terça-feira, 30 de abril de 2013

Tudo Por Uma Notícia T02C01


SEM FARDA

A porta se abriu, mas Rubens não se atreveu a levantar a cabeça.
– Esse é o tal jornalista? – perguntou o que acabara de entrar.
– Sim, senhor. – respondeu o que estava vigiando Rubens.
– Levante a cabeça dele. Quero que meu rosto e o cano da minha arma sejam as últimas coisas que ele vai ver na vida. – disse o primeiro.
O jornalista olhou bem para a arma apontada para o seu rosto e percebeu que havia ido longe demais e, daquela vez, não teria como escapar. Respirou fundo e fechou os olhos esperando o seu destino. Segundos depois, um tiro foi disparado.


Após ter passado mais de um ano fazendo reportagens em diferentes estados e regiões do país, Rubens Fonseca decidiu parar um pouco em sua cidade natal e prestar atenção em seus problemas. Não demorou muito para ele perceber quanta coisa de ruim estava acontecendo bem debaixo dos seus olhos e sobre o quanto poderia escrever.
Falou sobre as enchentes; a falta de ação da prefeitura; as obras inacabadas da cidade; o trânsito e muito mais. Então, decidiu que precisava de algo que chamasse mais atenção da população. Foi então que começaram os atentados. A cada noite, um policial morria. Sem farda e por nenhum motivo aparente.
Sem saber por onde começar, Rubens ligou para os seus informantes, cada um querendo falar menos que o outro. Enfim, encontrou alguém disposto a dizer o que sabia. Eram 15h quando o jornalista viu seu contato surgir na lanchonete e sentou a sua frente.
– E aí, Funk, há quanto tempo, bebe alguma coisa? - Rubens ofereceu solícito.
– Não sei como você consegue ficar animado depois do que me pediu. - o informante falou.
– Você veio porque quis. - Rubens lembrou.
– Eu vim porque você me tacou na cara tudo o que fez por mim e que eu te devo. - Funk reclamou fazendo uma careta.
– Já que não vai querer aquela bebida. Conte-me o que sabe. - o jornalista decidiu parar de enrolar.
– Há várias versões para o que está acontecendo, mas duas delas são bem condizentes. - começou o informante. - Algumas gangues estão se vingando contra as operações que a polícia realizou nos últimos meses, abatendo muitos criminosos. E outras mortes são o jeito que alguns bandidos encontraram para quitar suas dívidas com os grandes chefes. - finalizou.
– Sabe se há alguma morte marcada para os próximos dias?
– Você está com sorte, jornalista. Ouvi dois malucos conversando e marcando algo na Avenida Santa Catarina, no bairro Jabaquara. Mencionaram policiais de folga. - Funk informou.
– Obrigado, Funk. Você ajudou muito. Se eu precisar de alguma coisa...
– Não me ligue. - completou o informante, levantou e foi embora.
Rubens não perdeu tempo e foi até a tal avenida, que era tão grande quanto se podia esperar. Fez uma rápida pesquisa em seus arquivos e descobriu que havia um policial que ia sempre ali visitar os pais. Ele se posicionou em uma rua cruzada, mas que proporcionava um bom campo de visão para a casa.
Eram umas 20h quando o carro do policial chegou. E então, tudo aconteceu muito rápido. Duas motos surgiram do nada e começaram a atirar sem parar no policial sem farda. Rubens saiu do carro e foi ver o baleado, assim que os bandidos fugiram.
– Meus pais... - Rubens ia dizer para ele não falar, quando seus pais chegaram perto. - Não deixe... - o oficial continuou se dirigindo ao jornalista, que agora estava em pé para dar espaço aos pais. - que eles saiam... impune... minha moto... - ele conseguiu dizer com esforço.
– Ele deixa a moto dele com a gente. E parece que ele quer que você persiga os assassinos. Você tem coragem para isso, rapaz? - perguntou o pai do policial.
Alguns minutos depois, Rubens ia atrás dos bandidos assassinos, com a moto do policial morto.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A Arte de Roubar T03C01


