sexta-feira, 29 de junho de 2012

Você fala com estranhos?

Uma das recomendações que todo pai e mãe faz para seus filhos pequenos é: "Não fale com estranhos!". Eu sempre obedeci, mesmo agora depois de grande. O problema é quando os estranhos falam comigo. Sério, eu estou parado, quietinho no meu canto e de repente, alguém fala comigo. E não é nenhuma gatinha querendo saber o que vou fazer no fim de semana, não. É alguma pessoa com quem eu nunca falaria e que provavelmente vai me pedir informação ou falar sobre o tempo.


Hoje, por exemplo, uma tia chegou e me perguntou se tal ônibus ia pra tal lugar, eu respondi e, como era o mesmo que eu ia, ela ficou atrás de mim na fila. Acontece que bem o próximo ônibus resolveu atrasar e atrapalhar a vida de todos. Então, a tia começou a puxar conversa "Ta demorando, né?", e eu "É...".
Houve mais umas três vezes de diálogos semelhantes, até que ela encontrou outra tia para conversar.

Eu acho que daqui para frente, os futuros pais deveriam falar com os estranhos também, para que eles não falem com seus filhos, pode estressá-los. Eu farei isso.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

E quando estará bom?

Acredito que toda pessoa passa por certas fases na vida em que necessitam de aprovação e sofrem cobrança. E por mais diferentes que as pessoas sejam, as tais fases são bem parecidas. Usarei o meu exemplo, mas tenho certeza de que você irá se identificar em alguns trechos.

De 5 a 10 anos, eu precisava comer bem, escovar os dentes após as refeições e antes de dormir, tomar banho e ir bem na escola. Não é um período que você deseja que acabe, mas também não é o mais liberal. Durante a adolescência, a cobrança é maior nos estudos. Eu sempre tinha que tirar a nota máxima (não que acontecesse sempre...). Se tirava 8: "Por que não tirou 9?"; se tirava 9: "Por que não tirou 10?"; e quando tirava 10: "Não fez mais que a obrigação!".

Tudo isso, porém, foi apenas uma preparação para o vestibular. Uma vez que eu passei, as coisas mudaram um pouco... um pouco. Minha mãe já não ligava mais para as notas, afinal se eu consegui entrar num curso de uma universidade federal, algum crédito eu merecia. O problema passou a ser: eu me tornei maior de idade e precisava trabalhar para ganhar dinheiro (no caso, estágios). Infelizmente, durante longos 5 anos, eu não consegui nenhum estágio remunerado. Posso dizer que essa fase foi beeeeeem longa.


Então, eu me formei e já dá para adivinhar a próxima cobrança, né? Sim, eu devia arranjar um emprego. Mas para mim, nada é tão difícil que não possa ficar pior (momento vítima e coitadinho). Depois de um longo ano procurando emprego e aguentando o clima aqui de casa (nota: moro com minha mãe e padrasto), eu consegui um trabalho. As coisas melhoraram, mas não tanto. Não é o emprego e nem o salário dos meus sonhos. Uma de minhas ambições prioritárias é morar sozinho e sair daqui. Para isso, preciso ganhar mais e para ganhar mais, preciso de outro emprego, que já estou à procura a mais de um ano.

Foi lembrando de tudo isso que hoje pensei: "Poxa, nunca está bom. Cada vez que eu consigo algo, ainda falta mais coisa." Depois de ponderar tudo ao meu redor, pesar os prós e os contras, finalmente, eu descobri a solução e quando tudo estará bom: só ganhando na mega-sena ^^'.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Como lidar com fones de ouvidos?

Tenho certeza de que você já esteve em um ônibus no qual havia alguém escutando música alta. Desde que se tornou fácil e prática a aquisição e reprodução de músicas em celulares, quase todas as pessoas têm acesso a isso. Eu só não entendo por que algumas não têm acesso aos fones de ouvidos.

É incrível! A pessoa está ali, seja sozinha ou em grupo, e liga a música no celular, sem fone, no maior volume, obrigando todos a ouvirem. Antes, eu não usava meu celular para ouvir música nos ônibus, mas aí o meu mp4 pifou e não tive outra opção. Eu ficava pensando: "Será que quebrou o fone do celular dele (a)?". Afinal, não é em toda loja que tem o fone específico para cada celular. Uso o meu há mais de um ano e, na boa, é muito difícil quebrar ou estragar um fone de celular. Isso quer dizer que eles fazem de propósito e não estão nem aí se incomodam os outros. Eu preciso de um carro. ^^'




Bom, agora falarei sobre o uso do fone de ouvido, já que até agora falei da falta dele. Todo dia durante as minhas "viagens" para o meu local de trabalho e de volta para casa, eu vejo muitas mulheres bonitas, mas a maioria delas usa fones de ouvido (ainda bem que não são como os "sem noção" do parágrafo acima). E isso gera um problema: como posso começar uma conversa com ela? Eu terei que interrompê-la enquanto ela está curtindo aquela música e pensando na vida, fazê-la tirar pelo menos um dos fones para ouvir o que eu tenho a dizer. É muita responsabilidade.


Enfim, para ambas as situações acima, eu adoto a mesma solução: coloco meus fones de ouvidos, ligo meu som num volume mediano (alto para mim e inaudível para os outros), fecho os olhos e sonho com uma vida perfeita... pelo menos até eu ter que descer.

domingo, 24 de junho de 2012

Você tem medo das sombras da noite?

Pois deveria, especialmente se o dono de tal sombra for o Johnny Depp. Em seu último e mais recente filme lançado, Dark Shadows (Sombras da Noite), ele interpreta nada mais nada menos que um vampiro. E um dos melhores que eu já vi. Vamos à trama.


A história começa no passado com uma breve introdução que é basicamente assim: Barnabas Collins (Depp) é um garoto rico e desperta a paixão de uma de suas criadas, que é uma bruxa. Ele se apaixona por outra mulher e, ao saber disso, a bruxa a faz pular de um penhasco. Ele tenta impedir e, sem sucesso, pula também, mas devido a uma maldição feita pela bruxa, ele se torna um vampiro. 

Com a ajuda da bruxa, a cidade inteira descobre que Barnabas é um vampiro e, por isso, eles o trancam em um caixão acorrentado e o enterram. Dois séculos depois, ele é desenterrado e volta para a mansão Collins atrás de sua família. 


Ao se encontrar com os novos membros da família e se ver em uma nova época, ele tem que aprender a se adaptar. Barnabas também descobre que a bruxa ainda vive e é a dona da empresa rival de sua família, que está beirando a falência.

O filme é cheio de detalhes e cenas engraçadas. Há uma mistura de todos os misticismos: vampiros, bruxas, lobisomens, fantasmas. E foi feito de uma maneira incrível. O elenco é de alto nível, a começar pelo próprio Johnny Depp. Estão presentes também: Michelle Pfeifer, Helena Bonham Carter e Chloe Grace Moretz (a HitGirl de KickAss). Não há opção em 3D. Para os amantes do rock, Alice Cooper faz uma participação mais do que especial.

