terça-feira, 13 de outubro de 2020

Já pensou em aprender outros idiomas?

Algo que sempre gostei de estudar foi idiomas. Acho muito legal conhecer dialetos de outros países. Há muitos anos o inglês se tornou uma espécie de idioma mundial. Todos sabem pelo menos um pouco e em algumas áreas profissionais é simplesmente imprescindível. Por isso, algumas escolas do Brasil ensinam inglês desde o começo para nossas crianças. Espanhol também é uma opção em alguns lugares. 

Devido a isso e ao tanto de material que temos ao nosso redor, como jogos, músicas e filmes, inglês sempre foi algo familiar para mim e chegar a fluência foi quase automático, mas levou anos. Fiz um curso de espanhol e apesar de não ter me aprofundado muito, me viro bem. Desde então (meados de 2011) não estudei mais nenhum idioma. Sempre quis aprender outros, mas acabava deixando para depois.

Esse ano finalmente deixei a preguiça de lado e decidi investir em ampliar meu conhecimento linguístico. Para tanto, escolhi um dos idiomas que mais tenho contato depois dos já citados: japonês. Como fã de anime e mangá e a cultura e história japonesa como um todo, o idioma sempre me encantou e me intrigou. Após um mês de estudo, posso dizer que não é um bicho de sete cabeças, como muitos pensam.

Eu imaginava que seria muito difícil aprender mesmo o básico, mas hoje já consigo ler alguma coisa. Tem muita coisa por vir ainda e sei que a fluência vai demorar e dependerá só de mim. No entanto estou animado e com o objetivo em vista, por isso os obstáculos que aparecerem serão combustível para mim.

E você? Sabe algum idioma além do português? Tem interesse em aprender mais?

terça-feira, 6 de outubro de 2020

O que acharam dos finais dos contos?

Após uma pausa de 6 anos finalmente chegou ao fim a quinta temporada dos contos seriados. Se você ainda não leu tudo e não quer spoilers, pule para a parte depois da imagem. Muita coisa aconteceu desde que eu comecei essa temporada lá em 2014. A maioria das ideias continuou e se manteve viva, mas uma parte foi mudando e acabou sendo adaptada e reformulada na efetiva postagem esse ano. Então, vamos recapitular e ver como ficou cada série no final da temporada.

Popularidade: depois de voltarem a estudar na mesma sede, os oito amigos decidiram participar do novo jornal e da nova rádio do colégio. Além disso, uma nova aluna surgiu para agitar as relações. No Baile de Abertura, Lucy Cesca revelou ser uma espiã com a missão de recrutar Alex e seus amigos para acabar com o tráfico de drogas dentro do colégio. Ao emboscarem o traficante, o grupo sofreu uma baixa e, após o luto, decidiu continuar com o trabalho de espião.

Conspiração Temporal: o futuro não foi consertado, mas logo as duas viajantes descobriram não ser culpa delas. Com a ajuda de novos aliados, incluindo um descendente de Zé Mané, elas seguiram para Inglaterra, local mais seguro do mundo e único que possuía o material necessário para arrumar as máquinas do tempo. Depois de uma longa jornada com sacrifícios, elas voltaram novamente no tempo para, dessa vez, impedir que o mundo sucumba num apocalipse zumbi. 

Caos Urbano: o Dr. Morte fugiu da cadeia e após meses de preparação decidiu atacar a cidade e se vingar da mulher que o prendeu. O espião número 1 da agência investigava um caso quando seu caminho cruzou com o do médico fugitivo. O asilo do ex-detetive Copi explodiu bem quando Raquel saía do lugar. Rubens e Carla foram para Curitiba cobrir a explosão do asilo. O Motoqueiro das Trevas notou um movimento estranho das gangues nos últimos meses. Quando a Equipe Z.É. conseguiu resgatar Baltar, o caos teve início. Após vários eventos e desencontros, todos esses personagens e os Comandos Alfa e Épsilon se juntaram para enfrentar o vilão. Com um plano bolado por Zé, cada um fez a sua parte e conseguiram a vitória. Infelizmente não sem algumas perdas. Após as despedidas, a detetive Raquel Marins seguiu determinada em sua missão para defender a cidade.


Essa foi uma das temporadas mais intensas que já escrevi, tanto pelos capítulos quanto pelos desenhos. Talvez pelo ritmo que coloquei para mim mesmo ou talvez por eu não ser mais como era há 6 anos. Havia muito que eu queria escrever, mas para o formato do blog não teria como. De qualquer forma, estou satisfeito com como as coisas se encaminharam e espero que tenham gostado também. Não sei quando será a próxima temporada. De acordo com o que eu vinha fazendo seria em março, mas vai depender de como estiver minha rotina até lá.

Agradeço a todos que leram tudo e deixaram comentários. Seu retorno é muito importante para mim. Caso você não tenha conseguido acompanhar, se perdeu no caminho ou está chegando agora, clique aqui para ver a lista com todos os capítulos da temporada. Agora, me digam, o que acharam dos finais? Gostaram? Comentem aí! 


quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Caos Urbano T02C26 - Capítulo Final da Temporada

CAPÍTULO 26 – ATÉ A PRÓXIMA! 

“Ambulâncias, caminhões de bombeiros e viaturas policiais infestaram o centro cívico. É claro que Raquel se tornou o centro das atenções, todos tinham perguntas para ela. No entanto, isso não livrou Carla e eu de sermos interrogados também. Antes fomos examinados pelos paramédicos. Assim que nos liberaram, precisamos ir até a delegacia prestar nossos depoimentos oficiais.”

— Você está péssima! – Rubens disse chegando com Carla perto da ambulância em que Raquel estava sentada recebendo curativo.

— Devia ver o outro cara. – a morena devolveu.

— Nós vimos. – a jornalista disse e os três riram.

O interrogatório durou horas, pois os delegados e detetives estavam tendo dificuldades de acreditar na história relatada, chegando até a desconfiar dos jornalistas. Essa era a última parte do plano do Zé. Antes de partirem para o ataque, Raquel, Carla e Rubens tiveram de repassar todo o combinado para que não houvesse nenhum furo.

Já era de madrugada quando foram liberados do distrito policial, coincidentemente ao mesmo tempo.

— Então, imagino que vão te dar alguns dias de folga. – Carla disse à detetive.

— Sim. Uma semana. – Raquel confirmou. – Queriam me dar um mês, mas eu disse que era muito tempo. – ela disse e olhou para o casal. – Vocês estão com uma cara estranha.

— Normalmente escreveríamos a matéria e já voltaríamos para São Paulo, mas faz um tempo que não tiramos férias e nós dois queremos conhecer mais Curitiba. – Rubens disse.

— E queremos que venha com a gente. = Carla disse animada. – E caso já tenha ido nos lugares, você pode ser nossa guia.

— Estou lisonjeada, mas não posso aceitar. Vocês provavelmente querem um tempo a sós. Vou estragar o passeio romântico de vocês. – Raquel disse.

— Teremos outros passeios só para nós dois. Nesse queremos você junto. – Rubens insistiu.

— Tudo bem, então. Vai ser bom uma distração antes de voltar à realidade. – a morena disse aceitando.

