Carpo e Ana tiveram que segurar sua curiosidade, pois Lucy não lhes disse
mais nada sobre a tal prima Bárbara até a hora do jantar. Quando eles se
sentaram, não esperaram mais e, quase ao mesmo tempo, indagaram a garota.
– Nossa, gente! Como vocês são curiosos. – ela comentou, enquanto Maria
lhe servia. – Obrigada, Maria. Eu vou lhes contar. O que querem saber? – ela provocou
e encheu a boca com um pedaço de carne.
– Como você é enrolada, prima. Diz quem é Bárbara e como você sabe da existência
dela. – Ana pediu.
– Foi logo que o nono morreu. Ele
contou para mamãe que sempre manteve contato com o irmão caçula, Antonio, o
qual eu passei a chamar de tio Toni. – ela disse abocanhando um pouco de arroz.
– Enfim, desde que eles foram morar em estados diferentes, passaram a se
comunicar por cartas.
– Tinha cartas entre ele e o meu pai também? – Ana quis saber.
– Não nas que o nono nos
mostrou. Sinto muito, prima. Pelo que parece o seu pai se isolou dos outros. –
Lucy falou fazendo uma cara triste. – Bom, em várias eles mencionaram suas
filhas, e neta, no caso eu. – ela apontou para si mesma ao dizer isso. – Em uma
dessas, tio Toni se referia a Bárbara, sua filha. E o endereço é de Curitiba,
Paraná. Além de que eles sempre perguntavam e falavam sobre suas cidades. “Ei,
Toni, como está Curitiba? Soube que está muito frio.” “É, Carlo, fratelo mio, o inverno sabe ser rigoroso
aqui, mas e São Paulo? Ouvi dizer que aí não para de chover.” – a menina disse
com uma voz grave tentando imitar os dois irmãos.
– Então, quando disse para passarmos em Curitiba e encontrarmos com a Bárbara,
estava considerando o endereço utilizado para o envio das cartas? – Carpo quis
confirmar.
– Exatamente. – a carateca respondeu.
– De quando é a última carta? – o rapaz perguntou.
– Uma semana antes de o nono
morrer. Há uns dois anos, eu acho.
– Dois anos, hum... – o economista pensou. – Acho que dá para arriscar.
– Eu também, ainda mais que iremos encontrar a última Cesca e, com ela, a
última chave. – Ana comentou.
– Sim, e vamos precisar de alguém que nos guie pela cidade e nos leve à
Paranaguá. – Lucy emendou.
– Ei, ei, ei! – Carpo disse, chamando a atenção das Cesca para si. – Eu sou
de Curitiba. Moro lá há anos. Será, sim, importante encontrarmos a prima de vocês,
mas não por precisarmos de um guia. – o rapaz falou.
– Você é de Curitiba? Por que não falou antes? – Ana quis saber.
– Não surgiu oportunidade. – ele respondeu.
– Certo. Bom, podemos partir amanhã bem cedo, assim não pegamos o trânsito
do pessoal que vai trabalhar. De carro, leva o que? Cinco horas? – Ana perguntou
a Carpo, mas foi Lucy quem falou antes.
– Do que você está falando, prima? – ela perguntou. – Por que quer saber
o tempo que um carro leva daqui até lá?
– Porque achei que fôssemos de carro. Não acho que vamos conseguir lugar em
algum vôo amanhã. – a veterinária afirmou.
– Isso não será necessário. Iremos usar o jatinho da empresa. Mamãe disse
que eu poderia usar em uma situação de emergência. Eu considero esse o caso. –
Lucy explicou.
– Tem certeza, prima? Sua mãe pode achar ruim. – Ana disse relutante.
– Não tem problema, não. Ela disse que um dia eu terei que aprender a
lidar com essas coisas, por isso depois que tomei banho, fiz umas ligações e já
acertei tudo para amanhã. Antes do almoço, estaremos em Curitiba.
Lucy informou e um silêncio tomou controle do cômodo. Eles terminaram de
comer e foram dormir. Enquanto processava as informações, Carpo lembrava como a
menina tinha dominado a situação em tão pouco tempo. Ele achou muito legal o
comportamento dela e ao mesmo tempo se sentiu bem por saber que ela não iria conseguir
ficar no comando em um local desconhecido. Dessa vez aquela aventura doida os
havia direcionado para o seu terreno. Pela primeira vez desde que se formou,
Carpo estaria em casa.
Gostei de ver que o economista delicinha vai tomar conta da bagaça. Aí sim, a mina (eu) pira.
ResponderExcluirE Lucy, han? Desenrolada toda! Super senhora da situação.
Então realmente não havia sido falado em nenhum Bárbara, não é? Fico mais tranquila. kkkkkk
Beeeijos.
Olha eu de volta!
ResponderExcluirUltimamente estou em uma correria louca, mas estou sempre acompanhando, mesmo não dando tempo de comentar na maioria das vezes.
Eu li e pensei: Puxa, também gostaria de ter um jatinho particular para momentos de emergência, rs.
Beijos
http://www.giselecarmona.blogspot.com/
Oi Ricky!
ResponderExcluirBom sobre Trinity Blood é um anime que quando vi eu gostei mas não cheguei a me emplglar tanto..porém quando me deparei com o mangá...ai fiquei viciada na obra!
Nossa, sério que a Popularidade já tem 14 capítulos? Caramba! Acho que vou ter que salvar todos os textos e imprmiri pra ler com calma pq no pc não dá @_@. Pelo menos acumula capítulo ai leio um montede uma vez kkk.
bjs
Será mesmo que o Carpo vai tomar o controle da situação? Bem, pelo menos vai evitar as meninas de se perderem por lá UAHUAHUAH que coincidência da zorra essa!
ResponderExcluir100? Já já chego lá.