Acho que dá para classificar como um terror/comédia da mais alta categoria. Esse eu recomendo!!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Você já parou para pensar?

Tenho certeza de que já ouviu alguém falar "para e pensa" ou algo parecido. Com base nisso, eu realmente parei para pensar nessa expressão. Então, você está no meio de uma conversa e a outra pessoa te diz isso e você faz, você para para pensar, os dois ficam em silêncio, o tempo passa e uma situação inédita acontece. É até bom que isso não funciona desse jeito, afinal, já parou para pensar se a pessoa demora muito para pensar? Não pare! Continue lendo.

Falando em pensamentos, tem outras duas expressões interessantes a respeito. Por acaso, você já teve a consciência pesada? Se sim, você pôs a mão na consciência? (quantas vezes eu já ouvi isso ^^) 
Partindo da primeira, como eu vou saber se a minha consciência está pesada? Eu tenho um peso de referência para comparar? E se a minha for normalmente mais pesada que a sua?
Dizem que a consciência fica na cabeça, se é assim, não deveríamos sentir a cabeça mais pesada ou dores de cabeça para dessa maneira sabermos que a consciência está pesada?


Resolvendo essa questão, é preciso "pôr a mão na consciência". Mas como vou fazer isso se ela está dentro da minha cabeça??? Se ainda estivesse no cabelo, seria mais fácil. E o que será que acontece ao fazer isso? Será que nossas mãos tem algum poder mágico sobre a consciência que faz ela ficar mais leve? Sendo assim, pode-se dizer que as mãos são emagrecedoras de consciência. 

Existem muitas expressões assim, que dizemos por puro costume e algumas são bem engraçadas, se você parar para pensar... Tudo bem, pode parar para pensar agora. Eu também vou. 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Você já esteve em um acidente de ônibus?

Eu já. Hoje, aliás. Mas calma, está tudo bem e mesmo porque, se não estivesse eu teria dito ontem, semana passada, mês passado ou em outra vida, caso eu tivesse morrido e estivesse usando energia espiritual para escrever esse post. Não é o caso. O acidente que presenciei não é o representado na figura abaixo, tanto que não foi dessa maneira e nem com essa linha e tipo de ônibus que aconteceu. 


Eis como foi: estava eu no fundo de um dos ônibus biarticulados, muito comuns aqui em Curitiba, quando o veículo foi freado de um modo intenso como eu nunca havia sentido antes em toda a minha vida. O ônibus não estava tão cheio, mas tinha bastante gente em pé. No momento da freada, eu me segurei forte na barra em que eu já estava segurando e me firmei até que o veículo parasse. Nesse meio tempo porém, um senhor que estava sentado nos últimos bancos praticamente voou sobre mim. Entretanto, eu me mantive firme e segundos depois o ônibus parou. 




A origem do acidente, pelo que pude perceber, foi um carro que passou no sinal vermelho para ele e surgiu na frente do ônibus em que eu estava, que, apesar da freada, acertou veículo menor na frente e o girou na rua. Depois de tudo em velocidade zerada, os passageiros do ônibus tiveram que sair e esperar o próximo. Como eu ainda iria fazer conexão e pegar outro, dois tubos adiante, e este ficava a umas 8 quadras dali e estava garoando e com muito trânsito, decidi não esperar e fui andando. "Surpreendentemente", Murphy novamente não estava do meu lado hoje e ao chegar no tubo ainda tive que esperar uns dez minutos para que meu ônibus chegasse, mas essa já é outra história.


Acidentes de trânsito são mais recorrentes do que se imagina. Todos os dias ocorrem acidentes como esse. Eu ficava pensando: "Caramba, que doido isso. Como pode acontecer algo assim?". Bom, eu ainda penso, mas minha perspectiva mudou um pouco agora que estive do outro lado. Não fui apenas um ouvinte da notícia, eu a vivi. Não posso fazer muito para mudar, mas deixo meu relato aqui para você que dirige, ou vai dirigir um dia, tome cada vez mais cuidado, pois um acidente não vem com um aviso de antecedência, ele simplesmente acontece.

domingo, 17 de junho de 2012

Você gostou do final dos contos?

As séries de contos do blog acabaram (ufa, finalmente hein...). Quando tive a ideia de criar 5 séries e escrever um capítulo para cada uma semanalmente, não imaginei que seria tão exaustivo. É bem verdade que quando comecei eu já tinha três ou quatro capítulos moldados em minha mente, mas em alguns momentos eu não sabia como prosseguir e por causa disso tiveram capítulos mal escritos e chatos. Eu queria que os leitores se apegassem em pelo menos uma das séries e a seguisse, mas sei que nem todos conseguiram fazer isso. O formato de 20 a 24 capítulos talvez tenha prejudicado o acompanhamento, mas em algumas séries eu poderia escrever muito mais. Enfim eles acabaram e eu poderei descansar minha cabeça, por um tempo, pois pretendo voltar a postar contos semanais em setembro. Agora, vou tratar das séries finalizadas e das enquetes que foram feitas.

Zé Mané: a mãe das outras séries. Sem essa, não haveria a parte de contos do blog. Infelizmente, essa foi uma das que me perdi e cheguei a me desanimar, mas encontrei o caminho novamente para que ficasse boa. Logo no início criei uma enquete para saber a preferência dos leitores sobre os contos, mas percebi que deveria ter demorado mais para fazê-la, pois ao longo do tempo os votos mudaram e a ordem final ficou bem diferente da inicial. Zé Mané, por exemplo, foi o mais estável, ficou boa parte do tempo em primeiro lugar, mas com o avanço de outras séries, ele caiu para segundo e ali terminou com 6 votos.

Tudo Por Uma Notícia: diferente das outras, essa série não contém uma trama única. O formato dela consiste em histórias curtas representando as matérias do personagem principal, que é um jornalista. No fim porém, eu criei uma história que trazia dois vilões passados e também uma aliada da primeira matéria dele. Nos comentários, muitos elogiavam e a série chegou a ficar em segundo lugar, mas não sei o que houve (e eu me surpreendi muito com isso), ela acabou ficando somente com 2 votos, em último lugar na enquete. Sim, perdeu até mesmo para A Maga Estilista, série interrompida, que aliás ficou em terceiro lugar com 4 votos.


A Arte De Roubar: essa tinha tudo para ser a série preferida dos leitores. E foi por algum tempo, chegou a ficar na frente de Zé Mané inclusive, mas foi também a série que eu mais me perdi. A falta de ação até a metade da temporada, apesar de necessária pelas informações, foi crucial para isso. E também quando chegou a hora do "vamo ver", sei que não correspondi as expectativas. Juntamente com Tudo Por Uma Notícia, perdeu para A Maga Estilista e ficou com 3 votos.

