entrar?
― Por favor! – o rapaz respondeu dando passagem e engolindo a seco.
Após se acomodarem no sofá e em cadeiras, os visitantes contaram toda a história detalhadamente para os técnicos de informática.
― Agência de Espionagem, viajantes do tempo, conspiração temporal para salvar o futuro do mundo. Isso parece conto de blog. – Frank comentou.
― É, bem difícil de acreditar. – Vick emendou.
― Não mais do que o que a gente faz. – Kevin sussurrou para a amiga.
― O que querem de nós? – Frank perguntou aos visitantes.

― Que façam o que fazem de melhor: destruam o vírus. – Érica disse.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O Motoqueiro Das Trevas T02C08

CERTO E ERRADO

Ian abriu a porta do vagão bem devagar e então jogou uma granada de fumaça. Na sequência, subiu a escada para chegar ao topo. Sentindo o vento o empurrando, o Motoqueiro ficou cuidando para ver a fumaça fazer o efeito e então falou com Borba pelo comunicador.
― Agora pode aumentar a velocidade de novo. – disse.
Apoiando-se na beirada, Ian pulou para dentro do vagão pela janela, quebrando vidro e acertando um dos bandidos. Como era seu plano, ele usou a fumaça para bater em todos os traficantes do vagão. Socos, cotoveladas, chutes e cabeçadas. Quando o vento tirou toda a fumaça, o único em pé era Ian.
O Motoqueiro pegou sua pistola para começar a atirar na cabeça dos bandidos, no momento em que a porta do vagão, por onde ele havia jogado a granada, abriu.
― Parado aí, Motoqueiro das Trevas! Largue a arma e ponha as mãos na cabeça. – a Detetive Marins disse. – Ah, e tire o capacete.
― Ora, ora. Mandaram uma mulher atrás de mim dessa vez. – Ian disse e riu. – Imagino que seja uma investigadora, certo? – perguntou e deu um passo.
― Não se aproxime. – Raquel mandou.
― Devem ter te falado horrores de mim, não é? Aposto que minha ficha criminal não é das melhores. Mas eu não sou o que me pintaram. Veja, todos os que derrubei nesse vagão estão com um grupo que pretende levar uma grande quantia de drogas para o litoral. – Ian disse e deu outro passo. – Não vou deixar isso acontecer. Como você pode ver, não há droga nenhuma nesse vagão. Está tudo em outro vagão a frente, juntamente com o chefe do bando.
― Por que está me contando isso? – a morena quis saber.
― Porque o tempo está passando, detetive. – ele disse e tirou a arma da mão dela. – Agora, você pode ficar aqui refletindo sobre o certo e o errado, ou pode vir comigo e me ajudar a fazer justiça. – Ian girou a pistola e a estendeu com o cabo para Raquel. – E então o que me diz?


