quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Comando Épsilon T01C09


CRUPIÊ

— Oh! Há quanto tempo eu não seguro uma arma. – disse Crupiê com a pistola do Capitão Zurique. – Agora só falta matar alguém. – ele disse e olhou para os reféns.
— Nos matar não vai te ajudar. – Zurique argumentou.
O Capitão e a Soldado Ramos tiveram suas mãos amarradas às costas e foram colocados junto com os outros reféns.
— Não se preocupe, você é meu meio de comunicação para sair daqui. Capitão, certo? – Crupiê disse se agachando e encostando a pistola no queixo de Zurique. – A garota é muito bonita para morrer. Talvez eu faça um bom uso dela depois. – ele disse se referindo a Ramos. – O riquinho é minha moeda de troca. Não posso matá-lo. Agora, já este aqui. – Crupiê parou em frente ao piloto. – Não me tem serventia nenhuma. – o criminoso disse e atirou no homem mais velho. – Ah, agora me sinto bem melhor.
— Não! – João gritou. – Seu monstro!
— Obrigado. – Crupiê agradeceu e riu.
Maki estava utilizando o GPS para ir ao encontro do Capitão e da Ramos, e o barulho de um tiro só o fez se apressar ainda mais. Ao ouvir vozes, ele soube que estava perto e foi mais devagar. Não adiantaria nada chegar até ali e ser pego. Ele não fazia ideia da situação de seus companheiros, mas seu foi treinado para sempre esperar pelo pior.
O atirador encontrou um galho que lhe proporcionava uma visão perfeita do local. Ele viu os reféns, entre eles seus amigos, e os criminosos escolhendo as armas que estavam com os militares. Sozinho e àquela distância não havia nada que o rapaz pudesse fazer. Ele precisaria de alguém de baixo. Ele precisaria do Capitão Zurique.


Apesar de estar claro, só tinha uma maneira de chamar a atenção do líder do grupo militar sem que os outros percebessem. Acionando sua mira a laser, ele apontou para onde o superior estava olhando. Não demorou muito para que Zurique notasse o ponto vermelho e olhasse para cima. Sabendo o que e onde procurar, ele logo viu o local em que Maki estava. O Capitão já desamarrara a corda que prendia suas mãos, mas assim como o atirador, ele sabia que não teria como agir sozinho.
Percebendo a distração dos criminosos com as armas, Zurique decidiu que era uma boa hora para reagir. Ele olhou para o companheiro no topo da árvore e fez um sinal positivo com a cabeça. Maki mirou em um dos homens e acertou o braço que segurava a arma.
Todos ficaram surpresos e confusos, olharam para várias direções a fim de descobrir a origem do tiro. E quando Crupiê pensou em olhar para os reféns, era tarde demais. O Capitão o golpeou fortemente no rosto, e desarmou o que estava mais próximo. Enquanto isso, Maki acertava todos que tentavam acertar Zurique.
Os criminosos não sabiam o que fazer. Vinham tiros de cima e embaixo havia uma máquina de luta que não os deixava sair. Nesse ritmo, os dois militares neutralizaram o grupo de Crupiê. Assim que Ramos foi solta, começou a recolocar as armas na mochila.
— Isso foi divertido! Bom trabalho, Maki! – Zurique disse quando o rapaz desceu e se aproximou.
— Obrigado, Capitão!
— Bom, cumprimos um dos objetivos. Encontramos o empresário. Falta o material radioativo. – o líder refletiu.
— Pelo visto, meu pai lhes contou tudo, não é? – João disse ao se aproximar do grupo de militares.
— Sim. Está em condições de andar, Sr. Pacheco? – Zurique perguntou.
— Estou. – o empresário respondeu.
— Ótimo! Então vamos em frente.
— Para onde vamos, Capitão? – Ramos quis saber.
— Onde Santana e Nikolofski estão. Vou ver como eles estão. Nikolofski? Santana? – ele chamou pelo comunicador. – Tenente? Sargento? – tentou mais uma vez. – Aconteceu alguma coisa.
— A Caviquioli não foi para aqueles lados também? – Ramos perguntou.
— Ótima lembrança, Soldado. Caviquioli? – Zurique chamou.
— Capitão? É o senhor? – ela devolveu.
— Sim, Cabo. Não consegui falar com Nikolofski e Santana. Qual é a sua situação? – o líder quis saber.
— Também não tenho informações deles. Estou me dirigindo para lá, imediatamente. – Caviquioli disse.
— Certo. Espere por nós, Cabo. Não faça nada precipitado.
— Certo. – ela disse e desligou.
— Capitão, sugiro nos apressarmos antes que aconteça algo ruim. – Maki disse.
— Por que diz isso? – Zurique quis saber.
— Caviquioli e eu tivemos o mesmo treinamento. Se o Sargento e a Tenente estiverem com problemas, ela não vai conseguir ficar parada.
— Então, vamos! – o líder disse e todos o seguiram.

Um comentário :

  1. Putz, a primeira frase já é de impacto. O "agora só falta matar alguém" fez meu coração ir na boca, descer pra os pés e voltar pra a caixa do catarro.
    Vou parecer muito má se disser que fiquei feliz por ter sido o piloto o assassinado? '-'
    Ei, ele não é do comando, SEU MONSTRO! Seu torturador psicológico. Aprendiz de Capitão Nascimento! ;@

    Ôpa, todos estão bem. ESTA noite poderei dormir em paz para amanhã termos início a uma nova semana de tortura psicológica. T_T

    Bju.

    ResponderExcluir