Popularidade: a série mais votada e com a qual mais me surpreendi. Não achei que uma historinha de adolescentes fosse acabar em primeiro lugar da enquete. Se querem saber, teve épocas em que ela tinha apenas dois votos, mas no fim fez jus ao seu nome e se tornou a mais popular. Essa é uma que eu deixei de escrever muita coisa para não ficar uma leitura cansativa. Mas devido ao resultado da enquete, creio que resumi bem. Ela fechou com 8 votos.

Cesca: a que veio para incrementar o grupo e depois substituir a que foi interrompida. Confesso que eu gostei de escrever cada capítulo dessa série, o que não aconteceu com as outras. E, talvez por isso, ela tenha ficado tão boa. Apesar da falta de ação em alguns capítulos, sempre havia algo que inspirava a curiosidade do leitor para o próximo capítulo. Ela não entrou na enquete, mas tenho certeza que teria batido de frente com Popularidade.

Para quem perdeu algum dos vários capítulos das séries, deixarei o link atualizado do post que fiz com todos os capítulos:
http://rickyoz.blogspot.com/2011/11/onde-tudo-comecou.html

Obrigado a você que acompanhou pelo menos alguns dos capítulos dessas séries!



sábado, 16 de junho de 2012

Popularidade - Capítulo Final da Temporada

A VERDADEIRA POPULARIDADE

Depois dos eventos do episódio das bombas, como ficou conhecido, a diretora Tulipa foi demitida e em seu lugar a professora Célia foi escolhida para a assumir o cargo. O colégio iniciou um processo contra os Timbrelago e às famílias de todos os garotos que ajudaram a plantar as bombas. Os alunos passaram a dar mais valor ao Isaac Newton, que era considerado como segunda casa para muitos deles. Alex e os membros do grêmio foram aclamados heróis por impedirem a destruição e falência da instituição no mesmo dia.
Uma cerimônia de homenagem foi preparada para os oito alunos. Apesar de toda a badalação, os afagos e cumprimentos, os sorrisos e acenos, Alex não estava com o humor que se esperava do herói do momento do colégio. Havia algo o perturbando e ele precisava se livrar daquilo antes do dia da homenagem, por isso ele convocou uma reunião extraordinária do grêmio.
— Então, Alex, sobre o que se trata essa reunião? – Diana perguntou.
— Tem algo me incomodando a algum tempo, desde que vencemos a eleição, para falar a verdade. E eu preciso contar para vocês. – ele disse.
— Desembucha, Alex. Estamos perdendo o recreio. – Paty pediu.
— O real motivo para eu ter decidido concorrer ao grêmio e querer ganhar tanto, foi a popularidade. – Alex revelou.
— Eu já sabia. – Diana disse.
— Não me surpreende. – Paty emendou.
— Sempre suspeitei. – Manu opinou.
— Sério mesmo? – Ciano perguntou sem acreditar.
— Eu não entendo. – Solano disse.
— Bom, as opiniões foram mais diversificadas do que eu imaginava. – Alex comentou.
— E por que você queria tanto ser popular, Alex? – Caramello perguntou.
— Quando foi dito que haveria eleições para o grêmio, eu estava sem amigos e sem ânimo para nada. Achei que ser popular me ajudaria com isso. – ele respondeu.
— Essa é a maior mentira de todas. – Solano disse e atraiu todos os olhares. – Ser popular não significa ter amigos. Posso contar nos dedos os que tenho e nenhum deles é do time de futebol. Para falar a verdade, esses amigos são vocês. – o jogador revelou e emocionou os outros membros.
— Sinto-me da mesma forma, Solano. Na verdade, eu consegui o que eu queria antes mesmo de vencer a eleição: amigos. Os melhores que eu poderia ter. – Alex disse. – A diretora Célia quer que eu discurse na cerimônia de homenagem, mas eu não conseguirei falar como o herói que eles pensam que sou se não me sinto como tal. – ele desabafou.
— Pois pode começar a se sentir um herói, porque é o que você é. E nós somos... hum... sua equipe de heróis. – Manu se levantou e disse.
— Eu gosto do título. – Hugo se pronunciou.
— E lembre-se: somos seus amigos, pode sempre contar com a gente. – Caramello disse e também levantou.
— Falou e disse, maninha. – Ciano se dirigiu a Caramello. – Estamos aqui para o que der e vier, Alex. – ele concluiu de pé.
— Viu? Não há por que ficar assim. Você tem amigos. – Manu tranquilizou o presidente do grêmio, com todos levantados.
— Então, agora que já resolvemos a crise existencial do Alex, podemos ir aproveitar o resto do recreio? – Paty perguntou e todos riram.
— Podemos sim, Patricinha. – Alex respondeu com um sorriso para a garota, que sorriu de volta.


No dia da homenagem, foi montado o mesmo tablado do dia do resultado da eleição do grêmio. Dessa vez havia oito cadeiras, uma para cada membro do grupo salvador do colégio. A professora e diretora Célia começou a falar.
— Hoje estamos aqui para homenagear os membros do Grêmio Estudantil Abalo Sísmico. Por seus feitos no episódio das bombas. Agora vamos ouvir o presidente do grêmio, Alex. – a professora Célia disse.
— Primeiro, gostaria de agradecer essa homenagem. Eu e meus amigos apenas fizemos o que achamos certo. Não sabíamos que teria essa repercussão toda. Não sei se eu teria coragem de fazer o que fiz, no começo do ano. Eu estava perdido e quando as eleições do grêmio tiveram início, vi a oportunidade perfeita para ser popular e conhecido, como acabei sendo, mas no caminho encontrei uma popularidade diferente e melhor da que eu procurava. – Alex falou e pausou um momento. – Eu encontrei a verdadeira popularidade: a amizade. Amigos era tudo o que eu sempre quis e hoje eu os tenho. E foi com a ajuda deles, com a grande ajuda deles que o Isaac Newton não explodiu aquele dia. Logo, são eles que merecem os agradecimentos hoje. Obrigado, meus amigos. – Alex finalizou e olhou para os outros sete membros do grêmio.
Quando Alex voltou para o lugar dele, Manu o encontrou no meio do caminho e o abraçou forte. Ao se separarem, ela falou.
— Estou muito orgulhosa de você.
— Quer saber? Pela primeira vez esse ano, eu também estou. – ele disse e sorriu, enquanto os outros chegavam para abraçá-lo.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A Arte de Roubar - Capítulo Final da Temporada

SOZINHO

Com todos reunidos no centro de operações, Joel pôde explicar o que seis pastas executivas estavam fazendo em cima da mesa de discussões.
— Depois de uma longa noite analisando e avaliando, chegamos a um valor. Dividindo tudo por 6 menos os 5% do Sr. Barton e arredondando ao máximo os centavos, ficou 75.356 reais para cada um. – Joel informou.
— Uau! – Facada exclamou e uma série de assobios e exclamações se seguiram.
— Cada pasta contém essa quantia exata. Quero que cada um pegue uma pasta, abra e dêem uma olhada geral. – Joel pediu.
— Não é necessário, Joel. – Bomber disse.
— Eu insisto. – o líder falou.
E assim eles fizeram. Não demorou muito para todos concordarem, com um largo sorriso no rosto, que estava tudo certo.
— Fico muito feliz que a primeira operação tenha sido um sucesso. Espero que as outras também sejam. Aproveitem seu descanso. Se me dão licença. – Barton falou. – Joel, posso falar com você? – ele pediu.
O empresário e o líder do grupo saíram, enquanto os outros aproveitaram para se despedir.


