terça-feira, 15 de setembro de 2020

Caos Urbano T02C21

CAPÍTULO 21 – PALÁCIO IGUAÇU 

Os bandidos que guardavam a entrada do Palácio Iguaçu viam seus colegas largarem seus postos para enfrentar os soldados que apareceram perto do shopping. Eles, porém, não podiam sair de onde estavam pois precisavam proteger os líderes. Devido a isso, quando um helicóptero surgiu no céu e avançou atirando, eles não tiveram tempo de reagir nem para onde fugir.

Baltar e Nikki ficaram de dar cobertura aérea, já que ambos eram exímios pilotos. A primeira leva de tiros abriu caminho para Raquel, Rob e Joca entrarem no prédio. Os três já esperavam do lado pelo momento. Tudo que precisaram fazer foi desviar dos corpos caídos.

— Que ótima ideia essa de usar o helicóptero para abater os guardas do palácio. – Rob elogiou.

— Sim. O Zé é demais! – Joca emendou.

Num primeiro momento, Raquel não entendeu como o espião de camisa xadrez era o líder daquele grupo, mas quando ele contou seu plano de ataque, ficou claro que ele sabia o que estava fazendo. E após lembrar outros momentos do rapaz, ela se perguntou como alguém poderia ser tão inteligente e tão idiota ao mesmo tempo.

— É aqui que nos separamos, detetive. – Rob disse ao chegarem em um corredor no andar superior.

— Muito bem! Boa sorte, rapazes! – ela desejou.

— Você também, detetive. – Joca devolveu e seguiu para uma porta com Rob.

Ao entrarem no cômodo, notaram um grande espaço vazio se estender até uma mesa preenchida com vários monitores e no meio deles, atrás de um notebook, puderam ver a cabeça de Benck. Os espiões avançaram um pouco, mas foram impedidos por seu adversário.

— Eu não daria nem mais um passo se fosse vocês. – ele disse e apontou para o teto, onde haviam lâminas prontas para cair em quem decidisse passar determinado limite da sala. – Bem, o que estão esperando? Peguem suas armas.

Os dois amigos tiraram das mochilas os laptops e olharam ferozmente para o inimigo.

— Benck, seu maldito pirata de computador! – Joca disse.

— Hoje, nós vamos acabar com você! – Rob completou.

Benck soltou sua risada fina e estridente.

— Maravilha! Me deem um desafio. – ele disse com olhar determinado.

 

Ao abrir a porta, viu um homem em pé e de costas para ela olhando para fora. Esse era o mesmo homem que havia criado o caos em sua cidade e matado seus melhores amigos. Ali estava o Dr. Morte.

— Você cresceu muito desde nosso último encontro. – o vilão disse sem se mexer. – As coisas que fez para chegar até mim, até exato momento, jamais me passaram pela cabeça.

— Coloque as mãos na cabeça e vire-se devagar. – Raquel disse apontando-lhe a arma.

— Você não vai atirar em mim. – ele disse se virando.

— Ah, é? E por que não?

— Por causa disso. – ele disse e apertou um botão de um controle ativando um objeto que se encontrava à esquerda de Raquel. No instante seguinte a pistola da detetive voou até o ímã. – Você fez interessantes amigos, me pergunto se consigo matá-los também. – disse e apertou outro botão.

— O que você fez? – ela perguntou.

— Ativei as bombas que eles pensam que são servidores de dados e todas as outras ao longo da avenida. Para desativá-las é só apertar esse outro botão aqui. – ele contou e apontou para o controle que logo em seguida pôs no bolso do jaleco.

— Zé, Rubens? – ela chamou pelo comunicador e Dr. Morte riu.

— Achou mesmo que deixaríamos você se comunicar com eles? – ele disse e levantou os braços em posição de luta. – Você tem dois minutos.

Raquel juntou toda a raiva que estava acumulada e avançou contra o inimigo.

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