segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A Arte De Roubar T04C06

RECOLHENDO OS CACOS

― Não os encontramos em nenhum dos locais indicados, senhor. – um homem de terno disse ao telefone. – Nossa última parada foi a oficina da tal de Taís. Tudo indica que estiveram aqui, mas saíram antes de chegarmos.
― Muito bem, deixe um homem em cada local em que foram. Fiquem de olho para ver se o Dasco volta para casa, é quase certo que ele poderá responder ao processo em liberdade.  – Barton disse e desligou. – Desculpe pela interrupção, Dr. Rosolen. – ele disse ao homem com quem almoçava.
― Tudo bem, Sr. Barton, eu entendo. – o advogado disse.
― Quanto ao assunto sobre o qual estávamos conversando antes... – o empresário o lembrou.
― O senhor tem a minha palavra, Sr. Barton, eu farei Joel Dasco dever muito e ainda mais para o senhor. Além de passar um bom tempo na prisão, é claro. – Rosolen garantiu e fez o empresário sorrir.

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― Não precisava ter se dado ao trabalho de me trazer em casa. Já foi bastante ter me tirado da cadeia. – Joel disse assim que ele e Lívia desceram do carro dela.
― Antes de ser sua advogada, sou sua amiga. – a loira disse. – Você pode me oferecer uma bebida e ficamos quites. – ela disse e piscou para ele.
― Vamos ver o que tem. – ele disse e abriu o portão.
Do outro lado da rua, em um carro estacionado, um dos homens de Barton observava com interesse a chegada de Joel e Lívia. Ao abrir a porta de sua casa, o réu se deparou com um cenário incomum.
― Por que não estou surpreso? – Joel disse ao ver a bagunça da sua sala.
― Espero que essa não seja a sua decoração usual. – Lívia disse depois de se recompor do choque.
― Não. – o ladrão respondeu e abriu caminho com os pés. – Esse é o jeito do Barton dizer ‘bem vindo de volta’. – Joel ironizou.
― Você está querendo bater de frente com um peixe muito grande, Joel. – a advogada disse e pegou um porta retrato do chão. – Mulher e filho? – disse e mostrou-o a Joel.
― Sim. – ele respondeu e conseguiu chegar na cozinha.
― Por acaso, eles não estavam... – ela começou a dizer.
― Não. – Joel completou, aliviando-a. – A May foi para a casa da mãe dela na noite do primeiro roubo, quando vim me despedir deles. – o ladrão falou, lembrando.
― Seria muito bom ter o testemunho dela e do seu filho. – Lívia disse e olhou para o amigo.
― A May odiava o fato de eu roubar. Ela nunca falaria comigo e nem aceitaria me ajudar nessa situação. Diria que estou tendo o que mereço. E não estaria errada. – Joel disse e deu um copo de água a amiga.
― Bom, para que servem as amigas, não é mesmo? – ela disse e tomou um gole de água.


― Muito obrigado por nos receber. – Facada disse. – Embora ainda seja estranho estar na casa do Crioulo Doido. – o atirador disse sobre a construção grande, bonita e cara demais para a favela em que fora feita.
― Relaxa! Eu a uso apenas como depósito de armas, munição e drogas. Além do que, se você não tivesse fugido do Crioulo, hoje você estaria morando aqui como braço direito dele e seria meu inimigo mortal. – Polaco Azedo disse e ficou olhando Facada bem de perto por alguns segundos.
― Garantimos que não ficaremos por muito tempo. – Charger disse.
― Espero que não estejam confundindo as coisas. – o traficante falou. – Eu não estou pagando nenhum favor, estou fazendo. Caso não se lembrem, ficamos quites em nosso último encontro. Vocês me ajudaram a ganhar a guerra contra o Crioulo e eu os ajudei a resgatar Facada e seu dinheiro.
― Está bem, quanto você quer? – Charger perguntou.
― Oh, eu não quero seu dinheiro. Não quis daquela vez e não quero agora, mas se vão se refugiar na minha área, vão ter que trabalhar para mim. – Polaco disse.
― Trabalhar? – Taís repetiu sem entender.
― Sim, usem suas habilidades para me ajudar. – o traficante loiro disse. – Você e o novo líder podem cuidar dos carros, o CDF de óculos pode aumentar a tecnologia do meu negócio e o Facada cuida da administração do depósito. A maioria dos meus homens é péssima em conta. – Polaco disse. – O Crioulo tinha um grande território, ainda estou tendo problemas para comandar tudo. Hoje, tem muito menino preferindo ir à escola do que traficar, pode uma coisa dessa? – o traficante disse e os quatro amigos se entreolharam. – Mas não precisam se preocupar, vou dar um dia para se recomporem e se ajeitarem. Vejo vocês amanhã. – Polaco disse e foi embora.
― Foi um erro ter vindo aqui. – Tecno Léo disse.

2 comentários :

  1. Hoje, tem muito menino preferindo ir à escola do que traficar, pode uma coisa dessa?

    É mole? Olha a audácia do cara!

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  2. AEWW FINALMENTE ele lembroooou.
    Traficantes que não são bons de matemática... O pessoal que morreu devendo discorda. HAHAHAH!
    E eles vão virar traficantes executivos (já que vão trabalhar na parte administrativa da coisa), pois só roubar tava levinho demais, muito ultrapassado.

    Beijos!

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