Os jornalistas voltaram ao hotel e passaram boa parte da madrugada escrevendo sua matéria. Depois de dormirem algumas horas se encontraram com Raquel para iniciarem seu passeio. Foram ao Passeio Público, Ópera de Arame, Parque Barigui, Parque Tingui, Parque Tanguá, Bosque do Alemão e, por insistência da morena, Jardim Botânico.

Apesar do acontecido ela não quis privar o casal de conhecer o maior ponto turístico da cidade. No outro dia, ela foi até o hotel deles para se despedir.

— Isso é um adeus, então. – a detetive disse enquanto o taxista colocava a bagagem dos jornalistas no porta-malas.

— Não seja tão radical. Isso é no máximo um “até a próxima!”. – Rubens disse rindo.

— Exatamente! Não vai se livrar tão fácil de nós, dona moça. – Carla disse abraçando a morena.

Rubens fez o mesmo e o casal foi se encaminhando para o carro.

— Muito bem. Até a próxima! – Raquel disse.

— Até! – Carla devolveu acenando e sorrindo.

— Cuide bem de Curitiba, detetive. – Rubens disse e piscou para ela enquanto fechava a porta do veículo.

— Cuidarei! – a morena devolveu sorrindo com um olhar determinado.

“Soldados renegados dos Comandos do Alfabeto Grego, motoqueiros vigilantes e um grupo de espiões. Já os tinha encontrado antes, mas essa foi a primeira vez que os vi numa situação tão grave com repercussões catastróficas. Curitiba precisará se reerguer agora, contudo não demorará muito, pois há muitas pessoas boas que amam a cidade lá. Por fim, aprendemos que onde há fumaça, realmente há fogo, pois começamos cobrindo o incêndio de um asilo e acabamos presenciando o maior evento de caos urbano de nossas vidas.”

                                                        Rubens Fonseca e Carla Lamarca.


 

A semana passou voando e Raquel tentava dormir para voltar ao trabalho no dia seguinte. Ela iria para um novo distrito, teria um novo chefe, novos colegas e conheceria muitas pessoas novas. No entanto ela nunca iria esquecer daqueles que a ajudaram a chegar ali.

— Copi, Jorge, Ana, Mateus! Vocês morarão para sempre no meu coração. – ela disse ficando de barriga para cima e olhando para o teto. – Focarei toda minha energia para impedir que outras pessoas tenham o mesmo destino que vocês. Suas mortes não serão em vão, podem ter certeza.

Com toda essa adrenalina, Raquel demorou um pouco, mas enfim pegou no sono.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Conspiração Temporal T03C13 - Capítulo Final da Temporada

CAPÍTULO 13 – DE VOLTA PARA O PASSADO 

Seguindo Edgar, o grupo se escondeu embaixo de uma ponte. As viajantes ainda processavam o sacrifício do cientista enquanto os outros não pareciam tão abalados.

— Como ele vai se lembrar da gente agora? – Jess falou limpando as lágrimas.

— Não era para ter sido assim. – Zé disse.

— O que quer dizer com isso? – Nanda perguntou desconfiada.

— Eu perguntei para ele se eu poderia me lembrar dessa vida como ele se lembrava da anterior. Ele disse que sim. Era só ficar perto da radiação da máquina. Não era uma coisa certa, mas se aconteceu uma vez, era possível que se repetisse. – o líder contou.

— Por que você quer lembrar? – a viajante loira quis saber.

— Por tudo o que aconteceu. Eu preciso saber o que pode acontecer com o mundo senão cuidarmos direito. Preciso me lembrar dos meus erros e de todas as pessoas que conheci. Preciso me lembrar de você. – Zé disse chegando bem perto da mulher mais alta do grupo.

— E eu também. Mal tivemos tempo de nos conhecer e nos divertir. – Becky disse segurando a mão do líder.

— Eu não posso me esquecer de você. Minha vida seria muito sem graça. – Angu disse olhando para Jess e segurou a mão da moça mais jovem.

— Foi uma vida cheia de altos e baixos, mas não quero esquecer de nada. Muito menos daquelas que nos salvaram. – Edgar emendou e segurou as mãos de Zé e Angu fechando o círculo ao redor das viajantes.

As duas amigas iam falar algo quando ouviram passos nas ruas acima.

— Arrumem as máquinas. Logo irão chegar aqui. – Zé disse.

— Como iremos nos encontrar novamente? – Nanda perguntou.

— Bom, depois que vocês resolverem tudo, a AgEsp continuará a existir e mesmo que os filhos e netos do Zé Mané não queiram ser espiões, assim que minhas memórias forem voltando eu darei um jeito de chegar lá. Só preciso que me digam as coordenadas e voltem dois dias depois de hoje. – o líder explicou.

— Certo. – a loira mais alta passou as coordenadas ao mesmo tempo em que ela e Jess terminaram de ajustar as máquinas para usar.

— Ali estão eles! – um dos guardas gritou e várias lanternas foram apontadas para o grupo.

— Agora, você já era, Joe Alley! – James disse e atirou uma flecha com sua besta.

— Vão! Salvem o futuro do mundo! – Zé disse no momento em que a flecha atravessou o seu corpo.


As viajantes ligaram as máquinas e viram seus companheiros serem atingidos. Antes da morte de fato, tudo mudou e elas se viram em um terreno baldio no centro da cidade de Curitiba. Rodeado por prédios e casas, e com o trânsito acontecendo normalmente.

— Não deveria ter um prédio aqui? Será que erramos as coordenadas, Nanda? – Jess indagou.

— Não. Não pode ser. – a loira respondeu enquanto olhava ao redor.

Elas seguiram até a calçada e abordaram uma pessoa.

— Ih, o prédio que estava aí explodiu. Saiu em todos os jornais. Como vocês não viram? – o homem contou.

— E teve algum sobrevivente? – Nanda perguntou.

— Sem chance. Foi uma explosão das grandes. – ele disse e seguiu seu caminho.

As duas ficaram em silêncio por um tempo e então Jess falou.

— Nanda, você acha que...?

— Não. Zé Mané está vivo. Eu sinto. Só precisamos encontrá-lo. – a loira disse com um sorriso.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Caos Urbano T02C25

CAPÍTULO 25 – HORA DE IR 

O grupo saiu do meio da rua e seguiu para a entrada do palácio do governo. Ao mesmo tempo, os furgões militares chegaram intactos após atravessarem a avenida em meio às explosões. Os soldados desceram dos veículos e ficaram de prontidão.

— Érica, me conta tudo o que aconteceu. – Zé insistiu.

— Zé, não sei se é o melhor momento. – ela devolveu e um barulho foi ouvido.

— Tem alguém vindo. – um membro do Comando Alfa disse e todos apontaram as armas para a porta.

— Não atirem! É o Joca. – Rubens disse ao reconhecer o espião.

Zé olhou para o amigo procurando suporte, mas encontrou uma sensação pior.

— Cadê o Rob? – ele perguntou com medo da resposta.

— Zé, o Rob, ele... ele...

— Não, por favor, não. – o líder disse já com lágrimas escorrendo.

