domingo, 4 de março de 2012

O código


Assim que chegaram em casa, Lucy, Ana e Carpo foram recepcionados por Maria, a empregada.
– Minha mãe está em casa, Maria? – perguntou a menina.
– Está não, patroinha. Eu fui ao mercado e achei que ela já estivesse aqui quando eu voltasse, mas nada. – Maria explicou.
– Que estranho, ela disse que conversaríamos no jantar. E ela não gosta de chegar em cima da hora. – comentou Lucy.
– Será que ela não te ligou depois e você não ouviu? – Ana perguntou ao lembrar que eles ligaram o rádio bem alto após a ligação de Lucy para Glória.
– É verdade! Vou ver. – a menina disse e pegou o celular na mochila. – Ah, tem uma mensagem. – ela disse e sua prima e Carpo foram ver.
– Nossa! Isso é uma mensagem ou um código? – o rapaz se espantou com o conteúdo.
– Ambos. É uma mensagem em forma de código.
– E que código é esse? – Ana quis saber.
– Eu vou dizer. – Lucy disse e chamou os outros dois para sentar, enquanto Maria fechava a porta e lhes oferecia bebidas. – É o código alfanumérico que minha mãe e eu usamos. Ela me ensinou quando eu ainda era pequena e disse que era para ser algo a ser usado em família. – a carateca explicou.
– E como funciona? – Carpo perguntou.
– É muito simples. Cada número equivale a sua letra correspondente. Por exemplo, A=1, B=2, C=3 e assim vai até Z=26.
– Ora, mas assim a primeira palavra não faz sentido. 1221324 fica Abbacbd. – o rapaz fez uma careta ao dizer.



– É comum esse tipo de erro no começo. Eu mesma fiquei perdida nas primeiras mensagens. Se fosse qualquer outra palavra, eu poderia precisar pensar, mas essa eu sei muito bem. É meu nome no código. – ela disse e vendo os olhares interrogativos, continuou. – A ideia é não tentar associar uma letra por número. Vejam o meu nome: 12=L, 21=U, 3=C, 24=Y. – a menina mostrou, e deixou os outros dois boquiabertos.
– Lucy, eu realmente quero aprender esse código, mas agora eu to muito curiosa. Diga-nos o que tem na mensagem. – Ana pediu.
– Ta. – ela concordou e leu calmamente a mensagem umas 3 vezes. – Eis o que diz: “Lucy, estou indo ao Rio. Continue com Ana e Carpo na busca pela herança da família. Volto em breve. Bjs, te amo.”
– Bom, isso explica porque ela não está aqui. Mas o que faremos agora? Esperávamos que ela nos guiasse para o próximo passo. – lembrou Carpo.
– É, verdade. Não seria melhor esperá-la? – Ana concordou e se dirigiu à prima.
– Não. – Lucy respondeu prontamente. – Vocês ouviram a mensagem. Mamãe quer que continuemos. E é o que faremos. Mas antes precisamos de um banho. Eu vou primeiro. – ela avisou e levantou.
– No que você está pensando, Lucy? – Ana quis saber e a menina se deteve no pé da escada.
– Vamos ao Porto de Paranaguá, como o tiozinho de Santos falou. Aproveitamos, passamos em Curitiba e encontramos a prima Bárbara. – ela disse.
               – Como é que é? – Ana e Carpo exclamaram ao mesmo tempo.

3 comentários :

  1. Belo conto, gostei muito da fórmula do cógido.
    Vou esperar a próxima parte! *-*

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  2. Quando mandam SMS elas escrevem números... E quando conversam cara a cara usam a "língua do P"? Hahahaha
    Mas também gostei do código. Logo que vi, imaginei que era isso mesmo. ^^

    Fiquei boiando numa coisa: Quem é bárbara?
    Mais algum personagem que eu esqueci? O.O

    Beijos.

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  3. Também não faço ideia de quem seja a Bárbara kkk
    Adoro esse lance de códigos. Esse até parece fácil, mas levando em conta a dúvida em saber se é pra associar uma ou duas letras, fica difícil. Quer dizer que agora a Lucy assumiu o comando, hein? UAHUAH

    Bjs

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