— Bom, galera, a gente se vê em duas semanas. Por favor, não me liguem. – Bomber pediu e os outros riram. – Até mais.
Facada e Técno Léo fizeram a mesma piada e saíram, deixando Charger e Taís a sós.
— Sabe, eu não vou me importar se você me ligar nesse período de descanso que iremos ter. – ela disse e se aproximou do rapaz.
— Que bom, porque era o que estava pensando em fazer. – ele devolveu.
— Então, eu estava pensando, que tal esticarmos a noite um pouco hoje, hein? – ela perguntou e o beijou.
— Hum, hoje não. – ele disse desvencilhando-se dela. – Preciso falar com o Joel. Mas não se preocupe, eu sei onde você mora. – ele piscou e a beijou.
— Até mais. – ela se despediu e saiu.
Quando Charger deixou o centro de operações, encontrou Joel vendo o financiador da equipe ir embora.
— Queria falar comigo, Joel?
— Sim, mas antes me ajude a fechar a mecânica.
Logo eles fecharam o centro de operações e se puseram a caminho de casa. No ponto em que teriam que se separar, eles pararam.
— Vou precisar da sua ajuda antes que as duas semanas se acabem. – Joel disse. – Sei que é pedir muito, mas não vou conseguir fazer sozinho.
— Ei, somos uma equipe, lembra? – Charger disse. – Um ajuda o outro. Você nunca estará sozinho.
— Obrigado, amigão. – Joel disse. – Eu te ligo.
— Cuide-se, Joel.
Ao chegar em casa, o líder do grupo colocou a pasta com sua parte do dinheiro embaixo de uma das almofadas do sofá e sentou em cima. Ele olhou para o lado e pegou o porta-retrato que estava na mesa de apoio. Ele viu sua mulher e filho e se lembrou de que estava sozinho em casa, que eles não tinham saído e logo voltariam. Dessa vez, a saída iria demorar.
Para passar o tempo, ele decidiu ocupar a cabeça e conhecer melhor seu próximo alvo de roubo. Ele sentou e ligou o computador. Utilizando um site de busca, ele começou a ver tudo que havia disponível sobre o local da segunda operação: o Museu Oscar Niemeyer, também conhecido como o Museu do Olho, de Curitiba.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Cesca - Capítulo Final da Temporada

APENAS O COMEÇO

Por horas Cesca e Martiniani conversaram. Enfim chegaram a um acordo. Foi difícil convencer Marco que a guerra entre as duas famílias era sem sentido, que nenhuma das duas precisava do tesouro, financeiramente falando, mas que era dos Cesca por direito. Carpo ajudou na argumentação e foi elogiado e citado mais de uma vez por Marcelo Martiniani, que também estava lá.
Ana insistiu para ficar, assim como Glória e Lucy. Bárbara foi ao hospital com seu pai, sendo acompanhada por Bruno Martiniani. Foi estipulado que seria extinta a rivalidade entre as famílias. Os Cesca ficariam com tudo que lhes era de direito e os Martiniani iriam arcar com as despesas do hospital resultante do combate recente.

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— Ele vai ficar bem. – a médica informou quando todos já estavam no hospital. – Entretanto houve algumas complicações e ele precisará usar muletas por um tempo, e talvez uma bengala permanentemente. – ela avisou.
— Que complicações? – Bárbara quis saber.
— O joelho direito foi atingido por um dos projéteis, por isso é necessário absoluto repouso nos primeiros dias. – a doutora explicou.
— Podemos vê-lo, doutora? – Giovanni perguntou.
— Claro. Dois de cada vez, por favor. Sigam-me.
Giovanni e Bárbara seguiram a médica até o quarto onde Toni estava.
— Como está o ombro, Ana? – Carpo quis saber.
— Melhor, doendo um pouco, mas melhor. – ela respondeu.
— Ei! Isso quer dizer que vamos ficar na Itália até o tio Toni melhorar, certo. – Lucy perguntou empolgada para sua mãe que foi observada pelos outros.
— Bom, hã... – ela começou e pensou um pouco. – É, vamos sim! – ela confirmou e Lucy vibrou.

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Duas semanas se passaram e os irmãos Martiniani ofereceram um de seus iates para que os Cesca aproveitassem o fim de semana no mar.
— Ainda não acredito que estamos num iate dos Martiniani e que não somos mais inimigos. – Toni comentou, enquanto ele e Giovanni se dirigiam para o sofá na popa da embarcação.
— A vida é cheia de surpresas, meu irmão. – o mais velho disse.
Glória e Lucy estavam no topo do iate, sentadas a uma mesa colocada lá e embaixo de um guarda-sol. Bárbara e Ana se bronzeavam no espaço destinado a esse propósito na proa. Carpo estava apoiado num beiral a bombordo observando o mar azul. A carateca da família desceu para ir ao banheiro.
— Sua mãe está aí em cima, Lucy? – Giovanni perguntou ao vê-la descendo a escada.
— Está sim, tio. – a menina respondeu.
— Eu preciso falar com ela. – ele disse e subiu assim que Lucy desceu.
Antes de ir para o interior do iate, a menina viu Carpo sozinho e decidiu ir falar com o rapaz.
— É lindo, não é? – ela disse, ficando do lado dele.
— Ah, que susto, Lucy! Não faça mais isso. – ele disse inicialmente e respondeu. – Mas sim, é lindo demais.
— Sabe o que mais é lindo? O amor. – vendo que Carpo não entendeu sua insinuação, ela foi direta. – Você devia falar com ela.
— Ela quem? – ele se espantou.
— Isso é com você, mas fale. – Lucy disse, piscou e saiu.