Os dois amigos se abraçaram e um silêncio se estabeleceu entre todos. Enquanto isso, Raquel continuava seu embate com Dr. Morte.

Depois de acertar dois golpes e desviar de um, a morena socou o vilão fortemente na barriga, o que o fez arquear. Ela passou a outra mão no bolso dele e pegou o controle. Ajeitou a postura e acertou a parte de trás do joelho do oponente, que caiu no chão. O ex-médico virou para olhar para cima no mesmo momento em que a detetive desativava o ímã, recuperava sua arma e apontava para ele.

— Vamos! Atira! – Dr. Morte disse.

— É o que eu deveria fazer, mas a morte é muito pouco. Você precisa sofrer. – ela devolveu.

— Eu nunca vou parar, você sabe. E se eu matei seus melhores amigos e causei todo esse caos na cidade dessa vez, o que será que farei da próxima? – ele provocou.

— Não muito, já que vou tirar aquilo que te permite fazer as coisas. – ela disse e atirou na mão direita do vilão e em seguida, na esquerda.

— Você continua a me surpreender, detetive. – Dr. Morte disse entre risos e grunhidos de dor. – Já decidi, a próxima vez será muito pior!

— Estarei preparada! – ela devolveu e levantou a arma.

— Raquel! Está tudo bem aí? Ouvimos tiros. – Rubens perguntou pelo comunicador.

— Sim, agora está tudo bem. Pelo visto os rapazes venceram o hacker inimigo. – ela comentou vendo que o comunicador estava funcionando.

— Sim, mas só um deles sobreviveu. – o jornalista disse.

— Oh! – Raquel se espantou. – Sem querer parecer insensível, mas você pode chamar uma ambulância? – ela pediu.

— Acho que não será preciso. – Rubens disse e sirenes foram ouvidas.


A detetive saiu do prédio e viu muitas expressões murchas, além de uma Carol muito preocupada com Ian. Nesse mesmo momento, uma van surgiu vindo do leste e uma moto, do oeste. Maurição parou o veículo perto do grupo e desceu mancando cheio de hematomas e sangrando. O Motoqueiro não estava muito melhor. Sendo carregado por Borba, ele mal tinha forças para ficar em pé. Sua namorada correu a seu encontro. As sirenes foram ficando mais altas.

— Pra onde vocês vão? – Raquel quis saber.

— Nós deixamos algumas coisas no galpão então teremos que ir para lá. – o coronel informou.

— Sim, vamos todos para lá. Assim podemos cuidar dos feridos. – Érica disse.

— Obrigada a todos! – a detetive agradeceu. – Seria impossível sem a ajuda de vocês. Curitiba está devendo uma para vocês.

— Só fizemos nossa parte, detetive. Como sempre. – Leonel disse enquanto os membros dos comandos voltavam para os veículos.

— Zé! – Raquel chamou se aproximando dele. – A primeira vez que te vi, te achei esquisito e idiota. Bem, ainda acho isso, mas agora vejo que você também é incrível. Não teríamos chegado aqui sem sua liderança e estratégia. Então, meu muito obrigado. – ela finalizou.

O rapaz manteve a cabeça baixa e ficou em silêncio. Achando que não receberia resposta, a morena começou a se virar.

— Obrigado você, detetive. – Zé disse se recompondo. – Obrigado por cuidar da nossa cidade. A força policial precisa de mais profissionais como você. – ele disse e recebeu um sorriso da detetive. – Agora, vamos! Essas sirenes estão ficando muito altas. – ele falou olhando para os outros.

— Rubens! – Leonel e Zé chamaram ao mesmo tempo e se entreolharam.

— Eu sei! Qual é, pessoal? Não é minha primeira vez. – o paulista disse.

Com isso, todos saíram restando apenas a detetive e os jornalistas.

— E agora o que? – Carla perguntou.

— Nós esperamos. – Raquel respondeu enquanto os três olhavam para a destruição a sua frente.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Popularidade T02C13 - Capítulo Final da Temporada

CAPÍTULO 13 – JOVENS ESPIÕES 

Enquanto Yago corria para bem longe do Passeio Público, um carro passou por ele, parou logo à frente e uma porta de trás se abriu. O rapaz achou estranho, mas foi ver quem estava dentro.

— Entra logo antes que eu me arrependa. – Mauricinho disse e surpreendeu o ex-colega de classe.

Assim que a porta fechou, o carro voltou a se mover.

— O que está fazendo aqui? Por que tá me ajudando? – Yago perguntou para o outro que usava roupa social e sua característica jaqueta de couro.

— Bem, preciso de alguém para fazer o trabalho sujo. – Mauricinho disse e pegou um copo para se servir de uísque.

— O quê? Você é meu fornecedor? – Yago devolveu ainda mais surpreso.

— Então, por que você não conseguiu cumprir uma missão simples como a de hoje? – o mais rico questionou ignorando a reação do outro.

— Estava tudo indo bem até o Lemos e os amigos dele aparecerem. Não sei como eles sabiam de mim e sobre hoje. – Yago disse e Mauricinho sorriu.

— Isso acabou de ficar interessante. Yago, você vai me contar tudo com riqueza de detalhes e talvez eu te dê uma segunda chance. – o rapaz de jaqueta de couro disse e sorveu um gole de sua bebida. 


O velório era para ser apenas para família e amigos próximos, mas o número de pessoas que apareceram para prestar homenagens mudou os planos. A igreja estava cheia e muitos precisaram ficar em pé. Em seus 15 anos, Raíssa Caramello encantou e marcou a vida de muita gente.

Depois dos discursos dos familiares, Alex subiu ao púlpito para falar.

— Meu nome é Alexandre. Conheci a Raíssa no jardim de infância e somos amigos desde então. Depois de um tempo, passamos a chamá-la de Caramello já que a cor de sua pele combinava certinho com o sobrenome. – Alex pausou e sorriu, e notou muitos dos presentes fazerem o mesmo. – Caramello era uma pessoa incrível, nunca pedia nada para si mesma e estava sempre disposta a ajudar quem precisasse, fosse conhecido ou não. Não estudávamos na mesma sala, mas passar os recreios com a companhia dela era sempre bom. Ela era dessas pessoas que deixava o ambiente leve e harmonioso. – ele pausou novamente e fungou sabendo que não demoraria para as lágrimas caírem. – Sua maior paixão era o balé. E como ela era boa nisso. Nós amávamos vê-la dançar. Era relaxante e tranquilizante, como se não existisse mais nada no mundo, era possível alcançar uma paz de espírito indescritível. Ela... Ela... – as lágrimas o impediram de falar. Ele respirou, limpou o rosto e continuou. – Ainda é difícil acreditar que ela não vai mais estar em nossas vidas, que vou voltar ao colégio e não a verei mais. Não vou mais ouvir sua voz nem sua risada. Sei que foi para um lugar melhor, mas saiba que sempre me lembrarei de você, minha amiga. Você sempre estará em nossos corações. – Alex finalizou e voltou ao seu lugar.

Todos os outros amigos estavam chorando e ficaram ainda mais emocionados pelas palavras de Alex. Quando ele sentou, sua ex-namorada o abraçou.

— Foi lindo, Alex. Tenho certeza de que ela gostou. – ela disse entre lágrimas.

