terça-feira, 29 de março de 2011

A equipe

Reunidos no cômodo principal do que sobrou da oficina em que Joel e Charger trabalhavam, estavam cinco dos maiores criminosos ainda soltos de Curitiba, que esperavam Joel falar. Este observava os seus futuros parceiros de crime, pensando em como começar seu discurso.
Bomber, o especialista em bombas e armamento pesado. Tecno Léo, o craque em sistemas eletrônicos. Taís, a mecânica. Luiz Facada, um exímio atirador e manipulador de facas. Charger, também mecânico e motorista. Essa era a equipe formada por Joel para o seu grande plano.
– Boa noite, galera. To muito feliz que todos tenham vindo. Eu criei um grande plano para melhorar de vida, mas não conseguirei fazer isso sem vocês, e o melhor é que vocês também vão ganhar com isso.
– E que grande plano é esse? – perguntou Tecno Léo.
– Assaltar quatro grandes estabelecimentos da cidade e dividir o dinheiro entre nós, é claro. – explicou Joel.
– E quais serão os lugares? – perguntou Bomber.
– Calma, uma coisa de cada vez. Primeiro vamos falar da equipe, eu quero que vocês se conheçam e aprendam a trabalhar juntos, pois esses assaltos não serão fáceis e se algo der errado, vamos precisar contar uns com os outros. – disse Joel.
Ao perceber que todos assentiram com sua decisão, ele continuou.
– Como nem todos aqui se conhecem, eu vou falar o nome e função de cada um na operação. Bomber será o responsável pelas armas usadas pela equipe, assim como eventuais arrombamentos. Tecno Léo é o nosso nerd de computadores e eletrônicos em geral, ele vai desativar os alarmes e nos ajudar a usar o que quer que formos precisar de eletrônicos. Taís e Charger serão os mecânicos e motoristas. Luiz Facada tem grande habilidade com lâminas, por isso é uma importante peça do time. Eu, Joel Dasco, irei liderá-los e serei responsável pelas rotas de fuga e esconderijos pós operação. Dúvidas? – Joel finalizou.
– Você falou em armas, equipamentos eletrônicos, e motoristas, o que lembra carros, a minha pergunta é: como vamos conseguir isso? – perguntou Taís.
– Talvez, eu possa ajudar nisso. – disse um homem de terno e gravata que acabava de chegar.
– Senhores, e senhora, lhes apresento o último integrante da nossa equipe: o Sr. Olívio Barton. – disse Joel.
– O que esse cara ta fazendo aqui? – disse Charger, nervoso. – Já não basta ter tentado transformar eu e o Joel em dois bandidos quando éramos menores de idade? – ele provocou  
– E pelo visto não precisaram da minha ajuda não é? Com a diferença de que não são mais menores e agora podem ser presos e condenados.
– Não viramos bandidos porque quisemos, simplesmente aconteceu, não tivemos opção melhor. É como diz o ditado, quando a água bate na bunda, ou você aprende a nadar ou morre afogado. – filosofou Charger.
– Sábias palavras. E já que você gosta de ditados, aqui vai outro pra você: ou dança conforme a música ou sai da pista. – ele disse baixo, mas para que todos pudessem ouvir e notar a tensão entre os dois.
– Calma, vocês dois. – pediu Joel, ficando no meio deles. – Eu vou explicar tudo.
– Acho bom mesmo. – resmungou Charger.
– Eu conversei com o Sr. Barton, expliquei a situação e ele aceitou, gentilmente, nos patrocinar. Com a única condição de assaltarmos sua mais forte rival no mundo empresarial, mais 5% dos lucros obtidos. Eu achei bem razoável. – disse Joel.
Todos concordaram e mais uma pergunta surgiu.
– Então, ele vai pagar por tudo? Armas, eletrônicos, carros? – Facada perguntou.
– É, você vai pagar pelos carros, Barton? – provocou Charger.
– Sim, eu vou pagar todos os gastos até o último assalto, incluindo os carros. Que carro você gostaria, Charger? – Sr. Barton perguntou sem se abalar com a provocação.
– Ora, você ainda pergunta? – disse o rapaz com um sorriso.

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