A DESPEDIDA
“Quando os peritos chegaram, foi provado que o empresário Leandro Picodemo estava infectando os DVDs dos novos jogos com vírus extremamente poderosos, que, segundo os especialistas, seria capaz de dominar todos os aparelhos eletrônicos do mundo. Toda sua equipe foi presa e a empresa vai enfrentar um processo daqueles. O único revez foi que Picodemo conseguiu fugir.”
― Por que mesmo não posso dizer que ele foi preso? - Rubens perguntou.
― Nós somos espiões. As pessoas não devem saber da nossa existência. - Zé explicou.
A equipe médica da agência cuidou dos feridos e recomendou repouso para o Agente Z, mas este insistiu em ficar com os outros, pois previu uma despedida.
― Precisamos voltar para a escola. - Alex disse para o espião de camisa xadrez, que estava sentado no sofá ao lado de Duda e Manu.
― Tudo bem. E quando querem voltar para terminar o treinamento? - Zé quis saber.
― Sobre isso. - Manu se virou para olhar para a irmã e Zé. - Nós decidimos não voltar. Pelo menos por agora.
― Oh. - Zé disse surpreso.
― Foi muito legal trabalhar nessa missão com vocês. Sério mesmo. - Alex disse. - Mas somos muito novos para isso, talvez daqui alguns anos.
― As portas estarão abertas. - Érica disse se aproximando do grupo.
― Melhorem. - Manu disse aos espiões. - Nos vemos em casa. - disse à irmã.
Assim, todos os alunos do Isaac Newton começaram a se despedir dos espiões. Então, chegou a vez de Rubens.
― Você vai voltar para São Paulo, não é? - Alex quis confirmar.
― Sim. - o jornalista. - Quando me mandaram entrevistar um garoto que impediu o colégio de ser explodido, imaginei que estavam brincando comigo ou que poderia ter sido um golpe de sorte. Hoje, vejo que não foi nenhum dos dois. Você mandou muito bem lá hoje, garoto. - Rubens elogiou. - Você realmente tem um futuro brilhante.
― Obrigado. Boa viagem. Prometo que vou ler mais suas reportagens. - o garoto disse e, após um aperto de mão, foi até os Detetives Virtuais. - Vocês são incríveis.
― Você também. - Kevin devolveu.
― Quem sabe não trabalhamos juntos um dia de novo. - Vick disse e Jess se aproximou ao ouvir a conversa.
― Lembro de ter lido que o Alex tinha uma equipe que o ajudava em sua luta contra a Future Ideas. Acho que eram vocês que a história citava. - a morena do futuro disse.
― E graças a vocês, desta vez, nós pudemos vencer o vírus antes de ser espalhado. - Frank observou.
― Estou ansioso para que chegue o dia em que trabalharemos juntos novamente. - Alex disse e foi até as mulheres do futuro. - Vocês mudaram minha vida.
― E você, as nossas. - Jess disse. - Não temos como agradecer o suficiente, mas talvez isso ajude. - a morena disse e o beijou na bochecha.
― Sim, isso ajuda. - Alex disse e Jess olhou para Nanda.
― Oh, que seja. - a loira disse e também o beijou.
― Você continua cheirando bem. - o adolescente a elogiou, mas foi ouvido por Manu que o puxou para longe.
― Vamos, Alex, está na hora de ir. - ela disse.
Devido aos ferimentos de batalha de Maurição, Rob ficou de levar as crianças de volta ao colégio. Os espiões remanescentes ficaram repousando até a hora do almoço. Após a refeição, o jornalista fez um comunicado.
― Mas já? - Zé perguntou.
― Sim, realmente preciso ir. - Rubens repetiu.
― Obrigado pela ajuda. - o espião disse.
― Obrigado você por me deixar participar dessa grande aventura. Mas da próxima vez, vamos apenas tomar uma cerveja e conversar como pessoas normais. - o jornalista disse e arrancou risos dos outros.
― Anotado. - o Agente Z disse e abraçou o novo amigo.
― Desculpe se quase estraguei sua conspiração temporal. - Rubens disse às mulheres do futuro.
― Não há do que se desculpar, você foi tão importante quanto o Zé e o Alex. Eu o julguei errado, jornalista. - Nanda devolveu.
― Tudo bem. Você não foi a primeira e não será a última. - o paulista disse e se dirigiu à saída da sala.
― Rubens! Espera! - Érica chamou e o alcançou. Deu-lhe um beijo na boca, que não teve língua, mas durou alguns segundos. - Eu precisava fazer isso. - ela disse.
“E assim deixei a bela Curitiba, umas das melhores capitais que visitei. Como toda cidade possui taxa de violência e criminalidade, mas também tem seus protetores. O fato de um jogo ter quase sido usado para controlar os eletrônicos do planeta mostra como somos vulneráveis à tecnologia. Não seria bom aprendermos a viver sem ela, para o caso de o pior acontecer? Afinal, nunca se sabe quando um supervilão vai surgir.”
Rubens Fonseca.
― A matéria está muito boa. Isso explica porque precisou ficar mais tempo. - o editor disse. - Só tenho uma pergunta.
― Qual é, chefe? - o jornalista quis saber.
― Cadê a entrevista com o Alex? - Beneton perguntou.
― Ah, isso. Bom, sabe o que é? - Rubens começou e gaguejou um pouco.
― Você esqueceu, não foi? - a veia da testa do mais velho começou a vibrar.
― Chefe, acabei de lembrar que tenho um importante compromisso agora. - o jornalista disse e saiu rapidamente da sala.
― FONSECA! - Beneton gritou para todo o andar ouvir e então baixou o tom e falou apenas para si. - Se você não fosse meu melhor repórter...
Carla passava, quando Rubens andava apressado, e foi puxada pelo braço por ele.
― Como foi? - ela quis saber.
― Ele lembrou. - ele respondeu. - Venha, vamos almoçar. Ele precisa esfriar a cabeça antes de me ver de novo.
― Mas, Rubens, são 9 da manhã. - a loira de cabelo curto retrucou.
― Lanche da manhã, então. - ele disse e notou que ela estava rindo. - O que foi?
― Nada, é só que algumas coisas nunca mudam. - Carla respondeu e os dois riram.
Em choque com algumas passagens do texto! :O
ResponderExcluirE a Manu tinha mesmo que tirar o Alex de perto da Nanda. O moleque tá pior que cão farejador!
;*
Para quem foi quase morto receber um beijo da Erika.
ResponderExcluirNada mal.