— Tá doendo, Manu. Tá doendo muito. – ele disse sem se conter mais.

 

Uma semana se passou e o luto era visível no Colégio Isaac Newton. Ciano e Hugo não tinham cabeça para ficar na rádio. Slomp ficou no comando e fez homenagens para Caramello todos os dias. Lucy também sentia a morte da bailarina, mas como mal a conhecia, seu luto foi mais breve. Havia coisas para serem feitas. Ainda mais depois da notícia que recebeu.

Quando o grupo chegou, viu o andar bem diferente. Pessoas andavam pelos corredores carregando móveis e equipamentos. A sala que só tinha uma mesa e um laptop, passou a ter nove mesas com igual número de equipamentos. Estava começando a parecer uma agência de espiões.

— Tá ficando bom, hein! – Alex comentou ao entrar no cômodo com seus amigos.

— Ah! Vocês estão aqui! – Lucy disse com um sorriso. – Fiquei tão feliz quando me contaram que queriam entrar para a agência. Embora, confesso que não esperava por isso, considerando o que aconteceu.

— Nós conversamos bastante. – Manu começou. – Apesar dos nossos conflitos internos, concluímos que a Caramello iria querer assim. Afinal, nas palavras delas “Se há algo ruim acontecendo e podemos fazer algo, é claro que faremos.”

— E juntos. – Diana complementou.

— O ano começou há pouco tempo e tanto já aconteceu. Tudo que eu queria era fazer coisas junto com meus amigos e ser popular novamente. – Alex disse e suspirou.

— Você e essa sua obsessão chata com popularidade. – Patricinha comentou e todos riram.

— Bom, se ajuda, você é popular entre a gente. – Lucy disse.

— É, ajuda sim. – Alex respondeu com um sorriso.

— Ei, nossa equipe vai ter um nome? – Hugo perguntou.

— Boa ideia! Precisamos de um nome. – Diana elogiou concordando. – Alex, alguma sugestão?

— Eu tenho o nome perfeito: Equipe Caramello! – ele disse e todos sorriram em aprovação.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Caos Urbano T02C24

CAPÍTULO 24 – EXPLOSÕES PARTE 2 

Estava sendo mais difícil do que os espiões imaginaram. O código era gigantesco, com milhares de linhas e centenas de comandos. O firewall possuía camadas e camadas de defesa, mas Rob estava firmemente avançando. Enquanto isso, Joca criava um programa que funcionaria como um vírus destruindo todos os programas do inimigo.

O pirata de computador tinha a vantagem, mas os dois amigos estavam resilientes e não pensavam em desistir. Enquanto Benck repreenchia suas defesas no firewall para anular o trabalho de Rob, o vírus de Joca foi finalizado. Foi então que a virada começou: os programas do inimigo foram desativando.

— Não! Não! Não! – Benck se desesperou. – Vocês vão pagar por isso. – ele disse e pegou um objeto com gatilho.

Ele atirou um disco que grudou no laptop de Rob. O outro espião notou e, quando o segundo dispositivo veio em sua direção, ele desviou e viu o disco atingir a parede. Então, o equipamento de Rob explodiu, matando-o instantaneamente. Joca ficou de olhos arregalados e se lembrou do que havia desviado. O espião protegeu sua cabeça enquanto a parede explodia ao seu lado.

Assim que acabou, ele abriu seu laptop e se certificou de que a armadilha da sala havia sido desativada. Após confirmar, Joca correu até o pirata. Este atirou outro disco, mas o espião se protegeu com seu equipamento e o jogou pelo caminho. Ao dar a volta na mesa, ele pulou com tudo em Benck e os dois caíram.

Joca não era uma pessoa violenta, mas estava fora de si. Ele apertou o pescoço do inimigo até que este desmaiou. Ao notar o pirata imóvel, o espião se desesperou por um momento, mas se tranquilizou ao ver que Benck respirava. Joca iniciou um processo de formatação nos computadores do inimigo, apagando todos os dados. Em seguida chegou perto do corpo do amigo, mas não conseguiu ficar muito tempo. O pirata de computador Benck foi derrotado e não era mais um problema, mas o preço pago foi alto demais. 

Para se tornar uma investigadora, ela precisou passar por um teste de aptidão física. Mesmo despois de nomeada, continuou treinando para manter seu corpo ativo. Apesar de usar mais sua mente em seu trabalho, era sempre bom estar preparada. O gosto de sangue não era um problema, mas Raquel nunca imaginou que um homem com mais de 40 anos e rosto de bolacha lutasse tão bem.

Socos na barriga e no rosto, chutes, joelhadas e cotoveladas, Dr. Morte estava usando todo o seu arsenal. Lembrando do que estava em jogo, Raquel se concentrou mais e começou a conseguir desviar dos golpes do adversário. Não demorou muito para acertar também. Com uma sequência de socos, em que o ex-médico bamboleou, parecia que seria a grande virada. Prestes a dar o golpe derradeiro, tremores, barulhos e luzes chamaram a atenção da detetive para a janela.

Ela não acreditava no que seus olhos viam. Prédios e mais prédios iam, um a um, explodindo na Avenida Cândido de Abreu. Um sentimento de fracasso surgiu em seu peito. Um pesar pelas novas pessoas que entraram em sua vida nas últimas horas. Enquanto lágrimas escorriam automaticamente misturando com sangue em seu rosto, ela viu algo que a fez sorrir e se sentir renovada e estimulada.

— Era inevitável, detetive. Não havia nada que você pudesse fazer. – Dr. Morte disse indo na direção de sua adversária.

— Sobre isso eu não sei, mas em uma coisa você estava certo, doutor. – ela começou e fez uma pausa antes de continuar. – Eu fiz mesmo amigos interessantes. – ela disse com um largo sorriso.

Então, o ex-médico olhou por cima do ombro de Raquel e notou. Dois veículos militares atravessavam a avenida no meio das explosões. Na frente do palácio, cinco pessoas estavam reunidas. Provavelmente eram os que tinham ido desativar os outros dois servidores. Aquilo realmente o deixou surpreso e por um segundo ele ficou imóvel. Foi só o que foi preciso.

— Vamos acabar com isso! – Raquel disse e avançou contra o vilão de olhos arregalados.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Conspiração Temporal T03C12

CAPÍTULO 12 – JOE ALLEY 

— Joe Alley? – Nanda repetiu sem entender.

— Isso. Os ingleses tinham muita dificuldade de falar Zé Ruela, então procurei palavras equivalentes. O nome José em inglês é Joseph e seu diminutivo é Joe. Ruela é uma rua pequena ou beco, que seria Alley. – o líder explicou.

— E por que Zé Ruela mesmo? – Jess perguntou curiosa.

— Ah, essa é uma história interessante. – Angu disse.

— Minha mãe era muita ativa e meu pai não conseguia impedi-la de lhe acompanhar nas missões de exploração. Em uma delas, a bolsa dela estourou e eles voltaram às pressas para a comunidade. No entanto, ela não aguentou e precisaram parar no caminho. Meu pai levou minha mãe para uma ruazinha. Uma mulher do grupo ajudou a fazer o parto enquanto os outros faziam proteção. Conforme fui crescendo, a história de meu nascimento foi ficando conhecida e assim o apelido pegou. – Zé contou.