Dorigan estava brindando com seus homens, quando a porta do vagão se abriu. No mesmo momento fez-se silêncio. O traficante chefe levantou e ficou no corredor olhando para a morena de cabelos cacheados que acabara de chegar.
― Quem é você? – ele perguntou.
― Eu sou a Detetive Raquel Marins e vim aqui prender vocês. – ela disse.
― Ouviram essa, rapazes? Ela veio nos prender. – Dorigan disse e riu histericamente, sendo acompanhados pelos outros.
A risada do traficante foi interrompida por um chute que o acertou no rosto em meio a vários pedaços de vidros. Ian se recompôs rapidamente e se voltou para os outros oponentes que surgiram. Alguns deles tentaram sacar suas armas, mas não tiveram tempo.
Os que não caíram com golpes do Motoqueiro, foram derrubados por Raquel. Assim que todos os bandidos estavam no chão, Ian pegou sua arma e se preparou para atirar em Dorigan.
― Pare! Não posso permitir que faça isso. – Raquel disse e novamente apontou uma arma ao Motoqueiro.
― E o que vai fazer? Atirar em mim? – Ian ironizou e teve sua arma arrancada da sua mão com um tiro. – Boa jogada.
― Eu pesquisei muito sobre você. Antes, você não era assim, era um advogado de sucesso. Por que trocou tudo por essa vida incerta? – a morena perguntou.
― Porque eu cansei de ajudar o sistema ferrar com as pessoas. Hoje, eu ajudo as pessoas e ferro com o sistema. Deveria tentar qualquer dia. – Ian respondeu.
― Há pouco, você me falou sobre certo e errado. – ela disse e abaixou a arma. – Bom, não sei por que, mas parte de mim quer muito deixar você ir embora, por mais que isso vá contra os meus princípios e conduta policial.
― Não se preocupe, essa decisão não cabe a você. Vou embora quando quiser, minha moto está...
― Com os pneus furados. – a morena completou e surpreendeu Ian. – Eu fiz isso assim que pulei em um dos vagões de carga e a vi. Também avisei meus colegas e daqui a alguns quilômetros, eles irão parar o trem. – ela disse e riu. – Esse seria o auge da minha curta carreira. Mas por algum motivo, eu não quero mais te prender.
― Você concorda com meu ponto de vista. – Ian disse.
― Sim, mas não com seus métodos. Por isso, aproveite o tempo que tem para fugir e deixe esses traficantes comigo. – Raquel disse.
― Você jogou bem, detetive. É estranho, mas eu realmente espero que nossos caminhos se cruzem novamente. – ele admitiu. – Antes de ir, eu poderia saber o nome daquela que me venceu?
― Raquel Marins. – ela respondeu.
― Não esquecerei. – Ian disse e saiu do vagão na direção da locomotiva.
Quando chegou lá, viu Borba inquieto.
― Temos um problema. – o ex-militar disse.
― Eu sei. Arranje um capacete. – o Motoqueiro disse.
― Para que?
― Só faça e venha. – Ian disse e saiu para a parte de cima da locomotiva e esperou pelo amigo.
― Não me diga que...
― Sim. Suponho que ainda se lembra como pular. – o ex-advogado disse.
― Esse tipo de coisa não se esquece. – Borba garantiu.
Antes de pularem, ambos juntaram os braços no peito e se prepararam para rolar na queda. Quando finalmente pararam, ficaram vendo o trem sumir, e com ele, a moto de Ian. O ex-advogado pegou seu celular.
― Oi, Carol, tudo bem? É o Ian. Lembra que você disse que queria ajudar mais o Motoqueiro das Trevas? Então, surgiu uma ótima oportunidade.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Conspiração Temporal T02C15

PÓS MISSÃO

― Parabéns, pessoal! A missão foi um sucesso. – Zé disse a todos ao deixar o capacete extra na moto de Ian.
― Zé, o que você está fazendo com o cara que atirou na nossa van? – Rob perguntou.
― Ah, sim. Pessoal, esse é o Motoqueiro... – o espião começou a dizer, mas não lembrou tudo.
― Das Trevas! – Ian completou.
― Eu sabia que já tinha visto esse vestuário antes. – Joca comentou.
― É claro que sim. – Érica zoou.
Uma explicação se seguiu para a presença do Motoqueiro ali e então, ele foi cumprimentado por todos. Rubens contou o motivo da missão deles e como todos se conheceram.
― Ah, então é isso? – Ian disse. – Desculpe, mas me interesso mais no presente.
― Você não pensa nos seus descendentes? Não se importa com o tipo de mundo em que eles viverão? – Jess indagou.
― Claro que sim. É por isso que tenho limpado essa cidade. – Ian devolveu.
― Sobre seus métodos... – Zé começou, mas foi ignorado.
― Acha que isso é suficiente? – a morena do futuro replicou.
― É o que eu posso fazer. Agora se me dão licença. – Ian disse e montou na moto. – Rubens, foi bom revê-lo. Até a próxima. – se despediu e saiu.
― Até, Ian. – o jornalista disse meio desanimado. – E agora o que?
― Agora, vamos todos descansar para levantarmos bem cedo amanhã. – a Agente E disse.
Assim, o jornalista e as viajantes temporais foram dormir na agência de espionagem, enquanto os outros foram para suas casas.


