terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Como foi seu 2013?

O meu foi ótimo. Começou de uma maneira incrível e continuou ainda mais. No início, tive uma grande mudança na área profissional e financeira, o que me ajudou em minha outra conquista. Morar sozinho tem sido meu sonho há tempos e esse ano o realizei. Juntamente com tudo isso, ainda consegui reunir meus melhores amigos por várias vezes. Com a ajuda de um deles, finalmente publiquei meu livro.


Mas nem tudo são flores, ainda com relação à amizades, perdi contato com dois dos que considerava melhores amigos. Além disso, apesar da publicação, o livro ainda não vendeu e fez o sucesso esperado. Mesmo assim, 2013 foi um ano excelente, cheio de boas surpresas. Espero que 2014 assim seja também. Desejo uma ótima festa da virada! Até o ano que vem!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Que tal ficar congelado?

Acredito que a maioria gostou da ideia, ainda mais considerando a atual estação do Brasil. Esse mês estreou a mais recente animação da Disney, que insere uma nova princesa em seu universo. Mas não se engane, essa não é apenas mais uma história sobre uma princesa em perigo, uma rainha má e um príncipe encantado. Frozen vai muito além disso.

Antes do início do filme, somos presenteados com um incrível curta do Mickey. A Disney usou e abusou dos efeitos tridimensionais, logo, assistir em 2D diminuirá e muito sua diversão.

A história gira em torno de uma rainha que consegue criar gelo e neve. Elsa passou sua vida inteira escondendo seus poderes, mas no dia de sua coroação, ela se descontrola e seu poder afeta todo o reino, fazendo com que ela fuja para as montanhas. Sua irmã caçula, a princesa Anna, vai atrás dela com a ajuda do vendedor de gelo, Kristoff.

Mantendo a tradição dos contos de fada da Disney, há muitas músicas durante o filme, a maior parte sobre amor. O começo do filme é mais tranquilo e parado. Da metade para frente começa a ficar mais agitado e engraçado. Destaque para os personagens Sven, a rena de Kristoff, e Olaf, o boneco de neve criado pela rainha Elsa.

Não é de hoje que a Disney vem mudando o conceito de princesa e príncipe, vale lembrar de Mulan, Tangled (Enrolados) e Brave (Valente). Frozen (Frozen - Uma aventura congelante) continua trazendo mudanças e de modo ainda mais incrível. Não deixe de ver essa excelente animação. Eu recomendo!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Vamos lavar louça?

Para muitos essa é apenas mais uma atividade doméstica, para outros, um grande sacrifício. Eu até gosto de fazer isso. É o afazer doméstico que mais faço. No calor, então, é até refrescante. É claro, não gosto daquelas pias cheias, com tanta louça que nem cabe no escorredor. Outra coisa que detesto é lavar pote, principalmente aqueles que ficam oleosos devido ao tipo de comida guardado nele.


Para secar, é outro parto. Os potes têm uns vãos em baixo que acumulam água enquanto ele seca, ou seja, no final, ele não seca totalmente. Outro fator que atrapalha ao lavar a louça é o frio. Se no calor é refrescante, no frio é congelante. Eu quase não tenho vontade de lavar as mãos no frio, quanto mais de deixá-las molhadas por tanto tempo.

Enfim, enquanto essa época de verão durar, lavar louça não será um problema para mim. Aliás, eu já até lavei a minha louça de hoje. E você? Já lavou a sua? Bora lá então!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O seu natal está sendo feliz?

O meu está sendo ótimo. Apesar de o feriado ser hoje, dia 25, as comemorações e festividades começam no dia anterior. Por isso, a maioria das felicitações ocorre no dia 24 à noite. Como tradição da véspera, faz-se a ceia, que pode variar em vários aspectos, mas uma coisa é certa, tem que ter peru. Depois da comilança, vamos à troca de presentes.


Aqui em casa é super tranquilo. Cada um escolhe seu presente com antecedência, para não ter erro. Embora, de vez em quando haja algumas surpresas. Das surpresas que tive, todas foram agradáveis. É bom se surpreender positivamente, ainda mais em uma data como essa. No feriado propriamente dito, o que se deve fazer é relaxar e continuar comendo e bebendo.É o que eu pretendo fazer.

Logo, eu posso dizer que estou tendo um feliz natal. E vocês?

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Dar ou receber?

Fim de ano é época de trocar presentes, seja no natal ou em amigo secreto, ou em amigo secreto no natal. De alguma forma, alguém sempre ganha pelo menos um presente. Existem três tipos de pessoas para essas situações: aquelas que gostam de só receber, não se importando em comprar nada para ninguém; aquelas que só dão algum presente se forem receber outro em troca; e aquelas que não se importam se vão ganhar algo ou não, elas gostam mesmo é de presentear.


Quando eu era pequeno, me encaixava no primeiro tipo, mas conforme fui crescendo, passei a ser do segundo tipo, e hoje, sou do terceiro. Não sei como aconteceu, mas em alguma parte da minha vida, eu passei a gostar de dar presentes independentemente de vir a receber outro ou não. É muito legal ver a reação da pessoa ao receber e gostar de um presente. Essa é a melhor recompensa.

Se a pessoa quiser me dar um presente, será muito bem vindo, mas quando eu dou presente para alguém é porque eu quero, não porque espero algo em troca. A minha sessão de troca de presentes já começou. Eu ganhei umas coisas bem legais. E até agora, acertei todos os presentes que dei.

E você? Se encaixa em qual tipo de pessoa? Prefere dar ou receber?

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Você conseguiria ficar desolado?

Mais de um ano depois, estreia o segundo filme da trilogia que antecede The Lord of the Rings (O Senhor dos Anéis), com mais de duas horas de filme e em um ritmo acelerado.



Seguindo a jornada dos anões e do hobbit Bilbo Bolseiro, o mago Gandalf se separa do grupo no inicio de uma floresta. A partir daí, os anões e o hobbit precisam se virar sozinho.

No meio do caminho, eles encontram seus rivais, os elfos, mas eles se juntam quando surge um inimigo em comum, os orcs. Passando por maus bocados, os anões chegam ao seu destino e encontram o dragão desolado.

As cenas do dragão foram muito bem feitas e, para mim, foram as melhores do filme. Novos e velhos personagens foram inseridos na trama. Bard, que representa os humanos na história, e Légolas, que aparece como o supermegahiperultra arqueiro fodão, o que não é novidade.




Os efeitos estão fantásticos e vale muito a pena assistir em 3D. Ter visto o primeiro filme é um pré-requisito para entender a história, mas mesmo sem isso, é um excelente filme de ação. Se você é fã desse tipo de filme, não pode perder The Hobbit: The Desolation of Smaug (O Hobbit: A desolação de Smaug). Eu recomendo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Por que acender as luzes quando chegar?

Sempre que assistia a um filme, em que o personagem chegava no apartamento e não acendia a luz, eu me perguntava por que, afinal se ele acendesse, evitaria tanta coisa. Hoje, eu sei a resposta. Ninguém acende a luz quando chega porque não é necessário. Eu conheço meu apartamento, consigo me locomover nele no escuro. Então, eu também seria um dos personagens que não acende a luz e cai na armadilha. Acho que é meio automático, você chega em casa e tudo o que quer é descansar e a prioridade é chegar ao seu quarto. Acender a luz é perda de tempo e desnecessário. Além de economizar na conta de luz, é possível fazer tudo no escuro, não que seja sempre a melhor opção ;)


domingo, 8 de dezembro de 2013

Você acharia a Carrie, estranha?