— Eu esperava algo mais impactante. – Nanda admitiu e Zé riu.

— Eles estão perto. – Edgar informou olhando pela janela e todos ficaram alertas.

Assim que voltaram com o titã dourado, Zé e Nanda ouviram relatos preocupantes dos outros. Eles notaram uma movimentação estranha do lado de fora e duas palavras foram repetidas várias vezes: Joe Alley. O líder entendeu o que isso significava e todos saíram imediatamente pelas janelas. Andaram algumas quadras e entraram em uma casa, aparentemente vazia.

— Como está aí, doutor? – Nanda perguntou ao cientista.

— Um já foi. – ele respondeu sem parar o que fazia.

Depois de conseguir o material necessário, era preciso moldá-lo para caber nas máquinas do tempo. Foi então que o Dr. Cintra revelou que a arma de energia que fez para Nanda possuía ajuste de potência. Com isso, era possível fazer corte em materiais em vez de desintegrá-los completamente.


— Zé, precisamos sair daqui. – Edgar aconselhou o líder.

— Terminei. – o cientista anunciou.

— Bem na hora, doutor. Vamos nessa. – Zé disse e se preparou para sair.

— Espera! Se o doutor colocar os materiais nas máquinas, a gente liga e isso acaba aqui e agora. – Nanda disse.

— Não há tempo. – Edgar disse.

— Colocar o material é o de menos. Qualquer um consegue fazer. – o Dr. Cintra tranquilizou as viajantes.

— Ótimo, então vamos. – Zé apressou.

Começaram a sair pela porta dos fundos, mas Jess puxou Nanda ao notar que o cientista não estava seguindo.

— O que foi, doutor? Precisamos ir. – Jess chamou.

— Se fugirmos todos, logo nos alcançarão. Ficando aqui, posso lhes dar uma vantagem. Assim terão tempo para preparar as máquinas do tempo. O sol está se pondo, vai ser mais fácil passarem despercebidos. – ele disse.

— Do que está falando? Não vamos a lugar nenhum sem o senhor. – Nanda disse.

— Sim, vocês vão. Para o passado. Já cumpri minha parte e agora é com vocês.

— Mas e suas memórias? Você precisa estar perto da gente quando ativarmos as máquinas. – Jess apontou.

— Não serão um problema. Assim que consertarem tudo, eu crescerei e ainda terei vontade de criar a máquina do tempo. Isso não criará um paradoxo. – ele explicou.

— Mas doutor... – Nanda começou.

— Por favor, cumpram o último desejo desse velho: vão e salvem o mundo! – ele disse e sorriu.

Com lágrimas nos olhos as viajantes o abraçaram e saíram do local. Ao alcançarem os outros, Zé notou a ausência do cientista.

— Dr. Cintra? – ele perguntou.

— Ficou para atrasar os guardas e nos dar mais tempo. – Nanda explicou.

— Entendo. – o líder disse. – Então vamos fazer bom uso dele.

Assim, o grupo seguiu para aumentar a distância da área de busca dos monarcas.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Caos Urbano T02C23

CAPÍTULO 23 – EXPLOSÕES 

— Vocês não me pegam, só comem marmelada! – Zé cantarolava enquanto fugia encolhido em uma cadeira giratória dos bandidos atirando.

Ao verem essa cena, os jornalistas ficaram boquiabertos.

— Parece que ele está se virando bem sozinho. – Carla comentou. – Como esperado do incrível Zé Mané! – finalizou.

— É, mas ele não vai durar muito tempo assim. Temos que ajudá-lo. – Rubens disse e foi saindo agachado da sala do servidor.

— Como vamos fazer isso? – a loira perguntou chegando do lado dele.

Nesse momento, um dos bandidos decidiu cercar o espião. Apesar do susto inicial, em uma fração de segundos, Zé reagiu da melhor maneira possível. Chutou o inimigo no meio das pernas e girou-se na cadeira, fazendo com ele levasse os tiros dos próprios aliados.

— Atirando no amiguinho não é nada legal. – Zé disse e chutou o bandido morto na direção dos outros, o que lhe deu mais velocidade quando girou a cadeira novamente. – Uhuuu! – ele gritou de emoção, mas foi parado por Rubens.

— Se divertindo aí, amigão? – o paulista perguntou.

— Até que sim. Rubens, você tem que andar numa dessas cadeiras. É muito legal. – o espião disse.

— Talvez outra hora. Agora precisamos ir. Ainda tem dois homens armados e vivos querendo nos acertar. – o jornalista devolveu.

— Certo. – Zé concordou e saiu da cadeira abaixado e seguiu os outros até a porta de saída.

Correndo por suas vidas eles desceram as escadas, passaram por onde entraram, pela rampa circular e seguiram até saírem do campo de visão da porta.

— Ei, ali é o Palácio Iguaçu! – Zé disse ao perceberem que tinham dado a volta no prédio em que estavam e se encontravam na Praça Nossa Senhora de Salete.

Foi então que uma grande explosão aconteceu e os empurrou para frente. Ainda no chão, eles se viraram para ver o prédio em que tinham acabado de fugir se transformar em um mar de chamas.


— Tudo certo. – Carol disse ao voltar da sala do servidor.

— Ótimo! Então vamos! Logo teremos companhia. – Érica disse e ligou sua mochila a jato.

O prédio da assembleia tinha um espaço vazio entre os andares e as janelas, em que as pessoas podiam visualizar o lado de fora através do elevador. No térreo, foi feito uma fonte nesse espaço. A única maneira de fugir do 12º andar seria voando. Por sorte, Érica sempre mantinha duas mochilas a jato para emergências na van.

— Carol, você vem comigo. – Duda falou.

A advogada abraçou a espiã loira e elas alçaram voo. Érica foi na frente e atirou no vidro para abrir caminho. As outras estavam voando para a saída quando tiros acertaram a mochila de Duda. Vários homens armados chegaram no 12º andar e começaram a atirar da beirada. Nos andares surgiram mais inimigos também.

— Duda! – a espiã morena gritou ao ouvir os tiros.

— Érica! – a loira tentava avançar, mas o motor de sua mochila começava a falhar.

Érica chegou perto e segurou em seus braços. Carol ficou entre elas e os tiros continuaram vindo.

— É muito peso, Érica. Sua mochila não vai aguentar. Pegue a Carol e me deixe. – Duda disse.

— Nunca! Sairemos as três daqui. – a espiã morena disse.

— Sabe que é impossível. Por favor, diga ao Zé que eu... – Duda falava quando um tiro lhe acertou a cabeça.

O baque do acontecido e o peso de um corpo morto fizeram Érica perder altitude. Com isso, ela teve poucos segundos para tomar uma importante decisão. Soltou Duda e segurou no braço da advogada. Voou o mais alto que pôde, até tocar o teto.

— Suba em mim. – Érica disse.

Carol fez isso, com um pouco de dificuldade, e as duas ficaram frente a frente, com os rostos bem próximos.

— Agora, coloque sua cabeça do meu lado esquerdo e segura firme. – a espiã disse. – Se puder puxe seu cabelo também.

