CAPÍTULO 23 – EXPLOSÕES
— Vocês não me pegam, só comem
marmelada! – Zé cantarolava enquanto fugia encolhido em uma cadeira giratória
dos bandidos atirando.
Ao verem essa cena, os
jornalistas ficaram boquiabertos.
— Parece que ele está se virando
bem sozinho. – Carla comentou. – Como esperado do incrível Zé Mané! –
finalizou.
— É, mas ele não vai durar muito
tempo assim. Temos que ajudá-lo. – Rubens disse e foi saindo agachado da sala
do servidor.
— Como vamos fazer isso? – a
loira perguntou chegando do lado dele.
Nesse momento, um dos bandidos
decidiu cercar o espião. Apesar do susto inicial, em uma fração de segundos, Zé
reagiu da melhor maneira possível. Chutou o inimigo no meio das pernas e
girou-se na cadeira, fazendo com ele levasse os tiros dos próprios aliados.
— Atirando no amiguinho não é
nada legal. – Zé disse e chutou o bandido morto na direção dos outros, o que
lhe deu mais velocidade quando girou a cadeira novamente. – Uhuuu! – ele gritou
de emoção, mas foi parado por Rubens.
— Se divertindo aí, amigão? – o
paulista perguntou.
— Até que sim. Rubens, você tem
que andar numa dessas cadeiras. É muito legal. – o espião disse.
— Talvez outra hora. Agora
precisamos ir. Ainda tem dois homens armados e vivos querendo nos acertar. – o
jornalista devolveu.
— Certo. – Zé concordou e saiu
da cadeira abaixado e seguiu os outros até a porta de saída.
Correndo por suas vidas eles
desceram as escadas, passaram por onde entraram, pela rampa circular e seguiram
até saírem do campo de visão da porta.
— Ei, ali é o Palácio Iguaçu! –
Zé disse ao perceberem que tinham dado a volta no prédio em que estavam e se
encontravam na Praça Nossa Senhora de Salete.
Foi então que uma grande
explosão aconteceu e os empurrou para frente. Ainda no chão, eles se viraram
para ver o prédio em que tinham acabado de fugir se transformar em um mar de
chamas.
— Tudo certo. – Carol disse ao voltar da sala do servidor.
— Ótimo! Então vamos! Logo
teremos companhia. – Érica disse e ligou sua mochila a jato.
O prédio da assembleia tinha um
espaço vazio entre os andares e as janelas, em que as pessoas podiam visualizar
o lado de fora através do elevador. No térreo, foi feito uma fonte nesse
espaço. A única maneira de fugir do 12º
andar seria voando. Por sorte, Érica sempre mantinha duas mochilas a jato para
emergências na van.
— Carol, você vem comigo. – Duda
falou.
A advogada abraçou a espiã loira
e elas alçaram voo. Érica foi na frente e atirou no vidro para abrir caminho.
As outras estavam voando para a saída quando tiros acertaram a mochila de Duda.
Vários homens armados chegaram no 12º
andar e começaram a atirar da beirada. Nos andares surgiram mais inimigos
também.
— Duda! – a espiã morena gritou
ao ouvir os tiros.
— Érica! – a loira tentava
avançar, mas o motor de sua mochila começava a falhar.
Érica chegou perto e segurou em
seus braços. Carol ficou entre elas e os tiros continuaram vindo.
— É muito peso, Érica. Sua
mochila não vai aguentar. Pegue a Carol e me deixe. – Duda disse.
— Nunca! Sairemos as três daqui.
– a espiã morena disse.
— Sabe que é impossível. Por
favor, diga ao Zé que eu... – Duda falava quando um tiro lhe acertou a cabeça.
O baque do acontecido e o peso
de um corpo morto fizeram Érica perder altitude. Com isso, ela teve poucos
segundos para tomar uma importante decisão. Soltou Duda e segurou no braço da
advogada. Voou o mais alto que pôde, até tocar o teto.
— Suba em mim. – Érica disse.
Carol fez isso, com um pouco de
dificuldade, e as duas ficaram frente a frente, com os rostos bem próximos.
— Agora, coloque sua cabeça do
meu lado esquerdo e segura firme. – a espiã disse. – Se puder puxe seu cabelo
também.
Quando a advogada fez o pedido,
Érica desceu em zigue-zague e atirou nos bandidos até acabar sua munição. Cada
tiro dado foi um bandido morto. Ela guardou sua arma e saiu pelo buraco que
abriu na janela. E nesse instante, uma grande explosão aconteceu no prédio e
empurrou-a pelo ar, fazendo-a perder o controle. Logo, ela conseguiu
recuperá-lo, mas olhou para trás atônita.
Pousando na rua em frente ao
Palácio Iguaçu, as duas mulheres se separaram e respiraram um pouco. Então,
viram Zé, Rubens e Carla se aproximarem. O espião perguntou de sua namorada e
quando sua amiga demorou para responder, percebeu o que tinha acontecido. Nem
teve tempo de sentir algo pois em seguida várias explosões ocorreram ao longo
da avenida, em seus principais prédios: Banco Central, Shopping Mueller,
Prefeitura e outros.
Imprevistos já tinham acontecido
em seus planos antes, porém aquilo era demais. As coisas tinham saído
completamente do controle. Sua namorada tinha morrido e vários prédios
explodido. Pela primeira vez, o líder dos espiões perdeu suas forças e não
soube o que fazer.
Hum... Muito bom esse capítulo :) Não sei como você consegue sempre atualizar a história aqui sempre.
ResponderExcluirhttps://www.biigthais.com/
Beijoos ;*