– Eu não sabia disso. – espantou-se Glória. – Meu pai não falou nada sobre esses caras.
– Vai ver ele não achou necessário. Não imaginou que eles conseguiriam achar vocês. – opinou Ana.
– Bom, não há porque me preocupar, eu tenho uma ótima equipe de segurança. Agora, chega desse assunto! Lucy você pode acompanhá-los até os quartos? – ela pediu à filha. – O jantar é às 19h.
A mais nova das Cesca levou os convidados para os seus aposentos e foi para o dela também. Enquanto Carpo tomava banho, Lucy foi visitar Ana, sendo que elas já tinham tomado os seus.
– Posso entrar? – perguntou a mais nova, quando Ana abriu a porta.
– Oi, Lucy! Claro, entra aí. – convidou Ana.
– Valeu! Gosto do seu estilo, prima. – elogiou Lucy ao entrar. – Então, to curiosa, por que você decidiu começar uma busca pela herança da família?
– Acho que quando fiquei sabendo do meu verdadeiro passado, quis saber mais e encontrar essas caixas é minha maior chance. – Ana respondeu.
– Puxa, isso é legal. Quando eu soube, não liguei muito, aliás, não me afetou em nada. – disse Lucy.
– Você é a mais nova, seus laços são menores. Eu e sua mãe nascemos na Itália ainda. Isso pesa. – explicou Ana.
– Eu quero ir com vocês. – pediu a mais nova. – Vai ser bom pra mim, conhecer um pouco do passado da minha família.
– E a sua mãe?
– Eu convenço ela.
Logo, chegou a hora da refeição. Foi tudo muito tranquilo. Ana falou um pouco sobre sua vida na fazenda; Lucy contou sobre seu ano na escola; e Glória contou mais sobre sua história de vida e suas lembranças da Itália. Nada foi comentado sobre as caixas da herança.
Após o jantar e o café, cada um foi para o seu quarto. Já era tarde e no outro dia, seria preciso acordar cedo. Com toda a responsabilidade e emoção do momento, Carpo não conseguiu dormir e decidiu levantar para beber água. Ele foi apenas com a calça do pijama, estava calor e imaginou que não encontraria ninguém acordado àquela hora. Ele se enganou.
– Parece que eu não a única com insônia. – disse Glória, assustando o rapaz.
A dona da casa estava apenas de hobby e com os cabelos soltos, algo inédito para Carpo. Seus cabelos pareciam com o de Ana e ao vê-la daquele jeito, notou que as duas eram bem parecidas. Glória era mais velha e mais encorpada, mas tão atraente quanto a prima. Ela se aproximou do economista, que estava nervoso com a proximidade da imponente mulher.
– Conte-me sobre você, Carpo. No jantar não tivemos tempo falar de você, como se envolveu nisso tudo? – ela perguntou se servindo de água.
Ele contou todo o acontecido, desde que o seu carro quebrou até ele se lembrar do acidente e contar pra Ana, o pai dela contar a verdade e eles irem para São Paulo.
– Você gosta dela, não gosta? – ela perguntou e ele ficou surpreso com a pergunta. – Foi amor a primeira vista, não foi?
– Eu... é... – Carpo gaguejou, enquanto Glória chegava mais perto.
– Comigo foi a mesma coisa, quando fiquei sabendo quem era o pai do meu ex, eu me apaixonei por ele. – ela disse e o rapaz entendeu.
– Ei, não é nada disso! Eu não to nessa por causa de uma provável fortuna deixada por um mafioso. – ele disse se afastando e ficando nervoso.
– Desculpa, eu esqueço que nem todos são como eu. Sabe, Carpo, eu fui muito castigada pela vida, tive que aprender a sobreviver sozinha, mas não me leve a mal. Eu posso parecer amarga e fria, mas é só o meu modo de passar por cada dia. – ela explicou.
– Você é boa, eu sinto isso. Só precisa demonstrar mais. – ele disse.
– Eu nunca baixei minha guarda desse jeito, você passa uma confiança que eu nunca senti antes. O que você tem, Policarpo, que me deixa assim? – ela perguntou, chegando bem perto dele.
– Eu... hã... no momento, tenho sono, uah... – ele inventou um bocejo. – O papo ta muito bom, mas amanhã preciso levantar cedo. Boa noite.
– Minha prima é uma mulher de sorte. – Glória disse quando o rapaz saiu.
– O que essas Cesca tem que me atraem tanto? – ele disse para si mesmo ao deitar na cama.
No outro dia, após o café da manhã, Ana e Carpo já estavam prontos para irem. Apenas esperavam Glória entregar a chave para eles, mas ela não estava encontrando, quando Lucy chegou.
– Lucy, você viu a chave que seu avô me deu? – perguntou Glória.
– Sim, está aqui comigo. – a menina respondeu.
– Ahh, que bom. Então entregue para... por que você ta vestida assim? – ela estranhou vendo a filha pronta pra sair e com uma mochila nas costas.
– Eu vou com a Ana e o Carpo. – informou Lucy.
– Como é que é? – Glória disse séria e surpresa.
– Mamãe, eu to de férias, sou faixa preta em caratê e vou na companhia de dois maiores.
– E por que esse súbito interesse?
– Eu decidi que quero saber mais sobre o passado da nossa família.
– Muito bem. Tenho certeza que você será bem cuidada.
– Isso eu posso te garantir prima. – confirmou Ana.
– Nesse caso, tome. – Glória disse jogando uma chave. – Se vão para Santos, um carro vai ajudá-los.
Ana agradeceu, todos se despediram da mais velha das Cesca e saíram rumo à Santos, à procura das caixas de Don Pepe Cesca.
Tinha feito um longo comentário mas deu erro. Então vai o resumo:
ResponderExcluirA arte de roubar perdeu seu posto de série preferida minha. Se é que eu já não disse isso UAHUAHA mas enfim
Bjo
não li os capitulos anteriores, mas consegui me situar um pouco. se não estou enganada, há algo mal resolvido com essa família, certo?
ResponderExcluirvolto para acompanhar a história ; )
Abraço
Olá ricky, belo conto. mas, não li os capitulos anteriores :(
ResponderExcluirquando tiver mais tempo eu volto aqui e procuro!
comenta la?
http://errosxacertos.blogspot.com/
Feliz ano novo!
Glória é golpista e fura-olho... Ah, aí você me quebra! E eu pensando que ela já tinha mostrado as garrinhas por ter casado por dinheiro... kkkkkkk
ResponderExcluirSó falta agora Carpo ficar entre as 2, né?? NÃO PODE! kkkkkkkk
Beijos.