Quando a advogada fez o pedido, Érica desceu em zigue-zague e atirou nos bandidos até acabar sua munição. Cada tiro dado foi um bandido morto. Ela guardou sua arma e saiu pelo buraco que abriu na janela. E nesse instante, uma grande explosão aconteceu no prédio e empurrou-a pelo ar, fazendo-a perder o controle. Logo, ela conseguiu recuperá-lo, mas olhou para trás atônita.

Pousando na rua em frente ao Palácio Iguaçu, as duas mulheres se separaram e respiraram um pouco. Então, viram Zé, Rubens e Carla se aproximarem. O espião perguntou de sua namorada e quando sua amiga demorou para responder, percebeu o que tinha acontecido. Nem teve tempo de sentir algo pois em seguida várias explosões ocorreram ao longo da avenida, em seus principais prédios: Banco Central, Shopping Mueller, Prefeitura e outros.

Imprevistos já tinham acontecido em seus planos antes, porém aquilo era demais. As coisas tinham saído completamente do controle. Sua namorada tinha morrido e vários prédios explodido. Pela primeira vez, o líder dos espiões perdeu suas forças e não soube o que fazer.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Popularidade T02C12

CAPÍTULO 12 – MORTE 

As expressões de seus amigos eram em sua maioria de surpresa depois do relato de Alex, menos Manu.

— Eu estou espantada, irritada, atônita e irritada. – a garota disse.

— Você falou irritada duas vezes, amiga. – Paty apontou.

— Eu sei, foi pra dar ênfase. – Manu se defendeu.

— Alex, todos nos sentimos da mesma forma sobre nossa experiência de espiões. – Diana começou de modo sério. – O resultado bom nos dá uma boa sensação, mas o risco que se corre na missão é a grande preocupação. Por isso decidimos em conjunto não continuar. Só que isso nunca foi absoluto.

— Sabemos que quer nos proteger, mas está fazendo da maneira errada. – Solano disse.

— Se há algo ruim acontecendo e podemos fazer algo, é claro que faremos. Juntos. – Caramello disse.

— Ainda mais se for no Isaac, antes mesmo de sermos espiões nós salvamos o colégio como um time, lembra? Você não fez nada sozinho. – Paty lembrou.

— Esse fardo não é só seu para carregar. Pode dividir com a gente. – Hugo emendou.

— Estamos aqui por você, maninho. E sempre estaremos. – Ciano finalizou.

As lágrimas chegaram aos olhos de Alex, mesmo ele forçando para que elas não caíssem, foi inevitável. Ao ouvir seus amigos, ele percebeu como tinha agido errado.

— Pessoal, vocês são demais! – ele disse passando a mão nos olhos. – Lucy, vamos adicionar mais sete pessoas no plano. – o rapaz disse e sorriu.

— Ótimo! Vai ficar mais fácil assim. – a espiã disse enquanto os amigos passavam por ela para chegar até o quadro.

— Ainda não gosto de você. – Manu disse ao passar por Lucy, que sorriu.

Assim, o plano foi repassado com todos e eles se preparam para executá-lo na mesma noite. Devido ao aviso de última hora, não foi possível conseguir equipamentos para os novos membros.


O Passeio Público já estava fechado, mas não era difícil pular seus muros. Yago estava sozinho no meio da escuridão usando uma mala transversal esperando seu contato quando nove pessoas conhecidas apareceram rodeando-o.

— Lemos! O que vocês estão fazendo aqui? – ele disse ao reconhecer Alex. – O parque está fechado. Já é hora de criança estar na cama. – disse e riu.

— Chega de teatro, Yago. Nós viemos acabar com seu esquema. Ou traficantes costumam se atrasar tanto assim para encontros de negócios? – Alex disse e o outro ficou sério.

— Você não sabe no que tá se metendo, Lemos. – Yago disse ao notar que os outros estavam apertando o cerco, prensando-o contra o muro. – Isso não é a eleição do grêmio do colégio.

— Não, não é. Então por que você não se rende pra gente resolver isso do modo mais fácil? Nós estamos em nove e você é só um. A sua desvantagem é gritante. – Lucy disse.

— É verdade. Só que eu tenho uma arma. – Yago disse ao sacar a pistola, surpreendendo a todos.

— Yago, calma. – Alex disse tentando acalmar o colega.

— A atitude mudou agora, não é? Sério que não consideraram que eu teria uma arma? – ele disse sorrindo.

— Essa é uma boa pergunta. – Manu disse brava olhando para Lucy.

— Eu considerei, mas não imaginei que seria necessário. – a Cesca admitiu e a um comando de Yago, jogou sua arma no chão.

— Vamos lá, Yago. Isso é demais até pra você. É um caminho sem volta. – Alex disse avançando lentamente até o colega.

— Pare aí mesmo, Lemos. Não dê mais nenhum passo ou serei obrigado a fazer algo que realmente não quero. – o traficante disse.

— Yago, por favor. Ainda há chance de você sair disso. Se você nos ajudar... – Alex deu mais um passo.

— Eu avisei, Lemos. – Yago gritou e atirou.

Todos ficaram de olhos arregalados quando viram Caramello cair no chão com sangue escorrendo de sua barriga.

— Não! Caramello! – Alex disse ainda tentando entender o que estava acontecendo.

Ele ajoelhou e apoiou a cabeça da amiga em seu colo.

— Fica o aviso. – Yago disse, guardou a arma e pulou o muro para fugir.

Os amigos ficaram em volta de Alex e Caramello.

— Caramello... Raíssa, me perdoa, por favor! – o líder do grupo perguntou com lágrimas escorrendo.

— Do que está falando? Não tenho nada que te perdoar. Só tenho a te agradecer. – a garota disse agonizando e tossindo.

— Eu não consegui te proteger. – Alex disse em meio as lágrimas.

— Oh, Alex, meu querido amigo! – Caramello disse colocando a mão no rosto do rapaz. – Você fez muito mais do que isso. Você me deu felicidade e alegria em todos os nossos momentos juntos. – ela terminou com uma tosse.

— Não fale mais. Vai ficar tudo bem. Nós vamos chamar ajuda e vai ficar tudo bem. – Alex disse e olhou para os outros.

— Eu já chamei. – Lucy disse.

— É tarde demais pra mim. – Caramello disse.

— Não diga isso! Você vai ser a melhor bailarina que esse mundo já viu, lembra? E todos nós vamos estar na primeira fileira em todas as suas apresentações. Esse é o plano!

— Oh, Alex! Sempre tão fofo. Nunca mude, tá? – Caramello disse e olhou para os outros. – Cuidem dele! Eu amo todos vocês! – disse e fechou os olhos.

— Não! Você não pode ir ainda! – Alex disse e então notou que a amiga já estava morta. – NÃOO! – ele gritou.

— Alex, nós temos que ir! – Lucy disse.

