A BALADA DO
MOTOQUEIRO
Borba soltou a mala cheia de
dinheiro na mesa do traficante.
― Está tudo aí? – Valeta
perguntou.
― Conta. – o ex-militar disse e
fez o traficante rir.
A balada estava lotada. Era
preciso gritar para ser ouvido. Faltava pouco para Borba entrar em ação.
― Vejo que é um homem que paga
suas dívidas. – Valeta disse para Borba, que assentiu com a cabeça. – Agora me
diga, o que aconteceu com os cincos homens que eu mandei para cobrá-lo hoje?
― Não encontrei com nenhum, eles
devem ter se perdido ou nos desencontramos. – Borba respondeu, torcendo para
Ian se apressar.
Antes que o traficante pudesse
dizer alguma coisa a mais, uma grande explosão ocorreu no bar do local. Bebidas
e vidros voaram por toda a balada. O tumulto que seguiu esvaziou o
estabelecimento. Borba foi com os traficantes para a porta dos fundos. Nesse
momento, outro ponto explodiu e em seguida outro, e outro, e outro, e outro.
― Aqui estaremos seguros. – um
dos homens de Valeta disse quando saíram nos fundo da balada.
― Eu não teria tanta certeza. –
uma voz grave disse e, das sombras, vários tiros foram disparados e todos os
alvos caíram.
― Como você me convenceu a
participar desse plano louco mesmo? – Borba perguntou.
― Te prometi casa, comida e uma
máquina para lavar sua roupa. – o Motoqueiro respondeu e deu um leve sorriso. –
Hora do Grand Finale. – abriu a porta
e jogou uma granada. – É melhor irmos, isso vai desabar em questão de segundos.
Eram 3h da madrugada quando
chegaram ao local seguro. Desceram da moto e Borba não aguentou mais segurar a
pergunta.
― Por que eu paguei minha dívida
se você ia matá-los?
― Porque ainda preciso de você no
submundo. Com certeza alguém de outro grupo te viu por lá. Do jeito que
fizemos, você foi só mais vítima do acaso, logo ainda pode ser considerado um
ótimo contato para se obter armas. – Ian explicou.
― Agora eu vi um sentido. – Borba
disse.
― Vamos acertar alguns detalhes.
– Ian começou a dizer. – Esse será o quartel general principal, o QGP. E essa
será a única noite que você dormirá aqui. A partir de amanhã, iremos encontrar
outros locais seguros para guardar armas e suprimentos. Você ficará em um
desses.
― Tudo bem. Como vamos nos
comunicar? – o ex-militar perguntou.
― Celulares. Use isto, é muito
útil. – Ian disse e lhe entregou um fone de ouvido sem fio. – É um comunicador
ligado ao telefone, coloque no ouvido e aperte o botão para ligar ou atender.
― Como conseguiu isso?
― São Paulo tem muita coisa
legal. – o Motoqueiro disse e ambos riram. – Agora, vamos descansar que o dia
amanhã será cheio.
Na delegacia, Raquel tomava seu
café, enquanto lia o arquivo do seu próximo caso. Não demorou muito e o
Delegado Rocha jogou o jornal do dia para que ela visse a matéria da capa.
― Ele atacou de novo! – Rocha
disse com sua voz alta. – Eles estão chamando de ‘A Balada do Motoqueiro’.
― Mas como eles podem ter certeza
que foi ele? E se foi, como prever as ações desse motoqueiro para poder
prendê-lo? – Raquel indagou seu chefe.
― As respostas dessas perguntas,
detetive, é você quem vai me contar. – o delegado Rocha disse e voltou para sua
sala.
Raquel terminou seu café, vestiu
sua jaqueta e saiu.
Gostei desse capítulo, agora sim estou certinho na maioria das séries! Linkei seu blog no meu! Um abraço!
ResponderExcluirUm guarda-livros
A balada do motoqueiro foi ótimo! rsss
ResponderExcluirEita! Raquel, a morena dilíça do chuveiro? É isso mesmo, produção? :O
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