NOVOS FUNCIONÁRIOS

– Bom dia, Lopes, querido, tudo bem? – Marquieli cumprimentou o chefe do arquivo ao entrar no setor. – Esse é o Leonardo, seu novo arquivista. – ela disse apoiando-se no balcão que separava a entrada do interior do local.
– Já não era sem tempo. – o velho e gordo servidor levantou de sua cadeira e foi de encontro à encarregada dos terceirizados. – A Luana está tendo que trabalhar sozinha há mais de um mês. Até eu a ajudo quando o negócio aperta. – Lopes reclamou.
– Eu sei e você sabe que não dependia só de mim. Mas agora sua equipe está completa de novo. – ela disse e se dirigiu ao novo funcionário. – Léo, é aqui que nos separamos. Não ligue para o mau humor desse velho ranzinza, mas se ele te tratar mal, estou na sala ao lado. – Marquieli disse e foi saindo.
– Isso é jeito de falar de mim, menina? – Lopes queixou-se rindo e a moça apenas acenou. – Mulheres! – ele disse assim que a porta fechou. – Leonardo, não é?
– Pode me chamar de Léo.
– Muito bem, Léo, não fique aí parado, entre. – Lopes disse.
O rapaz passou pela portinhola que dava entrada para o arquivo e observou bem o lugar em que ia. Bem a sua frente e encostadas na parede, estavam as três mesas para os funcionários. No centro da sala, havia um espaço para transitar e à esquerda, uma mesa em L, onde ficava apenas a impressora na ponta. No fim dessa parede, estava a porta que levava ao arquivo propriamente dito.
Quando passaram pela porta, Léo vislumbrou várias filas de estantes preenchidas por caixas. Cada caixa possuía um número e, ele notou que, os corredores também eram numerados.
– Nós os chamamos de ruas. Como você vê, temos oito. Começando dali e indo até lá. - Lopes explicou apontando da direita para a esquerda da sala. - Venha, há um corredor que não dá para ver daqui. - ele chamou e seguiu para a esquerda.
O chefe do setor tinha passado pela última rua visível, quando uma garota saiu dele cheia de processos nos braços. Léo não conseguiu impedir de trombar nela, que caiu com tudo o que tinha.
– Você está bem? - o rapaz perguntou, mas antes que ela pudesse responder, Lopes apareceu.
– Mas o que é isso, menina? Está derrubando PTs agora?
– A culpa foi minha, senhor. Eu estava no caminho. - Léo disse.
– Ah, está certo, só não deixe que se repita. É bom que vocês já se conhecem. Luana, esse é o seu novo colega de trabalho, o Léo.
– Prazer. - ela disse após recolher todos os processos e levantar.
– O prazer é meu. - Léo devolveu educamente e pôde perceber o quanto a garota era bonita. Seus cabelos eram loiro-escuros e seus olhos castanhos. Ela era bem magra e baixa, e possuía um rosto lindo.
Então, Lopes o levou para o lado oposto da sala. Havia pouco espaço para andar por lá. Léo notou algumas estantes encostadas à parede, preenchidas com alguns materiais. Quando olhou para o lado esquerdo do fundo da sala, ele a viu, uma câmera de vigilância. Ao indagar para Lopes por que ela estava lá, obteve a seguinte resposta.
– É porque estamos bem em cima do cofre do banco. Eles devem achar que vamos querer roubar o banco. - o velho disse e gargalhou. - Mas não se preocupe, rapaz. O pessoal da segurança me disse que ela não vê praticamente nada.
“É, direi para um amigo meu se certificar disso.” Léo pensou.


Bomber havia sido levado e conhecido todos os postos de vigilância do banco. Sua última parada era a sala das câmeras. Era ampla, com uma confortável sala de estar, com sofás e televisão. Os monitores ocupavam uma parede inteira. Foi-lhe dito que após o treinamento, ele passaria a ter turnos ali também.
– Já tentaram roubar o banco? - o novo funcionário foi direto e seu futuro chefe se espantou com a pergunta.
– Não, nunca. Mas mesmo que tentassem não conseguiriam. - ele disse. - Temos câmeras em todos os pontos chave e nossa equipe é muito bem formada e capacitada. É impossível alguém conseguir entrar para roubar. - o chefe da segurança explicou.
“E se esse alguém já estiver dentro?” Bomber pensou.

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Todos estavam reunidos na velha mecânica, quando o técnico de informática e o homem musculoso chegaram.
– E então, vocês trazem boas notícias? - Joel perguntou.
Os dois amigos olharam entre si, sorriram e responderam juntos.
– Temos!

domingo, 28 de abril de 2013

Agenda ou memória?

Como lembrar daquele compromisso que você marcou para daqui a duas semanas? Ou aquela prova que você tem que fazer em tal dia e horário da semana que vem? Há duas opções para isso: agenda ou memória.
Para os que não tem uma boa memória, é bom usar uma agenda para não perder seus compromissos. Eu nunca fui muito de usar agenda, mesmo nos tempos de escola, mal usava a minha.


