– O seu currículo é muito bom, senhor Ciconatto. – elogiou Roger, o
responsável pelo Rh da segurança do Shopping Barigui.
– Obrigado. – Bomber agradeceu.
– Vejo que já foi policial. Por que saiu?
– Cansei da farda, quero algo mais civil e tranquillo.
– Eu entendo. O seu currículo foi o melhor que recebemos, então se o
senhor tiver realmente interesse na...
– Eu tenho. – completou o ex-policial.
– Ótimo, podemos nos encontrar amanhã às 14h no shopping?
– Estarei lá.
No centro de operações, Bomber contou a Joel sobre a entrevista.
– Sabia que ia conseguir, Grandão. – disse Joel.
– Eu também, afinal quem não quer um ex-policial de segurança do seu
estabelecimento? – observou Bomber.
– Você sabe que a partir de amanhã, as coisas vão mudar, não sabe? –
perguntou Joel.
– Sim, eu sei.
– Assim que você começar a trabalhar, não teremos mais contato pessoal,
você usará esse celular descartável. – Joel entregou-lhe o aparelho. – Você não
poderá passar nem perto do centro de operações para que ninguém veja qualquer
um de nós. – explicou.
– Entendi. – acompanhou Bomber.
– Você tem duas semanas para conseguir a planta do local, ter acesso ao
sistema de segurança e descobrir uma maneira de desligá-lo tempo suficiente
para que a gente entre, roube as jóias e saia.
– Deixa comigo.
– Manteremos contato por celular e email. Boa sorte, Grandão. – desejou o
líder do grupo.
No outro dia, na hora marcada, Bomber se encontrou com Roger e este o
apresentou ao chefe da segurança do shopping.
– Davi, esse é Marcelo Ciconatto, de quem eu te falei.
– Muito prazer, Marcelo. Eu sou Davi Soares, o chefe de segurança aqui do
shopping. – ele disse e cumprimentou Bomber. – Roger me falou muito bem de
você.
– Ele é muito gentil.
– É verdade, mas eu também vi seu currículo e ali não há gentileza
alguma. Venha, vamos dar uma volta. – convidou Davi.
Eles andaram por todo o shopping, com o chefe da segurança explicando a
Bomber todas as especificações técnicas de seu trabalho, como horários, salário
entre outras coisas. Então, eles entraram numa sala que somente pessoal
autorizado poderia entrar: a sala da segurança. Um local com várias telas de TV
mostrando todas as câmeras colocadas no local, interna e externamente.
– Como você vê, Marcelo, temos total controle da movimentação de pessoas
aqui no shopping. Você vai notar que é um trabalho bem tranquilo. Nada de
anormal acontece. – explicou Davi.
– Nunca tentaram nada? – quis saber Bomber.
– Não, além de não ter como, não tem por que. – disse Davi.
– Todos os seguranças têm acesso a essa sala?
– Sim, mas nem todos ficam aqui. Se você trabalhar direitinho pode até
vir aqui em alguma troca de turno. Agora, que tal começar? Pensei num corredor
mais calmo para você se acostumar. – sugeriu o chefe da segurança.
– Com todo o respeito, eu já enfrentei gangues armadas até os dentes
quando eu estava no batalhão, acho que consigo lidar com cidadãos comuns.
– Ainda assim, prefiro que você comece como todos. Quero ver como você se
sai. – informou Davi.
– O senhor manda. – disse Bomber, que achou que seria,
no mínimo, divertido quebrar todo aquele sistema de segurança infalível.
Já disse que esse é o meu preferido?
ResponderExcluirAdorei esse capítulo!!!!
ResponderExcluir^^
Tem SELINHO para você lá no blog. Passa por lá depois...
BjO
Uau, eu adorei!!!
ResponderExcluirFoi a minha primeira visita ao seu blog, mas pretendo voltar...quero muito saber o que acontece agora, rs.
Parabéns, você escreve muito bem!!
Beijos
Gisele Carmona
http://giselecarmona.blogspot.com/
Adooooooooooorei esse post, cada dia os contos ficam melhor! bjs
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