Rubens acordou com a vibração do seu celular no criado mudo ao lado de sua cama. A mensagem de Carla dizia: “Oi, bonitão, tudo bem? Como foi a entrevista com o garoto? Aguardo ansiosa pelo seu retorno. Beijos!”
― Esse é um bom jeito de começar o dia! – o jornalista disse e levantou.
Ao abrir a porta da sala de reuniões, viu Zé e Érica sentados.
― Vocês acordaram cedo hein. – ele comentou e notou que Zé estava debruçado na mesa. – Bom, pelo menos um de vocês. – disse e sentou.
― O Zé demora um pouco para funcionar de manhã. – Érica explicou.
― Onde estão os outros? – o jornalista quis saber.
― Rob e Joca estão na sala de informática.
― Mas já? – Rubens se surpreendeu.
― Ih, aqueles ali só precisam de uma lata de energético para ficarem melhores do que quem dorme a noite inteira. – a espiã disse e riu.
― E o Maurição? – o paulista perguntou no momento em que o espião musculoso abriu e passou pela porta para mantê-la aberta para que oito adolescentes entrassem.
― E aí, galerinha, sentiram minha falta? – Alex disse ao chegar. – Ué, você não é o jornalista de ontem? – disse ao notar Rubens.
― Sim. E agora estou no time também. Acostume-se. – Rubens disse e sorriu. – Ah, e você ainda me deve uma entrevista. – lembrou.
― Lembre-me disso depois que salvarmos o futuro do mundo. E onde estão as minhas viajantes temporais preferidas? – Alex quis saber.
― Aqui. – Jess disse surgindo junto com Nanda, na porta.
― Maurição, leve o Alex até a sala de informática. Nós vamos conversar com a equipe dele. – Érica disse e o musculoso assentiu.
Os espiões, o jornalista e as mulheres do futuro ficaram de um lado da mesa, enquanto os adolescentes ficaram do outro, parte sentada em cadeiras, outra parte no sofá.
― Muito bem, crianças, o Alex faz questão que vocês sejam a equipe e imagino que vocês também ou não estariam aqui. Para isso, precisamos saber no que vocês são bons para saber o que cada um pode fazer na missão. Certo, Zé? – Érica perguntou, mas não recebeu resposta. – ZÉ! – ela gritou e o espião deu um salto na cadeira.
― Hã, o que? – ele disse e então viu os adolescentes. – Ah, bom dia, Manu e amigos da Manu. – o Agente Z disse despertando.

― Então, quem quer começar? – Érica perguntou aos adolescentes, que usavam o uniforme do colégio Isaac Newton.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A Arte De Roubar T04C08

FATOS

Dez dias se passaram desde que Joel foi contactado por seus amigos através de Oliver. Em todo esse tempo, o ladrão foi vigiado pelos homens do Barton. Eles se revezavam, mas sempre tinha um ali. Joel chegou até a falar com alguns. Enquanto isso, na Vila Zumbi, Taís continuava a ler e reler os papeis que havia roubado do prédio do ex-financiador do grupo de ladrões.
Por vezes, Joel tentou marcar com que Taís e Lívia se encontrassem, mas a loira estava sempre muito ocupada. Com a ajuda de Charger e os outros, os negócios de Polaco estavam cada vez melhor, e o traficante não poderia estar mais feliz.
Mayara passou esses dez dias com dificuldades para pegar no sono, pois toda noite pensava na decisão que precisava tomar. E pelas manhãs, se pegava pensando nisso também.
Lívia foi buscar Joel para irem à primeira audiência.
― Nervoso? – ela perguntou enquanto dirigia.
― Um pouco. – ele admitiu.
Na sala de audiência havia a bancada do juiz e seus escrivães. Uma mesa estava de modo transversal a ela, formando um T. Havia seis lugares, mas apenas quatro estavam preenchidos. De um lado, Olívio Barton e seu advogado, Gastão Rosolen, e do outro, Joel e Lívia. O juiz chegou e sentou em seu lugar.


