terça-feira, 29 de setembro de 2020

Caos Urbano T02C25

CAPÍTULO 25 – HORA DE IR 

O grupo saiu do meio da rua e seguiu para a entrada do palácio do governo. Ao mesmo tempo, os furgões militares chegaram intactos após atravessarem a avenida em meio às explosões. Os soldados desceram dos veículos e ficaram de prontidão.

— Érica, me conta tudo o que aconteceu. – Zé insistiu.

— Zé, não sei se é o melhor momento. – ela devolveu e um barulho foi ouvido.

— Tem alguém vindo. – um membro do Comando Alfa disse e todos apontaram as armas para a porta.

— Não atirem! É o Joca. – Rubens disse ao reconhecer o espião.

Zé olhou para o amigo procurando suporte, mas encontrou uma sensação pior.

— Cadê o Rob? – ele perguntou com medo da resposta.

— Zé, o Rob, ele... ele...

— Não, por favor, não. – o líder disse já com lágrimas escorrendo.

Os dois amigos se abraçaram e um silêncio se estabeleceu entre todos. Enquanto isso, Raquel continuava seu embate com Dr. Morte.

Depois de acertar dois golpes e desviar de um, a morena socou o vilão fortemente na barriga, o que o fez arquear. Ela passou a outra mão no bolso dele e pegou o controle. Ajeitou a postura e acertou a parte de trás do joelho do oponente, que caiu no chão. O ex-médico virou para olhar para cima no mesmo momento em que a detetive desativava o ímã, recuperava sua arma e apontava para ele.

— Vamos! Atira! – Dr. Morte disse.

— É o que eu deveria fazer, mas a morte é muito pouco. Você precisa sofrer. – ela devolveu.

— Eu nunca vou parar, você sabe. E se eu matei seus melhores amigos e causei todo esse caos na cidade dessa vez, o que será que farei da próxima? – ele provocou.

— Não muito, já que vou tirar aquilo que te permite fazer as coisas. – ela disse e atirou na mão direita do vilão e em seguida, na esquerda.

— Você continua a me surpreender, detetive. – Dr. Morte disse entre risos e grunhidos de dor. – Já decidi, a próxima vez será muito pior!

— Estarei preparada! – ela devolveu e levantou a arma.

— Raquel! Está tudo bem aí? Ouvimos tiros. – Rubens perguntou pelo comunicador.

— Sim, agora está tudo bem. Pelo visto os rapazes venceram o hacker inimigo. – ela comentou vendo que o comunicador estava funcionando.

— Sim, mas só um deles sobreviveu. – o jornalista disse.

— Oh! – Raquel se espantou. – Sem querer parecer insensível, mas você pode chamar uma ambulância? – ela pediu.

— Acho que não será preciso. – Rubens disse e sirenes foram ouvidas.


A detetive saiu do prédio e viu muitas expressões murchas, além de uma Carol muito preocupada com Ian. Nesse mesmo momento, uma van surgiu vindo do leste e uma moto, do oeste. Maurição parou o veículo perto do grupo e desceu mancando cheio de hematomas e sangrando. O Motoqueiro não estava muito melhor. Sendo carregado por Borba, ele mal tinha forças para ficar em pé. Sua namorada correu a seu encontro. As sirenes foram ficando mais altas.

— Pra onde vocês vão? – Raquel quis saber.

— Nós deixamos algumas coisas no galpão então teremos que ir para lá. – o coronel informou.

— Sim, vamos todos para lá. Assim podemos cuidar dos feridos. – Érica disse.

— Obrigada a todos! – a detetive agradeceu. – Seria impossível sem a ajuda de vocês. Curitiba está devendo uma para vocês.

— Só fizemos nossa parte, detetive. Como sempre. – Leonel disse enquanto os membros dos comandos voltavam para os veículos.

— Zé! – Raquel chamou se aproximando dele. – A primeira vez que te vi, te achei esquisito e idiota. Bem, ainda acho isso, mas agora vejo que você também é incrível. Não teríamos chegado aqui sem sua liderança e estratégia. Então, meu muito obrigado. – ela finalizou.

O rapaz manteve a cabeça baixa e ficou em silêncio. Achando que não receberia resposta, a morena começou a se virar.

— Obrigado você, detetive. – Zé disse se recompondo. – Obrigado por cuidar da nossa cidade. A força policial precisa de mais profissionais como você. – ele disse e recebeu um sorriso da detetive. – Agora, vamos! Essas sirenes estão ficando muito altas. – ele falou olhando para os outros.

— Rubens! – Leonel e Zé chamaram ao mesmo tempo e se entreolharam.

— Eu sei! Qual é, pessoal? Não é minha primeira vez. – o paulista disse.

Com isso, todos saíram restando apenas a detetive e os jornalistas.

— E agora o que? – Carla perguntou.

— Nós esperamos. – Raquel respondeu enquanto os três olhavam para a destruição a sua frente.

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