Com biquínis apropriados deixando seus corpos exuberantes ainda mais atraentes, as duas primas mais novas se bronzeavam.
— Estou com sede. – Bárbara disse, sentando-se. – Vou pegar algo para beber, você quer? – ela ofereceu para Ana.
— Quero sim, obrigada. – a veterinária agradeceu e a outra foi em direção  a uma mesa com bebidas que havia perto delas.
Com os olhos fechados, Ana notou que uma sombra a encobria tapando o sol. Abandonou seu repouso ótico e viu Carpo parado a sua frente.
— Podemos conversar? – ele perguntou e em seguida eles foram na parte mais extrema da proa. – Sabe, acho que devíamos ter tido essa conversa bem antes. – o economista começou. – Não devíamos ter ligado para a chamada no aeroporto, nem nos intimidado pelos outros passageiros no avião ou mesmo, por suas primas depois. – ele continuou de modo nervoso. – Mas talvez isso tenha ajudado e não só atrapalhado.
— Aonde você quer chegar, Carpo? – ela apressou.
— Olha, isso é difícil para mim, eu estou tentando encontrar as palavras certas, mas não é todo dia que eu me declaro par... – ao ouvir essa última parte, Ana entendeu tudo o que ele estava tentando dizer e não precisou de mais nada para fazer o que há muito queria: beijá-lo.
O que, inicialmente, foi um beijo de surpresa se tornou um beijo correspondido e teria durado mais, não fosse os aplausos e gritos da “platéia” presente no iate.
— Até que enfim, hein! – Lucy gritou e assobiou, de volta do banheiro, com Glória e Giovanni.
— Dêem a volta! Precisamos conversar. – o pai de Ana chamou.
— Ixi! Você não devia ter me beijado. – Carpo murmurou.
— Não acredito que ainda tem medo do meu pai. – Ana comentou.
Com todos reunidos e acomodados, Giovanni começou a falar.
— Primeiro, gostaria de dizer que fico feliz que vocês estejam juntos. – ele disse para Ana e Carpo. – Você provou ser um homem de valor, rapaz. – Carpo assentiu. – Segundo, Toni e eu decidimos que está na hora de reunir a família novamente. Para tanto, duas partes teriam que se juntar a uma a fim de ficarmos todos no mesmo lugar. – ele disse.
— Curitiba foi a escolha lógica. – Glória continuou. – São Paulo já tem muita gente e a fazenda do tio Giovanni é longe de tudo. Já há algum tempo que quero abrir outra filial da empresa.
— Presumo que em seis meses, no máximo, esteja tudo pronto para nos mudarmos. – Giovanni supôs.
— Seis meses? – Carpo e Ana perguntaram ao mesmo tempo.
— É claro que você pode ir antes, minha filha. Procurar um emprego. Seu tio ficará muito feliz em recebê-la. Não é, Toni? – Giovanni disse.
— Com certeza. E será uma ótima oportunidade para você e Bárbara se conhecerem melhor. – Toni disse.
— E então, o que acham? – Glória perguntou.
— Eu acho que esse é apenas o começo de uma nova era. – Ana disse com um largo sorriso no rosto se sentindo mais feliz do que jamais havia estado em toda sua vida.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Tudo Por Uma Notícia - Capítulo Final da Temporada


TUDO POR UMA BOA NOTÍCIA

“Aconteceu tudo muito rápido. Num momento, vi a arma sendo apontada para mim e no instante seguinte, Kaluana me empurrou e levou o tiro em meu lugar. E tudo porque o meu plano, que não falhou, tardou.”
— KALUANAAAAA! – Rubens gritou e segurou a índia antes que ela caísse no chão.
— Rubens... você está bem? – ela perguntou com a voz fraca.
— Sim, eu estou e você também vai ficar, viu? – ele prometeu e uma lágrima caiu de seu olho, enquanto a índia desmaiava.
— Índia intrometida, fez eu inverter a ordem. Tudo bem, os dois vão morrer mesmo. – Krok falou mirando a arma para Rubens novamente.
— Desculpe, Carla! – o jornalista disse para a amiga e fechou os olhos, esperando o fim.
Quando Krok foi apertar o gatilho, as janelas foram quebradas e o barracão foi invadido por bombas de gás que infestaram o cômodo, fazendo todos os presentes desmaiarem. Antes que Rubens pudesse sofrer os efeitos do vapor, uma máscara foi colocada em seu rosto por um dos soldados que entrou após o lançamento das bombas.
“Muito bem, hora de eu explicar alguns pontos. Assim que vi o vídeo que o Krok me mandou pelo celular da Carla, fui até a casa do meu amigo, Leonel Macedo, que é um Coronel do Exército Brasileiro. Após tudo explicado, eu sugeri um plano, que foi bem aceito. Eu entraria sozinho no barracão, enviaria um sinal através de um relógio especial que ele me deu e tudo se resolveria rapidamente.
“Kaluana queria participar mais e até mesmo entrar comigo. Relutante, eu arranjei uma parte para ela. Chegamos mais cedo e, de longe, pudemos ver uma janela bem no alto do barracão, no lugar onde seria o andar superior. Foi assim que ela entrou e surpreendeu Everest. O grande problema, que eu só fui descobrir depois, era que a estrutura do barracão causou interferência no sinal emitido pelo relógio que eu usei. Por isso, meu amigo e sua equipe só entraram quando ouviram o tiro e meu grito na sequência.”

A ambulância chegou logo e levou Kaluana para o hospital mais próximo. Rubens fez questão de ir junto. Assim que chegaram, a índia foi imediatamente para a cirurgia, já o rapaz foi atendido no pronto socorro. Enquanto Rubens aguardava o término da operação de Kaluana numa sala de espera, Leonel chegou com Carla.
— Rubens! – ela correu até o amigo e o abraçou.
— Você está bem? – ele perguntou ao se separarem.
— Estou, e você? Foi medicado? – Carla quis saber.
— Sim, agora só estou esperando a cirurgia da Kaluana acabar e...
— Oh, meu Deus! Kaluana! Ela foi baleada, não foi? – Carla disse lembrando o que houve no barracão. – Espero que ela fique bem. – a moça disse e abraçou o amigo novamente.
— Obrigado por trazê-la e por tudo o que você fez hoje. – Rubens disse ao amigo sem se separar de Carla. – Você salvou minha vida de novo hoje.
— Eu aceito os agradecimentos, mas quem te salvou hoje foi aquela índia e não eu. – o Coronel Macedo disse. – Eu já vou indo, liga se precisar de algo. – ele disse dando um tapa carinhoso no ombro do jornalista e saiu.
— Obrigado, Leonel. – Rubens agradeceu novamente e sentou com Carla ao seu lado.
“A cirurgia acabou e o doutor veio nos informar. Ele disse que nenhum órgão vital foi atingido e por isso Kaluana ia ficar bem. Ela recebeu um sedativo que a manteria inconsciente até o dia seguinte e, é claro que, eu passei a noite ao lado dela. Tive que insistir muito para Carla ir para casa, afinal ela havia passado por muita coisa naquele dia e merecia uma boa noite de sono.”
Pouco antes do amanhecer, a jovem índia acordou e viu o jornalista cochilando na poltrona de visitantes.
— Rubens? – ela chamou e ele acordou sobressaltado.
— Kaluana! – ele respondeu e foi até ela. – Você acordou. Como se sente?
— Com um pouco de dor ainda. O que houve? Onde estamos? – ela perguntou.
— Num hospital, mas amanhã, eu explico melhor. Volte a dormir.
— Ta bom. – ela concordou e adormeceu novamente.
O sol nasceu e, com ele, vieram Carla e Beneton, o editor chefe do jornal Terra da Garoa. Rubens ficou contente ao vê-los. Kaluana passou o resto do dia em observação no hospital, apenas de tardezinha foi liberada com um monte de restrições médicas. Os dois jornalistas cuidaram da índia e mostraram a cidade grande para ela, como Rubens havia prometido.
“E a pergunta que não quer calar é: o que aconteceu com os caras maus? O flagrante por si só já daria uns bons anos de prisão para os dois traficantes e o político corrupto, mas o relatório detalhado do Leonel reforçou essa ideia. Ele me disse que eles foram condenados e sentenciados a longos demorados 25 anos por tudo o que fizeram. Só nos resta esperar para todos esses anos de prisão sejam mesmo cumpridos.
“Duas semanas se passaram e Kaluana decidiu que era hora de voltar para casa. Eu não tive palavras para agradecê-la por tudo que ela fez por mim e ainda não tenho. Eu já tinha até me acostumado com a presença dela ali. É uma pena, realmente, mas era para ser assim. O lado bom é que já sei onde irei passar minhas próximas férias.”