Tenho uma grande facilidade com números e datas, por isso posso dispensar o uso de anotar quando tenho que fazer as coisas. Entretanto, nem todas as pessoas que tem uma boa memória podem se dar esse luxo. Grandes empresários, comerciantes e políticos, que tem eventos múltiplos durante o dia, precisam organizar bem tudo o que se propõem a fazer.

Embora ter boa memória seja uma grande vantagem e me poupe o tempo de ter de anotar tudo e o dinheiro que teria que gastar em uma agenda, parte de mim sempre vai querer dizer quando me chamarem para alguma coisa: "Só um minuto, deixa eu olhar a minha agenda."

sábado, 27 de abril de 2013

Por que jogos de azar?

Sempre me perguntei o por que desse nome, afinal o jogo deveria ser de sorte, não é? Pois se é um jogo de AZAR, por que eu vou jogar? Os mais populares jogos se encontram nos cassinos, mas aqui no Brasil eles são proibidos. Para não ficar fora dessa, deu-se o famoso jeitinho brasileiro e criou-se as loterias, que faz tanto sucesso quanto os cassinos.


Seus sorteios arrecadam milhões e um sortudo (ou mais) leva tudo. Mas será que vale a pena? Tem gente que gasta o equivalente ao prêmio que gostaria de receber só tentando ganhar e às vezes nem consegue. E quando alcança o objetivo é somente para recuperar o que gastou. É claro que tem casos em que a pessoa ganha logo nas primeiras apostas, mas e o que acontece depois?

Não são poucos os casos de morte envolvendo os ganhadores de loteria. Ou aqueles que gastam tudo e ficam em pior situação do que estavam antes. Então, repito, será que vale a pena ganhar tanto dinheiro sem esforço nenhum? Vale sim, mas para quem sabe usar. O problema é que são poucos os que jogam em loterias que sabem lidar com grandes quantidades de dinheiro.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Como lidar com o pó?

Você só o percebe quando ele está grande e visível, porque antes disso, nem dá para vê-lo. Você limpa, usa aqueles produtos que não param de aumentar de preço no mercado e não demora uma semana, ele está lá de novo. Pode-se dizer que o pó é o conjunto de partículas que só fica visível quando em grande quantidade. Sozinhas, essas partículas são apenas sujeirinhas.


Não adianta tentar acompanhar o ritmo do pó. Para ter tudo limpo todo dia, é preciso limpar todo dia. Para fazer isso, seria necessário perder muito tempo e, por isso, ninguém faz. Uma ou duas vezes por semana para tirar o pó acumulado e deixar a casa menos suja por dois ou três dias. Estou excluindo os casos de quem tem empregada doméstica.

Evitar que o pó se acumule é uma tarefa árdua, mas você pode tentar. Arejar a casa é uma maneira simples e bem eficaz. O pó não vai sumir, em algum lugar ele vai aparecer, mas não será tanto quanto antes.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Ainda vai ter contos esse semestre?

Sim! Apesar de eu ter me atrasado um pouco (bastante) esse semestre, ainda haverá os contos seriados. Devido ao meu atraso, não terá intervalo entre as temporadas desse ano, afinal, os dois meses que eu tiraria de 'folga' dos contos no meio do ano já se foram. Haverá sim, separação de temporada. E para que você saiba um pouco mais dos contos seriados que começarão a partir de segunda-feira, dia 29, farei uma pequena sinopse de cada um.

A Arte de Roubar: nessa terceira temporada, Joel decidiu assaltar a sede do Banco Central em Curitiba, e para isso, Bomber e Léo tiveram que se infiltrar lá dentro. Enquanto isso, os outros membros ficam com menos coisas para fazer, mas Charger não pretende ficar muito tempo parado. No meio de tudo isso, Bomber e Joel reencontram pessoas de seus passados. Será que depois de dois roubos seguidos, o grupo de Joel terá o terceiro sucesso sem nenhuma perda?



Tudo por uma notícia: em sua segunda temporada, Rubens Fonseca volta mais ousado do que nunca. Depois de ficar um ano fazendo matérias em vários estados brasileiros, o jornalista do 'Terra da Garoa' decide fixar-se em sua cidade natal e descobre que há muito para se falar sobre a terceira maior metrópole do mundo. Entre propostas e encontros inesperados, Rubens vai se ver de frente com a morte novamente, mas será que a sorte do jornalista continuará acompanhando-o?


