terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Segurança


– O seu currículo é muito bom, senhor Ciconatto. – elogiou Roger, o responsável pelo Rh da segurança do Shopping Barigui.
– Obrigado. – Bomber agradeceu.
– Vejo que já foi policial. Por que saiu?
– Cansei da farda, quero algo mais civil e tranquillo.
– Eu entendo. O seu currículo foi o melhor que recebemos, então se o senhor tiver realmente interesse na...
– Eu tenho. – completou o ex-policial.
– Ótimo, podemos nos encontrar amanhã às 14h no shopping?
– Estarei lá.
No centro de operações, Bomber contou a Joel sobre a entrevista.
– Sabia que ia conseguir, Grandão. – disse Joel.
– Eu também, afinal quem não quer um ex-policial de segurança do seu estabelecimento? – observou Bomber.
– Você sabe que a partir de amanhã, as coisas vão mudar, não sabe? – perguntou Joel.
– Sim, eu sei.
– Assim que você começar a trabalhar, não teremos mais contato pessoal, você usará esse celular descartável. – Joel entregou-lhe o aparelho. – Você não poderá passar nem perto do centro de operações para que ninguém veja qualquer um de nós. – explicou.
– Entendi. – acompanhou Bomber.
– Você tem duas semanas para conseguir a planta do local, ter acesso ao sistema de segurança e descobrir uma maneira de desligá-lo tempo suficiente para que a gente entre, roube as jóias e saia.
– Deixa comigo.
– Manteremos contato por celular e email. Boa sorte, Grandão. – desejou o líder do grupo.


No outro dia, na hora marcada, Bomber se encontrou com Roger e este o apresentou ao chefe da segurança do shopping.
– Davi, esse é Marcelo Ciconatto, de quem eu te falei.
– Muito prazer, Marcelo. Eu sou Davi Soares, o chefe de segurança aqui do shopping. – ele disse e cumprimentou Bomber. – Roger me falou muito bem de você.
– Ele é muito gentil.
– É verdade, mas eu também vi seu currículo e ali não há gentileza alguma. Venha, vamos dar uma volta. – convidou Davi.
Eles andaram por todo o shopping, com o chefe da segurança explicando a Bomber todas as especificações técnicas de seu trabalho, como horários, salário entre outras coisas. Então, eles entraram numa sala que somente pessoal autorizado poderia entrar: a sala da segurança. Um local com várias telas de TV mostrando todas as câmeras colocadas no local, interna e externamente.
– Como você vê, Marcelo, temos total controle da movimentação de pessoas aqui no shopping. Você vai notar que é um trabalho bem tranquilo. Nada de anormal acontece. – explicou Davi.
– Nunca tentaram nada? – quis saber Bomber.
– Não, além de não ter como, não tem por que. – disse Davi.
– Todos os seguranças têm acesso a essa sala?
– Sim, mas nem todos ficam aqui. Se você trabalhar direitinho pode até vir aqui em alguma troca de turno. Agora, que tal começar? Pensei num corredor mais calmo para você se acostumar. – sugeriu o chefe da segurança.
– Com todo o respeito, eu já enfrentei gangues armadas até os dentes quando eu estava no batalhão, acho que consigo lidar com cidadãos comuns.
– Ainda assim, prefiro que você comece como todos. Quero ver como você se sai. – informou Davi.
               – O senhor manda. – disse Bomber, que achou que seria, no mínimo, divertido quebrar todo aquele sistema de segurança infalível.

4 comentários :

  1. Adorei esse capítulo!!!!

    ^^

    Tem SELINHO para você lá no blog. Passa por lá depois...
    BjO

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  2. Uau, eu adorei!!!
    Foi a minha primeira visita ao seu blog, mas pretendo voltar...quero muito saber o que acontece agora, rs.
    Parabéns, você escreve muito bem!!
    Beijos
    Gisele Carmona
    http://giselecarmona.blogspot.com/

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  3. Adooooooooooorei esse post, cada dia os contos ficam melhor! bjs

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