                                                  Rubens Fonseca.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Zé Mané - Capítulo Final da Temporada

EQUIPE Z.É.

Dois meses se passaram desde a prisão de Jonas Parvo e da recusa de Zé em ser um espião. O rapaz aproveitou para passar bastante tempo com sua namorada, Duda. Ele queria ter saído mais com os amigos, mas estes sempre estavam ocupados com seus afazeres e missões de espiões. Notando a tristeza no olhar de seu amado, Duda decidiu conversar com Zé.
— Zé, você se arrepende de ter desistido de ser espião? – ela perguntou.
— Hã? Por que essa pergunta agora? – ele devolveu.
— Eu tenho visto que você está diferente e pensei que talvez seja por isso e então, estou certa?
— Bom, não digo que me arrependo, quer dizer, não sei se conseguiria ter tanto tempo para ficar com você, mas sinto pelos meus amigos. – Zé começou. – Eles gostaram da “brincadeira” e agora mal nos vemos. – ele lamentou.
— Zé, você gostou de ser espião? – Duda perguntou.
— Eu, bom... hã... – ele gaguejou.
— Sei que eu estava em perigo da outra vez, mas fora isso, o que você sentiu? – ela insistiu.
— Confesso que foi muito legal enfrentar o Parvo e vencê-lo em seu próprio terreno. – Zé disse com um riso. – Mas só de pensar que posso te colocar em perigo de novo...
— Shh! – Duda o interrompeu colocando o dedo em seus lábios. – O que aconteceu foi só porque eu não sabia o que eu podia falar ou não. Hoje, eu saberia que não devo falar para qualquer um que sou sua namorada. – ela disse se lembrando do que houve no shopping. – Olha, Zé, se você quiser ser um espião, eu vou te apoiar, mesmo que nós não possamos passar mais tanto tempo juntos, mas que quando pudermos você esteja feliz e alegre, é o que importa para mim. – a garota concluiu.
— Como você consegue ser tão perfeita? – ele perguntou de forma retórica e a beijou.

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— Você só tinha que fazer o que eu disse! – Érica disse quando estavam na sala de reunião. – Você sabe que pôs a missão toda em risco, não é?
— Não foi tanto assim. – Rob retrucou sentando no sofá.
— Não foi tanto assim? – ela repetiu gritando.
— Você é muito impulsiva, Érica. – Joca observou e pegou um suco.
— Ele tem razão. – Maurição emendou.
— Ah, estão todos contra mim, é isso? Ótimo! – ela disse nervosa e ao virar para a porta, viu Zé parado olhando-os.
— Eu acho que vocês precisam de um líder. – o rapaz disse.
— ZÉ! – todos exclamaram.
— Você voltou a ser um espião? – Rob perguntou.
— De que outra maneira eu estaria aqui? – Zé retrucou.
— Exato. – Krusma emendou aparecendo atrás do Agente Z. – E após ter feito os testes, ele está pronto para entrar para a equipe de vocês.


Numa bela tarde de quarta-feira, todos estavam reunidos na casa de Joca que passou a ser o quartel-general do entretenimento do grupo. Enquanto Érica ensinava o básico do jogo de RPG online do momento para Duda, os rapazes jogavam Mário Kart no Wii.
— Rá! Parece que Mário, Luigi e Donkey Kong não conseguiram vencer o poderoso Yoshi. – Zé disse gritando e gargalhando.
— Do que está falando? Você chegou em último na corrida anterior. – Rob lembrou.
— Não importa! O que importa é o agora, não o antes e nem o depois. – Zé filosofou e olhou para cima. – Vou pegar refrigerante. Alguém quer? – ele baixou a cabeça e perguntou.
Após as respostas afirmativas, ele foi até a cozinha, enquanto os outros foram esperá-lo na sala de jantar, onde as meninas estavam.
— Eu ainda não entendo por que o nome da nossa equipe é Zé. Ele ficou dois meses fora de ação. – Rob ponderou.
— Isso de novo, Rob? – Zé chegou com a garrafa e seis copos, e pôs na mesa. – Érica, quer fazer as honras? – ele ofereceu.
— É porque o Zé é o maior responsável pela existência desse grupo. Se ele não tivesse esbarrado em mim, nós não estaríamos aqui hoje. – a morena disse.
— E não é Zé, é Z.É.! Que significa Zé e Érica. – Zé emendou e nesse momento, o celular da jovem espiã tocou.
— Alô! – ela atendeu. – Aham, sim... sim... está bem. – ela disse e desligou.
— O que foi? – Joca perguntou.
— Nós recebemos uma missão nível C. Se a aceitarmos, devemos ir para a agência agora mesmo. – Érica avisou.
— Nível C? Só fizemos nível D até agora. – Maurição surpreendeu-se.
Todos olharam para Zé, que estava do outro lado da mesa, próximo à janela, esperando uma resposta. O rapaz por sua vez, olhou para Duda que assentiu com um sorriso. Ele ergueu a cabeça, encarou a todos e respondeu.
— Vamos nessa! Equipe Z.É. pronta para a missão. – ele disse e o grupo todo vibrou.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Popularidade - Cap. 23