Detetives virtuais: uma das séries novas. Conta as história de três amigos formados em informática que conseguem transformar seus corpos em dados digitais. A partir daí, eles passam a arrumar os computadores de seus clientes dessa maneira. Mas quando o Governo Federal começa a mirar essa tecnologia, eles terão que tomar uma importante decisão.


Caos Urbano: a outra série nova. A Detetive Marins finalmente pega o seu primeiro caso de homicídio, mas parece ser maior do que ela imaginava e para resolvê-lo, contará com a ajuda do experiente e já aposentado, Detetive Copi. Será essa parceria suficiente para parar o novo assassino em série da cidade?


Espero que tenham gostado, pois semana que vem, esses contos seriados começarão a ter seus capítulos postados. Até lá!

terça-feira, 23 de abril de 2013

Onde está a brava gente?

Hoje, não sei por que motivo, lembrei-me do hino da independência. E, conforme fui lembrando a letra, fui refletindo sobre ela. Antes disso, porém, eu fiquei pensando 'quantas crianças será que sabem cantar esse hino ou que ele sequer existe?'. O refrão é bem inspirador: "Brava gente brasileira!/Longe vá temor servil...", já nesses dois versos, parei para pensar: 'Onde está essa tal brava gente brasileira? E o temor servil? Será que foi para longe mesmo?'

À época da independência, o Brasil era apenas uma colônia de Portugal e todo o lucro gerado aqui, ia para eles, e, provavelmente, venha daí o temor servil. Mas será que esse temor se foi mesmo? Será que hoje não servimos um outro Portugal? Uma minoria sacana chamada políticos que rouba da população embaixo do seu próprio nariz, talvez?


A quarta estrofe diz: "Parabéns, ó brasileiros!/Já, com garbo juvenil,/Do universo entre as nações/Resplandece a do Brasil". Só se for no futebol, né? Afinal, só assim para os jovens do Brasil serem reconhecidos hoje, jogando futebol. Como se não bastasse isso, ainda sediaremos o evento da Copa em 2014, incentivando ainda mais as crianças a deixarem de estudar para correr atrás de uma bola. É como se os políticos estivessem dizendo 'ei, menino, você quer parar de estudar para jogar futebol pelo resto da vida?' Como uma criança sem nenhuma noção da vida pode recusar algo assim?

E a parte que faltou do refrão e como se encerra o hino é: "Ou ficar a pátria livre/Ou morrer pelo Brasil". Acho que é exatamente esse o espírito que falta aos brasileiros. A pátria livre hoje teria que ser livre de corrupção, de violência, de desigualdade social, de fome, de miséria, de racismo e de preconceito. Mas quem hoje tem coragem de morrer para que isso se torne realidade? Quem hoje tem coragem de se sacrificar para que outros tenham um futuro melhor amanhã? Estamos em um estado em que não está bom como está, mas é melhor não tentar mudar, vai que piora.

O que ninguém vê é que está piorando, gradualmente, de forma devagar e quase imperceptível, e logo será irreversível. Aí, eu pergunto, onde está a brava gente quando precisamos dela? Hein? Cadê você, brava gente brasileira?

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Quem gosta de spoiler?

Spoiler é tudo aquilo que te contam ou mostram de alguma coisa que você ainda não viu ou sabe, mas que gostaria de ter descoberto sozinho. Os melhores exemplos disso são filmes, séries e livros. Eu, particularmente, detesto spoilers, aliás será que alguém gosta? Bom, não vou mentir, bem de vez em quando, quando estou muito curioso para saber algo, eu mesmo vou atrás e descubro apenas o que quero.


O problema é que quem faz spoiler não sabe o que você sabe ou quer saber. Esse problema é aumentado em zilhões de vezes através do facebook. Afinal, com um simples compartilhamento de spoiler você atinge toda uma massa de pessoas que são os seus contatos. Eu sofri com isso, mas sobrevivi. Receber spoiler quando se quer e se importa em querer saber por si só, é horrível. Mas tenho que admitir que é bem legal fazer spoiler... hehehehe... que foi? Também tenho um lado mau.

domingo, 21 de abril de 2013

O que é Oblivion?

É o novo filme estrelado por Tom Cruise. Não foi um dos melhores filmes que o protagonista da franquia Mission: Impossible (Missão Impossível) fez.


