NOVOS FUNCIONÁRIOS
– Bom dia, Lopes, querido, tudo bem? – Marquieli cumprimentou o chefe do
arquivo ao entrar no setor. – Esse é o Leonardo, seu novo arquivista. – ela
disse apoiando-se no balcão que separava a entrada do interior do local.
– Já não era sem tempo. – o velho e gordo servidor levantou de sua
cadeira e foi de encontro à encarregada dos terceirizados. – A Luana está tendo
que trabalhar sozinha há mais de um mês. Até eu a ajudo quando o negócio
aperta. – Lopes reclamou.
– Eu sei e você sabe que não dependia só de mim. Mas agora sua equipe
está completa de novo. – ela disse e se dirigiu ao novo funcionário. – Léo, é
aqui que nos separamos. Não ligue para o mau humor desse velho ranzinza, mas se
ele te tratar mal, estou na sala ao lado. – Marquieli disse e foi saindo.
– Isso é jeito de falar de mim, menina? – Lopes queixou-se rindo e a moça
apenas acenou. – Mulheres! – ele disse assim que a porta fechou. – Leonardo,
não é?
– Pode me chamar de Léo.
– Muito bem, Léo, não fique aí parado, entre. – Lopes disse.
O rapaz passou pela portinhola que dava entrada para o arquivo e observou
bem o lugar em que ia. Bem a sua frente e encostadas na parede, estavam as três
mesas para os funcionários. No centro da sala, havia um espaço para transitar e
à esquerda, uma mesa em L, onde ficava apenas a impressora na ponta. No fim
dessa parede, estava a porta que levava ao arquivo propriamente dito.
Quando passaram pela porta, Léo vislumbrou várias filas de estantes
preenchidas por caixas. Cada caixa possuía um número e, ele notou que, os
corredores também eram numerados.
– Nós os chamamos de ruas. Como você vê, temos oito. Começando dali e
indo até lá. - Lopes explicou apontando da direita para a esquerda da sala. -
Venha, há um corredor que não dá para ver daqui. - ele chamou e seguiu para a
esquerda.
O chefe do setor tinha passado pela última rua visível, quando uma garota
saiu dele cheia de processos nos braços. Léo não conseguiu impedir de trombar
nela, que caiu com tudo o que tinha.
– Você está bem? - o rapaz perguntou, mas antes que ela pudesse
responder, Lopes apareceu.
– Mas o que é isso, menina? Está derrubando PTs agora?
– A culpa foi minha, senhor. Eu estava no caminho. - Léo disse.
– Ah, está certo, só não deixe que se repita. É bom que vocês já se
conhecem. Luana, esse é o seu novo colega de trabalho, o Léo.
– Prazer. - ela disse após recolher todos os processos e levantar.
– O prazer é meu. - Léo devolveu educamente e pôde perceber o quanto a
garota era bonita. Seus cabelos eram loiro-escuros e seus olhos castanhos. Ela
era bem magra e baixa, e possuía um rosto lindo.
Então, Lopes o levou para o lado oposto da sala. Havia pouco espaço para
andar por lá. Léo notou algumas estantes encostadas à parede, preenchidas com
alguns materiais. Quando olhou para o lado esquerdo do fundo da sala, ele a
viu, uma câmera de vigilância. Ao indagar para Lopes por que ela estava lá,
obteve a seguinte resposta.
– É porque estamos bem em cima do cofre do banco. Eles devem achar que
vamos querer roubar o banco. - o velho disse e gargalhou. - Mas não se
preocupe, rapaz. O pessoal da segurança me disse que ela não vê praticamente
nada.
“É, direi para um amigo meu se certificar disso.” Léo pensou.
Bomber havia sido levado e conhecido todos os postos de vigilância do
banco. Sua última parada era a sala das câmeras. Era ampla, com uma confortável
sala de estar, com sofás e televisão. Os monitores ocupavam uma parede inteira.
Foi-lhe dito que após o treinamento, ele passaria a ter turnos ali também.
– Já tentaram roubar o banco? - o novo funcionário foi direto e seu
futuro chefe se espantou com a pergunta.
– Não, nunca. Mas mesmo que tentassem não conseguiriam. - ele disse. -
Temos câmeras em todos os pontos chave e nossa equipe é muito bem formada e
capacitada. É impossível alguém conseguir entrar para roubar. - o chefe da
segurança explicou.
“E se esse alguém já estiver dentro?” Bomber pensou.
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Todos estavam reunidos na velha mecânica, quando o técnico de informática
e o homem musculoso chegaram.
– E então, vocês trazem boas notícias? - Joel perguntou.
Os dois amigos olharam entre si, sorriram e responderam juntos.
– Temos!
Oba! Eu estava sentindo falta desta série.
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