ATO FINAL

— Você entendeu tudo? – Alex perguntou.
— Sim. – Hugo respondeu.
— Ótimo! Agora me dê seu canivete. – Alex pediu, enquanto os dois estavam observando os três carros estacionados, pela janela da sala de entrada do colégio. – Vamos.
Hugo abriu a porta da entrada principal e deu dois passos à frente. Alex saiu e deixou-se ficar atrás do amigo. O rapaz mais alto olhou para os lados e para o relógio do pulso, fingindo esperar alguém. Enquanto isso, o presidente do GEAS pulou do topo da escadaria e rolou ao atingir o jardim da calçada. Ele correu o mais rápido que pôde até ficar atrás do último dos três carros, a limusine. Hugo voltou para dentro do colégio e, após a porta fechar atrás de si, foi usar o telefone.
— Alô! É da polícia?
Agachado atrás da limusine onde estava o pai de Mauricinho, Alex abriu o canivete e o usou para furar os dois pneus traseiros do carro. Dentro do veículo, o Sr. Timbrelago sentiu uma vibração seguida de um barulho, mas só depois da segunda vez, ele foi ver o que era. Antes que pudesse encostar na porta, ela se abriu e um garoto entrou no carro.  
— Olá, Sr. Timbrelago, desculpe entrar assim, mas eu preciso muito falar com o senhor. – Alex disse ao se acomodar dentro do carro e fechar a porta.
— E você seria... ? – o empresário quis saber.
— Alexandre Lemos, muito prazer. – o rapaz disse estendendo a mão.
— Ah sim, meu filho falou muito de você. – o homem respondeu e apertou a mão do jovem. – Você é aquele que o socou e o humilhou na frente do colégio inteiro. – ele completou.
— Muito gentil do seu filho em lembrar-se de mim. – Alex zombou. – E ele também falou sobre o senhor. Só que não foi há tanto tempo assim. Agora a pouco para falar a verdade. Ele me disse que o senhor está com o dispositivo que pode detonar e desativar as bombas que foram plantadas no Isaac Newton. – o garoto informou.
— Entendi. E você veio até aqui me pedir para desativá-las. – o pai de Mauricinho supôs.
— Não, o senhor não entendeu. Eu vim aqui apenas lhe impedir de cometer suicídio. – ao ver a confusão no rosto do empresário, Alex sorriu e continuou. – Antes de entrar aqui, eu estava furando os dois pneus traseiros de sua limusine. O senhor até pode tentar colocar os estepes ou usar um dos outros carros para fugir, embora eu ache que eles tenham levado as chaves, mas eu não o aconselho a fazer isso, pois a polícia já foi chamada e deve estar aqui a qualquer minuto. – o presidente do grêmio concluiu.


O Sr. Timbrelago ficou pálido e surpreso com as palavras do adolescente que, tendo a mesma idade de Mauricinho, venceu não um, mas dois Timbrelago no mesmo dia. O empresário não conseguia entender como um garoto de 13 anos havia conseguido colocá-lo contra a parede daquela maneira.
Logo ele, Justino Timbrelago, o temor dos pequenos empresários e das corporações concorrentes; ele, que subiu na vida derrubando todos aqueles que o tentavam impedir; ele, que acendia seu charuto queimando uma nota de cem reais. Esse homem presenciava um momento inédito em sua vida: havia sido derrotado por uma criança.
— Meus parabéns, Sr. Lemos. – o empresário disse após analisar a situação e aceitar sua derrota. – Saiba que hoje você atingiu um feito grandioso. São poucos os que me derrotaram, entretanto devo lembrar-lhe que a partir de hoje você também conseguiu um poderoso inimigo. Tenha certeza, rapaz, nós vamos nos encontrar de novo e da próxima vez, você não vai se dar bem. – Timbrelago ameaçou.
— É, é, blábláblá. O papo está muito bom. Esse jogo de ameaças está melhor ainda, mas receio ter que interromper. – Alex disse ao ver as viaturas da polícia se aproximarem e logo os sons das sirenes ficaram audíveis. – Essa é a nossa deixa, Sr. Timbrelago. – ele disse, abriu a porta da limusine e saiu. – O senhor está pronto para o ato final? – Alex perguntou abaixando do lado de fora para vê-lo.
Timbrelago finalizou seu uísque, respirou fundo, saiu do carro e, junto com Alex, esperou a chegada dos policiais.  

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Gordo ou magro?

Foi estipulado ao longo do tempo pela sociedade que pessoas com mais massa que outras é esteticamente ruim. Não necessariamente. Mas crianças e adolescentes demoram para ver isso. Os mais atrasados para notar que o peso de uma pessoa não a classifica como boa ou ruim, só percebem isso na faculdade.

Ontem, com um dos meus grupos de amigos, eu confirmei que a amizade não escolhe tamanho. O mais interessante para mim, foi ver que, no meio de todas as zoações, realmente não importa se você é gordo, magro ou tamanho médio. O mais gordo é zoado pelo mais magro e vice-versa. Todos riem e se divertem. E isso me fez pensar em outra coisa, uma utopia na verdade. Algo que todos desejamos e que, talvez um dia, seja alcançado: um mundo sem violência.


Não seria demais viver em mundo em que não houvesse violência, criminalidade, desigualdade social e preconceito? Um lugar em que só existisse paz, amizade e diversão. Como eu disse, talvez um dia cheguemos lá. Mas até que esse dia venha, aproveite seu grupo de amigos. Ria e se divirta ao máximo, pois essa é uma das melhores coisas da vida e você não pode deixar de fazer.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Você acredita em alienígenas?

Pois eles existem, mas fique tranquilo que os Homens de Preto estão aí para nos proteger. Depois de vários anos, finalmente estreou o terceiro e conclusivo filme da série MIB. Devo dizer que assim como Toy Story 3, o fim desse filme quase me fez chorar, mas chega de enrolar.


A história é sobre um alienígena que foge de uma prisão na lua e volta no tempo para matar o K (Tommy Lee Jones), que está tendo alguns problemas de relacionamento com seu parceiro J (Will Smith). Esse filme foca bastante na relação dos dois parceiros, o que até diminui um pouco as cenas de ação, mas a meu ver foi necessário e muito bem feito.

Como diz a sinopse oficial, ao voltar ao passado, J descobre coisas que não deveria saber, ou nunca imaginou. A atuação de todos está impecável, com destaque para Will Smith e Josh Brolin, que interpretou muito bem o jovem K.



Os efeitos, que na minha opinião foram poucos, são dignos de 3D. Por ter gostado do trabalho feito nos filmes anteriores e por uma questão de horário, eu assisti a versão dublada, sugiro que não faça isso. Há pelo menos uma piada que só é entendida em inglês e não há troca de dubladores para os personagens do passado.