Jack Harper (Tom Cruise) é o técnico que faz a manutenção dos robôs que vigiam o planeta contra os saqueadores, supostos invasores da Terra. Em certa parte da história, ele encontra uma sobrevivente humana. Sua parceira na manutenção dos andróides fica com ciúmes e o trai. A partir de então, ele vira o inimigo número um das máquinas que sempre cuidou. Jack se une aos saqueadores, que não são exatamente o que ele pensa.


Fui assisti ao filme sem expectativa alguma, aliás sendo avisado que seria ruim. E foi mesmo, por isso não o recomendo para ser assistido no cinema. O filme demora para engrenar e ainda assim, dado o tema, tem muito poucas cenas de ação. O roteiro foi bem fraco, não dando margem para uma grande trama.



Se você procura um filme de ação para assistir no cinema, essa não é a sua opção. Se você quer ver um filme de ação com o Tom Cruise, reveja os Missão Impossível. Vale mais a pena.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Alguém já te pegou na saída?

Esse é um termo muito usado durante a época da escola. Mas os seus significados mudam um pouco dependendo da idade.

Na quinta série (atual sexto ano), eu ri de um colega que estava sendo zoado e ele resolveu me 'marcar'. Foi quando ele disse 'te pego na saída'. Apesar de eu ter ficado atento e de ter um monte de gente em volta de mim na hora da saída, não consegui evitar a rasteira que levei. Mas não foi nada demais.


Na faculdade, o esquema era outro. Um homem não falava isso para o outro, mas sim uma mulher (principalmente na minha turma, que tinha mais mulher que homem). Seja por mensagem de texto ou bilhete de papel (será que ainda se usa isso?), o 'te pego na saída' ganhou uma nova conotação. A meu ver, bem mais interessante.

E você? Já foi pego na saída? Ou já pegou alguém? 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Por que idosos andam de ônibus?

Nunca fui de ceder meu lugar para as pessoas, a não ser em casos extremos, em que ninguém mais se habilitou e o ônibus estava lotado. Já expus minha opinião sobre isso em um post anterior. Hoje abordarei sob outro ponto de vista. Quando saímos de ônibus, sabemos que corremos o risco de ir em pé. Esse não é o tipo de informação que se esquece com o tempo. E, apesar de existir os bancos preferenciais, não é bom só contar com isso.

Eu mesmo acho meio humilhante esses bancos preferenciais (vide post anterior citado), mas tem gente que gosta até. Quando eu chegar na 'idade' em que serei considerado idoso, não pretendo utilizar ônibus, e se por acaso precisar em um último caso, não irei mendigar lugar para sentar. Se a pessoa é velha e não tem força e energia para se manter em pé por muito tempo, não tem que andar de ônibus. "Ah, mas eu preciso sair." Vai de carro, usa táxi. "Eu não tenho carro e táxi é caro". Peça ajuda da família, dos vizinhos, mas não saia para mendigar lugar para estranhos em ônibus.

Toda 'revolta' e motivo desse post, teve origem em um acontecimento que presenciei recentemente. Estava eu, de pé, em frente a um banco preferencial ocupado por um deficiente (dava para ver pela muleta que ele segurava). Decidi não sentar em outro lugar exatamente para não precisar levantar para dá-lo para algum idoso que pudesse entrar. No primeiro tubo, entrou alguns idosos, mas também saiu muita gente, logo todos sentaram.

No segundo, entretanto, quase ninguém saiu e um senhor entrou. Não havia mais lugares. Deu para notar que ele estava doido para sentar, ou precisava mesmo pela idade. Ficou olhando, chegou quase a se jogar em uma moça que estava sentada atrás do rapaz de muleta. Então, ele o viu. Um jovem sentado no banco preferencial, isso foi demais para o velhinho. Ignorando totalmente a minha presença, ele chegou mais perto e cutucou o deficiente no ombro. Não ouvi o que ele disse, pois estava ouvindo música, mas tenho certeza de que ele pediu para que ele lhe cedesse o lugar.


A cena que seguiu foi bem constrangedora e me deixou com uma raiva tremenda do senhor velho. O homem deficiente nem hesitou, ao ver o idoso, ele se virou, pegou a muleta e se preparou para levantar, quando o velho o parou. A perna que não dava para ver enquanto ele estava sentado, era mecânica. Teria sido cômico se não tivesse sido trágico, um idoso tirando lugar de um deficiente. Depois disso, um rapaz em um banco não muito longe dali, cedeu o lugar.

Podem me criticar, mas se quer tanto sentar assim, fica em casa no sofá que é mais confortável. Não saia para tirar o lugar de quem nem tem as duas pernas para se apoiar. Esse é um assunto que "dá muito pano pra manga" e acho que eu já me estendi demais.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Vamos correr em Boston?

