A MELHOR
QUALIDADE
― Rubens Fonseca, repórter
investigativo do jornal Terra da Garoa,
de São Paulo. – Rob começou a contar. – Nos últimos seis meses, ele fez várias
matérias na capital paulista, a maioria sobre tráfico de drogas. Um ano antes
disso, suas reportagens foram feitas em todas as regiões do país. – finalizou.
― Uau! – Zé exclamou.
― Separamos algumas matérias
interessantes. – Joca falou e começou a ler. – Há um ano e meio, ele desmanchou
um grande esquema de tráfico de animais na Amazônia. No último carnaval, Rubens
impediu que traficantes contrabandeassem drogas durante o desfile das escolas
de samba do Rio.
― Ele também acabou com uma
fazenda de escravos e revelou todos os podres de um político no Congresso
Nacional. – Rob emendou.
― Não sei porque vocês o
prenderam, mas uma coisa é certa: esse homem não é nosso inimigo. – Joca
afirmou.
― É, acho que podemos liberá-lo.
– Érica disse.
― Ah, outra coisa. Ele sempre é
capturado durante suas investigações. – Rob lembrou.
― Acha que ele pode ter se deixado
ser pego? – a espiã perguntou.
― Só estou dizendo que esse é o
estilo dele. – Rob devolveu.
― Não podemos arriscar. – Nanda
disse e pôs a mão na arma para sacá-la. Ia sair, mas foi barrada por Zé.
― Não sei como é na época de onde
você veio, mas aqui nós não matamos cada pessoa que possa nos atrapalhar. – o
espião disse e encarou a viajante loira.
― É o futuro do mundo que está em
jogo. – Nanda lembrou-o.
― É de uma vida que estamos
falando. – Zé rebateu.
― O que é uma vida perante
milhões? – a loira devolveu.
― Tudo. E se esse jornalista for
a chave para vencermos Picodemo? – Zé disse.
― Duvido muito. Nunca ouvimos
falar dele. – Nanda respondeu.
― Nunca ouviu falar de nós também
e aqui estamos. – Zé disse e sorriu. – Vocês me pediram ajuda e eu aceitei, mas
será do meu jeito. Esse jornalista não escreve apenas para receber o salário no
fim do mês. Ele faz o que faz para ajudar as pessoas e é por isso que agora, eu
vou lá desamarrá-lo, chamá-lo para se juntar a nós e pedir para não publicar a
parte da viagem no tempo. – o espião decretou e saiu da sala de observação.
― Qual é o problema dele? – Nanda
perguntou à Érica.
― Ele gosta de acreditar no
melhor das pessoas. Essa é a melhor e a pior qualidade do Zé. – a espiã
respondeu com um sorriso.
Ao entrar na sala, Zé foi direto tirar a venda
que tapava os olhos de Rubens e em seguida a corda das mãos. O jornalista
piscou algumas vezes até se acostumar com a luz e esfregou os pulsos. Então,
viu quem o prendeu e também o estava libertando.
― Eu sou Zé Mané. – o espião.
― Dá para notar. – Rubens
devolveu.
― Como? – Zé perguntou inocente,
mas desistiu da resposta. – Bom, deixa para lá. Há algo que precisamos
discutir.
― Talvez outra hora. – o
jornalista disse e empurrou Zé contra o vidro de observação da outra sala.
Ao sair, Rubens se viu cercado
pelas três mulheres que o capturaram junto com Zé, e mais dois homens, dos
quais um falou.
― Outra característica dele é
fugir na primeira oportunidade que tiver e escrever sua história. – Joca
contou.
― Receio que isso não vai
acontecer dessa vez, jornalista. – Érica disse. – Não somos o tipo de pessoa
com quem está acostumado a lidar.
― Quem são vocês? – o paulista
perguntou confuso.
― Nós somos espiões, Rubens! – Zé
respondeu surgindo na porta da sala em que estava e o jornalista virou para
olhá-lo. – E algo me diz que você vai gostar muito do que temos para te contar.
– o espião disse e sorriu.
Desta vez o repórter se ferrou, ou não. rss
ResponderExcluir"Aqui nós não matamos cada pessoa que possa nos atrapalhar." É. E eu lamento por isso todos os dias. Hahahah Brincadeira.
ResponderExcluirHum... Rubens teria perdido muito, mais do que ele poderia imaginar, caso tivesse conseguido fugir.
E o Zé até que tá certo em acreditar no melhor das pessoas. Ele só precisa de uns treinos de defesa pessoal pra melhorar os reflexos. ^^
Beijo