Provavelmente, sim. A refilmagem de um dos clássicos de Stephen King foi protagonizada pela jovem atriz Chloë Grace Moretz, mais conhecida por seu papel de Hit-Girl em Kick Ass e Kick Ass 2. Gostaria de poder fazer uma comparação entre os dois filmes, mas infelizmente não assisti o primeiro. Então, direi o que achei da nova versão apenas.

Carrie sempre foi tratada por mão de ferro pela mãe. Estudou em casa boa parte de sua vida, já na adolescência começou a frequentar a escola. Devido ao seu jeito tímido, passou a ser alvo das outras meninas. Depois de determinado acontecimento, Carrie descobre que possui poderes. Assim que aprende a controlá-los, ela os usa sempre que se sente ameaçada, inclusive contra a própria mãe.

A verdade é que o filme não é dos mais empolgantes. Ele demora mais de uma hora para engrenar. Cenas de ação ou algo que estimule quem está assistindo são raras. A melhor parte da história é a cena final e ainda não compensa o resto do filme parado.

Confesso que só fui assistir por causa da atriz principal, que interpretou bem seu papel, mostrando que consegue ser tão boa como uma garota brava e forte quanto uma garota tímida e com medos.


Sem outros dados para comparação, não tenho como falar, mas talvez a primeira versão seja melhor que essa. Para quem procura por um forte filme de terror, Carrie não é sua opção. Acho que esse filme se encaixa mais como um suspense bem leve, mas esteja preparado para ver sangue. Não recomendo pagar para ver.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Curtiram os finais dos contos?

Mais uma temporada dos contos seriados chegou ao fim, para a felicidade de uns, e tristeza de outros. Esse semestre foi muito importante na evolução das histórias e do modo em que foram contadas. Houve a junção de personagens de várias séries diferentes em uma única, deixando tudo interligado. À parte disso, um dos contos chegou ao seu fim definitivo, como era o plano inicial. Vamos ver em que pé tudo ficou nos capítulos finais.

A Arte de Roubar: Com a ajuda de sua amiga advogada, Lívia, e sua esposa, Mayara, Joel conseguiu se livrar da prisão e ainda ficou com o dinheiro daquele que o manipulou. Cada um seguiu o seu caminho e usou o dinheiro da melhor maneira que achou. Joel e sua família se mudaram e recomeçaram em uma cidade pequena. A série acabou, não haverá outra temporada de A Arte de Roubar, mas nada impede de seus personagens aparecerem em alguma outra, nunca se sabe.

Conspiração Temporal: Depois de toda preparação e treinamento, a Equipe Z.É., os Detetives Virtuais, os alunos do Colégio Isaac Newton, Rubens Fonseca e as mulheres do futuro invadiram e atacaram o Complexo Future Ideas e destruíram o vírus que iniciaria a destruição do mundo. Enquanto no presente, os novos amigos decidiam o que fazer com suas vidas, no futuro, Nanda e Jess se depararam com algo inesperado. Agora, elas precisam voltar no tempo novamente para consertar o que fizeram de errado.
A próxima temporada será semestre que vem, não deixe de ler!


O Motoqueiro das Trevas: Após perder sua moto, Ian recomeçou sua jornada com uma caminhonete. Seu caminho se cruzou novamente com o da Detetive Marins, que mais uma vez o impediu de matar alguém. A polícia continua em sua busca para prender o Motoqueiro, enquanto os dois bandidos sobreviventes decidem se unir para acabar com o ex-advogado. Não há previsão da próxima temporada do Motoqueiro, mas ele irá aparecer semestre em outro conto, com grande destaque.

É isso, caros leitores. Vou deixar vocês (e eu também) descansarem dos contos, mas em março tem mais. Já adianto que haverá outro especial unindo personagens de várias séries. Espero que tenham curtido essa temporada. Até a próxima!


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Conspiração Temporal T02C26 - Capítulo Final da Temporada

O NOVO FUTURO 

― Não vá, Jess! Fique com a gente. - Rob dizia segurando um dos braços da morena. 
― É, fique aqui. - Joca emendou enquanto segurava o outro braço dela. 
― Não posso, meninos. Não pertenço a essa época. - ela disse e segurou a mão de cada um. - Vocês são incríveis e a mulher que ficar com qualquer um de vocês será muito feliz. - ela disse e se virou para Rob. - Rob, você tem uma facilidade incrível em invadir os sistemas mais seguros, além de sempre ter uma visão panorâmica da situação. - disse e se virou para Joca. - Joca, você é o cara em programação e tem uma grande capacidade de improvisar nas horas mais difíceis. Eu nunca vou esquecer vocês! - ela disse com lágrimas nos olhos e abraçou os dois amigos. 
Depois, os três se juntaram aos outros. 
― Obrigada por tudo, Zé. Não teríamos conseguido sem a Equipe Z.É. e os Detetives Virtuais. - Nanda disse. 
― Não foi nada. Eu que agradeço, vocês me proporcionaram a maior aventura da minha vida. - o espião disse. 
― Quando nos esbarramos, pensei que você fosse apenas um grande idiota. Hoje, eu vejo que você é bem mais do que isso. - a loira continuou. 
― Obrigado... Ei! - Zé disse, mas não conseguiu continuar. 
― Você tem qualidades que muita gente não tem ou já perdeu, como sua inocência e ingenuidade. Sua inteligência e capacidade de traçar estratégias nos levou ao triunfo de nossa missão. - a loira do futuro disse. 
― Assim você me deixa encabulado, eu não fiz tudo sozinho, sabe. - o espião disse. 
― Ah, claro e tem a Érica, que me ensinou a seguir meus instintos e ser impulsiva de vez em quando. - Nanda disse. 
― Eu fiz isso, é? - a Agente E perguntou confusa. 
― Fez sim. - Nanda confirmou e se aproximou de Zé, segurou sua cabeça e o beijou. Depois da surpresa inicial, o espião retribuiu e o beijo durou um tempo. 
A mulher do futuro o soltou e Zé ficou imóvel sem ação. 
― O que você pensa que está fazendo? - Duda indagou Nanda com raiva. 
― Beijando alguém que provavelmente nunca mais vou ver. - a loira do futuro respondeu tranquilamente. - Por que? Quer fazer algo a respeito? - ela perguntou com as mãos nas armas. 
― Não, não. Dessa vez passa. - a Agente D disse. 
― Bom, adeus, meus amigos. - Nanda disse e ativou o dispositivo temporal em seu cinto. 
― Tchau! - Jess disse e fez o mesmo. As duas desapareceram, deixando os espiões e os técnicos de informática na sala. 
― E agora? - Zé perguntou. 
― Agora você vai me explicar por que correspondeu ao beijo da Nanda. - Duda disse e deu um soco no ombro do namorado. 
― Au! Isso doeu. - ele reclamou e os outros riram. 
― Agora, os Detetives Virtuais têm que decidir se vão ou não continuar com a gente. - Érica disse. 
― Bom, já recebemos proposta de um órgão federal antes. Por mais que tenhamos gostado de trabalhar com vocês, preferimos nossa independência. - Frank disse. 
― Entendo a preocupação de vocês, mas aqui é um pouco diferente. Vejam esse caso por exemplo, ninguém nos designou, nós mesmo escolhemos. - a Agente E disse. - Que tal isso? Venham aqui amanhã às 9h e vamos conversar com o Krusma, e então vocês decidem. 
― Parece bom para mim. - Kevin disse e recebeu o apoio dos amigos. Definido isso, Maurição chamou a todos para irem a um bar tomar cerveja para comemorar o sucesso da missão. Apenas Duda, Zé e Érica não aceitaram. 
― O que vão fazer? - a morena perguntou. 
― No nosso estado, só temos forças para ir para casa e assistir um filme. - Zé respondeu. - E você? 
― Acho que farei o mesmo. - a Agente E respondeu. 
― Então até amanhã. - o espião disse e começou a sair da sala. 
― Não quer ir com a gente? - Duda perguntou à Érica, e Zé parou. 
― Não quero ser vela, valeu. - a morena agradeceu. 
― Não vai ser. Você ouviu o Zé, só temos forças para assistir um filme. - a loira insistiu. 
― Você tem mesmo certeza disso? - Érica perguntou e Duda assentiu. - Muito bem, então. Vamos lá. 
As duas saíram de braços enlaçados na frente de Zé, que estava confuso. 
― Desde quando essas duas se tornaram tão amigas? 

