A turma do 3º ano de Moda da FAAP, de São Paulo, começou com 40 alunos, mas após algumas saídas, chegou à um número de 20. Com a maioria de mulheres, 15 mulheres e 5 homens, pode-se imaginar como é a rotina deles né? Duas delas, Milena e Graça, são grandes amigas desde o início do curso, e elas já tem planos conjuntos para o futuro. Graça sempre foi uma costureira talentosa e desde cedo já fazia ela mesma os vestidos de suas bonecas, enquanto Mily, como era mais conhecida, tinha uma criatividade incrível para roupas, e seus desenhos desbancariam muito estilista famoso.
Apesar de toda essa amizade e confiança, havia algo que Mily não compartilhava com sua melhor amiga, algo que ia ser muito útil, na volta de uma balada no sábado à noite. Graça não quis sair naquela noite, mas Mily foi mesmo assim, pois segundo ela, precisava mexer o esqueleto e esquecer o estresse da semana.
Sem a sua amiga para dançar e lhe fazer companhia, Mily, que tinha os cabelos ruivos e ondulados, resolveu ir embora mais cedo. Havia um ponto de táxi a algumas quadras da boate, mas numa cidade como São Paulo, andar algumas quadras às 2h da madrugada, podia ser bem perigoso.
Um pouco antes de chegar à uma esquina, três homens, de média estatura e mal encarados, interceptaram Mily. Um deles abriu o canivete e apontou pra ela.
– Calma aí, gatinha. – disse o cara com o canivete. – Antes de seguir seu caminho, passa sua bolsa pra gente.
– E por que eu faria isso? – disse Mily, ao mesmo tempo em que o poste próximo a eles começou a piscar.
Os três olharam meio assustados para o poste, mas logo voltaram sua atenção para sua vítima. Um deles avançou nela.
– Não complica garota. – disse enquanto avançava o braço direito dele para a bolsa dela que estava em seu braço esquerdo.
Ela deu um salto para o seu lado esquerdo, em direção a rua, ao mesmo tempo em que o vidro do poste explodiu. Na fração de segundos em que os cacos de vidros iam cair no chão, os três bandidos se impulsionaram na direção de Mily, e ela usou sua magia para jogar os pedaços de vidro nos assaltantes, que foram jogados com toda a força contra a parede.
A garota ruiva abriu sua bolsa e tirou uma pedra preta de dentro. A pedra era tão escura que luz alguma refletia nela. Enquanto os três homens tentavam se levantar para revidar o golpe, Mily se aproximou deles com a pedra na mão direita.
– Sabem, essa pedra amplia os meus poderes sobre as trevas. Digam-me rapazes, vocês tem medo do escuro? – ela disse com uma expressão sombria no rosto.
Uma aura negra envolveu os assaltantes que ficaram no chão, enquanto Mily seguia seu caminho.
– Eu devia ter trazido outra pedra. Senão alguém pode pensar que eu sou uma maga do mal. – ela falou pra si mesma.
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Pela manhã, os moradores da região encontraram três rapazes caídos, babando e com olhar fixo, no chão. Logo, eles chamaram a polícia, que os identificou como procurados, e enquanto eles colocavam os prisioneiros para o camburão, esses falavam palavras soltas, que poderiam muito bem ser úteis numa futura investigação.
– Bruxa... magia... trevas... – eles repetiam.
Gostei do tom de mistério no texto...
ResponderExcluirMisturando elementos não tão comuns.
um bom final!
Adoorei
ResponderExcluirBacana Paulo!
ResponderExcluirJá começou bom.
ResponderExcluirVou para o segundo capítulo.
Que medo da Mily! Daquelas que a gente não deve ter como inimiga. Hahahah
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