Relutantes, os adolescentes deixaram o corpo da amiga e ficaram nas sombras até verem que a ambulância chegou para cuidar dela. Após isso, eles saíram e foi como se nunca tivessem estado ali.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Caos Urbano T02C22

CAPÍTULO 22 – DISPUTAS ACIRRADAS 

Sua moto era bem protegida e reforçada, porém levando tantos tiros, eventualmente algum acertaria. Ian parou perto da entrada do bosque Papa João Paulo II. Seu tanque foi atingido e o combustível acabou ao escorrer pelo caminho. Antes que ele pudesse pensar no que fazer, dois carros surgiram na esquina. O Motoqueiro correu para trás de um veículo estacionado.

Ao todo, dez homens armados desceram dos dois automóveis. Entre eles estavam Dorigan e Timeti, dois bandidos que Raquel impediu Ian de matar.

— Ele está perto. Espalhem-se! – Dorigan mandou.

No instante seguinte um barulho se fez ouvir e quando todos olharam para sua fonte, uma bomba de luz explodiu cegando-os momentaneamente. Os líderes sabiam o que viria então se abaixaram e correram para o outro lado da rua. Ian saiu de onde estava e acertou os oito homens que demoraram para reagir. Com o fim do efeito da luz, o Motoqueiro foi para trás do carro de Dorigan, que o viu logo antes de se abaixar.

O traficante então pegou um lança-granadas compacto e atirou no carro que protegia seu inimigo. Ao ouvir o vidro quebrar, Ian levantou rapidamente para olhar e só teve tempo de começar a correr antes do impacto lhe acertar. Ele foi arremessado e precisou reunir todas as suas forças para levantar e entrar no bosque.

Ao seguirem o Motoqueiro, os bandidos viram o capacete e a jaqueta de couro pelo caminho. Com as armas erguidas, avançaram e apontavam para todos os lados. Um barulho do lado esquerdo os fez virar imediatamente, mas foi do lado direito que saiu o tiro que acertou Dorigan na cabeça. Timeti virou-se novamente e atirou ao mesmo tempo em que foi atingido no ombro e na perna. Largando a arma e caindo no chão, ele viu o assassino de seu pai se aproximar.

— Eu acertei o Motoqueiro das Trevas. – o rapaz disse sorrindo ao notar que o outro sangrava pelo ombro esquerdo.

— É, parabéns por isso! – Ian disse e atirou na cabeça de Timeti.

O ex-advogado pegou sua jaqueta e capacete, e andou até uma árvore, na qual se encostou e escorregou para sentar no chão. Cansado e com dor, Ian fechou os olhos e não conseguiu mais se mexer.

 

Quem disse que não se deve julgar algo ou alguém pelo tamanho estava absolutamente certo. Maurição sempre malhava para manter seus músculos, mas fazia tempo que não treinava seriamente, enquanto seu oponente tinha alto nível de técnica, velocidade e força.

Apesar de Maurição ter acertado alguns golpes, eles pareciam não surtir efeito. Butijão estava com muita energia e avançou com o intuito de finalizar a luta. Por pouco, o espião não recebeu um golpe em cheio no queixo, o que com certeza o teria nocauteado. Desesperado, o rapaz investiu com um soco de direita, mas seu adversário desviou e acertou-lhe na barriga fazendo-o arquear. Em seguida, segurou nas roupas do espião girou-o e jogou-o no meio da rua.

O homem grande levantou e ficou de frente para seu oponente. Seus olhos estavam cheios de raiva, mas também de serenidade. De repente voltou-lhe todo o espírito de lutador de muay thay. Maurição se aproximou e atacou com a esquerda. Seu adversário desviou facilmente e mirou no corpo do outro. Prevendo isso, o espião baixou o braço e curvou o corpo para bloquear o golpe. Butijão então usou o outro braço para atacar na cabeça. No entanto, os instintos de Maurição também previram isso. Ele segurou o soco que veio e então conseguiu ficar na posição que queria. Ele sorriu e com um movimento rápido acertou uma joelhada no queixo de Butijão. Sua cabeça curvou para trás e seu corpo caiu inerte no chão.

— Ufa, essa foi difícil! – o espião disse arfando. – Como será que as meninas estão indo? – ele indagou e olhou para o prédio da assembleia

No segundo seguinte uma grande explosão destruiu o edifício e jogou o rapaz para longe.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Conspiração Temporal T03C11

CAPÍTULO 11 – WINCHESTER 

Quando os gêmeos James e Chloe Winchester subiram ao trono, não havia muito o que fazer. Tudo o que precisavam era manter as coisas como estavam. Não havia inimigos para enfrentar, os mortos não conseguiam chegar na ilha e o povo os adorava. Se alguém pensasse em ir contra o regime, essa pessoa desaparecia e nunca mais era vista. Para a grande maioria da população, os Winchester eram a família salvadora da Inglaterra.

Quando um funcionário do Palácio de Buckingham se infectou, transformou-se em zumbi e fez o mesmo com os antigos monarcas, Michael Winchester, renomado empresário da época, assumiu as rédeas da nação, proibiu a entrada de estrangeiros e criou defesas ao redor da ilha, fazendo do país o local mais seguro do planeta.

A verdade, no entanto, era outra, mas só os membros da família sabiam. Michael foi o causador do apocalipse zumbi. Fascinado por esse tipo de estória desde criança, decidiu estudar e trabalhar para tornar isso realidade. Seria necessário um lugar seguro para viver, pois ele não queria virar um zumbi. Então percebeu que seu país era perfeito para isso, afinal era uma ilha. Se conseguisse limpar a Inglaterra, ainda haveria tecnologia e seria o melhor lugar. E com ele como soberano, tudo seria como sempre sonhou.


Os irmãos Winchester seguiam sua rotina tranquila quando um avião foi pousado pessimamente nos arredores de Londres. O piloto deveria ter morrido, pois a janela da cabine quebrou com o impacto e vários pedaços de vidro atingiram o rapaz, incluindo na cabeça. Contudo, ele sobreviveu e ganhou várias cicatrizes. Apesar da rígida política contra estrangeiros, o povo clamou e suas majestades permitiram que o homem ficasse no país.

O forasteiro foi aprendendo melhor o idioma e, percebendo a dificuldade dos ingleses em falar seu nome, procurou um equivalente na língua nativa. Joe Alley cresceu na cidade devido a suas habilidades e inteligência. Não demorou muito para que o rei e a rainha chamassem-no para trabalhar no palácio. E eles se arrependeram muito disso.

Depois de conhecer bem o castelo, Joe começou a saber coisas que não deveria e logo descobriu o grande segredo da família. Flagrado por James, o estrangeiro nocauteou o monarca e correu. Fugindo dos guardas reais e se esgueirando pela cidade, ele chegou ao aeroporto, pegou um dos aviões e voltou para seu país de origem. Ele sabia que não poderia voltar ali, afinal havia se tornado o inimigo público número um.

— Onde ele está? – James perguntou ao chegar na frente do hotel.

— Não sabemos, majestade. Procuramos pelo prédio inteiro e não o encontramos. – disse um dos guardas.

— Então procurem em todos os prédios. Procurem na cidade inteira. – o rei vociferou. – Chame todos os homens para procurar. Joe Alley não pode fugir de novo.