― Vamos iniciar a primeira audiência do caso Seguradora Barton contra Joel Dasco. – anunciou. – O réu é acusado de roubo, porte ilegal de arma, formação de quadrilha e tentativa de homicídio. A acusação tem algum acordo para propor? – o juiz perguntou.
― Sim, meritíssimo. – Rosolen respondeu e olhou para os olhos azuis de Lívia, que estava sentada a sua frente. – Meu cliente retirará todas as queixas se o Sr. Dasco devolver tudo o que roubou da Seguradora Barton. – disse e sorriu.
― O que a defesa tem a dizer? – o juiz intermediou.
― Antes, meritíssimo, gostaria de lembrar meu colega de profissão que meu cliente não roubou nada da Seguradora Barton. Logo, é impossível aceitar tal acordo. – a loira disse.
― Então, você admite a existência de uma equipe por trás do roubo. Equipe essa que foi protegida pelo seu cliente. – Rosolen devolveu.
― Não é o que está em julgamento aqui. Além do que, em dez dias de investigações e análise dos peritos não foi encontrado nada que comprove uma ligação do meu cliente com os ladrões que roubaram o seu cliente. – Lívia disse.
― Ela está certa. – o juiz confirmou. – A polícia ainda está tentando descobrir e encontrar os responsáveis pelo roubo da seguradora. Mas o que estamos julgando nesse caso é se o Sr. Joel Dasco tem algum envolvimento em tudo isso ou não. Isso ficou claro?
― Sim, meritíssimo. – os dois advogados responderam.
― Muito bem. Dito isso, irei repassar alguns pontos. – o juiz disse e limpou a garganta para começar a falar. – O Sr. Dasco chegou às 18h à empresa do Sr. Barton. Todo o seu trajeto da recepção até a porta do escritório são visíveis nas câmeras, entretanto a conversa entre os dois não é vista. Ambas as partes já deram seu testemunho e a versão contada pelo Sr. Barton foi aceita pela polícia. Ao sair do escritório, o Sr. Dasco, já mancando devido ao tiro que levou do Sr. Barton, parece estar falando com alguém, mas segundo ele foi apenas um delírio do momento. – o juiz fez uma pausa e continuou. – A saída do elevador não mostrou nada de anormal e o Sr. Dasco saiu assim que a polícia mandou e foi bem cooperativo. Segundo laudo pericial, o computador central foi alvo de piratas e várias câmeras tiveram seu conteúdo alterado. Alguma pergunta? – o juiz perguntou ao terminar de ler.
― Não, meritíssimo. – Rosolen respondeu.
― Não, meritíssimo. – Lívia emendou.
― Confesso que peguei o caso hoje e dei uma lida rápida pela manhã. Há muito que preciso entender e analisar, mas acredito que amanhã, na sessão com júri e aberta ao público, as peças comecem a se encaixar. – o mais velho da sala disse. – Há algo que desejam acrescentar? – o juiz perguntou e os dois advogados responderam negativamente. – Então, preparem suas testemunhas e até amanhã. Essa sessão está encerrada. – disse e bateu o martelo.
Do lado de fora, acusação e defesa se encontraram.
― Você deveria aceitar meu acordo, Dasco. – o empresário falou.
― E você não deveria achar que já ganhou, Barton. – o ladrão devolveu.
― Por que não guardamos esse energia para amanhã? – Lívia disse puxando Joel para longe do empresário.
― Devo admitir que ele tem razão. Não ganhamos ainda. – Rosolen disse assim que a defesa saiu.

― Não se preocupe. Fatos talvez não possam ser mudados, mas a opinião das pessoas sim. – o empresário falou, com um sorriso no rosto.

sábado, 26 de outubro de 2013

Tem alguém perdido aí?

Os contos do semestre tiveram início e eu acabei me esquecendo de criar a página com os links. Ia deixar para o final, mas decidir fazer agora mesmo. Ainda, aproveito esse post para colocar as outras páginas dos semestres passados. Assim quem quiser ler ou reler os contos das primeiras temporadas, terá tudo bem mais fácil.


A falta de inspiração tem me assombrado ultimamente, por isso a falta de indagações decentes no blog. Mas prometo que remediarei isso. Agora, sem mais delongas, as páginas:

Contos I - Aqui você poderá ler a primeira temporada de Tudo Por Uma Notícia e A Arte de Roubar, e ainda, Zé Mané, Cesca e Popularidade.

Contos II - Aqui tem a segunda temporada de A Arte de Roubar, a primeira de O Motoqueiro das Trevas e Conspiração Temporal, e ainda Comando Épsilon.

Contos III - Aqui tem a terceira temporada de A Arte de Roubar, a segunda de Tudo Por Uma Notícia, e a estréia de Caos Urbano e Detetives Virtuais.