                                   

As duas amigas voltaram para as mesmas coordenadas que haviam chegado. A Praça Rui Barbosa não estava como elas lembravam, mesmo sabendo que seria algo diferente, não era aquilo o que esperavam. Os pontos de ônibus, que em sua época eram apenas decorativo para se lembrar de quando eram usados, estavam caídos. 
Todo o local estavam coberto por areia. O mercado central, que reunia uma grande quantidade de comerciantes da cidade, estava todo quebrado, com peças faltando no teto e nas paredes. As lojas estavam todas depredadas e sem seus produtos. E todos os prédios que conseguiam ver estavam com vidros quebrados e aparentemente sem morador nenhum. ― O que aconteceu aqui? - Jess perguntou assustada. 
― Aconteceu que nós fizemos algo errado no passado. Algo muito errado. - Nanda disse. 
― E o que faremos agora? Se nem sabemos o que foi. - a morena indagou. 
― O único jeito de resolver isso é da mesma maneira que causamos: voltando no tempo. - a loira respondeu com expressão séria.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O Motoqueiro Das Trevas T02C13 - Capítulo Final da Temporada

O PRESENTE 

Ian despertou com o barulho da porta se abrindo. Pulou da cama e, do jeito que estava, apenas com uma cueca boxer, pegou uma arma e saiu do quarto. Desceu as escadas sileciosamente com a arma apontada para frente e baixo. Ao chegar no andar de baixo, ouviu barulho na sala de estar. Quando chegou no cômodo, reconheceu a pessoa e baixou a arma. ― O que está fazendo aqui, Carol? - ele perguntou. 
― Visitando meu namorado dorminhoco. - ela respondeu e enlaçou o pescoço de Ian, beijando-o. 
― Combinamos que não viria mais aqui. É arriscado. - ele disse. 
― Eu sei, tá? Estacionei o carro há cinco quadras daqui e vim cuidando para ver se ninguém me seguia. Precisa confiar mais em mim. - Carol devolveu. 
― Certo, me desculpe. - o ex-advogado pediu. - O que você tem aí? 
― Ah, é um presente para você. - ela respondeu e pegou o pacote que havia trazido consigo. - E antes que você comece a chiar, saiba que tomei todas as precauções, liguei para loja, deixei um nome falso e pedi para minha estagiária pegar para mim. 
― Um capacete?! - Ian disse ao abrir. 
― Sei que por enquanto você não terá moto, mas considere esse o primeiro equipamento do novo conjunto. - ela disse enquanto ele examinava o presente. 
― Obrigado, Carol. - Ian disse e a abraçou. 
― Ah, quase esqueci. Você está na TV. - ela disse e ligou o aparelho. - Em algum canal deve estar passando. Aqui. - disse ao encontrar. 
Na televisão, uma repórter entrevistava o Delegado Rocha sobre a última ação do Motoqueiro das Trevas. 
― Noite passada, o Motoqueiro chegou antes da polícia novamente, não é mesmo, delegado? - a repórter perguntou. 
― Sim, e ainda nos atrapalhou. Tudo estava preparado e iríamos ter conseguido se não fosse a intervenção desse assassino. - o delegado disse. 
― Mas ele não acabou com a gangue da região, como era o objetivo da polícia também? 
― Isso não importa, não é da conta dele. Se ele quer tanto ajudar assim, estude, passe num concurso e faça o treinamento para ser policial. O que ele precisa é parar de fazer justiça com as próprias mãos, isso o estado e os distritos não vão permitir. - Rocha disse. 
― Obrigada, delegado. Depois disso, a emissora voltou para o estúdio e Ian desligou a TV. ― Que novidade! - ele disse e riu. - Fazer concurso, ele só pode estar de brincadeira, né? 
― Eu tenho que ir. - Carol disse e se levantou do sofá. Ian a acompanhou até a porta. 
― Da próxima vez, avise que vem. - ele pediu. - Essa semana passarei no seu apê. 
― Aguardo ansiosa. - ela disse e eles se beijaram. Quando sua namorada saiu, Ian foi para o cômodo que ele transformou em uma sala de treinamento. 
― Fazer concurso. - ele repetiu e começou a socar o saco de pancada.

                                   

― Sinto muito pela sua perda. - Dorigan disse. 
― Não, não sente. Sei que você era rival do meu pai. Ele me contou. - Douglas Timeti disse. - O que você não contava era que eu iria seguir com os negócios. 
― Muito bem, já que quer pôr as cartas na mesa, me diz o que me impede de te matar aqui e agora? Você está com poucos homens e uma grande área para cobrir. Por que eu te ajudaria se posso te derrubar? - o traficante experiente indagou. 
― Porque temos um inimigo em comum. Um que quase matou a nós dois. - o mais jovem disse. 
― O Motoqueiro das Trevas. - Dorigan completou. 
― Sim. Eu posso ser jovem, mas sei que esse cara é profissional. Precisaremos de uma grande força para derrotá-lo. Por isso, é melhor nos aliarmos agora. Se nos destruirmos, só ele sai ganhando. - Douglas disse. 
― Você é muito sábio para sua idade. O que sugere? 
― Vamos chamar todos os grandes traficantes da cidade e emboscá-lo, encurralá-lo e matá-lo. - o jovem Timeti disse. 
― E é aí que sua sabedoria acaba. Veja, as grandes gangues estão passando por uma má fase no momento, se propormos isso a elas, nenhuma vai aceitar. Em contrapartida, nós podemos nos proteger, atrapalhando e evitando que o Motoqueiro aja. E então, quando finalmente estivermos todos bem, acabamos com ele. - Dorigan disse. 
― Parece meio demorado, mas acho que você tem razão. À nossa nova parceria! - Douglas disse e levantou seu copo de chopp batendo-o contra o de Dorigan. 
― Saúde! - o traficante mais velho brindou. 
― Agora, me diga, Dorigan. Como você saiu da prisão tão rápido? 
― Você tem muito que aprender, garoto. Primeira lição, presta atenção que essa vai ser de graça: sempre tenha contatos poderosos com influência na polícia. - Dorigan disse e os dois novos parceiros de crime sorriram.

