CAPÍTULO 25 – HORA DE IR
O grupo saiu do meio da rua e
seguiu para a entrada do palácio do governo. Ao mesmo tempo, os furgões
militares chegaram intactos após atravessarem a avenida em meio às explosões.
Os soldados desceram dos veículos e ficaram de prontidão.
— Érica, me conta tudo o que
aconteceu. – Zé insistiu.
— Zé, não sei se é o melhor
momento. – ela devolveu e um barulho foi ouvido.
— Tem alguém vindo. – um membro
do Comando Alfa disse e todos apontaram as armas para a porta.
— Não atirem! É o Joca. – Rubens
disse ao reconhecer o espião.
Zé olhou para o amigo procurando
suporte, mas encontrou uma sensação pior.
— Cadê o Rob? – ele perguntou
com medo da resposta.
— Zé, o Rob, ele... ele...
— Não, por favor, não. – o líder
disse já com lágrimas escorrendo.
Os dois amigos se abraçaram e um
silêncio se estabeleceu entre todos. Enquanto isso, Raquel continuava seu
embate com Dr. Morte.
Depois de acertar dois golpes e
desviar de um, a morena socou o vilão fortemente na barriga, o que o fez
arquear. Ela passou a outra mão no bolso dele e pegou o controle. Ajeitou a
postura e acertou a parte de trás do joelho do oponente, que caiu no chão. O
ex-médico virou para olhar para cima no mesmo momento em que a detetive
desativava o ímã, recuperava sua arma e apontava para ele.
— Vamos! Atira! – Dr. Morte
disse.
— É o que eu deveria fazer, mas
a morte é muito pouco. Você precisa sofrer. – ela devolveu.
— Eu nunca vou parar, você sabe.
E se eu matei seus melhores amigos e causei todo esse caos na cidade dessa vez,
o que será que farei da próxima? – ele provocou.
— Não muito, já que vou tirar
aquilo que te permite fazer as coisas. – ela disse e atirou na mão direita do
vilão e em seguida, na esquerda.
— Você continua a me
surpreender, detetive. – Dr. Morte disse entre risos e grunhidos de dor. – Já
decidi, a próxima vez será muito pior!
— Estarei preparada! – ela
devolveu e levantou a arma.
— Raquel! Está tudo bem aí?
Ouvimos tiros. – Rubens perguntou pelo comunicador.
— Sim, agora está tudo bem. Pelo
visto os rapazes venceram o hacker
inimigo. – ela comentou vendo que o comunicador estava funcionando.
— Sim, mas só um deles
sobreviveu. – o jornalista disse.
— Oh! – Raquel se espantou. –
Sem querer parecer insensível, mas você pode chamar uma ambulância? – ela
pediu.
— Acho que não será preciso. –
Rubens disse e sirenes foram ouvidas.
A detetive saiu do prédio e viu
muitas expressões murchas, além de uma Carol muito preocupada com Ian. Nesse
mesmo momento, uma van surgiu vindo do leste e uma moto, do oeste. Maurição
parou o veículo perto do grupo e desceu mancando cheio de hematomas e
sangrando. O Motoqueiro não estava muito melhor. Sendo carregado por Borba, ele
mal tinha forças para ficar em pé. Sua namorada correu a seu encontro. As
sirenes foram ficando mais altas.
— Pra onde vocês vão? – Raquel
quis saber.
— Nós deixamos algumas coisas no
galpão então teremos que ir para lá. – o coronel informou.
— Sim, vamos todos para lá.
Assim podemos cuidar dos feridos. – Érica disse.
— Obrigada a todos! – a detetive
agradeceu. – Seria impossível sem a ajuda de vocês. Curitiba está devendo uma
para vocês.
— Só fizemos nossa parte,
detetive. Como sempre. – Leonel disse enquanto os membros dos comandos voltavam
para os veículos.
— Zé! – Raquel chamou se
aproximando dele. – A primeira vez que te vi, te achei esquisito e idiota. Bem,
ainda acho isso, mas agora vejo que você também é incrível. Não teríamos
chegado aqui sem sua liderança e estratégia. Então, meu muito obrigado. – ela
finalizou.
O rapaz manteve a cabeça baixa e
ficou em silêncio. Achando que não receberia resposta, a morena começou a se
virar.
— Obrigado você, detetive. – Zé
disse se recompondo. – Obrigado por cuidar da nossa cidade. A força policial
precisa de mais profissionais como você. – ele disse e recebeu um sorriso da
detetive. – Agora, vamos! Essas sirenes estão ficando muito altas. – ele falou
olhando para os outros.
— Rubens! – Leonel e Zé chamaram
ao mesmo tempo e se entreolharam.
— Eu sei! Qual é, pessoal? Não é
minha primeira vez. – o paulista disse.
Com isso, todos saíram restando
apenas a detetive e os jornalistas.
— E agora o que? – Carla
perguntou.
— Nós esperamos. – Raquel
respondeu enquanto os três olhavam para a destruição a sua frente.
Muito bom!
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Beijoos ;*