quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Conspiração Temporal T02C02

ARREPENDIMENTO

― Desculpa, Srta., mas acho que você errou o lugar. – disse o porteiro do prédio.
― Não, eu não errei. Além de o meu namorado trabalhar aqui como espião, eu já estive aqui. Então, não tente me enganar, sei muito bem que estou no lugar certo. – Duda respondeu em tom nervoso.
― Repito que a Srta. deve ter se enganado de prédio. – o porteiro insistiu e a garota loira gritou.
― Eu não estou enganada! – ela gritou. – Eu só preciso de 5 minutos com o Sr. Krusma, o chefe da agência.
― Não há ninguém com esse nome aqui. – o rapaz devolveu e nesse momento, um homem vestindo jeans e camisa social, segurando uma maleta, saiu de um elevador e passou pela catraca de entrada/saída. – Boa tarde, Sr. Baltar, como vai?
― Muito bem, Denílson. – o homem disse e saiu.
― Srta., vou pedir para que se retire. – Denílson disse.
― Muito bem, mas aviso-lhe que meu namorado irá saber disso e você vai se arrepender de ter me tratado assim. – Duda disse e saiu do prédio.
Ao seguir seu caminho para casa, ainda nervosa, a garota loira foi parada por uma voz.
― Você nunca vai conseguir entrar na agência desse jeito. – disse um homem que colocava óculos escuros.
Ela parou e se virou para encará-lo, notou seu cabelo castanho escuro com um topete levemente inclinado para o lado com uns fios que insistiam em lhe cair pela testa. Ao ver sua roupa e a mala em sua mão, reconheceu-o.
― Você é...
― Levi Baltar, mas todos me chamam de Baltar. – ele completou. – Não é sempre que uma mulher tão bonita aparece implorando para entrar na Agência de Espionagem.
― Você é... – ela começou com um olhar de espanto.
― Um espião? Sim, mas não espalha. – ele se aproximou ficando ao lado dela. – Tem uma lanchonete muito boa ali na esquina, por que não vamos até lá e bebemos alguma coisa? Assim você aproveita e me conta por que queria tanto falar com meu adorável chefe. – Baltar disse e girou-a pelo ombro para a direção da lanchonete.


Após pedirem um refrigerante cada um, o espião deu um gole e iniciou a conversa.
― Então, fale-me sobre você e quem é o seu namorado na agência.
― Meu nome é Eduarda, mas pode chamar de Duda. Meu namorado é o Zé Mané. – ela contou.
― Ah, o Zé! Bom garoto, ele. Ele nunca te disse para não ir à agência sem hora marcada? – Baltar devolveu.
― Sim, mas é uma emergência e não quero que ele saiba que eu vim.
― Por que veio aqui? O que quer com o Krusma? – o espião ficou curioso.
― Quero ser uma espiã. – Duda disse com seriedade.
― Por quê? – ele devolveu com igual seriedade.
― Há dois meses, quando Zé e sua equipe me resgataram do prédio do Parvo, ele decidiu não ser mais um espião. O mesmo não aconteceu com seus amigos. – Duda começou a narrativa. – Então, mesmo estando comigo, Zé nunca estava 100%. Notando isso, eu disse que ele deveria voltar a ser um espião, pois eu queria ele feliz quando estivesse comigo. Eu sabia que teríamos menos tempo juntos...
― Mas vocês mal se veem, não é? – Baltar adivinhou e Duda assentiu. – Você tentou ser uma boa namorada e acabou levando a pior. Agora, para não pedir para ele deixar de ser espião, você quer se tornar uma para poder ficar perto dele nem que seja nas missões. – ele disse.
― Exatamente. – ela confirmou.
― E que tipo de espiã você quer ser? No que é boa?
― Não sabia que tinha tipos. Posso aprender o que for necessário. – ela respondeu.
― Vamos pegar a Equipe Z.É. como exemplo. – ele começou. – Há os agentes técnicos que lidam com os equipamentos e armas das missões, que seriam Rob e Joca, mas eles também são considerados agentes estrategistas, assim como o Zé que tem o papel de desenvolver o plano e todas as suas partes, toda e qualquer decisão deve passar por ele. E por fim, há os agentes de campo, que são o Maurição e a Érica. – Baltar explicou.
― A Érica é de campo, é? – Duda repetiu refletindo.
― Sim, por que o interesse nela? – o espião quis saber.
― O Zé a admira muito, diz que ela já salvou a vida dele mais de uma vez e que ela luta muito bem além de sempre contribuir com ótimas ideias. – a garota loira contou. – Eu quero ser uma agente de campo, e quero ser melhor que a Érica. – ela decidiu.

― Então, hoje é o seu dia de sorte, pois eu sou o espião que ensinou tudo o que a Érica sabe. – Baltar disse e recebeu um largo sorriso de Duda.

2 comentários :

  1. Sei não, mas acho que este Baltar tá é de olho na gata do Zé.

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  2. Como diz o povo aqui: "Mai né lasca uma corra dessa??!"
    É o quê?!
    HAHAHAHAHAHAHAHAH Chega deu vontade de fazer uma dissertação agora sobre os aspectos dos relacionamentos desse povo.
    Resumindo: O Zé é mesmo um MANÉ, pois quem quer arruma tempo, e se não quer devia dar no pé ao invés de encher a namorada que ele quase nunca vê fazendo elogios a uma amiga.
    Duda, vai ser burra assim num estábulo! Que coisa feia... Querendo se tornar rival da amiga do namorado. Tem é que se tornar amiga e abrir o olho (com muito cuidado pra não tem o olho furado)! U.u
    Esse Baltar aí, sei não... Desconfio dele. e.e hahah

    ;*

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