quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Conspiração Temporal T03C12

CAPÍTULO 12 – JOE ALLEY 

— Joe Alley? – Nanda repetiu sem entender.

— Isso. Os ingleses tinham muita dificuldade de falar Zé Ruela, então procurei palavras equivalentes. O nome José em inglês é Joseph e seu diminutivo é Joe. Ruela é uma rua pequena ou beco, que seria Alley. – o líder explicou.

— E por que Zé Ruela mesmo? – Jess perguntou curiosa.

— Ah, essa é uma história interessante. – Angu disse.

— Minha mãe era muita ativa e meu pai não conseguia impedi-la de lhe acompanhar nas missões de exploração. Em uma delas, a bolsa dela estourou e eles voltaram às pressas para a comunidade. No entanto, ela não aguentou e precisaram parar no caminho. Meu pai levou minha mãe para uma ruazinha. Uma mulher do grupo ajudou a fazer o parto enquanto os outros faziam proteção. Conforme fui crescendo, a história de meu nascimento foi ficando conhecida e assim o apelido pegou. – Zé contou.

— Eu esperava algo mais impactante. – Nanda admitiu e Zé riu.

— Eles estão perto. – Edgar informou olhando pela janela e todos ficaram alertas.

Assim que voltaram com o titã dourado, Zé e Nanda ouviram relatos preocupantes dos outros. Eles notaram uma movimentação estranha do lado de fora e duas palavras foram repetidas várias vezes: Joe Alley. O líder entendeu o que isso significava e todos saíram imediatamente pelas janelas. Andaram algumas quadras e entraram em uma casa, aparentemente vazia.

— Como está aí, doutor? – Nanda perguntou ao cientista.

— Um já foi. – ele respondeu sem parar o que fazia.

Depois de conseguir o material necessário, era preciso moldá-lo para caber nas máquinas do tempo. Foi então que o Dr. Cintra revelou que a arma de energia que fez para Nanda possuía ajuste de potência. Com isso, era possível fazer corte em materiais em vez de desintegrá-los completamente.


— Zé, precisamos sair daqui. – Edgar aconselhou o líder.

— Terminei. – o cientista anunciou.

— Bem na hora, doutor. Vamos nessa. – Zé disse e se preparou para sair.

— Espera! Se o doutor colocar os materiais nas máquinas, a gente liga e isso acaba aqui e agora. – Nanda disse.

— Não há tempo. – Edgar disse.

— Colocar o material é o de menos. Qualquer um consegue fazer. – o Dr. Cintra tranquilizou as viajantes.

— Ótimo, então vamos. – Zé apressou.

Começaram a sair pela porta dos fundos, mas Jess puxou Nanda ao notar que o cientista não estava seguindo.

— O que foi, doutor? Precisamos ir. – Jess chamou.

— Se fugirmos todos, logo nos alcançarão. Ficando aqui, posso lhes dar uma vantagem. Assim terão tempo para preparar as máquinas do tempo. O sol está se pondo, vai ser mais fácil passarem despercebidos. – ele disse.

— Do que está falando? Não vamos a lugar nenhum sem o senhor. – Nanda disse.

— Sim, vocês vão. Para o passado. Já cumpri minha parte e agora é com vocês.

— Mas e suas memórias? Você precisa estar perto da gente quando ativarmos as máquinas. – Jess apontou.

— Não serão um problema. Assim que consertarem tudo, eu crescerei e ainda terei vontade de criar a máquina do tempo. Isso não criará um paradoxo. – ele explicou.

— Mas doutor... – Nanda começou.

— Por favor, cumpram o último desejo desse velho: vão e salvem o mundo! – ele disse e sorriu.

Com lágrimas nos olhos as viajantes o abraçaram e saíram do local. Ao alcançarem os outros, Zé notou a ausência do cientista.

— Dr. Cintra? – ele perguntou.

— Ficou para atrasar os guardas e nos dar mais tempo. – Nanda explicou.

— Entendo. – o líder disse. – Então vamos fazer bom uso dele.

Assim, o grupo seguiu para aumentar a distância da área de busca dos monarcas.

Nenhum comentário :

Postar um comentário