— E é por isso que eu e meu irmão iremos liderar as buscas! – Chloe anunciou e o rei assentiu. – Não se preocupe, James, dessa vez ele não sairá daqui vivo. – ela disse mais baixo para o irmão e ambos sorriram.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Caos Urbano T02C21

CAPÍTULO 21 – PALÁCIO IGUAÇU 

Os bandidos que guardavam a entrada do Palácio Iguaçu viam seus colegas largarem seus postos para enfrentar os soldados que apareceram perto do shopping. Eles, porém, não podiam sair de onde estavam pois precisavam proteger os líderes. Devido a isso, quando um helicóptero surgiu no céu e avançou atirando, eles não tiveram tempo de reagir nem para onde fugir.

Baltar e Nikki ficaram de dar cobertura aérea, já que ambos eram exímios pilotos. A primeira leva de tiros abriu caminho para Raquel, Rob e Joca entrarem no prédio. Os três já esperavam do lado pelo momento. Tudo que precisaram fazer foi desviar dos corpos caídos.

— Que ótima ideia essa de usar o helicóptero para abater os guardas do palácio. – Rob elogiou.

— Sim. O Zé é demais! – Joca emendou.

Num primeiro momento, Raquel não entendeu como o espião de camisa xadrez era o líder daquele grupo, mas quando ele contou seu plano de ataque, ficou claro que ele sabia o que estava fazendo. E após lembrar outros momentos do rapaz, ela se perguntou como alguém poderia ser tão inteligente e tão idiota ao mesmo tempo.

— É aqui que nos separamos, detetive. – Rob disse ao chegarem em um corredor no andar superior.

— Muito bem! Boa sorte, rapazes! – ela desejou.

— Você também, detetive. – Joca devolveu e seguiu para uma porta com Rob.

Ao entrarem no cômodo, notaram um grande espaço vazio se estender até uma mesa preenchida com vários monitores e no meio deles, atrás de um notebook, puderam ver a cabeça de Benck. Os espiões avançaram um pouco, mas foram impedidos por seu adversário.

— Eu não daria nem mais um passo se fosse vocês. – ele disse e apontou para o teto, onde haviam lâminas prontas para cair em quem decidisse passar determinado limite da sala. – Bem, o que estão esperando? Peguem suas armas.

Os dois amigos tiraram das mochilas os laptops e olharam ferozmente para o inimigo.

— Benck, seu maldito pirata de computador! – Joca disse.

— Hoje, nós vamos acabar com você! – Rob completou.

Benck soltou sua risada fina e estridente.

— Maravilha! Me deem um desafio. – ele disse com olhar determinado.

 

Ao abrir a porta, viu um homem em pé e de costas para ela olhando para fora. Esse era o mesmo homem que havia criado o caos em sua cidade e matado seus melhores amigos. Ali estava o Dr. Morte.

— Você cresceu muito desde nosso último encontro. – o vilão disse sem se mexer. – As coisas que fez para chegar até mim, até exato momento, jamais me passaram pela cabeça.

— Coloque as mãos na cabeça e vire-se devagar. – Raquel disse apontando-lhe a arma.

— Você não vai atirar em mim. – ele disse se virando.

— Ah, é? E por que não?

— Por causa disso. – ele disse e apertou um botão de um controle ativando um objeto que se encontrava à esquerda de Raquel. No instante seguinte a pistola da detetive voou até o ímã. – Você fez interessantes amigos, me pergunto se consigo matá-los também. – disse e apertou outro botão.

— O que você fez? – ela perguntou.

— Ativei as bombas que eles pensam que são servidores de dados e todas as outras ao longo da avenida. Para desativá-las é só apertar esse outro botão aqui. – ele contou e apontou para o controle que logo em seguida pôs no bolso do jaleco.

— Zé, Rubens? – ela chamou pelo comunicador e Dr. Morte riu.

— Achou mesmo que deixaríamos você se comunicar com eles? – ele disse e levantou os braços em posição de luta. – Você tem dois minutos.

Raquel juntou toda a raiva que estava acumulada e avançou contra o inimigo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Popularidade T02C11

CAPÍTULO 11 – FLAGRANTE 

— Uau! A Lucy é descendente de uma família de mafiosos. – Solano comentou depois do relato de Diana e Manu sobre suas descobertas.

— E eles podem muito bem ainda estar ativos. – a editora-chefe disse.

— Mas a máfia italiana não foi dizimada no fim dos anos 80 e início dos 90? – Caramello indagou.

— Sim, mas não temos como afirmar que todas as famílias foram mortas ou abandonaram seus negócios para sempre. – Manu respondeu.

— Além disso, a máfia também evoluiu com o tempo. Hoje no Brasil muitos setores são comandados por ela. – Diana emendou.

— Então precisamos fazer alguma coisa para ajudar o Alex. – Hugo disse.

— É, o nosso maninho pode estar em perigo. – Ciano acrescentou.

— Gente, para tudo! – Paty disse e atraiu todos os olhares. – Vocês esqueceram de considerar que o Alex pode estar apaixonado e é óbvio que ele vai querer passar mais tempo com a namorada.

— Você não viu os olhos sem brilho dele, Paty. Não ouviu a voz sem ânimo. Todo seu espírito estava abalado. – Manu disse.

— Ah por favor, Manu! Larga o osso! Você tá obcecada com o Alex desde que começaram as aulas. Deixa o garoto ser feliz. – a mais rica disse.

— É melhor você retirar o que disse, Patricinha. – Manu devolveu com raiva.

— Acalmem-se, vocês duas! – Diana ficou entre elas com os braços esticados. – Paty, o que você disse pode ser verdade, mas pode não ser. Vai vir com a gente para descobrir?

— É, vou, agora fiquei curiosa.

— Certo. – a nerd arrumou a postura e ajeitou os óculos. – Eu guardei alguns programas da nossa aventura de espiões e consegui hackear o celular do Alex. Ele tem estado no mesmo lugar todas as tardes.

— Ele está lá agora? – Solano perguntou.

— Sim. – Diana confirmou.

— Então o que estamos esperando? – Ciano disse empolgado.


Os sete adolescentes entraram no prédio e se espalharam pela recepção. Manu e Caramello pularam a catraca chamando a atenção do recepcionista/guarda. Assim que ele saiu de seu posto, Hugo pulou também e o imobilizou com uma chave de pescoço, pressionando-o até que desmaiou. Diana travou a porta de entrada enquanto os rapazes amarraram o homem desacordado. Após uma análise em seu celular, a nerd descobriu que o andar que precisavam ir era o oitavo. O elevador chegou e assim foram.

Na terceira sala que entraram, viram Alex e Lucy olhando concentrados para um quadro com vários papeis, fotos e recortes de jornal pendurados.

— Parados aí! – Ciano gritou e os outros o olharam. – Sempre quis dizer isso. – ele sorriu.

— Pessoal? O que estão fazendo aqui? – Alex perguntou surpreso.

— Mais importante: como conseguiram entrar aqui? – Lucy questionou estreitando os olhos.

— Somos capazes de coisas que você nem faz ideia. – Manu disse provocando e Lucy riu.

— Eu conto ou você conta? – a Cesca disse olhando para Alex.

— Contar o que, Alex? – Manu perguntou nervosa.

O rapaz olhou para os amigos, engoliu em seco e suspirou.