Conspiração Temporal T02C25

A DESPEDIDA 

“Quando os peritos chegaram, foi provado que o empresário Leandro Picodemo estava infectando os DVDs dos novos jogos com vírus extremamente poderosos, que, segundo os especialistas, seria capaz de dominar todos os aparelhos eletrônicos do mundo. Toda sua equipe foi presa e a empresa vai enfrentar um processo daqueles. O único revez foi que Picodemo conseguiu fugir.” 
― Por que mesmo não posso dizer que ele foi preso? - Rubens perguntou. 
― Nós somos espiões. As pessoas não devem saber da nossa existência. - Zé explicou. 
A equipe médica da agência cuidou dos feridos e recomendou repouso para o Agente Z, mas este insistiu em ficar com os outros, pois previu uma despedida. 
― Precisamos voltar para a escola. - Alex disse para o espião de camisa xadrez, que estava sentado no sofá ao lado de Duda e Manu. 
― Tudo bem. E quando querem voltar para terminar o treinamento? - Zé quis saber.
― Sobre isso. - Manu se virou para olhar para a irmã e Zé. - Nós decidimos não voltar. Pelo menos por agora.
― Oh. - Zé disse surpreso. 
― Foi muito legal trabalhar nessa missão com vocês. Sério mesmo. - Alex disse. - Mas somos muito novos para isso, talvez daqui alguns anos. 
― As portas estarão abertas. - Érica disse se aproximando do grupo. 
― Melhorem. - Manu disse aos espiões. - Nos vemos em casa. - disse à irmã. 
Assim, todos os alunos do Isaac Newton começaram a se despedir dos espiões. Então, chegou a vez de Rubens. 
― Você vai voltar para São Paulo, não é? - Alex quis confirmar. 
― Sim. - o jornalista. - Quando me mandaram entrevistar um garoto que impediu o colégio de ser explodido, imaginei que estavam brincando comigo ou que poderia ter sido um golpe de sorte. Hoje, vejo que não foi nenhum dos dois. Você mandou muito bem lá hoje, garoto. - Rubens elogiou. - Você realmente tem um futuro brilhante. 
― Obrigado. Boa viagem. Prometo que vou ler mais suas reportagens. - o garoto disse e, após um aperto de mão, foi até os Detetives Virtuais. - Vocês são incríveis. 
― Você também. - Kevin devolveu.
― Quem sabe não trabalhamos juntos um dia de novo. - Vick disse e Jess se aproximou ao ouvir a conversa. 
― Lembro de ter lido que o Alex tinha uma equipe que o ajudava em sua luta contra a Future Ideas. Acho que eram vocês que a história citava. - a morena do futuro disse. 
― E graças a vocês, desta vez, nós pudemos vencer o vírus antes de ser espalhado. - Frank observou. 
― Estou ansioso para que chegue o dia em que trabalharemos juntos novamente. - Alex disse e foi até as mulheres do futuro. - Vocês mudaram minha vida. 
― E você, as nossas. - Jess disse. - Não temos como agradecer o suficiente, mas talvez isso ajude. - a morena disse e o beijou na bochecha. 
― Sim, isso ajuda. - Alex disse e Jess olhou para Nanda. 
― Oh, que seja. - a loira disse e também o beijou. 
― Você continua cheirando bem. - o adolescente a elogiou, mas foi ouvido por Manu que o puxou para longe. 
― Vamos, Alex, está na hora de ir. - ela disse. 
Devido aos ferimentos de batalha de Maurição, Rob ficou de levar as crianças de volta ao colégio. Os espiões remanescentes ficaram repousando até a hora do almoço. Após a refeição, o jornalista fez um comunicado. 
― Mas já? - Zé perguntou. 
― Sim, realmente preciso ir. - Rubens repetiu. 
― Obrigado pela ajuda. - o espião disse. 
 ― Obrigado você por me deixar participar dessa grande aventura. Mas da próxima vez, vamos apenas tomar uma cerveja e conversar como pessoas normais. - o jornalista disse e arrancou risos dos outros. 
― Anotado. - o Agente Z disse e abraçou o novo amigo. 
― Desculpe se quase estraguei sua conspiração temporal. - Rubens disse às mulheres do futuro. 
― Não há do que se desculpar, você foi tão importante quanto o Zé e o Alex. Eu o julguei errado, jornalista. - Nanda devolveu. 
― Tudo bem. Você não foi a primeira e não será a última. - o paulista disse e se dirigiu à saída da sala. 
― Rubens! Espera! - Érica chamou e o alcançou. Deu-lhe um beijo na boca, que não teve língua, mas durou alguns segundos. - Eu precisava fazer isso. - ela disse. 
― Tá bom. - Rubens disse sem ação. - Até mais! - disse e saiu. 

                                              

“E assim deixei a bela Curitiba, umas das melhores capitais que visitei. Como toda cidade possui taxa de violência e criminalidade, mas também tem seus protetores. O fato de um jogo ter quase sido usado para controlar os eletrônicos do planeta mostra como somos vulneráveis à tecnologia. Não seria bom aprendermos a viver sem ela, para o caso de o pior acontecer? Afinal, nunca se sabe quando um supervilão vai surgir.” 

                                                                                                  Rubens Fonseca. 

― A matéria está muito boa. Isso explica porque precisou ficar mais tempo. - o editor disse. - Só tenho uma pergunta. 
― Qual é, chefe? - o jornalista quis saber.
― Cadê a entrevista com o Alex? - Beneton perguntou.
― Ah, isso. Bom, sabe o que é? - Rubens começou e gaguejou um pouco. 
― Você esqueceu, não foi? - a veia da testa do mais velho começou a vibrar. 
― Chefe, acabei de lembrar que tenho um importante compromisso agora. - o jornalista disse e saiu rapidamente da sala. 
― FONSECA! - Beneton gritou para todo o andar ouvir e então baixou o tom e falou apenas para si. - Se você não fosse meu melhor repórter... 
Carla passava, quando Rubens andava apressado, e foi puxada pelo braço por ele. 
― Como foi? - ela quis saber. 
― Ele lembrou. - ele respondeu. - Venha, vamos almoçar. Ele precisa esfriar a cabeça antes de me ver de novo. 
― Mas, Rubens, são 9 da manhã. - a loira de cabelo curto retrucou. 
― Lanche da manhã, então. - ele disse e notou que ela estava rindo. - O que foi? 
― Nada, é só que algumas coisas nunca mudam. - Carla respondeu e os dois riram.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Arte De Roubar T04C13 - Capítulo Final da Série

A ARTE DE RECOMEÇAR 

Quando Léo descobriu o IP de um dos computadores da empresa de Barton, todos decidiram ir embora da favela e ir para o julgamento. Imaginaram que teriam problemas com Polaco Azedo, mas este se mostrou bem compreensivo. 
― Sabia que esse dia chegaria. - ele começou. - Em 10 dias, vocês contribuíram bastante para os meus negócios. Mais do que eu imaginaria. Eu deveria obrigá-los a ficarem aqui e continuar com suas funções, mas não sou tão mal assim. Deixo as portas abertas para quando quiserem voltar. - o traficante loiro disse. - Fiquei sabendo que estão sem carro agora. 
― Precisamos nos livrar deles para ajudar o Joel. - Charger explicou. 
― Hum, então podem escolher dois dos que vocês estavam trabalhando, com exceção do meu, é claro. - Polaco disse e surpreendeu a todos. - Agora vão, antes que alguém comece a chorar. 

― Então, no fim ele é uma boa pessoa, apesar de ser um criminoso. Isso é muito contraditório? - Joel disse ao fim da narrativa. 
― Um pouco. - Lívia disse. 
― Tenho um anúncio muito importante a fazer. - Joel disse a todos que estavam no Centro de Operações. - Eu decidi que nós vamos devolver todo o dinheiro que roubamos. 
― O que? - Facada foi o primeiro a questionar. 
― Como é que é? - Charger emendou. 
― Você pirou? Depois de tudo pelo que passamos. - Léo disse. 
― Calma, pessoal, calma. - o líder pediu. - Só vamos devolver o dinheiro do shopping e do museu, o do banco nós não temos. Se tem alguém que merece ser roubado nessa história é o Barton, por isso é só com o dele que ficaremos e é mais do que suficiente para mudarmos de vida. - finalizou. 
― Mas como vamos devolver o dinheiro sem ninguém perceber? - Taís quis saber. 
― Eu tenho um plano. - Joel disse. 
O grupo contratou duas pessoas e duas vans para fazer a entrega do dinheiro nos dois lugares em que iriam devolver. Nenhum dos entregadores sabia do conteúdo que carregava. A surpresa tomou conta de todos, quando as malas foram abertas e notas de dinheiro começaram a voar. A notícia passou em todas as mídias. 