Para quem é fã da série, dos atores ou de filme de ação e comédia, eu recomendo!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Cesca - Cap. 23


MOTIM

Bárbara entrou pela porta dos fundos da mansão, acessando a cozinha e, obviamente, não encontrou ninguém, todos estavam do meio para frente da casa. Apesar disso, ela tomou cuidado e olhou direito para confirmar se estava segura no local, em seguida, respirou fundo para ir ao interior da casa.
Enquanto isso, Carpo estancava o ferimento de Ana, que estava calma e tranquila, apesar da situação. O rapaz é que estava nervoso e ao mesmo tempo em que perguntava várias vezes se ela estava bem, ele lembrava tudo o que passaram juntos. Desde que ela o encontrou na estrada, levou-o para a fazenda da família dela e insistiu para que ele a acompanhasse em uma busca ao tesouro.
Mesmo com a falta de tempo que tiveram para conversar e a atração que sentiu pelas outras Cesca, no fundo ele sabia que de Ana que realmente gostava. E as expressões emburradas e respostas curtas que a moça dava quando Carpo estava conversando livremente com Bárbara, aparentavam que o sentimento era recíproco. Depois desse momento de reflexão, Carpo não soube muito bem o que fazer e antes que ele pudesse decidir, Bárbara apareceu.
— Carpo. – ela chamou ao vê-lo. – Ana! Oh, meu Deus! – ela gritou ao ver a prima encostada na parede ensanguentada. – O que aconteceu?
— Explico depois, ajude-me a levantá-la. – Carpo pediu.
Já de pé, os três se preparavam para sair pelo caminho que a Cesca loira entrou, quando os irmãos Martiniani chamaram pelo economista.
— Capo Barreto, vem nos ajudar com... Ei, o que está acontecendo, aqui? – Bruno perguntou ao ver as duas mulheres.
— Por que você está com a refém solta? E por que um dos nossos está morto no chão. – Marcelo emendou mais perguntas.
— Eu posso explicar. – Carpo disse.
O rapaz brasileiro contou parte da história resumida e porque mentiu para eles que fazia parte de uma família mafiosa.
— Vocês podem acabar com isso hoje, rapazes. Sei que não são como o pai de vocês. Vai dizer que gostam mesmo de ser mafiosos? Que não preferem uma vida tranquila, trabalhando naquilo que gostam durante a semana e curtir com a família e amigos nos finais de semanas e feriados? – Carpo disse.
— Confesso que já pensei nisso. – Bruno deixou escapar.
— Já pararam para pensar pelo que estão lutando? – Carpo perguntou e esperou alguns segundos para continuar. – O tesouro dos Cesca? Primeiro que é deles. Segundo, que vocês não precisam, são ricos. Qual outro motivo? Vingança? Pelo que? O que essas belas mulheres fizeram a vocês dois? – Carpo discursava inspirado para os Martiniani e as Cesca. – Nada. Então, qual a razão dessa guerra, afinal? Ela não é de vocês. E aposto que nem mesmo dos pais de vocês. Essa guerra foi entre Don Giuseppe Cesca e Don Vincenzo Martiniani e acabou. – Carpou parou para respirar e se aproximou dos irmãos. – Marcelo, Bruno, eu sei que vocês são bons. Acabem com isso, por favor. – ele disse com as mãos nos ombros deles.
Os irmãos Martiniani concordaram e o economista expôs seu plano. A neta mais nova iria com eles para a porta da frente da mansão parar o tiroteio, enquanto Ana e Carpo iriam até o escritório de Don Martiniani. O patriarca estava bebendo um copo de uísque em pé, olhando pela janela, quando bateram à porta.
— Entre. – ele disse e Carpo entrou acompanhado por Ana.
— Com licença, Don Martiniani. – o rapaz disse, enquanto a moça sentava em uma cadeira.
— Sim, Capo Barreto. – o mafioso respondeu e virou-se. – Mas o que está acontecendo? O que essa Cesca está fazendo aqui? – ele quis saber.
— Acho que isso pode ser caracterizado como um motim. – Carpo disse, pegou sua arma e a apontou para o Martiniani.
— Entendo. E você veio aqui para me matar?
— Não, estou aqui apenas para me certificar de que você não vai fugir, então faça o favor de não se mexer para que eu não tenha que, de fato, matá-lo. – Carpo disse e Don Martiniani levantou uma sobrancelha.


Do lado de fora da mansão, o tiroteio rolava solto. Os homens dos donos da propriedade estavam em grande vantagem e a munição dos Cescas estava no fim. Foi então que um grito foi ouvido em toda a extensa área em que estavam.
— Cessar fogo! – os irmãos Martiniani gritaram em uníssono.
Do topo da escada que ligava a porta ao chão, as vozes deles saíram e ecoaram pelo jardim. Bárbara estava entre os dois. Os mafiosos do campo de fogo pararam assim que ouviram a ordem dos dois Capos da família. Curiosos com a ordem dada, os Cescas olharam por cima da moita da qual estavam escondidos e viram a jovem loira com o inimigo. Tomado por seu instinto paternal, Toni saiu do esconderijo e correu em direção a sua filha.
— Bárbara! – ele gritou, ficando visível e se tornando um alvo fácil.
O sorriso da garota se transformou em expressão de horror ao ver seu pai receber uma sequência de tiros de uma metralhadora. Lucy, que ainda mantinha sua posição na lateral da casa, acertou o atirador de seu tio-avô. Toni caiu com vários tiros no tronco e alguns nas pernas e braços. Bruno gritou o cessar fogo novamente, enquanto Bárbara já estava a meio caminho de seu pai. Giovanni já estava prostrado ao irmão, quando ela chegou.
— Papai! – ela gritou em meio às lágrimas e ajoelhou-se.
— Sabe, Giovanni... – ele começou a falar com o irmão e tossiu um pouco. – Foi uma ótima ideia colocarmos colete antes de virmos... Uma pena que não cobria os membros também... – ele terminou tossiu mais um pouco e desmaiou.
— Preciso de uma ambulância aqui na Mansão Martiniani urgente. – Marcelo veio dizendo quando se aproximou da família Cesca.
— Podemos saber o motivo do cessar-fogo? – Glória perguntou, enquanto Lucy chegou e abraçou-a.
— Considere uma oferta de paz. – Bruno disse.
— Suponho que o pai de vocês não saiba disso. – Giovanni observou.
— Que bom que tocou nesse ponto. – Marcelo disse e os dois irmãos se olharam.
No escritório, o clima estava bem pesado. Carpo continuava a apontar a arma para Don Martiniani, que tentava distrair o rapaz, enquanto Ana mantinha os olhos atentos a tudo o que o mafioso fazia.
— Oh, acabou meu uísque. Posso reabastecer. – Marco pediu.
— Não. – Carpo respondeu secamente.
— Sabe, Sr. Barreto, devo dizer que o subestimei. – o mafioso disse.
— Ah, cala a boca. – Ana falou, surpreendendo os dois.
— Ora, ora. – Don Martiniani zombou, no momento em que a porta foi aberta violentamente.
— Você devia ouvir minha filha, Marco. – Giovanni disse ao entrar, sendo acompanhado pelos irmãos Martiniani, Lucy e Glória.
Ana levantou e abraçou seu pai fortemente por um momento.
— Abaixe a arma, rapaz, ele não fará mais nada. – Giovanni disse a Carpo. – Sente-se, Marco, vamos conversar. – ele disse ao Don Martiniani.