ARREPENDIMENTO
― Desculpa, Srta., mas acho que
você errou o lugar. – disse o porteiro do prédio.
― Não, eu não errei. Além de o
meu namorado trabalhar aqui como espião, eu já estive aqui. Então, não tente me
enganar, sei muito bem que estou no lugar certo. – Duda respondeu em tom
nervoso.
― Repito que a Srta. deve ter se
enganado de prédio. – o porteiro insistiu e a garota loira gritou.
― Eu não estou enganada! – ela
gritou. – Eu só preciso de 5 minutos com o Sr. Krusma, o chefe da agência.
― Não há ninguém com esse nome
aqui. – o rapaz devolveu e nesse momento, um homem vestindo jeans e camisa
social, segurando uma maleta, saiu de um elevador e passou pela catraca de
entrada/saída. – Boa tarde, Sr. Baltar, como vai?
― Muito bem, Denílson. – o homem
disse e saiu.
― Srta., vou pedir para que se
retire. – Denílson disse.
― Muito bem, mas aviso-lhe que
meu namorado irá saber disso e você vai se arrepender de ter me tratado assim.
– Duda disse e saiu do prédio.
Ao seguir seu caminho para casa,
ainda nervosa, a garota loira foi parada por uma voz.
― Você nunca vai conseguir entrar
na agência desse jeito. – disse um homem que colocava óculos escuros.
Ela parou e se virou para
encará-lo, notou seu cabelo castanho escuro com um topete levemente inclinado
para o lado com uns fios que insistiam em lhe cair pela testa. Ao ver sua roupa
e a mala em sua mão, reconheceu-o.
― Você é...
― Levi Baltar, mas todos me
chamam de Baltar. – ele completou. – Não é sempre que uma mulher tão bonita
aparece implorando para entrar na Agência de Espionagem.
― Você é... – ela começou com um
olhar de espanto.
― Um espião? Sim, mas não
espalha. – ele se aproximou ficando ao lado dela. – Tem uma lanchonete muito
boa ali na esquina, por que não vamos até lá e bebemos alguma coisa? Assim você
aproveita e me conta por que queria tanto falar com meu adorável chefe. –
Baltar disse e girou-a pelo ombro para a direção da lanchonete.
Após pedirem um refrigerante cada
um, o espião deu um gole e iniciou a conversa.
― Então, fale-me sobre você e
quem é o seu namorado na agência.
― Meu nome é Eduarda, mas pode
chamar de Duda. Meu namorado é o Zé Mané. – ela contou.
― Ah, o Zé! Bom garoto, ele. Ele
nunca te disse para não ir à agência sem hora marcada? – Baltar devolveu.
― Sim, mas é uma emergência e não
quero que ele saiba que eu vim.
― Por que veio aqui? O que quer
com o Krusma? – o espião ficou curioso.
― Quero ser uma espiã. – Duda
disse com seriedade.
― Por quê? – ele devolveu com
igual seriedade.
― Há dois meses, quando Zé e sua
equipe me resgataram do prédio do Parvo, ele decidiu não ser mais um espião. O
mesmo não aconteceu com seus amigos. – Duda começou a narrativa. – Então, mesmo
estando comigo, Zé nunca estava 100%. Notando isso, eu disse que ele deveria
voltar a ser um espião, pois eu queria ele feliz quando estivesse comigo.
Eu sabia que teríamos menos tempo juntos...
― Mas vocês mal se veem, não é? –
Baltar adivinhou e Duda assentiu. – Você tentou ser uma boa namorada e acabou
levando a pior. Agora, para não pedir para ele deixar de ser espião, você quer
se tornar uma para poder ficar perto dele nem que seja nas missões. – ele
disse.
― Exatamente. – ela confirmou.
― E que tipo de espiã você quer
ser? No que é boa?
― Não sabia que tinha tipos.
Posso aprender o que for necessário. – ela respondeu.
― Vamos pegar a Equipe Z.É. como
exemplo. – ele começou. – Há os agentes técnicos que lidam com os equipamentos
e armas das missões, que seriam Rob e Joca, mas eles também são considerados
agentes estrategistas, assim como o Zé que tem o papel de desenvolver o plano e
todas as suas partes, toda e qualquer decisão deve passar por ele. E por fim,
há os agentes de campo, que são o Maurição e a Érica. – Baltar explicou.
― A Érica é de campo, é? – Duda
repetiu refletindo.
― Sim, por que o interesse nela?
– o espião quis saber.
― O Zé a admira muito, diz que
ela já salvou a vida dele mais de uma vez e que ela luta muito bem além de
sempre contribuir com ótimas ideias. – a garota loira contou. – Eu quero ser
uma agente de campo, e quero ser melhor que a Érica. – ela decidiu.
― Então, hoje é o seu dia de
sorte, pois eu sou o espião que ensinou tudo o que a Érica sabe. – Baltar disse
e recebeu um largo sorriso de Duda.
Sei não, mas acho que este Baltar tá é de olho na gata do Zé.
ResponderExcluirComo diz o povo aqui: "Mai né lasca uma corra dessa??!"
ResponderExcluirÉ o quê?!
HAHAHAHAHAHAHAHAH Chega deu vontade de fazer uma dissertação agora sobre os aspectos dos relacionamentos desse povo.
Resumindo: O Zé é mesmo um MANÉ, pois quem quer arruma tempo, e se não quer devia dar no pé ao invés de encher a namorada que ele quase nunca vê fazendo elogios a uma amiga.
Duda, vai ser burra assim num estábulo! Que coisa feia... Querendo se tornar rival da amiga do namorado. Tem é que se tornar amiga e abrir o olho (com muito cuidado pra não tem o olho furado)! U.u
Esse Baltar aí, sei não... Desconfio dele. e.e hahah
;*