                            

A cidade de Fênix, situada na região centro-norte do Paraná, recebeu três novos moradores. Joel comprou duas casas, uma para morar e outra para abrir uma oficina mecânica. Três meses se passaram desde que tinham se mudado de Curitiba e toda sua agitação de cidade grande. 
Era tarde da noite e Joel decidiu olhar seu e-mail. Havia uma mensagem de Léo. 
“E aí, como estão as coisas? Imagino que bem, notícia ruim costuma vir rápido. Desculpa pela demora em responder, mas andei bem ocupado nas últimas semanas. Você queria saber como todo mundo se arranjou, não é? Muito bem, lá vai. 
“Taís vendeu a oficina do pai dela e se mudou com Charger para o Abranches, onde comprou um lugar maior ainda. Os dois têm trabalhado bastante, mas me disseram que sentem falta de um bom gerente. Eu disse para contratarem alguém, mas eles não querem ninguém desconhecido gerindo o negócio deles. Não posso culpá-los. 
“Bomber usou parte do seu dinheiro para 'comprar' sua entrada na polícia de novo. Os corruptos que armaram contra ele se tornaram os manda-chuvas hoje, por isso não foi difícil para o nosso amigo falar a língua deles. Muito embora, de algum jeito misterioso, ele conseguiu tirar todos eles da corporação sem se sujar. Ele e a Sandra noivaram e pretendem se casar ano que vem. Ela está estudando para entrar na polícia também. 
“Eu abri uma empresa de manutenção de computadores. Você não tem ideia de quantos PCs eu recebo para arrumar por dia. Não sei se você lembra, quando me inflitrei no BACEN, conheci uma menina linda, Luana era o nome dela. Por conta da operação, nunca mais havia falado com ela, mas o destino foi generoso e me fez encontrá-la outra vez. Inventei uma história qualquer para explicar meu sumiço e desde então, temos saído.
“Outro que se deu bem com uma funcionária do BACEN foi o Facada. Lembra aquela mulher que nos viu quando saímos do arquivo? O nome dela é Marquieli. Ao contrário de mim, o Luiz não esperou pelo destino e foi atrás dela assim que a poeira baixou. Depois de um tempo, eles começaram a namorar e recentemente se mudaram para uma fazenda em uma cidade vizinha daqui. Dá para acreditar nisso? Mas eles vêm gastar o dinheiro aqui nos fins de semana. 
“Ah, sua amiga Lívia continua acompanhando o caso do Estado contra o Barton, mas parece que isso vai demoraaar. Que eu saiba, ela não fez nada de extravagante com o dinheiro que recebeu de você. Falando nisso, e você? O que tem feito? Como tá a nova vida? Valeu a pena sair da cidade grande? Abraços de toda a galera!”
Joel abriu um largo sorriso ao saber sobre seus amigos e prontamente respondeu o e-mail de Léo. Quando acabou, seu filho entrou no escritório. 
― Papai, conta uma história para eu dormir? - Leandro pediu. 
― Claro que sim, filhão. Vamos lá. - Joel disse, enviou a mensagem e desligou o computador. 
“Léo, não sabe o quanto fiquei feliz em saber da galera. Mudar para essa cidade pequena foi a melhor coisa que fiz. Meu filho tem muito mais liberdade e já fez vários amiguinhos na escola. Eu também conheci muita gente bacana aqui. A May decidiu me ajudar na oficina, mas por meio período só. Ela disse que alguém tem que cuidar da casa e que com certeza eu não vou. 
 “Quando as coisas se estabilizarem por aqui, pretendemos ir para Curitiba. A mãe da May mora aí afinal. Ela não quis vir com a gente. Ainda bem, assim a May não reclama de ir aí. Enquanto ela passar com a mãe, eu saio com vocês e nós tomamos aquela breja. E espero vocês aqui qualquer dia também. Abraços para todos!”
― Que história vai contar, papai? - Leandro perguntou ao ser coberto até o pescoço. 
― A história de um homem que tinha tudo, mas não percebeu e precisou perder quase tudo para dar valor. - Joel disse e viu a careta do filho. - Falando assim parece chato, mas acredite há muito mais ação do que você imagina. 
― O que aconteceu com ele? - a criança perguntou. 
― Já quer saber o final? - o pai se supreendeu. - O que posso dizer é que depois do pior ter passado, ele se tornou o homem mais feliz do mundo. - Joel disse e logo seu filho adormeceu. 
Apagou a luz e deixou a porta entreaberta. Foi para o seu quarto e deitou ao lado de sua mulher. 
― Acha que devia contar essas histórias para ele? - May perguntou. 
― Ah, você ouviu! - Joel disse e riu. - Sabe a melhor parte das histórias, amor? - ele perguntou e respondeu. - São só histórias. - disse e beijou a esposa. 
                       
                                                                        FIM

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Como você aproveitou a sexta-feira negra?

Mais uma vez chegou aquela época do ano em que as lojas fingem que dão um desconto gigantesco em seus produtos e você finge que acredita que está agraciado com a boa vontade dos lojistas. Não sei se porque eu participei pela primeira vez, mas esse ano a Black Friday estava diferente, com muitas ofertas e promoções boas. É claro, se parar para pensar, o preço que é oferecido na sexta negra é quase o preço que deveria ser cobrado durante o ano todo. Como isso não acontece, é preciso aproveitar quando as lojas decidem cobrar o preço justo por seus produtos.


Há lojas virtuais e físicas que participam, no caso das virtuais, fique esperto, não compre se não conhecer o site que está ofertando o que você quer. Apesar de na internet ter um desconto maior, não deve-se esquecer das lojas físicas, nas quais há opção de pechincha, que é sempre favorável ao freguês. Se você não se preparou, não se preocupe, ano que vem tem mais. Se você é como eu e gastou muito em um único item, fique tranquilo, ano que vem, irá querer algo mais caro ainda.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Conspiração Temporal T02C24

