segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A Arte De Roubar T04C03

HORA DE ROUBAR

― Tudo livre. – Léo avisou quando viu pelas câmeras que todos os funcionários haviam saído. Ele levantou e foi abrir a porta do banheiro em que estava, quando ouviu um barulho do banheiro ao lado. – Você está mijando, Charger? – perguntou.
― Sim. Não é essa a vantagem de nos escondermos no banheiro. – o mecânico respondeu e Léo riu, assim como Taís e Facada pelo comunicador.
― Vamos andar por andar, assim fica mais organizado e não nos perdemos. – o técnico de informática disse ao se reunirem no primeiro andar. – Esse prédio tem 10 andares, vamos fazer a limpa até o nono. Barton está no décimo, enquanto Joel o distrai, nós o roubamos. – Léo disse. – Agora, peguem tudo de valor que houver em cada sala, que eu cuido das câmeras e alarmes.
― Certo. – os outros três concordaram.
Cada um estava propriamente vestido e equipado. Roupas pretas e botas que não fazem barulho. Malas e mochilas para serem preenchidas. Na primeira sala, Charger encontrou vários objetos dourados e prateados. Taís não se ateve apenas a objetos metálicos, em uma passada rápida de olhos, ela decidiu pegar alguns documentos que estavam em cima de uma mesa.
Facada encontrou o cofre na sala em que foi, chamou Léo para abri-lo e assim que este o fez, uma das malas do atirador ficou cheia. Dessa maneira, eles fizeram em cada um dos andares até o nono. Conforme combinado, os quatro ladrões desceram de volta ao primeiro andar e avisaram Joel sobre seu progresso.
― Terminamos, Joel. – Tecno Léo avisou. – Estamos te aguardando no primeiro andar.


Quando entrou na sala do empresário, o líder dos ladrões foi recebido com um grande sorriso. “Ele sorri com tanta facilidade... e falsidade”, Joel pensou.
― Joel, por favor, sente-se. – Barton ofereceu.
― Estou bem de pé, obrigado. – Joel agradeceu e se aproximou das duas cadeiras de visitas.
― Muito bem, e a que devo a honra de sua visita? – o empresário disse e fechou seu laptop.
― Vim avisar que nós não vamos roubar a Seguradora Visão. O senhor pode escolher outro lugar de sua preferência. – o ladrão disse.
― Hum, confesso que não esperava por essa. – Barton disse. – Receio que não posso aceitar isso.
― Não é uma questão de aceitar, eu vim apenas avisá-lo. Não estou pedindo sua permissão. – Joel devolveu.
― Fico muito triste com isso, Joel. Não imaginei que chegaríamos a esse ponto, mas acho que devo ficar grato por não ter sido antes. – Barton disse e balançou a cabeça em negativa.
― Do que você está falando? – o ladrão quis saber.
― O que eu não esperava era que o motivo de sua visita era me anunciar que não quer mais roubar minha maior rival. Mas você acha mesmo que eu não saberia que você e seus amiguinhos estavam planejando me roubar? – o empresário disse e Joel arregalou os olhos.
― Como você...
― Assim como você, eu também tenho meu geniozinho da informática. – Barton revelou. – Sei de cada passo de vocês, desde o começo.
Sem pensar, Joel sacou a arma que havia levado e apontou para o empresário.
― Você está cometendo um erro, Joel. – Barton disse calmamente.
― Erro, eu cometi quando confiei em você. – o ladrão disse.
― Atirar em mim não resolverá seu problema. Além disso, muitas viaturas da polícia estão a caminho daqui. – o empresário avisou.
― Não me importa. Pode não resolver meu problema, mas me deixará mais aliviado. – Joel disse e deslizou o dedo no gatilho.

O vidro da janela atrás de Barton se quebrou totalmente, enquanto Joel jazia no chão com um tiro na perna. O empresário levantou com a arma que estava embaixo de sua mesa. O ladrão fez um grande esforço e conseguiu se levantar. Nesse momento, Léo falou pelo comunicador ao mesmo tempo em que sirenes de viaturas policiais foram ouvidas. 

4 comentários :

  1. Das tuas histórias seriadas as que eu mais gosto são "A arte de roubar" e "O motoqueiro das trevas" Gostei bastante desse episódio!

    Um abraço!
    Rodolfo Soares
    Um guarda-livros

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  2. Eiiii.... nunca mais tinha vindo aqui, estava com saudades!

    PS: Porque eu tenho tanta dificuldade de acompanhar suas historias? Aff...haha.

    Beijos.

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  3. Bah! Este Joel não é tão esperto quanto eu pensava.

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  4. Numa primeira olhada, eu li "hora de morfar!" Hahahah Os Power Rangers às Avessas em ação.
    Tava aqui pensando: É tão curioso que a numeração do andar vá aumentando à medida que o cargo aumenta, né? Nunca o presidente de uma empresa está no primeiro andar, ou no segundo. Curioso. Chefes têm uma coisa meio de amigo ciumento que deixava depoimento no Orkut e vivia passando na cara dos outros: "o topo é meu!"
    Barton safado.

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