Zé e Érica já estavam bem próximos da casa do rapaz no bairro Portão. O
sol havia se posto, o céu estava nublado dando um ar ainda mais sombrio para o
momento.
– ... e aí eu disse “Você só pode ta brincando né?” – disse Zé, rindo.
– Ah, Zé!! Só você mesmo. – Érica riu e logo fico séria.
Para uma espiã bem treinada, qualquer coisa fora do comum se torna
suspeito, mas às vezes é preciso desconfiar mesmo do que não se conhece.
– Bem, chegamos. Vamos entrar? – chamou o rapaz à frente do portão.
– Espera, Zé! Antes me diz uma coisa, esse é o padrão de luzes que ficam
acesas e apagadas numa noite comum na sua casa. – sussurrou a espiã.
– Eu acho que sim, por quê? E por que estamos sussurrando?
– Eu quero ter certeza de que só os seus pais estão em casa.
– Ah, entendi, você ta com medo de que o resto da família esteja aí
também né? – Zé falou, com um sorriso. – Não precisa se preocupar, meus primos
e tios não costumam vir durante a semana.
– Não é nada disso, seu idiota. – ela sussurrou bem nervosa. – Pensa Zé,
tem alguma lâmpada que não está como deveria?
– Ta bem. – ele respondeu e estreitou os olhos na direção da casa para
ver se havia algo incomum. – Na verdade, tem algo diferente, sim. Nesse
horário, meu pai normalmente fica na sala vendo o jornal e minha mãe fica na
cozinha fazendo a janta. Logo esses dois cômodos ficam com as lâmpadas acesas.
A da sala está, mas a da cozinha não está, pois quando está, é possível ver seu
reflexo na lateral da casa. – ele explicou ainda em sussurro.
– Muito bem, Zé. Você salvou o dia de novo. Agora, vamos.
– Mas o portão é aqui, por que ta me puxando para o outro lado?
– Só vem, Zé. – ela disse puxando o rapaz até ficarem fora do campo de
visão da casa.
– Vai me explicar agora o que ta acontecendo? – exigiu Zé.
– Aguenta aí, Zé! – disse Érica, enquanto pegava o celular e ligava. –
Chefe, aqui é a agente E, to com um código 268 na região do Portão, to enviando
as coordenadas nesse exato momento. Parvo sabe onde o Zé mora, não podemos
ficar aqui.
– Entendido, agente E. A equipe Alfa já está a caminho das suas
coordenadas. Vocês arranjem um lugar para passar a noite e amanhã no primeiro
minuto do horário comercial, vou fazer umas ligações.
– Sim, senhor. Obrigado, senhor. – agradeceu a espiã.
– E, Érica... tome cuidado. – disse Kusdra de modo paternal.
– Tomarei, senhor. – assegurou a garota, desligando o celular.
Ela explicou para Zé que o código 268 era para situações em que pessoas
são mantidas reféns em sua própria casa, e que uma equipe da AGESP já estava a
caminho, mas que eles não poderiam mais ficar na casa de seus pais.
– Acho que temos que ir para sua casa, então. – sugeriu Zé.
– Pensa de novo, espertão. Você deve algum amigo. – ela retrucou.
– Tem o Joca, os pais dele são bem legais, mas não sei sobre uma menina
dormir lá. – disse o rapaz.
– Vamos descobrir. – ela disse.
Rob tinha acabado de chegar no apê de Joca, que o tinha chamado para uma
madrugada extra durante a semana, devido a uma viagem de seus pais. Ele ia
tentar, pela milésima vez no dia, ligar para Zé, quando a campainha tocou. Joca
pediu para Rob atender. Quando ele abriu, lá estavam o terceiro amigo e Érica.
– Acho que eu não preciso atender né? – Zé perguntou mostrando o celular
vibrando.
Já vi que além de inteligente, o Zé tem sorte, exceto pela parte de estar na mira do Parvo.
ResponderExcluirAinda bem que o dia tá acabando, porque pensa se você chega a 10 capítulos em apenas 24h? Se bem que aventura é assim mesmo. Muita coisa acontece em um dia. E eu to bem curiosa pra saber o que vai acontecer aí nessa noite... -]
Bjs
Ricky ando na correria ainda...rs
ResponderExcluirFico feliz por ter gostado do selo! ^^
Adorei esse capítulo!!!
BjO
Que isso Ricky! A série dos livros de Crepúsculo são ótimos, sinceramente acho que o filme estragou um pouco o livro.
ResponderExcluirAi, sempre tem que acabar na melhor parte, rs.
ResponderExcluirAguardando ansiosa...
Beijos
Gisele Carmona
http://giselecarmona.blogspot.com/
Mais sorte do que juízo tem este Zé.
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