– Que complicado. – opinou Solano.
– É menos do que parece. – Alex o acalmou.
– E o que mais ela falou? – perguntou Diana interessada.
– Deixa eu ver... – Alex começou, tentando se lembrar do que a professora
Célia lhe havia dito na sala dos professores.
– A próxima etapa é a campanha. Vocês vão a cada uma das turmas e mostrar
a eles suas propostas e já podem começar a fazer panfletos, cartazes e
santinhos para a propaganda. – explicou a professora para os líderes das
chapas. – Cada chapa vai a um dia diferente. Vou fazer um sorteio. A primeira
irá daqui a dois dias.
Emanuelle tirou o número 1; Yago, o número 2; e Alex, o 3.
– Muito bem, agora, começa a disputa de verdade. Que vença a melhor
chapa. Boa sorte para a Abalo Sísmico, – ela desejou para Alex. – para a Ação, –
disse olhando para Emanuelle. – e para a Renovação. – finalizou para Yago.
– E qual é a sua plataforma, Alex? – perguntou Diana.
– Pois é, ela falou algo sobre isso também. O que é, Di? – ele perguntou
e espantou a todos.
– Plataforma é o conjunto de ideias e proposta de um candidato. Até eu
sei disso. – explicou Paty.
– Hum... entendi, pensarei em alguma coisa. – disse Alex.
– Como assim pensará? Já deveria ta pronto. – Diana quase gritou.
– Ta bom, fica calma. Olha, nós somos um grupo e eu prometi voz ativa a
todos aqui. Então escrevam o que acham que seria bom para o colégio e eu passo
para a galera. – resolveu Alex.
– Boa. – aprovou Ciano.
– Não gostei do improviso. – disse Diana contrariada.
– Paty, você pode começar a fazer os itens para a divulgação. Amanhã
mesmo quero que Abalo Sísmico esteja na boca de todos do colégio.
– Deixa comigo. – garantiu a patricinha.
– Ora, ora! Se não são os nossos concorrentes abalados. – disse o líder de
um grupo de cinco rapazes, todos usando jaqueta de couro e óculos escuros.
– O que você disse, Mauricinho? – perguntou Alex estreitando os olhos
para o sorriso do outro.
Maurício Timbrelago fazia parte da elite do Isaac Newton, seu pai era um
dos pais mais ricos do colégio, só competindo com o de Paty. Parecido com a
garota em vários aspectos, arrogante e elitista, não gostava de ninguém sem dinheiro
e, a seu ver, sem estilo, mas ao contrário da menina, mais agressivo e por ser
homem, mais violento e ameaçador.
– Vim conhecer o inimigo pessoalmente, mas me decepcionei. Achei que
teria algum desafio. Com exceção da Paty, só tem ralé aqui. – ele disse. –
Aliás, o que você ta fazendo aqui, Patricinha?
– Vi nesse grupo a chance de defender meus ideais. – ela respondeu.
– Não acredito que o Yago conseguiu te convencer a ir pra chapa dele.
– Não me insulte! Eu nunca me juntaria com aquele perdedor, eu to na Ação,
a chapa da Manu. – revelou Mauricinho.
– Você ta mentindo! – disse Alex, sem acreditar.
– Se é o que você pensa... deixa eu te contar um segredo, eu não to nem aí
pro grêmio, só to nessa porque depois que a gente ganhar, a Manu vai ficar
caidinha por mim, aliás já deve ta né? – ele disse, abaixando os óculos e
piscando.
– Isso lá é motivo pra concorrer ao grêmio, seu...
– E você é o garoto altruísta né, Lemos? – provocou Mauricinho e em
seguida Solano colocou a mão no ombro do amigo.
– Ele não vale a pena. – o artilheiro disse e Hugo deu um passo a frente.
– Mas se o mauriceba aí quiser apanhar um pouco... – se prontificou Ciano
se colocando ao lado de Hugo.
– Hum, que chapa interessante... ta, um exercício vai me fazer bem. – ele
disse guardando os óculos.
– Já chega! – gritou Emanuelle, se pondo entre os grupos e chamando a atenção
de todos. – O que ta havendo aqui?
– Eu vim conhecer nossos agradáveis concorrentes. – respondeu Mauricinho,
cinicamente.
– Como você pôde chamar esse cara para sua chapa? – perguntou Alex.
– Ora, assim como você chamou a Paty, eu chamei o Maumau.
– Não me compare com esse grosso. Não somos nada parecidos. – Paty se
defendeu.
– Tem razão. Você é mais fútil. – revidou Manu.
– Como ousa? – Paty se indignou.
– Você escolheu os seus soldados, eu escolhi os meus. – Manu sussurrou,
chegando perto de Alex. – É melhor se preparar. Essa guerra está apenas
começando. – ela avisou. – Vamos Maumau. – ela disse enganchando no braço do
rapaz que antes de colocar os óculos, virou-se e piscou para o grupo adversário.
Alex olhou para a multidão ao redor e ao fundo pôde ver Yago sorrindo.
– É, galera, o jogo começou. E ta na hora da gente entrar nele. – ele disse
sério e todos concordaram com a mesma expressão concentrada.
Hahahahahaha, coitado do Alex, vai ter que aprender os jogos da política antes que seja massacrado pelos outros.
ResponderExcluirFeliz Natal!!
http://giselecarmona.blogspot.com/
Hahahahhahahahhahaha, é que amanhã o dia será beeeem corrido!
ResponderExcluirVida de dona de casa não é fácil não? (Fiquei parecendo a minha mãe falando agora, rs).
Mas vou tentar acompanhar o seu blog de qualquer forma, afinal, não posso perder o capítulo dos meus seriados :)
Beijos
kkkk, muito bom o conto, mas que mauricinho mais chato heim? kkkkk
ResponderExcluirpassa la, tem post novo:
http://errosxacertos.blogspot.com/
Tirou esse "Maumau" de onde? Do BBB? UAUAHUHAUA
ResponderExcluir"Ora, ora! Se não são os nossos concorrentes abalados."
ResponderExcluirkkkkkkkkkkk
Quase morri de rir. Putz, tá com umas tiradas muito boas...
Paty e Maurício aparentam ter perfis similares mas não querem ser comparados, Emmanuele e Alex, idem... Já vi que esse negócio vai pegar fogo.
Beijos.