segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A Arte De Roubar T04C04

RENDIÇÃO

Mancando, Joel conseguiu chegar até a porta. Imaginou que, como não tinha levado outro tiro ainda, Barton não o queria morto.
― Você tem uma difícil escolha para fazer, Joel. – o empresário disse quando o ladrão abriu a porta. – Você ou os seus amigos? Para salvá-los é preciso que se sacrifique. A pergunta que deve ser feita é: eles fariam o mesmo por você?
― Sem pensar duas vezes. – Joel respondeu e saiu mancando.
No corredor do último andar, ele ficou apertando impaciente o botão do elevador, e enquanto não veio, Joel falou com seus amigos pelo comunicador.
― Pessoal! Mudança de planos. Vocês fogem pelos fundos e vão para os carros e eu os alcanço logo. – ele disse e o elevador chegou.
Dentro do compartimento, Joel rasgou a manga esquerda de sua camisa e amarrou em volta do ferimento da perna esquerda. Grunhiu de dor e então se recompôs. Ao sair do elevador teve uma surpresa.
― Charger! O que está fazendo aqui? Eu disse para fugir. – o líder disse.
― Não vou sair daqui sem você. – o amigo devolveu. – Você está ferido. – o mecânico disse ao notar a perna de Joel.
― Confesso que nunca imaginei que acabaria assim, mas eu não posso ir com vocês, só irei atrasá-los e atrapalhá-los. – o baleado disse. – O Barton sabia que viríamos. Desculpa não ter acreditado em você antes, amigão.
― Esquece isso. Precisamos ir. – Charger o apressou e tentou puxá-lo pelo braço, mas foi repelido.
― Não! Você precisa ir. – Joel disse com veemência. – Eu juntei esse grupo, eu confiei no Barton e nos trouxe até aqui hoje. Ninguém além de mim precisa pagar pelos meus erros.
Charger ficou sem resposta e sem ação. Parte dele queria respeitar a decisão do amigo e fugir logo dali, mas outra queria pegar Joel à força e levá-lo embora. O barulho das sirenes ficava cada vez mais intenso. No fim, o mecânico decidiu fugir.
― Nós vamos te ajudar a sair de lá, Joel. – Charger disse enquanto os primeiros carros policiais estacionavam na frente do prédio. – Você tem minha palavra. – disse e saiu.
Assim que seu melhor amigo se foi, Joel caminhou mancando até a porta frontal do edifício. Ele a abriu e vários feixes de luz de faróis de carros foram jogados em seu rosto. Colocou a mão direita sobre os olhos.
― FIQUE DE JOELHOS E COLOQUE AS DUAS MÃOS NA CABEÇA! – disse um policial através de um megafone.
Joel fez o que lhe foi dito e em seguida, dois oficiais partiram para onde ele estava. Um pegou seus braços e os algemou pelas costas, o outro o levantou e o empurrou até uma das viaturas.
Enquanto entrava no banco de trás do carro, Joel só conseguia pensar se seus amigos tinham conseguido fugir.


― O que vamos fazer agora? – Léo perguntou enquanto Charger dirigia.
― Primeiro precisamos de um lugar para ir. O Centro de Operações é o primeiro lugar que irão. O Barton irá se certificar disso. – o motorista respondeu.
― Podemos ir para minha oficina. – Taís sugeriu. – Minha irmã está na casa dos meus tios.
― Perfeito! É para lá que vamos então. – Charger definiu. – Léo, apague todos os vídeos em que nossos rostos apareceram hoje. Não conseguiremos ajudar o Joel se também estivermos presos.
― Certo! Considere feito. – o técnico garantiu.

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― Seja rápido. – o guarda disse para Joel que assentiu com a cabeça.
O detento discou o número e aguardou enquanto chamava.
― Alô! – uma voz feminina atendeu.
― Alô, Lívia? – Joel perguntou.
― Sim, quem é? – ela confirmou e devolveu a pergunta.
― Oi, é o Joel, tudo bem? – ele disse tentando manter a calma.
― Ah, oi, Joel, tudo certo, e você, como está? – ela perguntou.
― Não muito bem, na verdade estou ligando para te pedir ajuda com um probleminha que estou tendo. – ele disse.
― Que problema? O que aconteceu, Joel? – ela falou com tom de voz preocupado.
Joel suspirou antes de responder.

― Eu estou preso. – ele disse. 

4 comentários :

  1. Estou de volta!
    Foi um capítulo muito bom... Essa não deu pro Joel...
    Um abraço!
    Um guarda-livros

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  2. Parece que deu uma esquentada aqui no conto..rsrs.
    Obrigada pelo comentário-elogio lá no Sem Pudor.

    Beijos!

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  3. Uai, mas agora comecei a torcer pra o Joel se ferrar! O cara nunca lembra da mulher e do filho e agora essa Lívia na história. Lívia tem que morrer. e.e

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