segunda-feira, 28 de março de 2011

Estilo mágico

Mily tentava se recompor da notícia que tinha sido publicada na capa do jornal sobre “a nova bruxa da cidade”, quando a organizadora do concurso de novos estilistas realizado pela FAAP, entrou na sala da jovem maga.
– Bom dia, turma! Todos preparados para o concurso? – ela disse toda animada, mas não recebeu resposta com a mesma empolgação. – Quero muita criatividade, hein. – vendo que ninguém sorriu para os seus comentários, ela decidiu ir direto ao assunto. – Bom, estou aqui para lhes dar uma dica muito importante. Sejam ousados, bastante ousados. A moda brasileira e mundial se inova a cada dia que passa, então é preciso ousadia para mostrar algo que os outros não tem coragem. Lembrem-se disso.
Com essas palavras, ela saiu da sala e deixou Mily com um sorriso no rosto e uma grande idéia. Ela não conseguiu mais se concentrar na aula e só sossegou quando pôde conversar com Graça novamente.
– Eu tive uma grande idéia. – ela disse à amiga.
– Antes me diz que você desenhou algum modelo. – quis saber Graça.
– Sim. Uma coleção inteira, mas vou criar outra para o concurso.
– Por quê? Se já tem uma coleção feita, vamos usá-la. – disse Graça.
– Aí é que entra a minha idéia. A coleção que eu fiz era boa, mas não era ousada. A que eu vou fazer agora vai ser muito ousada. – disse Mily.
– Ousada como? – perguntou a costureira.
– Lembra a notícia que você me mostrou da bruxa? Pois então, que tal fazermos uma coleção de roupa nesse estilo? Um estilo mágico. – sugeriu a futura estilista.
– É uma boa idéia, mas parece complicado. Você vai conseguir desenhar?
– Não se preocupe com isso, se preocupe apenas em conseguir os materiais e acessórios necessários para fazer os modelos. – disse Mily.
– Tá bom então. – aceitou Graça.
Depois da conversa, Mily saiu da faculdade e foi para o seu trabalho, toda animada e ansiosa para chegar logo em casa e começar a desenhar sua nova coleção. Absorta em seus pensamentos, a jovem maga não percebeu a presença de dois homens de terno e gravata que estavam observando todos os alunos e alunas da faculdade.
– Ainda acho que estamos perdendo tempo aqui. – disse o detetive Marcondes.
– Tem uma idéia melhor, Marcondes? – perguntou o detetive Caselato.
– Não sei, mas acho que não vamos chegar em nenhum lugar desse jeito.
– Olha, nossa única pista foi o fato de uma boate bem próxima do local ter sido reservada por alunos da FAAP, logo esse é o nosso ponto de partida.
– Eu sei disso, mas sem o mandado do juiz não podemos interrogar os alunos que estiveram lá. – disse Marcondes.
– Você tem razão. Vamos pra casa, pois quando tivermos o mandado, vamos ter muito que fazer. – disse Caselato.

4 comentários :

  1. Hmm... Interessante, muitas tretas vão rolar nessa história hahahah

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  2. Com certeza. Eu queria conhecer uma maga de verdade...

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  3. Eu também queria conhecer uma maga de verdade porque bruxa eu conheci, uma ex-sogra kkkkk.

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  4. HAHAHAHAHAHAHAAAHAHAHAHAHAHA Gargalhando com o comentário do Claudio. Todos nós somos um pouco "magos". A intuição, o dejavù, tudo isso é uma forma de magia. (:

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