Contos IV - E aqui, ainda em andamento, tem a quarta e última temporada de A Arte de Roubar e a segunda de O Motoqueiro das Trevas e Conspiração Temporal.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Conspiração Temporal T02C14

ENCONTRO DAS TREVAS

― Belo colete! – Ian elogiou.
― Belo capacete! – Zé rebateu. – Você deve ser muito feio para ter que usar esse capacete. – emendou.
― Eu sou um motoqueiro, preciso usar um capacete. – Ian explicou e por baixo dos óculos, seus olhos se arregalaram.
― É claro, boa desculpa. – o espião insistiu e viu o motoqueiro abaixar a arma.
― Não vou gastar minha munição com um zé mané como você. – Ian disse.
― Como você sabe? Conhece algum dos meus amigos? – Zé perguntou.
― Hã? Do que está falando? – o Motoqueiro devolveu sem entender.
― Não importa. E você, quem é? – o espião quis saber.
― Sou conhecido como o Motoqueiro das Trevas. – o ex-advogado respondeu. – Já deve ter ouvido falar de mim.
― Esse nome não me é estranho. – o Agente Z começou a pensar, e Ian se virou e atirou nas cabeças dos dois homens que ainda estavam caídos na calçada. – Ei! O que está fazendo? – o espião disse ao ouvir os tiros.
― O que a polícia não tem coragem. – Ian respondeu.
― Você acabou de tirar duas vidas. – o espião disse.
― Se surpreenderia se soubesse o tanto que já tirei desde que comecei. – Ian disse e emendou. – Esses aí eram dois usuários e traficantes de drogas que não pensariam duas vezes em tirar a vida de uma pessoa para conseguir uma pedra de crack.
― Para isso existe a justiça. Você não tem esse direito. – Zé esbravejou.
― Oh, você ainda acredita no sistema. Que bonitinho! – Ian zoou e uma grande explosão foi ouvida.
Zé olhou para trás e viu Jess correndo para atravessar a rua, viu Joca acenando e gritando qualquer coisa para ele, enquanto ia para a frente, no banco do motorista. Em seguida, um caminhão surgiu arrebentando a cancela do portão e saindo para a rua. O veículo estava a toda velocidade, mas parou ao lado do espião e do motoqueiro.


― Ian! – disse o motorista do caminhão. – Bom vê-lo novamente. Vejo que seguiu meu conselho.
― Sim, foi um bom conselho. Achei que vinha apenas entrevistar um adolescente. – o Motoqueiro lembrou.
― Você sabe como é, comigo as coisas sempre se complicam mais do que deveriam. – Rubens explicou com uma risada no fim. – Ah, você já conheceu o Zé.
― Zé? Quer dizer que... – o ex- advogado começou a dizer.
― Ian, digo, Motoqueiro das Trevas, esse é o Zé Mané, líder da operação que estamos realizando aqui hoje. – o jornalista informou.
― Líder? – Ian se impressionou.
― É, pode não parecer, mas o Zé é muito inteligente. – Rubens.
― Obrigado, Rubens. – o espião agradeceu e então notou. – Ei!
― Se as meninas já terminaram de pôr a fofoca em dia, seria muito bom se pudéssemos sair daqui. – Érica surgiu atrás de Rubens na janela. – Esse é o Motoqueiro das Trevas?
― Vai dizer que também o conhece? – Zé interpôs.
― Não. É melhor você subir aqui, Zé. Sua carona acabou de sair. – ela disse e o espião olhou para trás e viu o vazio de onde a van estava.
― Sobe aí, te dou uma carona para onde quer que estejam indo. – Ian ofereceu e jogou o capacete extra para o espião.
― Como sei que não vai me matar? – o Agente Z questionou.
― Já disse que não vou gastar minha munição com você, Zé Mané. E além do mais, se é amigo do Rubens, não deve ser má pessoa. – Ian garantiu.
― Não sei. – ele disse e nesse momento foi atingido nas costas e quase caiu. – Au! Isso doeu. – olhou para trás e viu vários guardas surgindo e atirando. – Tá, vamos nessa! – se decidiu e pulou na moto de Ian.
Os dois veículos foram a toda pela rua escura até estar a uma boa distância do depósito. Em certo ponto do caminho, a van em que estavam Rob, Joca e Jess se uniu a eles. O local de encontro era uma das garagens da agência de espionagem. Quando estavam seguros lá dentro, saíram de seus veículos para comentar o sucesso da missão.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O Motoqueiro Das Trevas T02C07