O VÍRUS

Frank e Vick atacaram com tudo o que tinham, mas nada sequer arranhou o monstro. Kevin cansou de ver os amigos apanharem e, mesmo sem ter reunido toda a energia necessária para o grande golpe, foi ajudá-los.
― Você deveria estar reunindo energia. - Frank disse ao vê-lo lutando.
― E vocês deveriam ser capazes de segurar esse monstro melhor. - Kevin devolveu.
O monstro aproveitou a discussão e acertou o de armadura dourada. Vick avançou no inimigo, mas ele a golpeou com tanta força que a fez voar longe. Foi então que Frank se lembrou de uma arma que ainda não tinha tentado. O tiro da bazuca fez um bom estrago, arrancou um dos braços do monstro, mas ainda não o derrubou. Quando parecia faltar pouco, o oponente recuou até encostar no vulcão e se recuperou.
― O vulcão! - o atirador notou e seus amigos se aproximaram. - Pessoal, o monstro é só mais uma defesa, o verdadeiro vírus é o vulcão.
― Isso só complica as coisas. - Vick disse.
― Deixe-me tentar simplificar então. - disse uma voz atrás deles, assustando-os.
― Alex! Como entrou aqui? - Kevin perguntou de olhos arregalados.
― Eu desenvolvi um código há alguns anos, mas achei que não tinha funcionado. Era de noite e imaginei que tinha sido um sonho. Hoje, decidi tentar de novo. E aqui estou. - o garoto explicou. - Então, como exatamente funciona isso de ter poderes?
― Hã... - Frank começou a responder ainda processando as informações. - É só pensar e acontece. - conseguiu dizer.
― Só isso? Então por que vocês ainda não venceram? - Alex disse e passou pelos três amigos.
Depois de alguns segundos, os tênis de Alex se tornaram botas de escalada, sua calça do colégio virou uma calça jeans, e surgiram luvas pretas em suas mãos.
― Pronto! - ele disse e no segundo seguinte desapareceu na frente dos técnicos.
Quando o viram de novo, ele estava no ar socando o monstro e despedaçando seu queixo.
― Ele fez aquilo só com um soco? - Kevin espantou-se.
― Que poder ele escolheu? - Vick ficou confusa.
― Eu diria que voar, super velocidade, super força e... - Frank tentou identificar mais um, quando o monstro jogou um jato de lava em Alex e este não sentiu nada. - … imune ao fogo! - concluiu.
― Aí, quando quiserem ajudar, eu agradeço! - Alex gritou enquanto desviava de um soco.
― É isso! - Frank disse. - Kevin termina de reunir energia. Com o Alex, não teremos problemas em segurar o monstro mais um pouco.
― Certo! Vão lá! - Kevin concordou e viu seus amigos partirem. - Espera! Mas como eu vou conseguir destruir o vulcão inteiro? - ele disse para si mesmo.
Com Alex chamando a maior atenção do monstro, Vick e Frank conseguiam desferir melhor seus golpes. Enquanto via toda a cena e acumulava energia, Kevin pensava em como iria fazer para destruir o vulcão.
― É isso! - o rapaz concluiu e riu. - É incrível que um garoto de 13 anos tenha conseguido o que eu e meus amigos demoramos anos. E ainda aprendeu a usar os poderes melhor que a gente. As mulheres do futuro estão certas, o Alex vai ser demais. - Kevin disse e se concentrou. - Mas se ele pode, eu também posso.
O técnico de informática ergueu voo e, enquanto estava no ar, sua armadura mudou de cor, de dourada para laranja. Seu elmo passou a cobrir o cabelo também. Ele se dirigiu rapidamente até o topo do vulcão, juntou as duas mãos que se transformaram em um canhão único e mirou bem no meio. Como que percebendo que estava em perigo, o vulcão chamou de volta o monstro que criou e então toda sua estrutura se transformou em um ser gigante.
― O que está acontecendo? - Vick estranhou.
― É o Kevin lá em cima? - Frank reparou e quis confirmar.
― Hum, um já aprendeu. - Alex disse e sorriu.
O pico do vulcão se tornou sua boca e grandes braços da terra que o circundava surgiram e seguraram Kevin, no momento em que ele disparou com toda sua energia. Uma grande explosão se seguiu e empurrou os outros três para longe. Todas as árvores sem folhas foram varridas e pedaços de lava secos se encontravam em todo o local.
― KEVIN! - Vick gritou quando tudo passou e não viu o amigo.
― Ei, cadê o Alex? - Frank perguntou ao ver que o garoto não estava com eles.
Ao fundo, no meio da fumaça que ainda havia sobre o local da explosão, duas figuras surgiram no ar. Alex voava carregando Kevin em um dos ombros. Quando pousou e desceu o de armadura laranja, Vick e Frank correram para o amigo.
― Você está bem? - a garota quis saber.
― Sim. - Kevin respondeu. - Eu consegui?
― Sim, você ficou imune ao fogo, não é? - Frank quis confirmar. - Igual ao Alex.
― Sim. - o de armadura laranja respondeu.
― Igual a mim não. - Alex disse. - Eu escolhi ser imune a todos os elementos: fogo, água, gelo, ar, terra, etc. Além de poder voar, ser rápido e forte.
― Tudo isso? - Vick espantou-se.
― Vocês disseram que era só pensar. Eu não entendi porque limitaram tanto seus poderes. - o garoto disse. - Ah, e vejam outro! - disse e ergueu o braço direito e um portal se abriu. - Posso criar portais em qualquer lugar que eu estiver. Vamos para o mundo real. - disse e assim fizeram.



Quando chegaram, viram Zé e Rubens sentados e sangrando.
― Vocês demoraram! - o espião observou.
― Caramba! Vocês estão um trapo. - o garoto disse.
― Conseguiram? - o jornalista quis saber.
― Sim. - Frank respondeu e nesse momento a porta se abriu e Érica e Duda entraram.
― Ah, estão todos aqui. - a espiã morena disse e olhou para cada um.
― Zé! - Duda correu para o namorado. - O que aconteceu com você?
― Um valentão quis me lembrar da época do colégio. - ele respondeu. - E você? Não está muito melhor que eu.
― Eu descobri que preciso treinar mais. - a loira respondeu.
― Zé, a Central disse que temos pouco tempo. Fizemos muito barulho e logo as autoridades locais estarão aqui. Rob e Joca já foram embora com Jess e as crianças. Estão mandando helicópteros para nos buscar. - Érica informou.
― Que bom! Porque eu com certeza não aguentaria os movimentos de um carro agora. - o Agente Z disse e som de helicópteros foi ouvido.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O Motoqueiro Das Trevas T02C12


O BARRACÃO


Douglas Timeti sempre quis participar e saber dos negócios do pai, mesmo sabendo que o que realmente dava lucro era ilícito. Ele sabia da lavagem de dinheiro e do tráfico de drogas, mas, como seu pai sempre dizia, no Brasil é só ser discreto e saber fazer negócio que você se dá bem.
Apesar de ainda ter 16 anos, o jovem Timeti queria acompanhar o pai, pois sabia que um dia iria herdar e comandar tudo aquilo. Quando finalmente foi chamado, vibrou por dentro. A noite estava perfeita, os homens o cumprimentaram com respeito e ele estava prestando atenção em tudo. Mas então, tudo mudou. Primeiro vieram os tiros, na sequência, a explosão. E, por último, a má notícia.
― Senhor, o Motoqueiro das Trevas está aqui. - avisou um dos homens que estavam do lado de fora da sala. Ao ouvir isso, Douglas foi dominado pelo medo.

