RENDIÇÃO
Mancando, Joel conseguiu chegar
até a porta. Imaginou que, como não tinha levado outro tiro ainda, Barton não o
queria morto.
― Você tem uma difícil escolha
para fazer, Joel. – o empresário disse quando o ladrão abriu a porta. – Você ou
os seus amigos? Para salvá-los é preciso que se sacrifique. A pergunta que deve
ser feita é: eles fariam o mesmo por você?
― Sem pensar duas vezes. – Joel
respondeu e saiu mancando.
No corredor do último andar, ele
ficou apertando impaciente o botão do elevador, e enquanto não veio, Joel falou
com seus amigos pelo comunicador.
― Pessoal! Mudança de planos.
Vocês fogem pelos fundos e vão para os carros e eu os alcanço logo. – ele disse
e o elevador chegou.
Dentro do compartimento, Joel
rasgou a manga esquerda de sua camisa e amarrou em volta do ferimento da perna
esquerda. Grunhiu de dor e então se recompôs. Ao sair do elevador teve uma
surpresa.
― Charger! O que está fazendo
aqui? Eu disse para fugir. – o líder disse.
― Não vou sair daqui sem você. –
o amigo devolveu. – Você está ferido. – o mecânico disse ao notar a perna de
Joel.
― Confesso que nunca imaginei que
acabaria assim, mas eu não posso ir com vocês, só irei atrasá-los e
atrapalhá-los. – o baleado disse. – O Barton sabia que viríamos. Desculpa não
ter acreditado em você antes, amigão.
― Esquece isso. Precisamos ir. –
Charger o apressou e tentou puxá-lo pelo braço, mas foi repelido.
― Não! Você precisa ir. – Joel
disse com veemência. – Eu juntei esse grupo, eu confiei no Barton e nos trouxe
até aqui hoje. Ninguém além de mim precisa pagar pelos meus erros.
Charger ficou sem resposta e sem
ação. Parte dele queria respeitar a decisão do amigo e fugir logo dali, mas
outra queria pegar Joel à força e levá-lo embora. O barulho das sirenes ficava
cada vez mais intenso. No fim, o mecânico decidiu fugir.
― Nós vamos te ajudar a sair de
lá, Joel. – Charger disse enquanto os primeiros carros policiais estacionavam
na frente do prédio. – Você tem minha palavra. – disse e saiu.
Assim que seu melhor amigo se
foi, Joel caminhou mancando até a porta frontal do edifício. Ele a abriu e
vários feixes de luz de faróis de carros foram jogados em seu rosto. Colocou a
mão direita sobre os olhos.
― FIQUE DE JOELHOS E COLOQUE AS
DUAS MÃOS NA CABEÇA! – disse um policial através de um megafone.
Joel fez o que lhe foi dito e em
seguida, dois oficiais partiram para onde ele estava. Um pegou seus braços e os
algemou pelas costas, o outro o levantou e o empurrou até uma das viaturas.
Enquanto entrava no banco de trás
do carro, Joel só conseguia pensar se seus amigos tinham conseguido fugir.
― O que vamos fazer agora? – Léo
perguntou enquanto Charger dirigia.
― Primeiro precisamos de um lugar
para ir. O Centro de Operações é o primeiro lugar que irão. O Barton irá se
certificar disso. – o motorista respondeu.
― Podemos ir para minha oficina.
– Taís sugeriu. – Minha irmã está na casa dos meus tios.
― Perfeito! É para lá que vamos
então. – Charger definiu. – Léo, apague todos os vídeos em que nossos rostos
apareceram hoje. Não conseguiremos ajudar o Joel se também estivermos presos.
― Certo! Considere feito. – o
técnico garantiu.
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― Seja rápido. – o guarda disse
para Joel que assentiu com a cabeça.
O detento discou o número e
aguardou enquanto chamava.
― Alô! – uma voz feminina
atendeu.
― Alô, Lívia? – Joel perguntou.
― Sim, quem é? – ela confirmou e
devolveu a pergunta.
― Oi, é o Joel, tudo bem? – ele
disse tentando manter a calma.
― Ah, oi, Joel, tudo certo, e
você, como está? – ela perguntou.
― Não muito bem, na verdade estou
ligando para te pedir ajuda com um probleminha que estou tendo. – ele disse.
― Que problema? O que aconteceu,
Joel? – ela falou com tom de voz preocupado.
Joel suspirou antes de responder.
― Eu estou preso. – ele disse.
Estou de volta!
ResponderExcluirFoi um capítulo muito bom... Essa não deu pro Joel...
Um abraço!
Um guarda-livros
Parece que deu uma esquentada aqui no conto..rsrs.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário-elogio lá no Sem Pudor.
Beijos!
Vem revide aí
ResponderExcluirUai, mas agora comecei a torcer pra o Joel se ferrar! O cara nunca lembra da mulher e do filho e agora essa Lívia na história. Lívia tem que morrer. e.e
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