A ADVOGADA
― Como um vendedor trabalhando em
Minas Gerais, consegue ser preso em Curitiba? – Lívia perguntou.
― Talvez nem tudo que eu te
contei seja verdade. – Joel respondeu.
― Bom, se você quer que eu te
defenda e te tire daqui, então, talvez, você deva me contar toda a verdade
agora. – ela devolveu com expressão séria.
― É justo. – ele concordou e
contou tudo desde o começo.
― Uau! – ela exclamou com os
olhos arregalados. – Só uau! Você ficou louco, Joel? Como você teve coragem de
fazer isso tudo?
― Se posso usar o talvez de novo,
talvez devamos nos preocupar mais com o que faremos do que com o que eu já fiz.
– Joel falou e recebeu uma encarada.
― Muito bem. – ela disse e se
levantou. – Preciso de um tempo para processar tudo isso. Volto depois do
almoço. – saiu.
A comida da delegacia não era
ruim, mas Joel sabia que havia uma grande chance de ele ser obrigado a provar a
comida de uma penitenciária. Ao terminar a refeição, a ansiedade dominou Joel.
E quando pensou que Lívia não voltaria, um guarda chegou para abrir sua cela e
levá-lo para a sala de visitas.
― Sabe, uma pequena parte de mim achou
que você não viria mais. – ele disse.
― Era o que eu deveria ter feito.
– ela disse séria e tirou papeis da bolsa. – Apesar de tudo o que fez, você
está sendo indiciado apenas por roubo e tentativa de homicídio.
― Só? – Joel tentou brincar, mas
a expressão séria da advogada o fez parar. – Desculpa.
― O Sr. Barton disse que aceita
fazer um acordo se você devolver o dinheiro que sua equipe roubou. – Lívia
disse.
― Não farei nenhum acordo com o
Barton. – Joel disse ficando nervoso. – E não tem equipe nenhuma. Só eu.
― Então onde está o dinheiro? – a
advogada quis saber.
― Eu não sei.
― Você não vai facilitar as
coisas para mim, não é? – ela disse com um sorriso.
― Pense nisso como um desafio. –
Joel disse aproveitando a brecha que a amiga lhe deu.
― Está bem, então. – ela disse e
guardou os papeis que havia tirado. – Como você é réu primário, vou pedir para
que responda o processo em liberdade, mas é provável que tenha que passar mais
essa noite aqui.
― Sem problemas. – ele disse.
― Não vou mentir, Joel, isso não
será fácil. – a loira disse.
― Eu sei. Obrigado. – ele
agradeceu e ela saiu.
Dentro da oficina fechada de
Taís, o assunto era um só: como ajudar Joel a sair da cadeia.
― Você quer que o Joel vire um
fugitivo? – Léo perguntou.
― Se for o único jeito de ele
ficar livre. – Charger respondeu.
― Olha, antes de pensar em ajudar
o Joel, precisamos pensar em nós. – Facada disse. – Ou vocês acham que o Barton
não vai falar de nós?
― Facada tem razão. – Charger
concordou. – Não podemos ficar aqui.
― Para onde vamos então? Todos
nossos amigos e conhecidos são suspeitos. Só se alguém que não goste da gente
nos ajudasse. – Léo disse. – Conseguem ver a incoerência disso?
― E se for alguém que nunca
gostou de um de nós, mas passou a gostar e ninguém ficou sabendo. E de repente,
ele nos ajuda e não será suspeito. – Charger disse.
― De quem está falando? – Léo
perguntou confuso.
― Eu acho que já sei. – Facada
disse. – Acha que o Polaco Azedo vai nos ajudar?
― A sua ideia é o Polaco Azedo? –
Léo se espantou.
― Sim, bem ou mal, nós também o
ajudamos da última vez. – Charger disse. – O que você acha, Taís? – ele
perguntou para a mecânica que estava quieta lendo os papeis que roubara da
empresa do Barton.
― Acho que eu já sei como
inocentar o Joel e ainda incriminar o Barton. – ela disse subitamente
espantando a todos.
A esperta é sempre a mulher rsss
ResponderExcluirTá bom, Lívia não pode morrer. Por enquanto.
ResponderExcluirHeheh
Beijo.