O TRABALHO
SUJO
Quando os corpos de quatro homens
procurados por estupro e homicídio foram levados para o Instituto de
Criminalística de Curitiba, só uma coisa faltava para descobrir quem os matou:
a arma do crime. Após dois dias de trabalho intenso no instituto, Mateus e Ana,
apesar de muito cansados, não estavam nem perto de ter uma pista do mistério
que lhes surgiu.
Eles já haviam olhado em todos os
bancos de dados existentes no país e fora dele. Procuraram por armas pouco
utilizadas, não utilizadas e ainda por aquelas que nem estavam no mercado. Nenhuma
delas combinou com o padrão de energia deixado nos corpos.
― Ih, nosso tempo acabou. –
Mateus disse ao ver o Delegado Rocha e a Detetive Marins se aproximando da sala
dos peritos.
― Conseguiram alguma coisa? –
Rocha perguntou.
― Não, senhor. – Ana respondeu.
― Embalem os corpos. Vamos
encerrar o caso. – o delegado decretou e saiu.
― Rocha, espera. – Raquel correu
para alcançá-lo. – Você não pode fazer isso.
― Quem é o delegado aqui mesmo,
detetive? – ele perguntou.
― Não podemos desistir sempre que
um caso for difícil. Desse jeito, logo todos ficaram sem ser resolvido. – a
morena ponderou.
― Sei disso, garota. – ele disse
e a puxou para um canto em que não pudessem ser ouvidos. – Eu acompanhei de
perto todo o trabalho duro dos peritos nesses dois dias. Se houvesse algo a ser
descoberto por eles, já teria acontecido. – Rocha disse.
― E então você vai simplesmente
encerrar o caso? – Raquel quis saber.
― Não, eu vou passar para pessoas
com mais recursos e menos escrúpulos que nós. – o delegado respondeu e, ao ver
a confusão da detetive, continuou. – Há uma divisão federal que é responsável
pelos casos não resolvidos pela polícia. Podemos dizer que eles são os que
fazem o trabalho sujo. Eles não têm muitas regras e por isso conseguem resolver
o que não conseguimos, mas isso tem um preço: o anonimato. Ou seja, eles fazem
o esforço e nós levamos o crédito. – Rocha contou.
― Quem são eles? – Raquel
perguntou.
― Outro dia, eu te conto. Agora,
vamos. Tenho um novo caso para você. – ele disse e a abraçou de lado, levando-a
para a saída.
― Rá! Ganhei de novo! – Érica
vibrou ao terminar mais uma corrida em primeiro, no videogame do salão de jogos
da Agência de Espionagem.
― Que sem graça! Você é boa em
tudo? – Maurição perguntou.
― Até agora sim. – a morena
respondeu com um sorriso no rosto. Nesse momento, um agente administrativo
surgiu à porta.
― Agentes! Há algo que vocês
precisam ver. – ele disse.
― Até que enfim! Achei que não
teria nada nesse plantão. – Érica disse e levantou animada para seguir o
agente.
O Agente Cruz os levou ao
necrotério do prédio, onde quatro corpos se encontravam cobertos.
― Chegaram agora a pouco. – ele
informou e lhes contou a história.
― E as testemunhas? – perguntou a
Agente E.
― Nenhuma quis falar.
Aparentemente, ninguém vê nada direito às 3h da madrugada. – Cruz falou.
― Maurição, liga para o Zé. Vamos
precisar dele. – Érica disse.
Num dos hotéis mais baratos de
Curitiba, duas belas mulheres dividiam um quarto. Nanda estava pensativa,
refletindo sobre o que fazer em seguida. Jess estava impaciente, andando de um
lado para o outro.
― Precisamos fazer alguma coisa,
não vamos achar o garoto, paradas aqui. – Jess disse.
― Eu estou pensando. – a loira
respondeu.
― Você está assim há dois dias.
Temos que fazer algo antes que matemos e roubemos mais pessoas. – a morena
lembrou.
― Eles eram quatro estupradores e
homicidas. Fizemos um favor para essa época. – Nanda disse.
― É, mas você não sabia isso na
hora. – Jess rebateu.
― Uma feliz coincidência. – a
loira disse sem se abalar. – Já sei, vamos a uma loja de videogames e ver como
está a expectativa das pessoas com relação ao jogo Zombie Crisis. Afinal, como você disse, não vamos achar o garoto,
paradas aqui. – Nanda disse e piscou para a amiga.
A Turbilhão Games estava lotada. A maioria das pessoas fazia pedidos
para garantir a sua cópia quando o jogo fosse lançado. Outros estavam apenas
olhando. As duas amigas não entraram de imediato, decidiram olhar um pouco de
fora para ver se encontravam o garoto que procuravam.
Entre as muitas pessoas que
observaram, seus olhos passaram por um rapaz alto e magro, com cabelo espetado
e camisa xadrez.
he he he Começou também.
ResponderExcluirLá vem o Zé ou melhor agente Zé.
Eita! Dois desenhos! *0*
ResponderExcluirA Jéssica e a Nanda acabaram matando os 4. Nada melhor que umas mortes justas pra terminar bem uma viagem de volta ao passado, né? Hahahah Que doideira... E se fossem só uns bêbados idiotas e inocentes? o.o Que medo delas.
Zé Manééé!! Huahuahuahua Que onda! :D
Beijo!