HORA DE ROUBAR
― Tudo livre. – Léo avisou quando
viu pelas câmeras que todos os funcionários haviam saído. Ele levantou e foi
abrir a porta do banheiro em que estava, quando ouviu um barulho do banheiro ao
lado. – Você está mijando, Charger? – perguntou.
― Sim. Não é essa a vantagem de
nos escondermos no banheiro. – o mecânico respondeu e Léo riu, assim como Taís
e Facada pelo comunicador.
― Vamos andar por andar, assim
fica mais organizado e não nos perdemos. – o técnico de informática disse ao se
reunirem no primeiro andar. – Esse prédio tem 10 andares, vamos fazer a limpa
até o nono. Barton está no décimo, enquanto Joel o distrai, nós o roubamos. –
Léo disse. – Agora, peguem tudo de valor que houver em cada sala, que eu cuido
das câmeras e alarmes.
― Certo. – os outros três
concordaram.
Cada um estava propriamente
vestido e equipado. Roupas pretas e botas que não fazem barulho. Malas e
mochilas para serem preenchidas. Na primeira sala, Charger encontrou vários
objetos dourados e prateados. Taís não se ateve apenas a objetos metálicos, em
uma passada rápida de olhos, ela decidiu pegar alguns documentos que estavam em
cima de uma mesa.
Facada encontrou o cofre na sala
em que foi, chamou Léo para abri-lo e assim que este o fez, uma das malas do
atirador ficou cheia. Dessa maneira, eles fizeram em cada um dos andares até o
nono. Conforme combinado, os quatro ladrões desceram de volta ao primeiro andar
e avisaram Joel sobre seu progresso.
― Terminamos, Joel. – Tecno Léo
avisou. – Estamos te aguardando no primeiro andar.
Quando entrou na sala do
empresário, o líder dos ladrões foi recebido com um grande sorriso. “Ele sorri
com tanta facilidade... e falsidade”, Joel pensou.
― Joel, por favor, sente-se. –
Barton ofereceu.
― Estou bem de pé, obrigado. –
Joel agradeceu e se aproximou das duas cadeiras de visitas.
― Muito bem, e a que devo a honra
de sua visita? – o empresário disse e fechou seu laptop.
― Vim avisar que nós não vamos
roubar a Seguradora Visão. O senhor pode escolher outro lugar de sua
preferência. – o ladrão disse.
― Hum, confesso que não esperava
por essa. – Barton disse. – Receio que não posso aceitar isso.
― Não é uma questão de aceitar, eu
vim apenas avisá-lo. Não estou pedindo sua permissão. – Joel devolveu.
― Fico muito triste com isso,
Joel. Não imaginei que chegaríamos a esse ponto, mas acho que devo ficar grato
por não ter sido antes. – Barton disse e balançou a cabeça em negativa.
― Do que você está falando? – o
ladrão quis saber.
― O que eu não esperava era que o
motivo de sua visita era me anunciar que não quer mais roubar minha maior
rival. Mas você acha mesmo que eu não saberia que você e seus amiguinhos
estavam planejando me roubar? – o empresário disse e Joel arregalou os olhos.
― Como você...
― Assim como você, eu também
tenho meu geniozinho da informática. – Barton revelou. – Sei de cada passo de
vocês, desde o começo.
Sem pensar, Joel sacou a arma que
havia levado e apontou para o empresário.
― Você está cometendo um erro,
Joel. – Barton disse calmamente.
― Erro, eu cometi quando confiei
em você. – o ladrão disse.
― Atirar em mim não resolverá seu
problema. Além disso, muitas viaturas da polícia estão a caminho daqui. – o empresário
avisou.
― Não me importa. Pode não
resolver meu problema, mas me deixará mais aliviado. – Joel disse e deslizou o
dedo no gatilho.
O vidro da janela atrás de Barton
se quebrou totalmente, enquanto Joel jazia no chão com um tiro na perna. O
empresário levantou com a arma que estava embaixo de sua mesa. O ladrão fez um
grande esforço e conseguiu se levantar. Nesse momento, Léo falou pelo
comunicador ao mesmo tempo em que sirenes de viaturas policiais foram ouvidas.
Das tuas histórias seriadas as que eu mais gosto são "A arte de roubar" e "O motoqueiro das trevas" Gostei bastante desse episódio!
ResponderExcluirUm abraço!
Rodolfo Soares
Um guarda-livros
Eiiii.... nunca mais tinha vindo aqui, estava com saudades!
ResponderExcluirPS: Porque eu tenho tanta dificuldade de acompanhar suas historias? Aff...haha.
Beijos.
Bah! Este Joel não é tão esperto quanto eu pensava.
ResponderExcluirNuma primeira olhada, eu li "hora de morfar!" Hahahah Os Power Rangers às Avessas em ação.
ResponderExcluirTava aqui pensando: É tão curioso que a numeração do andar vá aumentando à medida que o cargo aumenta, né? Nunca o presidente de uma empresa está no primeiro andar, ou no segundo. Curioso. Chefes têm uma coisa meio de amigo ciumento que deixava depoimento no Orkut e vivia passando na cara dos outros: "o topo é meu!"
Barton safado.