É, parece que a corrida em Boston bombou, literalmente. E, devo dizer, que demorou para acontecer algo assim. Desde sempre as relações entre os EUA e a Coréia do Norte não são das melhores. Em seus últimos filmes nacionalistas, Red Dawn (Amanhecer violento) e Olympus Has Fallen (Invasão à Casa Branca), os Estados Unidos praticamente estão pedindo por um ataque norte-coreano. Não estou dizendo que o atentado em Boston foi feito pela Coréia do Norte, mas não me surpreenderia se fosse.

Os EUA são o centro da economia mundial, isso é um fato. Mas além disso, eles querem sempre estar no centro de todas as atenções. Voltando a falar de filmes, por que sempre que se fala em um possível ataque alienígena, é os Estados Unidos que é invadido? Não tem outros mais de 190 países no mundo? Tá, eles que fazem os filmes, então tem que acontecer lá, mas poxa, em uma invasão envolvendo todo o planeta e é sempre lá? Forçado, né?


Não posso dizer que estou feliz com o atentado de hoje, pois muita gente inocente morreu, incluindo crianças, mas triste também não é a palavra que me descreve. Crianças não tem conhecimento, mas os adultos sabem muito bem o país em que vivem. O modo nacionalista que eles pensam, sempre vivendo, lutando e morrendo pelo país é até interessante, e acredito que seria bom se os brasileiros tivessem esse sentimento, mas acho que os norte-americanos focalizam de modo errado. 

O que quero dizer é, os Estados Unidos são o atual Império Romano. Só que Roma caiu e os EUA também vão. Quem vai derrubá-los? Eu não sei, mas estarei assistindo de camarote quando acontecer. Pois como eles mesmo fazem questão de mostrar em seus filmes, o hemisfério sul é ignorado e praticamente inexistente. Então, vou preparar a pipoca e pegar um refrigerante, porque esse 'filme', eu não perco por nada.

Por que temos unhas?

Até hoje me pergunto isso e acho que nunca saberei a resposta. Por muito tempo pensei, pensei e não consegui encontrar um motivo para termos unhas. Vejam, elas não tem nenhuma função aparente. A não ser que você considere coçar o nariz e o ouvido uma função. Além das unhas, tem também aquelas pelezinhas que insistem em ficar saindo para ser puxada. E também tem a tal da cutícula.


As mulheres costumam pintar as unhas para se 'embelezar' mais, embora eu não ache isso necessário. Então, duvido que alguma mulher tenha algum dia pensado na função da unha, que aliás deve ser algo interno e muito importante, porque não consigo me imaginar sem unhas. O único problema delas para mim é que elas crescem e, consequentemente, eu tenho que cortá-las.

E para você? Qual a função da unha?

domingo, 14 de abril de 2013

O sonho

Sonhei que era livre. Não só eu, mas todas as pessoas. Sonhei que Imagine não era mais uma música, mas sim uma realidade. Sonhei que as pessoas se ajudavam sem nenhum interesse particular e que se uniam quando um grande problema surgia. Sonhei com uma população que não perde tempo com programas de televisão inúteis e nem incentivam nossas crianças a deixar de estudar para correr atrás de uma bola.

Sonhei que não havia corrupção ou mentira. Sonhei que os sete pecados capitais eram apenas uma lenda de um passado distante. Sonhei que não havia briga nem morte programada e que se podia sair e andar por qualquer rua em qualquer horário. Sonhei que se podia confiar em todos e que trancar as portas era uma medida de segurança desnecessária.


Sonhei que preconceito era só uma palavra desconhecida. Sonhei que se uma pessoa fosse roxa seria tratada como se ser roxo fosse a coisa mais normal do mundo. Sonhei que o sexo era um método de reprodução e prazer consentido, a partir de uma determinada idade. Sonhei que a vida não poderia ser melhor, que se fosse melhor, como diz o ditado, estragava. E estragou.

Como eu disse, era só um sonho e eventualmente eu acordei. Levantei e enfrentei o mundo real. Tomei café, tendo que aturar o mau humor dos meus pais. Fui para a aula, reparando as expressões fechadas das pessoas no ônibus, os xingamentos dos motoristas estressados e as pessoas que tentavam dormir sob um cobertorzinho no meio da calçada. Antes de começar a aula, fiquei pensando e torcendo para que outras pessoas tenham tido o mesmo sonho que eu, para que um dia, ele possa ser a realidade e o mundo em que vivemos hoje, seja apenas um pesadelo.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Era uma vez...

