quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Conspiração Temporal T03C13 - Capítulo Final da Temporada

CAPÍTULO 13 – DE VOLTA PARA O PASSADO 

Seguindo Edgar, o grupo se escondeu embaixo de uma ponte. As viajantes ainda processavam o sacrifício do cientista enquanto os outros não pareciam tão abalados.

— Como ele vai se lembrar da gente agora? – Jess falou limpando as lágrimas.

— Não era para ter sido assim. – Zé disse.

— O que quer dizer com isso? – Nanda perguntou desconfiada.

— Eu perguntei para ele se eu poderia me lembrar dessa vida como ele se lembrava da anterior. Ele disse que sim. Era só ficar perto da radiação da máquina. Não era uma coisa certa, mas se aconteceu uma vez, era possível que se repetisse. – o líder contou.

— Por que você quer lembrar? – a viajante loira quis saber.

— Por tudo o que aconteceu. Eu preciso saber o que pode acontecer com o mundo senão cuidarmos direito. Preciso me lembrar dos meus erros e de todas as pessoas que conheci. Preciso me lembrar de você. – Zé disse chegando bem perto da mulher mais alta do grupo.

— E eu também. Mal tivemos tempo de nos conhecer e nos divertir. – Becky disse segurando a mão do líder.

— Eu não posso me esquecer de você. Minha vida seria muito sem graça. – Angu disse olhando para Jess e segurou a mão da moça mais jovem.

— Foi uma vida cheia de altos e baixos, mas não quero esquecer de nada. Muito menos daquelas que nos salvaram. – Edgar emendou e segurou as mãos de Zé e Angu fechando o círculo ao redor das viajantes.

As duas amigas iam falar algo quando ouviram passos nas ruas acima.

— Arrumem as máquinas. Logo irão chegar aqui. – Zé disse.

— Como iremos nos encontrar novamente? – Nanda perguntou.

— Bom, depois que vocês resolverem tudo, a AgEsp continuará a existir e mesmo que os filhos e netos do Zé Mané não queiram ser espiões, assim que minhas memórias forem voltando eu darei um jeito de chegar lá. Só preciso que me digam as coordenadas e voltem dois dias depois de hoje. – o líder explicou.

— Certo. – a loira mais alta passou as coordenadas ao mesmo tempo em que ela e Jess terminaram de ajustar as máquinas para usar.

— Ali estão eles! – um dos guardas gritou e várias lanternas foram apontadas para o grupo.

— Agora, você já era, Joe Alley! – James disse e atirou uma flecha com sua besta.

— Vão! Salvem o futuro do mundo! – Zé disse no momento em que a flecha atravessou o seu corpo.


As viajantes ligaram as máquinas e viram seus companheiros serem atingidos. Antes da morte de fato, tudo mudou e elas se viram em um terreno baldio no centro da cidade de Curitiba. Rodeado por prédios e casas, e com o trânsito acontecendo normalmente.

— Não deveria ter um prédio aqui? Será que erramos as coordenadas, Nanda? – Jess indagou.

— Não. Não pode ser. – a loira respondeu enquanto olhava ao redor.

Elas seguiram até a calçada e abordaram uma pessoa.

— Ih, o prédio que estava aí explodiu. Saiu em todos os jornais. Como vocês não viram? – o homem contou.

— E teve algum sobrevivente? – Nanda perguntou.

— Sem chance. Foi uma explosão das grandes. – ele disse e seguiu seu caminho.

As duas ficaram em silêncio por um tempo e então Jess falou.

— Nanda, você acha que...?

— Não. Zé Mané está vivo. Eu sinto. Só precisamos encontrá-lo. – a loira disse com um sorriso.

Nenhum comentário :

Postar um comentário