Quando a Hilux passou na frente do barracão, Ian se levantou na caçamba e atirou com a metralhadora nos homens que estavam de guarda. Borba foi até a esquina da rua e fez a volta, durante a qual, o Motoqueiro usou a bazuca para explodir a entrada. Entre fogo e destroços, o ex-militar estacionou o carro.
― Vamos nessa! - Ian disse ao descer da caçamba, enquanto Borba também saía.
Os dois avançaram, Ian com duas pistolas nas mãos e Borba com uma escopeta. Logo, os homens surgiram para impedirem a entrada deles. Os primeiros foram facilmente abatidos. O barracão era imenso, na porta de entrada havia alguns móveis tombados devido ao impacto da explosão, o que possibilitou aos invasores um local seguro.
Em todo o lugar havia cômodos, alguns para armazenamento de drogas, outros com mesas e cadeiras para se contar o dinheiro e preparar o produto. No meio tinha uma grande máquina para a lavagem de dinheiro. E ao fundo, encontrava-se uma sala em um andar acima, com uma escada dando acesso.
― Um de cada lado? - Borba sugeriu.
― Não, é melhor você ficar aqui. Enquanto eu atravesso até a sala do Timeti, você me cobre. Preste atenção, pois agora estou sem capacete. - Ian disse.
― Certo. - o ex-militar assentiu.
Assim, o Motoqueiro avançou pela esquerda, acertando quem estava em seu campo de visão mais próximo e então mirando para onde os tiros mais distantes vinham. Borba atingiu praticamente todos da direita que tentaram pegar seu parceiro pelo lado. Quando a munição acabou, ele trocou para as pistolas. A precisão se manteve.
Ian estava na base da escada que levava à sala de Timeti, quando sirenes foram ouvidas. Devido a isso, Borba precisou sair da sua posição para não ser preso e seguiu pela direita. Entrou em uma das salas de contagem de dinheiro.
Raquel chegou liderando um grupo de 9 policiais militares.
― Parece que estão todos caídos. - um dos policiais disse.
― E estão. - Raquel confirmou notando o que estava acontecendo. - Ele está aqui. Capitão, vem comigo. De hoje, ele não escapa. - ela disse e avançou com o militar.
Os outros se espalharam em duplas para verificar o local. Foi então que uma bomba de fumaça foi jogada no meio do barracão, preenchendo-o completamente. A detetive correu para subir a escada e ficar acima do nível do gás. Sem olhar para trás, ela bateu o pé na porta e entrou.
― Não faça isso, Ian! - ela disse e apontou a arma ao Motoqueiro.
Os dois guarda-costas de Timeti estavam caídos mortos no chão. No canto esquerdo da sala, estavam pai e filho contra a parede sob a mira da arma do homem da jaqueta de couro.
― Não dessa vez, detetive. - Ian disse e virou a cabeça para ver a morena.
Foi o suficiente para o dono do mercado sacar sua arma e erguê-la contra seu algoz, mas não para atirar. O sangue escorreu da testa de Timeti e seu filho ajoelhou em prantos e gritando. A detetive avançou na sala e se aproximou dos Timeti, ainda com a arma apontada para Ian.
― Quando disse que esperava que nossos caminhos se cruzassem, não imaginei que seria tão rápido. - o Motoqueiro disse enquanto Raquel tentava acalmar o jovem.
― Você está bem, garoto? - ela perguntou sabendo exatamente a resposta e se virou para o atirador. - Por que você tinha que se intrometer, hein? Eu ia resolver esse caso sem derramar uma gota de sangue hoje.
― E daí, o que? Eles iam sair em menos de um mês e fazer coisas piores. - Ian retrucou.
Douglas aproveitou a distração dos outros dois e pegou a arma do pai. Levantou os braços para atirar no Motoqueiro, mas Raquel lhe deu uma coronhada na cabeça bem no momento em que Ian se preparava para atirar.
― Você não vai atirar em uma criança na minha frente. - ela disse e ficou entre os Timeti e o Motoqueiro.
― Por que acha que ele estava aqui hoje? Esse vai seguir os passos do pai. E depois do aconteceu e presenciou, será ainda pior. - Ian disse. - Essa sua crença na redenção de todos ainda vai fazer o caos se instalar de vez nessa cidade. - disse e guardou a arma foi sair da sala.
― Hoje você não vai conseguir escapar. - a morena disse. - Eu não vim sozinha. - ela contou e nesse momento, Borba entrou no cômodo.
― Cara, fazia tempo que não me exercitava desse jeito! - Borba disse agitando os braços. - Contei pelo menos 9 milico, mas teve uma que conseguiu escapar. Ah, olha ela aí! - o ex-militar disse notando Raquel.
― Você derrotou toda a minha equipe tática sozinho? - ela perguntou espantada.
― Não eram tudo isso. - Borba disse. - Mas eu tive uma ajudinha da fumaça, então... - disse e riu.
― Parece que não é hoje que conseguirá me prender, Raquel. Posso chamá-la assim? - o Motoqueiro disse e se voltou para Borba. - Vamos?
― Bora! Tchau, gatinha! - o ex-militar disse.
― Até mais, Raquel! - Ian se despediu e saiu.
A morena saiu da sala e ficou na porta olhando os dois justiceiros noturnos saírem do barracão, enquanto passavam pelos militares e traficantes caídos.
― Eu não acredito nisso. - ela disse sem ação.



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Conspiração Temporal T02C23

EM FRANGALHOS

Ora, mas não é que vocês são alguma coisa. - Rubi disse assim que seus quatro colegas caíram para as duas espiãs.
Érica e Duda arfavam, recuperavam o fôlego de uma intensa luta contra dois oponentes. A morena estava mais suada e foi menos atingida, já a loira tinha sangue escorrendo do nariz e da boca, e muitos pontos doloridos no corpo.
Devemos ir as duas juntas, algo me diz que essa daí é pior que os caras que acabamos de derrotar. - Érica disse.
Por mais louco que isso seja, eu concordo. - Duda assentiu e notou que a secretária tirava seu paletó.
Chega de papo. - Rubi disse e investiu contra a morena.
Foi tudo muito rápido. Ela tomou um longo impulso e correu já socando com a mira no rosto da Agente E, que só teve de dar um passo para trás e se esquivar. Duda mal conseguiu ver e logo era só uma espectadora da luta.
Érica se defendia como podia, mas a adversária era muito rápida. Rubi socou com a direita e a morena bloqueou com a esquerda dela e devolveu com a direita, mas essa foi segura pela esquerda da de franja. Aproveitando o espaço livre, a secretária chutou lateralmente a barriga da espiã.
A Agente E arqueou devido a impacto do golpe e sua oponente aproveitou para lhe dar um forte soco com a direita que quase a derrubou. No desespero, Érica tentou um soco contrário com a esquerda, mas Rubi se esquivou e devolveu com um grande chute no tórax da morena, que bateu contra a parede.
Confesso que eu esperava mais. - a secretária disse e nesse momento, ouviu passos à sua esquerda.
Duda investiu com um soco lateral na mulher de franja, mas esta a deixou passar, segurou seu braço com a mão direita e deu um golpe com a esquerda na aticulação do cotovelo, fazendo a espiã loira urrar de dor. Rubi soltou o braço da adversária e puxou o cabelo dela com força para trás, chegou bem perto e olhou bem fundo para os olhos verdes de Duda.
Achou mesmo que conseguiria me atingir? - perguntou.
Nem por um segundo, mas eu precisava ganhar tempo. - a Agente D disse e Rubi olhou para onde Érica tinha caído.
A secretária largou o cabelo da loira e olhou para os lados, mas tarde demais. A Agente E surgiu à direita de Rubi e, com as duas mãos unidas, acertou o queixo dela de baixo para cima.
Eu chamo isso de Golpe Manchete. - Érica disse e avançou com um chute na barriga da adversária.
Rubi arqueou e teve sua cabeça agarrada pelas duas mãos de sua oponente. Na sequência levou uma forte joelhada no rosto que a fez ajoelhar e cair desmaiada aos pés de Érica.
Assim que eu gosto. - a morena falou. - Você está bem? - perguntou à Duda.
Vou ficar. - a loira disse e forçou um sorriso.
Ei, você realmente se dispôs a dar sua vida para me salvar. - Érica lembrou.
Não é o que parceiras de missão fazem? - a Agente D devolveu e as duas sorriram.


