terça-feira, 3 de setembro de 2013

Conspiração Temporal T02C01

O TRABALHO SUJO

Quando os corpos de quatro homens procurados por estupro e homicídio foram levados para o Instituto de Criminalística de Curitiba, só uma coisa faltava para descobrir quem os matou: a arma do crime. Após dois dias de trabalho intenso no instituto, Mateus e Ana, apesar de muito cansados, não estavam nem perto de ter uma pista do mistério que lhes surgiu.
Eles já haviam olhado em todos os bancos de dados existentes no país e fora dele. Procuraram por armas pouco utilizadas, não utilizadas e ainda por aquelas que nem estavam no mercado. Nenhuma delas combinou com o padrão de energia deixado nos corpos.
― Ih, nosso tempo acabou. – Mateus disse ao ver o Delegado Rocha e a Detetive Marins se aproximando da sala dos peritos.
― Conseguiram alguma coisa? – Rocha perguntou.
― Não, senhor. – Ana respondeu.
― Embalem os corpos. Vamos encerrar o caso. – o delegado decretou e saiu.
― Rocha, espera. – Raquel correu para alcançá-lo. – Você não pode fazer isso.
― Quem é o delegado aqui mesmo, detetive? – ele perguntou.
― Não podemos desistir sempre que um caso for difícil. Desse jeito, logo todos ficaram sem ser resolvido. – a morena ponderou.
― Sei disso, garota. – ele disse e a puxou para um canto em que não pudessem ser ouvidos. – Eu acompanhei de perto todo o trabalho duro dos peritos nesses dois dias. Se houvesse algo a ser descoberto por eles, já teria acontecido. – Rocha disse.
― E então você vai simplesmente encerrar o caso? – Raquel quis saber.
― Não, eu vou passar para pessoas com mais recursos e menos escrúpulos que nós. – o delegado respondeu e, ao ver a confusão da detetive, continuou. – Há uma divisão federal que é responsável pelos casos não resolvidos pela polícia. Podemos dizer que eles são os que fazem o trabalho sujo. Eles não têm muitas regras e por isso conseguem resolver o que não conseguimos, mas isso tem um preço: o anonimato. Ou seja, eles fazem o esforço e nós levamos o crédito. – Rocha contou.
― Quem são eles? – Raquel perguntou.
― Outro dia, eu te conto. Agora, vamos. Tenho um novo caso para você. – ele disse e a abraçou de lado, levando-a para a saída.


― Rá! Ganhei de novo! – Érica vibrou ao terminar mais uma corrida em primeiro, no videogame do salão de jogos da Agência de Espionagem.
― Que sem graça! Você é boa em tudo? – Maurição perguntou.
― Até agora sim. – a morena respondeu com um sorriso no rosto. Nesse momento, um agente administrativo surgiu à porta.
― Agentes! Há algo que vocês precisam ver. – ele disse.
― Até que enfim! Achei que não teria nada nesse plantão. – Érica disse e levantou animada para seguir o agente.
O Agente Cruz os levou ao necrotério do prédio, onde quatro corpos se encontravam cobertos.
― Chegaram agora a pouco. – ele informou e lhes contou a história.
― E as testemunhas? – perguntou a Agente E.
― Nenhuma quis falar. Aparentemente, ninguém vê nada direito às 3h da madrugada. – Cruz falou.
― Maurição, liga para o Zé. Vamos precisar dele. – Érica disse.


Num dos hotéis mais baratos de Curitiba, duas belas mulheres dividiam um quarto. Nanda estava pensativa, refletindo sobre o que fazer em seguida. Jess estava impaciente, andando de um lado para o outro.
― Precisamos fazer alguma coisa, não vamos achar o garoto, paradas aqui. – Jess disse.
― Eu estou pensando. – a loira respondeu.
― Você está assim há dois dias. Temos que fazer algo antes que matemos e roubemos mais pessoas. – a morena lembrou.
― Eles eram quatro estupradores e homicidas. Fizemos um favor para essa época. – Nanda disse.
― É, mas você não sabia isso na hora. – Jess rebateu.
― Uma feliz coincidência. – a loira disse sem se abalar. – Já sei, vamos a uma loja de videogames e ver como está a expectativa das pessoas com relação ao jogo Zombie Crisis. Afinal, como você disse, não vamos achar o garoto, paradas aqui. – Nanda disse e piscou para a amiga.
A Turbilhão Games estava lotada. A maioria das pessoas fazia pedidos para garantir a sua cópia quando o jogo fosse lançado. Outros estavam apenas olhando. As duas amigas não entraram de imediato, decidiram olhar um pouco de fora para ver se encontravam o garoto que procuravam.
Entre as muitas pessoas que observaram, seus olhos passaram por um rapaz alto e magro, com cabelo espetado e camisa xadrez.

2 comentários :

  1. he he he Começou também.
    Lá vem o Zé ou melhor agente Zé.

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  2. Eita! Dois desenhos! *0*
    A Jéssica e a Nanda acabaram matando os 4. Nada melhor que umas mortes justas pra terminar bem uma viagem de volta ao passado, né? Hahahah Que doideira... E se fossem só uns bêbados idiotas e inocentes? o.o Que medo delas.
    Zé Manééé!! Huahuahuahua Que onda! :D

    Beijo!

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