terça-feira, 22 de setembro de 2020

Caos Urbano T02C23

CAPÍTULO 23 – EXPLOSÕES 

— Vocês não me pegam, só comem marmelada! – Zé cantarolava enquanto fugia encolhido em uma cadeira giratória dos bandidos atirando.

Ao verem essa cena, os jornalistas ficaram boquiabertos.

— Parece que ele está se virando bem sozinho. – Carla comentou. – Como esperado do incrível Zé Mané! – finalizou.

— É, mas ele não vai durar muito tempo assim. Temos que ajudá-lo. – Rubens disse e foi saindo agachado da sala do servidor.

— Como vamos fazer isso? – a loira perguntou chegando do lado dele.

Nesse momento, um dos bandidos decidiu cercar o espião. Apesar do susto inicial, em uma fração de segundos, Zé reagiu da melhor maneira possível. Chutou o inimigo no meio das pernas e girou-se na cadeira, fazendo com ele levasse os tiros dos próprios aliados.

— Atirando no amiguinho não é nada legal. – Zé disse e chutou o bandido morto na direção dos outros, o que lhe deu mais velocidade quando girou a cadeira novamente. – Uhuuu! – ele gritou de emoção, mas foi parado por Rubens.

— Se divertindo aí, amigão? – o paulista perguntou.

— Até que sim. Rubens, você tem que andar numa dessas cadeiras. É muito legal. – o espião disse.

— Talvez outra hora. Agora precisamos ir. Ainda tem dois homens armados e vivos querendo nos acertar. – o jornalista devolveu.

— Certo. – Zé concordou e saiu da cadeira abaixado e seguiu os outros até a porta de saída.

Correndo por suas vidas eles desceram as escadas, passaram por onde entraram, pela rampa circular e seguiram até saírem do campo de visão da porta.

— Ei, ali é o Palácio Iguaçu! – Zé disse ao perceberem que tinham dado a volta no prédio em que estavam e se encontravam na Praça Nossa Senhora de Salete.

Foi então que uma grande explosão aconteceu e os empurrou para frente. Ainda no chão, eles se viraram para ver o prédio em que tinham acabado de fugir se transformar em um mar de chamas.


— Tudo certo. – Carol disse ao voltar da sala do servidor.

— Ótimo! Então vamos! Logo teremos companhia. – Érica disse e ligou sua mochila a jato.

O prédio da assembleia tinha um espaço vazio entre os andares e as janelas, em que as pessoas podiam visualizar o lado de fora através do elevador. No térreo, foi feito uma fonte nesse espaço. A única maneira de fugir do 12º andar seria voando. Por sorte, Érica sempre mantinha duas mochilas a jato para emergências na van.

— Carol, você vem comigo. – Duda falou.

A advogada abraçou a espiã loira e elas alçaram voo. Érica foi na frente e atirou no vidro para abrir caminho. As outras estavam voando para a saída quando tiros acertaram a mochila de Duda. Vários homens armados chegaram no 12º andar e começaram a atirar da beirada. Nos andares surgiram mais inimigos também.

— Duda! – a espiã morena gritou ao ouvir os tiros.

— Érica! – a loira tentava avançar, mas o motor de sua mochila começava a falhar.

Érica chegou perto e segurou em seus braços. Carol ficou entre elas e os tiros continuaram vindo.

— É muito peso, Érica. Sua mochila não vai aguentar. Pegue a Carol e me deixe. – Duda disse.

— Nunca! Sairemos as três daqui. – a espiã morena disse.

— Sabe que é impossível. Por favor, diga ao Zé que eu... – Duda falava quando um tiro lhe acertou a cabeça.

O baque do acontecido e o peso de um corpo morto fizeram Érica perder altitude. Com isso, ela teve poucos segundos para tomar uma importante decisão. Soltou Duda e segurou no braço da advogada. Voou o mais alto que pôde, até tocar o teto.

— Suba em mim. – Érica disse.

Carol fez isso, com um pouco de dificuldade, e as duas ficaram frente a frente, com os rostos bem próximos.

— Agora, coloque sua cabeça do meu lado esquerdo e segura firme. – a espiã disse. – Se puder puxe seu cabelo também.

Quando a advogada fez o pedido, Érica desceu em zigue-zague e atirou nos bandidos até acabar sua munição. Cada tiro dado foi um bandido morto. Ela guardou sua arma e saiu pelo buraco que abriu na janela. E nesse instante, uma grande explosão aconteceu no prédio e empurrou-a pelo ar, fazendo-a perder o controle. Logo, ela conseguiu recuperá-lo, mas olhou para trás atônita.

Pousando na rua em frente ao Palácio Iguaçu, as duas mulheres se separaram e respiraram um pouco. Então, viram Zé, Rubens e Carla se aproximarem. O espião perguntou de sua namorada e quando sua amiga demorou para responder, percebeu o que tinha acontecido. Nem teve tempo de sentir algo pois em seguida várias explosões ocorreram ao longo da avenida, em seus principais prédios: Banco Central, Shopping Mueller, Prefeitura e outros.

Imprevistos já tinham acontecido em seus planos antes, porém aquilo era demais. As coisas tinham saído completamente do controle. Sua namorada tinha morrido e vários prédios explodido. Pela primeira vez, o líder dos espiões perdeu suas forças e não soube o que fazer.

Um comentário :

  1. Hum... Muito bom esse capítulo :) Não sei como você consegue sempre atualizar a história aqui sempre.

    https://www.biigthais.com/

    Beijoos ;*

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