ACHADOS E PERDIDOS
Depois que o avião caiu, passou uma hora até João Pacheco ser acordado
pelo piloto Siqueira.
– E o Simões? – João perguntou.
– Não sobreviveu. Deve ter morrido no impacto. – Siqueira explicou. –
Vamos, nós temos que sair daqui. – o piloto disse, mas ao tentar ajudar João,
não aguentou e pôs a mão na barriga.
– Você está bem, Siqueira? Está ferido? – o rapaz quis saber.
– Não é nada. – o homem disse gemendo.
– Deixa disso. Venha, eu vou te ajudar. – João disse, levantou-se e
ajudou o piloto a andar.
Os dois se afastaram do local da queda do avião. Sabiam que teriam que
chegar até a praia serem vistos. E não faziam ideia de que estavam na Ilha
Prisão. Cansados e exaustos, eles pararam, sentaram e adormeceram ao pé de uma
árvore. João acordou sobressaltado, ao ouvir um barulho. Sem perceber, eles
dormiram por uma hora.
– Siqueira, acorde. Eu ouvi um barulho. Temos que sair daqui. – João
chacoalhou o piloto e o ajudou a levantar.
Eles não deram nem cinco passos e foram interceptados por três homens.
– Ora, ora! O que temos aqui? – um deles disse.
– Devem ser os sobreviventes do avião que caiu. – outro disse.
– Vamos levá-los ao Crupiê. Ele vai adorar isso. – o primeiro decidiu.
Um dos vários grupos que se formaram na ilha foi o liderado por Igor
Ferreira, formado por 5 homens e 2 mulheres. Eles se estabeleceram em um local,
definiram um perímetro e criaram inúmeras armadilhas ao redor. Deixaram apenas
um ponto para entrada e saída do local, com sinais para que só os membros do
grupo soubessem onde era.
– Ah, mas que demora! Quero saber o tinha naquele avião? Tomara que sejam
cigarros. – Igor falou.
– Ficar aí reclamando não vai fazer eles chegarem mais rápido. – Diva,
uma das mulheres do grupo, disse.
Nesse momento, os três homens que traziam João e o piloto surgiram.
– Ei, Crupiê! Olha o que encontramos a meio caminho do avião.
– Quem são esses? – Igor perguntou. – Não tinha cigarros?
– Não sabemos. – um dos membros se defendeu.
– Como não sabem? Vocês não foram lá para saber o que tinha no avião? –
Igor gritou.
– Se me permitem... – João começou a falar, mas levou um soco de Igor que
o fez disparar contra a árvore mais próxima.
– Você sabe por que me chamam de Crupiê, rapaz? – Igor perguntou para um
João com o rosto ensaguentado.
– Porque você dá as cartas nos jogos de pôquer? – João chutou.
– Exatamente... Ei, como você sabia?
– É meio óbvio, não acha? – mal completou a frase, João levou outro soco
de Igor.
– Sou o Crupiê, porque sou sempre eu quem dá as cartas, em todas as
situações. Será que eu fui claro? – Igor disse e João concordou com a cabeça,
temendo falar algo que o fizesse apanhar de novo. – Mas chega de falar de mim,
conte-me sobre você? Quem é você? – o criminoso perguntou.
– Encontramos isso na pasta dele, Crupiê. – um dos homens que encontrou
João e Siqueira entregou o crachá do vice-presidente para Igor.
– João Pacheco, vice-presidente das Indústrias Pacheco. – Igor leu. –
Parece que nosso convidado tem bastante dinheiro, pessoal. – ele disse e os
outros gritaram empolgados.
– Dinheiro não vale nada para você aqui. – João disse, esquecendo de um
provável soco que poderia levar.
– Você tem razão, mas eu tenho certeza de que você vale muito lá fora e
quando a equipe de resgate vier te procurar, o jogo vai começar. – Crupiê disse
e riu alto.
Não muito depois que João e o piloto foram levados para o covil do
Crupiê, outro grupo chegou ao que sobrou do avião. Eles vasculharam o interior
e encontraram dois baús grandes. Em um deles, havia dezenas de armas de fogo e
algumas caixas com munição. No outro, uma caixa de chumbo selada, com o símbolo
de radioatividade.
– Hoje é meu dia de sorte! – Gamba pegou as armas e gargalhou.
– O que faremos com o material radioativo? – Espeto perguntou.
– Vamos levar para o nobre Dr. Enrikson. Ele terá
alguma ideia do que fazer com isso. – Gamba decidiu. – Agora, vamos comemorar!
Com essas armas, somos os mais poderosos dessa ilha. – ele gritou, junto com os
outros, atirou várias vezes para cima.
Ai que demais, fiquei muito afim de acompanhar!!!
ResponderExcluirBeijos,
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