DE TREM

O sol estava quase nascendo. Os homens de Dorigan estavam muito impacientes com o atraso do trem, pois eles sabiam que o Espigão não faria o mesmo.
― Quanto tempo mais teremos que esperar? – Borba perguntou.
― O necessário. – Ian respondeu.
― Isso é muito? – o ex-militar devolveu, mas Ian ficou quieto.
Os dois estavam do outro lado dos trilhos, atrás de algumas moitas. Nesse momento, um carro chegou e parou perto da plataforma. Dele, saiu um homem com camisa polo, calça jeans e sapatos, óculos escuros, cabelo para trás e barba por fazer.
― Dorigan. – Borba anunciou ao amigo.
Os traficantes se cumprimentavam e conversavam, quando o trem chegou. Os mais de 30 homens embarcaram em vagões diferentes no meio do trem. No momento em que a maioria deles estavam dentro. Espigão e seus homens chegaram na plataforma e começaram a atirar sem parar.
― Borba, vá até a locomotiva e ponha esse trem para andar. – Ian disse e se levantou para montar em sua moto.
― Para que? – o ex-militar indagou.
― Só faça. E use o disfarce que pedi para trazer. – o Motoqueiro disse e colocou seu capacete.
Borba pôs um boné, óculos escuros e uma barba postiça. Correndo e tentando não ser visto ao mesmo tempo, ele chegou ao seu destino.
― Faça essa banheira funcionar. – ele disse apontando a arma ao maquinista.
Enquanto o trem começava a se movimentar, a Detetive Marins chegou ao local. Usou seu carro como escudo e se preparou para atirar contra o grupo que ficou na plataforma. Nesse momento, os vagões para passageiros acabaram e Ian teve ampla visão para mirar.
A maioria não teve tempo de reagir. Ao ver a metralhadora que os estava atingindo, Espigão se pôs a fugir, mas a essa altura todos os seus homens já estavam mortos e sua cabeça já estava na mira do Motoqueiro.
Raquel arregalou os olhos ao ver todos os homens caírem tão rápido em tão pouco tempo. Quando viu que só havia um e que estava indo em sua direção, saiu de trás de seu carro e foi ao seu encontro para prendê-lo, mas antes disso, Espigão levou um tiro na cabeça e caiu aos pés da morena. Ao olhar para o lado, só viu o Motoqueiro acompanhando o trem com sua moto.
Ao ficar do lado de um vagão para cargas, Ian resolveu testar um dos apetrechos que conseguiu em São Paulo. Apertou um botão em sua moto e um dispositivo instalado saiu contra o chão empurrando o veículo para cima e para o lado, fazendo-o para no vagão de cargas.
Ian parou a moto e seguiu, ainda com o capacete, vagão por vagão. Após alguns minutos, ele viu pessoas no vagão à sua frente e chamou pelo parceiro.
― Borba, está tudo bem aí? – Ian perguntou pelo comunicador.
― Sim, só precisei do maquinista para ligar, agora está tranquilo. Mas não me peça para parar. – o ex-militar respondeu.
― Relaxa, não tenho interesse em parar esse trem. Entretanto, quero que diminua a velocidade apenas um pouco agora. – Ian pediu.
― Feito. – Borba garantiu.


A Detetive Marins seguia o trem, pensando em uma maneira de pular para lá também. Então, lembrando da rota do veículo, teve uma ideia e acelerou o carro. Parou seu automóvel próximo ao trilho do trem, na parte mais alta de uma rua. Pegou o punhal que sempre trazia no seu carro, para emergências, e esperou.
O trem passou e com ele os mais de 30 vagões de passageiros. Quando os vagões de carga começaram, Raquel subiu no porta-malas do seu carro e começou a correr. Ao chegar na outra extremidade, pulou. Rolou pela extensão do vagão e, percebendo que ia cair do outro lado, usou o punhal para se segurar.
Ela se recompôs e se equilibrou no vagão do trem em movimento. Ao olhar para frente, viu a moto do homem a quem estava perseguindo.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Conspiração Temporal T02C13