-Era uma vez...
-Ah, era uma vez de novo não, pai. Todas as suas histórias começam assim.
-Tudo bem. Um belo dia...
-Um belo dia também não. Se a história já começa num belo dia, que ação vai ter?
-Tá bom, como você quer que eu comece?
-Que tal: Numa noite escura e tenebrosa, um dragão de três cabeças surgiu e começou a queimar e destruir tudo o que via...
-Que legal! E aí, o que aconteceu?
-Pai, é você quem tem que me contar a história, lembra? Eu só te mostrei como começa.
-Ah é! Bom, então, tem o dragão que queima tudo e daí... Ah, filhão, conta aí. Agora, eu fiquei curioso.
-Ta bom. - o menino virou os olhos, saiu debaixo das cobertas e sentou de frente para o pai.


-Contou a história para ele? Ele conseguiu dormir? - a mulher perguntou quando seu marido entrou no quarto e deitou ao seu lado.
-Ele dormiu sim. - ele respondeu lembrando de como os cavaleiros corajosos e audazes da imaginação do filho tinham derrotado o perigoso dragão de três cabeças. - Preciso melhorar meu repertório de histórias.
-O que disse? - a mulher perguntou sem entender.
-Nada não. Vamos dormir. - eles respondeu, virou para o lado, fechou os olhos e sorriu.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O medo

-Eu não tenho medo de nada.
-Então, você tem medo de tudo.
-Não, é exatamente o contrário.
-Você disse que NÃO tem medo de NADA. É uma dupla negativa.
-Bom, então, eu não tenho medo de tudo.
-Logo, você tem medo de alguma coisa.
-Não, pois alguma coisa está dentro de tudo.
-Errado, tudo é diferente de todas as coisas.
-Então, eu não tenho medo de todas as coisas.
-Logo, você não tem medo de nada.
-Exatamente!
-Ahá!
-Quer dizer, NÃO! Ah, você me confundiu.
-Sei...
-Quer saber, no fundo é tudo uma questão de semântica. O fato é que eu não tenho medo e ponto.


sexta-feira, 5 de abril de 2013

O ponto de ônibus

-Oi.
-Oi.
-Quente hoje, não? - ele tentou puxar assunto.
-Uhum. - ela respondeu sem interesse.
-Indo para casa? - era fim de tarde, ele achou que seria uma opção sensata.
-Não.
-Indo para o trabalho? - ela podia trabalhar à noite, ele pensou.
-Não.
-Para a faculdade? - ela não era muito mais velha que ele e carregava uma bolsa grande.
-Não. - ela respondeu alto, virando as costas para ele.
-Desculpa. - ele disse, baixou a cabeça e se afastou.
-Hã... o que? Pelo que? - ela disse como se eu não estivesse ouvindo ele até então. Virou-se com o celular na mão e ele entendeu.
-Por nada. Deixa pra lá.
-Diz, eu quero saber. - ela insistiu, e ele não soube dizer se por interesse ou por educação.
-Perguntei para onde está indo. - ele disse enfim.
-Já não sei mais. - ela respondeu com um sorriso triste. - E você?
-Estava indo para casa, mas queria mesmo era sair e fazer algo divertido. A semana foi puxada. - ele respondeu se soltando.
-Nem fala, eu bem estou precisando de um pouco de diversão. - ela devolveu.
-Não costumo fazer isso com pessoas com quem conversei por menos de cinco minutos, mas nós estamos bem perto de um shopping, se quiser podemos ir até lá e beber um pouco para relaxar. - ele sugeriu.
-Não costumo aceitar convites de pessoas com quem conversei por menos de cinco minutos, mas acho que hoje vou arriscar. - ela respondeu no mesmo e sorriu.
Eles saíram em direção ao shopping e o ponto de ônibus ficou, mais uma vez, vazio.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Você tem alguma nota de um real?

Eu tenho 4! Não, você não leu errado. Eu perguntei NOTA de UM real mesmo. Muitas foram as mudanças que a nossa moeda já sofreu, desde que passamos a ter uma. De cruzeiro à cruzado, de volta à cruzeiro, passando por cruzado novo, e outras que não duraram muito, até chegar ao definitivo real.

A nova moeda ficou quase uma década sem alterações, mas então surgiram as novas moedas, mais decoradas e coloridas, com homenagens a grandes nomes da nossa história. Ainda hoje há moedas velhas em circulação, mas bem poucas. Alguns anos depois, decidiram extinguir a moeda de 1 centavo (ainda bem que guardei bastante ^^). A mudança nas cédulas demorou, mas enfim chegou.


