quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O Mundo do Beto Carrero - parte 2

O ELEVADOR E A TORRE

A fila do elevador não estava tão grande quanto à da montanha-russa invertida e seu fluxo era mais rápido, no entanto, o sol estava forte, fazendo com que a espera fosse igualmente ruim. Esse brinquedo consiste em carrinho com quatro lugares que sobe a uma certa altura e então cai em alta velocidade até certo ponto reto, depois vai encurvando de modo que o carrinho fique deitado. No final, de uma maneira mais lenta, ele volta à posição inicial.

Meus amigos e eu entramos bem animados para esse. Todos nós já conhecíamos. Ao chegar, o carrinho parou por alguns segundos e então caiu rapidamente. Além da dor de cabeça, senti uma forte pontada no estômago, mas incrivelmente a sensação foi ótima. Quando recuperei o fôlego, já estávamos voltando à posição inicial, foi então que notei, que X estava 'chorando' e Doc estava se rachando de rir. Também caí no riso, e assim, parecendo três idiotas, saímos do brinquedo e fomos fazer um lanche.


Não sei como aguentamos duas idas na Fire Whip e uma no elevador sem comer nada. A porção de fritas e os espetinhos de frango nunca foram tão saborosos. Já havíamos terminado de comer, mas ainda bebíamos os refrigerantes, quando eu fiz uma piada tão boa que X cuspiu o refri que tinha acabado de por na boca. Por sorte, Doc e eu estávamos do lado dele, portanto ninguém se molhou.

O próximo foi o último dos três que mais queríamos ir, a Big Tower. Uma torre de 100 metros de altura que, ao contrário do elevador, não possuía curva na descida. Era totalmente reta e bem maior. Havia bastante gente na fila, o fluxo até estava bom, mas o sol continuava forte sobre nossas cabeças. Enquanto esperávamos, coletamos alguns dados interessantes: os bancos subiam numa velocidade baixa e uniforme; ao chegar no topo, ficavam parados aproximadamente 7 segundos; e a descida era rápida, não chegando a 5 segundos.


Na nossa vez, comprovamos tudo isso. Durante a subida, obtive a melhor visão do parque. Queria ter podido bater uma foto dali. Quando uma sombra se ergueu sobre nossas cabeças, soube que tínhamos chegado ao topo. Quase 7 segundos depois, despencamos, caímos em queda livre. Foi dez vezes pior que o elevador e que todas as curvas da Fire Whip. Senti todos os meus órgãos internos se revirando e eu simplesmente, não consegui respirar. Tudo que eu queria era que acabasse logo... e acabou.

X tentou 'chorar' de novo, mas ficou menos espontâneo que no elevador e por isso menos engraçado. Por insistência dele, fomos comprar aspirina na farmácia do parque. Sem querer, ele comprou o modo efervescente, e não tínhamos copo, apenas a garrafa de refri que ele comprou. Sem mais opções, X colocou a aspirina na boca. Depois de algumas caretas e vários goles, ele engoliu e eu soube que era a minha vez. Quando a aspirina tocou minha língua, o efeito foi imediato. Posso dizer que a sensação foi muito agradável, o comprimido começou a se liquefazer e minha língua ficou meio dormente.


Tentei engolir com um pouco de refri, mas a pastilha estava grande, então comecei quebrar em vários pedaços, no momento em que X me disse para não quebrar em muitos pedaços. Minha boca encheu de líquido efervescente e eu estiquei a mão para pegar o refrigerante. Vendo meu desespero e querendo se vingar por fazê-lo cuspir o refri mais cedo, X enrolou para me passar a garrafa. No fim, ele me deu e eu finalmente engoli o remédio. Quando vimos que já era quase meio-dia, decidimos ir almoçar.

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