SAÍDA EM GRANDE ESTILO

O barulho chamou a atenção de todos os guardas, que logo correram para procurar sua origem. O que eles não entendiam era por que o alarme não havia tocado. Maurição empurrou a empilhadeira bem próxima do caminhão e começou a descarregar de modo organizado.
― Não tem como ir mais rápido, não? – Nanda perguntou enquanto vigiava.
― Se você ajudasse, talvez fosse mais rápido. – o rapaz disse, já cansado do jeito da loira.
― Muito bem. – ela disse, pôs a arma em cima de uma caixa e abriu outra tirando um DVD e colocando no bolso. – Isso é tudo que precisamos. – disse e jogou a caixa no baú do caminhão.
― O que está fazendo? – Maurição perguntou surpreso com o que ela fez.
― Ajudando e sendo rápida. – ela respondeu. – Aliás, por que não destruímos tudo isso? Só precisamos de uma cópia.
― Porque não é esse o plano. – o espião devolveu.
― Então vamos mudá-lo. – Nanda disse simplesmente.
― Não é assim que funciona. Devia ter dito algo na sala de reuniões, agora não tem mais volta. – o musculoso explicou.
― Então vamos logo com isso. – ela disse e jogou mais uma caixa.

Enquanto isso, na cabine, Érica tentava ligar o motor do caminhão.
― Meninos, você poderiam entrar no sistema do caminhão? Não tem chave aqui. – ela pediu pelo comunicador.
― Não, esse veículo não está conectado à rede. – Rob respondeu.
― Você já dirigiu um caminhão antes? – Rubens perguntou à espiã.
― Não. – ela admitiu.
― Sai daí. – ele disse e a chamou para trocarem de lugar.
― Você já? – ela devolveu a pergunta assim que se acomodou no banco do carona.
― Sim. Uma vez, durante uma reportagem, para salvar minha vida, precisei fugir em um. – o jornalista disse e começou a procurar fios por baixo do volante. – É mais fácil do que parece. – ele disse e após atritar alguns fios, o motor ligou.


Na parte de trás, o espião e a viajante temporal terminaram de jogar as caixas no baú e empurraram a empilhadeira para longe. Maurição ia descer para fechar as portas quando um guarda surgiu apontando a arma para eles.
― Parados aí! – o vigilante gritou. No segundo seguinte, Nanda pegou sua arma e atirou na arma do guarda, que desapareceu.
― Caramba! – Maurição exclamou.
― Estamos pronto para ir. – Nanda disse pelo comunicador e o veículo começou a se mover.
Então, vários guardas surgiram de todos os lados atirando sem parar. A viajante temporal atirava se volta, mas tanto ela quanto o espião estavam vulneráveis com as portas do baú abertas.
― Por que não está atirando? – ela perguntou ao notar.
― Não tenho uma arma. – Maurição respondeu.
― Como assim não tem uma arma? – Nanda devolveu indignada.
― Meus músculos são minhas armas. – o espião respondeu.
― E como seus músculos vão nos ajudar agora? – ela gritou.
Maurição se moveu até a beira do baú para puxar uma das portas. Com isso acabou sendo atingido por alguns projéteis, mas graças à sua roupa especial à prova de balas, ele apenas sentiu o impacto. Com a força de seus músculos, o espião puxou a porta com toda sua energia.
Nanda mudou a mira de seus tiros para um dos caminhões e acertou bem no motor, o que causou uma grande explosão. Os veículos mais próximos foram atingidos criando uma reação em cadeia.
― O que foi isso? – o rapaz perguntou ao ouvir o barulho.
― Isso é a nossa saída em grande estilo. – a loira respondeu. – Agora, fecha logo essa porta.
E assim Maurição fez.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A Arte De Roubar T04C07