Picodemo era muito mais forte e mais treinado que Rubens havia imaginado. O jornalista conseguiu acertar o primeiro soco, depois disso só apanhou. Estava tentando achar uma brecha na defesa do empresário, mas estava muito difícil.
Achou que conseguiria me vencer tão fácil? - Picodemo provocou e deu outro soco. - Apesar de ter uma equipe de segurança, eu mesmo sou bem preparado para quando o pior acontecer. - disse e mais um soco fez o paulista cambalear.
Rubens sentia o sangue escorrer por seu rosto e todos os pontos doloridos de seu corpo o deixavam mais lento. Pela primeira vez, ele sentiu que havia chegado ao seu limite. Enquanto pensava, Picodemo conseguiu quebrar sua fraca defesa e o derrubou. Nesse momento, uma porta se abriu e fechou.
Aí, seu engravatadinho do mal! - Zé chamou e Picodemo se virou para encará-lo. O espião notou que o empresário tinha tirado a gravata para lutar. - Oh! Você está sem gravata. Isso faz com que o que eu disse seja sem sentido.
O que está fazendo aqui, Zé? Você não sabe lutar. - Rubens disse do chão.
Não importa! Se é o que preciso fazer para o sucesso da missão, é o que farei. - o espião falou decidido.
Ouça o seu amigo, rapaz. Saia daqui, eu não bato em manés. - Picodemo disse.
Para você, é Zé Mané! Vamos lá! Está com medinho? - Zé provocou e ergueu os braços de modo desajeitado. - Cai dentro! - o espião gritou e o empresário caiu.
O primeiro soco quase fez o espião cair. A última vez em que Zé esteve em uma briga foi no ensino fundamental quando alguns valentões decidiram que ele deveria apanhar por tirar uma maior que a deles. O Agente Z não se lembrava muito dessa época, mas tinha quase certeza de que a dor de antigamente não chegava nem perto da atual.
Picodemo seguiu com uma joelhada na boca do estômago, o que fez o espião cuspir sangue. O empresário uniu as mãos e golpeou com toda sua força as costas de Zé, fazendo-o bater com tudo no chão. O espião não conseguia mexer nem um milímetro de seu corpo. Ele sentia dor em lugares que nem imaginava que poderia doer. Naquele momento, Zé se sentiu fraco e impotente, pois toda a sua inteligência não valeria de nada para ajudá-lo. Sua visão estava embaçada devido ao sangue que pingava por sobre seus olhos.
Toda a cena brutal que foi obrigado a assistir deu a Rubens um novo gás. O Zé podia ser mané uma boa parte do tempo, mas sem ele nada daquilo teria sido possível e as mulheres do futuro nunca teriam chegado a cumprir seu objetivo. Foi então que o jornalista percebeu que o verdadeiro salvador do futuro do mundo era o rapaz de camisa xadrez.
Ei! - o paulista disse puxando Picodemo pelo ombro esquerdo e dando-lhe um soco que o fez recuar dois passos. - Seu oponente sou eu!
O empresário limpou o sangue da boca e sorriu. Avançou contra Rubens, mas seu soco foi bloqueado. O jornalista aproveitou e acertou-o com um soco de baixo para cima no queixo. Na sequência, girou em seu eixo e deu um chute no peito do adversário que atingiu uma parede, batendo sua cabeça e desamaiando. Rubens correu para o amigo caído.
Zé! Ei, Zé! Fala comigo, amigão! - o jornalista ajudou o espião a levantar.
Rubens! Você está bem. - o Agente Z disse abrindo apenas um olho. - Acho que estou com algumas costelas quebradas. - ele disse gemendo.
Mancando e devagar, os dois voltaram à sala do computador central e a encontraram vazia.
Cadê o Alex? - Rubens perguntou e Zé apontou o telão.
Esse garoto é incrível. Nessa idade conseguiu fazer o que três técnicos de informática formados precisaram de anos tentando. - o espião elogiou. - A Érica me disse que o Alex tem o melhor de nós dois: minha inteligência e sua esperteza.
Isso quer dizer que um dia ele será melhor que nós dois juntos. - o jornalista observou.
Sim, um dia ele irá nos superar. - Zé concordou.
E o que faremos com relação a isso? - o paulista indagou.

Vamos guiá-lo para que aconteça da maneira correta. - Zé disse e sorriu sentindo doer todos os músculos necessários para isso.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A Arte De Roubar T04C12

VEREDICTO

O júri chegou a um veredicto? – o juiz perguntou aos jurados.
Sim, Meritíssimo. – o porta-voz do júri respondeu.
E qual seria? – o juiz quis saber.
O júri considera o réu: para a acusação de porte ilegal de arma, culpado; para a acusação de tentativa de homicídio, culpado.
Começamos bem, hein. - Joel sussurrou para Lívia.
Isso já era esperado. Agora vem o importante. - ela devolveu o sussurro.
― …para a acusação de formação de quadrilha, inocente. - o porta-voz disse e o público se agitou, forçando o juiz a bater o martelo. - E para a acusação de roubo, inocente.
O juiz esperou o silêncio acontecer para dar a sentença.
Joel Dasco, devido ao fato de você ser réu primário e não ter negado as acusações das quais foi considerado culpado, vou sentenciá-lo a 500 horas de trabalho comunitário mais uma multa de 1500 reais. - o mais velho da sala decretou.
Muito obrigado, Meritíssimo. - Joel disse.
Mas que raio de sentença é essa? O senhor está maluco? - Barton gritou ao juiz. - Cadê a justiça? - ele disse e se levantou.
A justiça está no fato de que recebi há pouco uma prova de que o IP do computador que adulterou as câmeras é da sua empresa. Logo, pode esperar um longo processo a caminho. - o juiz declarou quase rindo e também se levantou.
O que? - o empresário surtou. - Você está louco? Ele enganou todos vocês, é tudo armação dele, seu velho insano. - Barton disse espantando a todos e irritando o juiz.
Agora, o senhor passou dos limites! - O juiz disse. - Guardas! Prendam-no! - ordenou e os oficiais foram até o empresário.
Não! Me soltem! Sabem quem eu sou? - Barton gritou e foi sendo arrastado da sala. - Isso não acabou, Dasco! Eu ainda acabo com você!
Até mais, Barton! - Joel disse e acenou.


Quando o empresário foi levado pelos guardas, o público foi deixando a sala.
Você não tem medo, Joel? - Lívia perguntou enquanto esperavam para sair.
Claro que tenho, mas ele não precisa saber. - o réu absolvido disse.
No corredor do fórum, Mayara e Leandro esperavam por Joel e Lívia.
Papai! - o garoto chamou ao vê-lo e correu para o colo do pai.
E aí, filhão! - Joel disse ao pegá-lo e beijá-lo. - May. - disse ao chegar perto da esposa. - Obrigado por vir.
Não podia deixar o pai do meu filho ir para a cadeia. - ela respondeu.
Esse foi o único motivo? - ele quis saber.
Não. - ela disse com relutância. - Mas agradeça a sua amiga, se não fosse ela, eu não teria nem cogitado vir.
Eu sei. - Joel disse e olhou para a loira que ficou vermelha de vergonha.
Que isso, gente. Não foi nada. - ela disse e eles saíram do fórum.
Do lado de fora, Joel reconheceu cinco pessoas em um grupo de seis que estava reunido próximo do local.
Ei, vocês vieram! Não é perigoso estarem aqui? - Joel disse ao se aproximar, mas não conseguiu falar mais nada antes de receber um abraço de cada um de seus amigos: Charger, Taís, Tecno Léo, Luiz Facada e Bomber. - Você, eu não conheço. - disse à mulher que estava com Bomber.
Meu nome é Sandra. Sou a namorada do Marcelo. - ela respondeu.
Foi por ela que eu saí do grupo e deixei de participar da última operação. Sinto por isso, Joel. - Bomber disse
Não sinta. Se eu tivesse deixado tudo isso de lado por uma mulher desde o começo, eu não teria quase sido preso. - Joel disse e olhou para May. - Aproveitando, pessoal, essa é a dona do meu coração, May.
Muito prazer! - ela disse.
Bom, eu vou indo. Vocês têm muita conversa para pôr em dia. - Lívia disse e começou a se virar.
Como assim? - Joel perguntou. - Você mentiu em um tribunal de justiça para me defender e precisa receber por isso.
Tem razão. - ela concordou.
Vocês estão sem carro agora, né? - Joel lembrou ao perguntar para os amigos.
Na verdade, não. Mas vamos esperar a poeira baixar para te atualizar. O Barton pode estar à escuta. Aliás, cadê ele? - Charger disse.

Foi preso. - Joel chocou a todos. - Vamos para o Centro de Operações. Conto tudo lá.