A primeira mudança não tirou nem mexeu em nenhuma já existente, apenas adicionou uma nova, a de 2 reais. Entretanto, a ideia era substituir a de 1 real, e com o tempo isso foi ficando mais claro. Sem notar esse progresso, e de um modo meio automático, devido minha mania de guardar dinheiro, acabei salvando 4 notas de um real para a posteridade.

Hoje vi um post no facebook (que me inspirou a escrever sobre o assunto) dizendo que as crianças daqui para frente não pegarão em uma nota de 1 real, uma vez que não está mais em circulação. Acredito que o mesmo acontecerá com as outras notas antigas, que estão sendo substituídas atualmente. Já comecei a guardar as minhas. E você? Conseguiu salvar alguma nota de 1 real?

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Por que somos tão limitados?

O funcionamento do organismo humano é de deixar qualquer um de queixo caído. Só de imaginar em todos os vasos que tem e todo o sangue que percorre nosso corpo em nosso menor movimento, já dá para se perder. Mas mesmo com todas essas complicações, com esse sistema (quase) perfeito, nós não nos livramos das limitações.

É preciso cuidar muito bem dessa máquina para que ela continue funcionando sempre. Entre esses cuidados estão comer e dormir, que são duas atividades que nos consomem tanto tempo e seria muito bom se pudéssemos simplesmente ignorá-las. Dormir pouco é bem possível e muitas pessoas fazem. Mas comer é mais difícil, vai de organismo para organismo. É o combustível da nossa máquina.


A ideia para esse post veio do meu seguinte pensamento: "Senão precisássemos dormir, teríamos tanto tempo livre para fazer as coisas que faltam...". Mas há tanto prazer em realizar tal ato, assim como em comer. Talvez, afinal, não seja tão ruim ser limitado assim.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Por que acordamos com mau hálito?

A última coisa que você faz antes de deitar para dormir é escovar os dentes. Na cama, você sopra na mão e sente aquele hálito refrescante. A noite passa e ao acordar, se fizer o mesmo procedimento da noite, é capaz de desmaiar. Quando se dorme sozinho, não deve ser um grande problema, mas casais devem sofrer um pouco com isso. Você quer ser romântico e falar bem de pertinho para acordá-la suavemente, mas tudo que vai conseguir é deixá-la enjoada.


Por que não podemos acordar com o mesmo hálito de menta com que vamos dormir? Qual é a magia que acontece de noite que nos deixa fedendo mais que cachorros? Como podemos ser românticos pela manhã desse jeito? Tem que acordar, levantar, escovar os dentes e voltar para a cama. E se tiver muito frio? Talvez, a solução seja manter balas no criado mudo, assim o casal se mantém aquecido e romance continua no ar. E você? Já sentiu seu hálito matinal?

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Vamos mentir?

Dizem que hoje, dia primeiro de abril, é o dia da mentira. Então, vamos mentir! Mas não pode ser qualquer mentira, tem que ser algo grande, afinal esse dia é só uma vez por ano. Prontos? Vamos lá!

Nós vivemos em um mundo belo e tranquilo, preenchido com cidades limpas e sem trânsito, em que as pessoas se respeitam, se cumprimentam e se ajudam. Não existe fome ou desigualdade social. Não há violência ou criminalidade. Todos têm fácil acesso à saúde e educação. Os países colaboram com o seu vizinho e não existe guerra.


As crianças vivem e aproveitam bem a sua infância, não correndo riscos de serem assassinadas, sequestradas ou abusadas sexualmente. Não há discriminação por motivo de religião e opção sexual. Cada pessoa faz o que bem entende da sua vida e com o seu corpo, e ninguém mete o bedelho. Dinheiro não é a coisa mais importante e as pessoas não perdem tempo com futilidades.

Não existe doença sem cura e nossos entes queridos não morrem antes da hora e nem de forma cruel e dolorosa. Não há dor que não possa ser amenizada. Mau humor e estresse são palavras e sentimentos desconhecidos. Gosto não se discute nem é lamentado, é apenas respeitado.

Ah, cansei de mentir! Eu poderia ficar até o próximo 1º de abril escrevendo mentiras aqui, mas acho que é muita mentira para um dia só, e tenho certeza de que você, caro leitor, nunca desejou tanto que mentiras fossem verdades, não é mesmo?