CONTATO

Ao abrir a porta, Joel recebeu um abraço inesperado.
― E aí, primo! Há quanto tempo! – o homem disse e o apertou forte, deixando seus rostos colados e a boca de um bem próximo ao ouvido do outro. – Seus amigos me mandaram aqui, finja que sou seu primo e me deixe entrar. Achamos que pode ter escutas na sua casa e além disso, tem o zóiudo ali do outro lado da rua. – o homem sussurrou e Joel confirmou o que já suspeitava, estava sendo vigiado.
― Tempo mesmo! – o ladrão disse abrindo um largo sorriso. – Entra aí, temos muito para conversar. – disse e deixou o visitante entrar.
Joel serviu bebida aos dois e eles sentaram para conversar.
― Trouxe um presente para você. – o falso primo disse e entregou uma grande Bíblia para Joel.
― Oh, muito obrigado, primo! Estou mesmo precisando melhorar o meu lado espiritual. – o ladrão disse e abriu o livro.
Todas as páginas estavam com um grande retângulo em seu meio. Para preencher esse vazio, havia um tablet. Joel clicou em um botão e a tela se iluminou, mostrando um grande arquivo de texto.
“Oi, Joel, aqui é o Léo, tudo bem? Antes de começarmos, agradeça ao Oliver por ter ido aí te entregar esse presente, sem ele não teríamos como nos comunicar de modo seguro.”
― Obrigado, Oliver. Muito gentil da sua parte. – Joel agradeceu.
― Não foi nada. Mas infelizmente não poderei ficar muito tempo. – o primo se levantou. – Vamos marcar de ir beber uma cerveja um dia desses.
― Com certeza! – Joel concordou e levantou para acompanhar o visitante até a porta.
Após a despedida, o ladrão voltou para dentro de casa para ler a ‘Bíblia’ que acabara de ganhar.
“Bom, primeiro, o pessoal e eu queremos agradecer pelo que você fez na última operação. Não fosse você, estaríamos todos presos agora. Por causa disso, não deixaremos que seu sacrifício tenha sido em vão. Além de objetos de valor, a Taís também pegou vários papéis dos escritórios do prédio do Barton.
“Ela disse que tem um que pode limpar sua barra e sujar a dele, mas ainda estamos vendo isso. Você deve estar se perguntando onde estamos. Bom, quero deixar bem claro que fui contra isso, mas estamos na Vila Zumbi, sob a proteção do Polaco Azedo. O Oliver é um dos homens dele, que aceitou nos ajudar a te entregar esse tablet.
“Recarregue-o de noite e verifique sempre durante o dia e não esqueça de folhear as páginas, para parecer que você está lendo um livro de verdade. É só isso por enquanto. Se quiser nos responder, certifique-se de que não está sendo visto. Cuide-se, Joel.”
Joel fechou a Bíblia e sorriu.


Lívia foi obrigada a aceitar o chá de camomila oferecido por Dona Roseli, mãe de Mayara, mulher de Joel. O filho do casal estava brincando no chão da sala enquanto as duas mulheres esperavam por Mayara. Esta, ao chegar, ficou surpresa.
― Não sabia que teríamos visita. – ela falou e deixou a bolsa em um armário, enquanto Leandro corria para abracá-la.
― Mamãe! – ele gritou e a apertou. – Essa moça é amiga do papai.
― Meu nome é Lívia. Muito prazer! – a loira se levantou e estendeu a mão.
― Por favor, vá embora. Não tenho nada para falar sobre o Joel. – Mayara passou com o filho no colo, pela sala.
― Pelo menos ouça o que tenho a dizer. Depois, prometo que a deixo em paz. – Lívia disse.
― Mãe, leve-o para o quarto. – Mayara disse para e entregou o filho para Dona Roseli. – Seja breve, trabalhei o dia inteiro e estou cansada. – ela disse e se sentou em um poltrona ao lado do sofá em que Lívia estava.
― Além de amiga, eu também sou advogada do seu marido. – a loira disse. – O Joel foi preso.
― Uma hora ia acontecer, eu sabia. – Mayara comentou.
― Ele está respondendo ao processo em liberdade. Haverá audiências e um julgamento para decidir o futuro do Joel. – Lívia disse.
― Nada mais justo. Vamos ver se assim ele aprende. Eu o avisei tanto. – Mayara disse. – Chega um ponto que a gente cansa.
― O seu testemunho seria importante e ajudaria muito o Joel.
― E por que eu faria isso? – Mayara devolveu. – Eu pedi para ele parar, disse que daríamos um jeito. Ele não quis me ouvir. Por que eu o ajudaria agora?
― Porque ele a ama, e muito. Você e o pequeno Leandro são as pessoas mais importantes para o Joel. – a loira disse.
― Não parece. – a morena continuou irredutível.
― Pensa em como vai ser ruim para o Leandro crescer com o pai na cadeia, ou sem ele. Você não pensa no seu filho?
― É só nele que eu penso. – Mayara respondeu e olhou feio para Lívia, que se arrependeu do que disse, mas então sua expressão se aliviou. – Sabe, apesar de todos os defeitos, uma coisa, devo admitir, o Joel sempre consegue fazer bons amigos. – ela disse e deu um sorriso cansado.
― Isso quer dizer que você vai ajudar o Joel? – Lívia perguntou com esperança.
― Isso quer dizer que vou pensar. – a morena respondeu.