Era pra ser mais uma noite de ronda normal, quando os dois policiais mais próximos receberam o informe de um assalto a caixas eletrônicos. Ao chegarem lá, eles ainda viram os dois assaltantes entrarem no carro, e logo teve início uma perseguição de carro. Os policiais chamaram reforços, é claro, mas até que eles os alcançassem iria demorar, ainda mais que eles estavam em movimento.
Os dois carros estavam em alta velocidade, afinal um não queria ser alcançado e o outro queria alcançar. Os bandidos viraram em uma via rápida da cidade de Curitiba, com quatro faixas eles poderiam se mover melhor. A rua estava praticamente vazia, devido ao horário. Num trecho de descida havia um semáforo, e quando o carro perseguido se aproximou dele, ele passou para o amarelo. A rua que cruzava tinha alguns carros esperando sua vez.
– Eles não vão passar. – disse um policial.
Enquanto os policiais torciam para os ladrões pararem o carro e se entregarem, os fora da lei viam naquele furo de sinal sua única chance de fugir.
– Acelera! – disse Joel Dasco, que estava no banco carona do carro dos bandidos, e pisava por cima do pé do amigo no acelerador.
– Não vamos conseguir! – disse Márcio Oliveira, o parceiro de Joel e motorista do carro fugitivo aquela noite. Ele era mais conhecido por seu apelido Charger, por ser seu carro preferido.
Eles passaram quando o semáforo já tinha ficado vermelho. A primeira e a segunda faixa foram fáceis, pois os dois primeiros carros os viram, mas na terceira faixa, um carro que vinha de trás acelerou com tudo, pois tinha sinal verde para ele.
– Carro! Ai, meu Deus! Nós vamos morrer! – disse Charger vendo o carro se aproximar deles rapidamente.
– Rápido, vira pra esquerda. – disse Joel.
– O que? – perguntou Charger.
– Faz o que eu disse.
Ele virou pra esquerda e Joel puxou o freio de mão, isso fez com que, na velocidade em que estavam, a parte traseira do carro girasse pra direita.
– Agora pra direita! – gritou Joel.
Charger virou rapidamente pra direita e deslizou pela pista, vendo o carro que quase acertou eles, passar direto.
– Agora, endireita a direção, acelera de novo e tira a gente daqui. – disse Joel, soltando o freio de mão.
– Por que você não disse pra eu fazer um drift pra direita? –
– Eu não podia arriscar, vai que você não entendia.
No carro de trás, os policiais assistiram a cena de queixo caído, e ficaram parados no sinal vermelho vendo os bandidos virarem uma rua à direita e sumirem na noite.
Joel e Charger deixaram o carro na garagem de uma casa “sem dono”, tiraram a placa e a capa de pintura falsa, e pela primeira vez naquela noite, relaxaram. Tiraram as mochilas cheias de dinheiro e foram pra rua, tomar o rumo de suas casas.
– Ainda não acredito que conseguimos, nós quase morremos hoje. – Charger quebrou o silêncio.
– É, e o pior é que foi por uma mixaria. Sabe, eu to cansado desses trabalhos pequenos, eu to cansado de arriscar minha vida toda noite. – se queixou Joel.
– Mas o que podemos fazer? Roubar é o que fazemos de melhor. E esse país de merda em que vivemos não da oportunidade pra pobre subir na vida. – se explicou Charger.
– Eu concordo com você. Por isso, eu estive pensando, o que você acha de fazermos uma última leva de assaltos, mas assaltos grandes. Depois deles, sumimos com a grana e recomeçamos em alguma cidade pequena. – ofereceu Joel.
– É uma boa idéia, mas como faremos isso? Vamos precisar de mais gente.
– Sim, vamos. Mas deixa que eu cuido disso, apenas se prepare porque nós vamos agitar essa cidade nos próximos meses.
Haha... Me expressei mal no comentário acima, permita-me refazê-lo:
ResponderExcluirQuero ver um Charger à lá Velozes e Furiosos 1 na cena final heim Paulo! Mas nada de acertar o trem lá do Alto da XV com ele!
Vou ver o que posso fazer amigão.
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