O DEPÓSITO
O muro era alto, mas Rubens já
havia pulado maiores. No entanto, o método usado por Érica era novo para o
jornalista.
― Você tem certeza de que isso é
seguro? – ele perguntou.
― Claro, sempre uso em minhas
missões. – a espiã respondeu e puxou dois engates que estavam nas alças da
mochila que usava, em cada ponta havia um dispositivo com um botão direcional.
– Esses são os botões que controlam as direções. Com um pequeno toque no da
direita, você liga o jato. – ela disse e empurrou o botão para frente e
pequenas chamas começaram a sair do fundo de sua mochila. – Conforme o fluxo é
aumentado, o meu peso se torna como o de uma pluma. – a Agente E disse e
aumentou a intensidade das chamas que a fizeram ser levantada do chão e passar
da altura do muro. - E com o da esquerda, eu direciono os lança-chamas para
onde quero ir. – ela disse e fez com que os jatos ficassem perpendiculares a
sua posição inicial e a fizessem passar para o outro lado do muro. – Agora,
você! – Érica disse e diminuiu a intensidade do fluxo das chamas descendo até o
chão do interior da propriedade que estavam invadindo.
― Muito bem, vamos lá! – Rubens
disse e puxou os dois engates das alças. – Primeiro um toque para ligar. – ele
disse, mas ao empurrar o botão, fez com muita força e o jato soltou as chamas
com todo seu poder e fez o repórter disparar céu acima. – AHHHHHHH!!!!
― Novatos. – Érica disse enquanto
olhava para ver se sua chegada havia sido percebida. – Base, vocês podem
acessar o sistema da mochila a jato do Rubens. – ela perguntou pelo
comunicador, enquanto o jornalista girava no ar tentando recuperar o controle.
― É possível. – Joca respondeu.
― Então por que não fazem? – a
espiã devolveu.
― Está divertido vê-lo dar
piruetas no ar. – Joca explicou e riu.
― Sua diversão pode arruinar a
missão. Acabe com isso. – a Agente E mandou.
― Estraga-prazeres. – Joca disse
e segundos depois, pousou Rubens ao lado de Érica.
― Uhl! Estou vivo! – o paulista
disse.
― Vamos. Já perdemos tempo
demais. – a espiã chamou.
A face sul do depósito era
encostada no muro e do outro lado havia propriedades residenciais. Foi por lá
que Nanda e Maurição decidiram fazer sua abordagem alguns minutos antes de seus
companheiros. Através do telhado da casa vizinha, eles subiram no topo da
grande construção.
― Você ficou muito bem com esse
sobretudo, Nanda. – o rapaz elogiou.
― Obrigada, Maurício. – ela
devolveu.
― Pode chamar de Maurição. – ele
disse com tom risonho.
― Eu prefiro não. – ela disse e
entrou no tubo de ventilação.
― Como se o clima já não
estivesse gelado. – o espião disse antes de seguir a viajante temporal.
Todo o local estava escuro, mas
Rob os guiou por entre os vários corredores cheios de imensas estantes
preenchidas por caixas e mais caixas com os produtos prontos para irem às
prateleiras das lojas. Havia muito mais do que eles tinham imaginado apenas do
jogo Zombie Crisis.
― Como vamos fazer? – Maurição
perguntou.
― Você é o espião aqui. – ela
devolveu.
― Zé? – o musculoso chamou pelo
comunicador.
― Tem uma empilhadeira perto de
vocês. É o único jeito de levar todas as cópias até o portão em que está o
caminhão que a Érica e o Rubens estão. – o líder dos espiões falou.
― Você ouviu. – Nanda disse ao rapaz.
– Ponha esses músculos para funcionar e pegue todas as caixas enquanto eu busco
a empilhadeira e vigio.
Sem melhor opção, Maurição teve
de fazer o trabalho braçal. Demorou mais do que pretendiam, mas finalmente a
empilhadeira ficou cheia e com ela, os dois espiões partiram para a fase final
do plano.
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Procurando o caminhão mais
próximo da localização de Maurição e Nanda, Joca guiou Rubens e Érica pelos
pontos escuros do terreno, impedindo-os de serem vistos pelos guardas.
― Estamos na posição. – a Agente
E avisou pelo comunicador.
― Eles também. – Joca respondeu.
– Terão de ser rápidos a partir de agora. Nem toda tecnologia do mundo vai
impedir o portão de fazer barulho. Vou abri-lo. Preparem-se!
E o duelo do Agente Z com o motoqueiro assassino?
ResponderExcluirNão é o fantasma né? rss
"Pode me chamar de Maurição." "Eu prefiro não." Hahahah! Morri nessa parte. Isso sim é que é ser curta e grossa. Mas, poxa vida... Pelo desenho, o Maurição é "ão" mesmo! *0*
ResponderExcluirSim, e o Ian? Sdds Ian. <3
Beijo.